Nesta viagem fomos ao encontro do grupo Rodamundo, em Garopaba-SC. Viajamos de 03 a12 de março (10 dias), com total de 1.990km. O gasto médio diário foi de R$ 120,00 (lembrando que sempre consideramos todas as despesas, desde a saída de casa até o retorno: combustível, alimentação, restaurantes, sorvetes, lavanderia, problemas mecânicos, presentes, etc….).
Saímos bem cedo de casa (6:15h), afinal, estamos muito longe de nosso destino. Para economizarmos o valor do pedágio, fomos pela BR163 (Francisco Beltrão-PR) , depois pela BR282 (Xanxerê-PR, Lages-PR). Dia bonito de céu azul, sol, com o calor aumentando.
Na estrada haviam algumas barreiras de obras, e paramos na primeira (perto de Ampére-PR). Quando o sinalizador permitiu a passagem, qual não foi nossa surpresa: a bateria estava descarregada! Nossa sorte é que era descida e conseguimos fazer pegar no “tranco”. Seguimos, pensando que poderia ser decorrência da idade, era ainda a original e já tinha 5 anos!. Um pouco para frente de Vitorino-PR, paramos para lanchar. E na saída: bateria novamente zerada. Nada, nem sinal. Tentamos nas lojas anexas ao posto mas não havia bateria de 100A para substituir. Pedimos ao eletricista para fazer uma “chupeta”, conseguimos o arranque e voltamos alguns quilômetros até a revenda e assistência IVECO (em Vitorino-PR).
Resultado: trocar a bateria do carro (temos outra no habitáculo) e, como quando se está em viagem, com pressa, não se consegue desconto: foram R$ 400,00 … Almoçamos na própria Iveco, enquanto faziam o serviço. Depois de 2 horas nesta perda de tempo, seguimos viagem.
Em Xanxerê-SC fizemos nova parada (para lanche, descanso e supermercado – Badotti). Seguimos novamente, trânsito relativamente tranquilo, então optamos por seguir até Lages-SC para pernoitar. (foram 683km rodados…)
No dia seguinte, saímos pelas 7:30h e seguimos pela BR282 até Florianópolis. Depois seguimos pela BR101 até Garopaba-SC. Chegamos às12h no camping Lagoamar (http://www.lagoamar.com.br/) , estacionamos perto de nossos colegas de G7 que já estavam, e fomos almoçar no restaurante do camping (que tem boa variedade de saladas e pratos quentes).
Ficamos 04 dias no camping, confraternizando com amigos, participando do encontro do Rodamundo, mas o que não conseguimos entender é porque, toda vez que viemos para Garopaba, chove… Sim, passeamos, caminhamos na praia, fomos ao centrinho, à igreja, mas a chuvinha insistente não deu trégua.
No domingo, após muita chuva, caiu uma barreira na BR101, que bloqueou a viagem de vários companheiros. Nós saímos no outro dia, e fomos para a casa do Anselmo e Lucimara (em Penha-SC). Nos esperavam com um delicioso almoço (bife, macarrão, e salada). Tudo maravilhoso. Descansamos e à tardinha fomos caminhar um pouco na beira mar. Ficamos mais 02 dias, conversamos, passeamos, fizeram churrasco, tudo muito bom.
Na quarta-feira, seguimos viagem, subimos pela serra da Dona Francisca, um calor de derreter, aproveitamos para nos refrescarmos na cachoeira à beira da rodovia...
Em Campo Alegre-SC, fomos na Pauli Lanches, tentamos acessar internet mas não conseguimos. Calor, muito calor. Seguimos viagem até Rio Negro-PR, onde pernoitamos.
No dia seguinte, visitamos a cidade, com prédios antigos, ruas estreitas. Fomos até a prefeitura (que fica em um antigo seminário), longe do centro. Lá fomos no museu, vimos artesanato, capela, trilha pela mata, maior presépio do mundo (segundo eles; com 50 metros quadrados e 1.700 personagens). Almoçamos no Clube Rio Grandense, e pelas 12:23h seguimos viagem.
Chegamos em Lapa-PR, cidade histórica. Visitamos a Casa de Câmara e Cadeia, lanchamos na panificadora Fachinni. Passeamos pelo casario, a preservação da cidade, com belas e arborizadas ruas, demonstram já não comportar tantos automóveis (muitos veículos novos, circulando em função da redução do IPI e facilidades de financiamento).
Um pouco de história da Lapa:
“A Cidade da Lapa originou-se de um pequeno povoado às margens da antiga estrada da mata – uma parte do histórico caminho que ligava Viamão (RS) a Sorocaba (SP). Um desses conhecidos "pousos" dos tropeiros recebeu a denominação de Capão Alto, no ano de 1731, quando a capitania de São Paulo resolveu criar um registro para cobrança de pedágio de gado que transitava à margem do Rio Iguaçu. A Lapa ficou conhecida como Registro, embora fosse Capão Alto o nome original. Passaram-se 239 anos e outras denominações até o nome Lapa.Foi palco do Cerco da Lapa – Revolução Federalista, em 1894, quando o sul do município foi invadido pelas tropas revolucionárias rio-grandenses. A calma cidade campesina foi transformada em autêntica praça de guerra, com sangrentos acontecimentos. Sob o comando de Gumercindo Saraiva, os revolucionários gaúchos haviam conquistado também grande parte do território catarinense e tencionavam apoderar-se das unidades legalistas, incluindo Curitiba.Em 8 de fevereiro os soldados do Regimento de Segurança foram informados da morte do seu comandante, coronel Dulcídio Pereira. Findava-se, também, quase à mesma hora, o general Gomes Carneiro, comandante-geral da Praça, o que tornava a situação extremamente grave. Diante disso, reunidos todos os comandantes de unidades, o coronel Lacerda propôs que assumissem todos o compromisso de honra, de defender a cidade, até que se esgotassem os últimos recursos. "De pé, braços estendidos e mãos sobrepostas”, - foi essa promessa solenemente feita.
Após o conhecimento da morte do general Gomes Carneiro, a desolação foi geral. O cadáver do grande herói, envolto na bandeira do 17o. Batalhão de Infantaria, foi sepultado na sacristia da Matriz de Lapa.
Na manhã do dia 11, um emissário dos sitiantes gaúchos trouxe um ofício do general Laurentino Pinto Filho, comandante do 2o. Corpo do Exército Revolucionário, dirigido ao coronel Joaquim Lacerda, propondo a capitulação.
A resistência se tornara impossível e a derrota rondava as fortificações da cidade. O ofício foi assinado. Terminou assim a histórica resistência que à pequenina e pacífica cidade de Lapa trouxe o galardão de heróica e legendária.”
Procuramos pelo sr. Sergio Leoni (ex-prefeito, meritório incentivador da preservação histórica), que gentilmente nos recebeu em sua casa. Conversamos um pouco, vimos os automóveis antigos dele, também fomos conhecer a restauração da antiga casa de seu pai. Muito linda, com pinturas sendo recuperadas, em elogiáveis procedimentos de restauro.
Como não conseguimos local seguro para pernoitar, seguimos viagem até Colônia Witmarsun-PR, na pousada Siebert (da sra. Carmem). Como sempre, nos receberam muito bem, tomamos um bom banho e fomos descansar.
No dia seguinte, continuamos pela BR277 até chegarmos em casa. Sim, o trajeto fica mais rápido e tranquilo, mas o pedágio neste trecho (R$79,80 em 06 praças) é muito alto.
Esta viagem foi boa, apesar de tanta chuva no início. Reencontramos amigos, estreitamos laços, aprendemos mais sobre lugares e pessoas. Que a próxima viagem seja em breve…
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