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quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Viagem outubro/2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Instalação de Placa Solar
Olá.
Estando há alguns dias em casa, organizando as coisas (fazendo faxina, aparando nosso imenso gramado, organizando o trabalho, etc.), como sempre, pensando e fazendo algumas melhorias no mhome. Esta postagem é diferente das anteriores, pois não traz o relato de uma viagem, mas sim a instalação de um equipamento importante para nós e muitos colegas: uma placa solar fotovoltaica para geração de energia elétrica e carregar as baterias.
Após quase um ano de análises, questionamentos com colegas, consulta de preços, análise de instalação, questionamento de transportadora confiável, disponibilidade de fundos financeiros,... decidimos por instalá-la e, deste modo, ficarmos um pouco mais independentes de energia com fonte externa.
Adquirimos a placa da empresa Solar Brasil (http://www.solarbrasil.com.br/); modelo Kyocera KD 135 Watts (mexicana), com controlador de Carga UNI SML10A 12V/24 (chinês). De acordo com as informações da empresa e do manual, este modelo gera até 38 Amperes/dia. Assim, considerando uma incidência de sol de 7 horas, a geração média será de 5,4 Amperes/hora.
A transportadora utilizada foi a TWR (http://www.twrtransportadora.com.br/) de Toledo-PR, com filial em São Paulo-SP, que fez a coleta na empresa Solar Brasil e nos entregou em 48 horas (conforme combinado). Demonstram boa organização, e preço compatível.
Fizemos o pedido numa quarta-feira e começamos a esquematizar sua colocação (localização, fixação, eletrodutos de passagem,...), posicionamento do controlador (acesso, visibilidade,...), instalação de fusíveis e interruptores (placa e bateria),... Sempre com a intenção de causar menor dano á carroceria do mhome.
Como haviam algumas outras pendências em andamento (comutador para ligar a antena às 2 TVs, “percurso” do novo cabo de TV, cuja constituição metálica, de alumínio, não aceita solda de estanho e outros obstáculos)... Tarefas, cuja conclusão devia anteceder a chegada da placa.
Embora pareçam muitas coisas a serem feitas, lembramos que, há 7 anos, nós (Dan & San) desenvolvemos todos os projetos (planejamento, estrutural, instalação elétrica, hidráulica, esgoto, ergonomia, estética, aerodinâmica,...). Adquirimos o chassi/cabine Iveco 0km e instalamos uma “indústria”, em nossa ampla garagem, nos fundos da residência. A parte externa da carroceria, toda em aço, foi executada em indústria de caminhões especiais.
A partir do veículo “oco”, executamos todo o seu equipamento (isolamento térmico, acústico, mobiliário, instalação de fogão, micro-ondas, refrigerador, pia, lavatório, forro, revestimentos, bancos, reservatórios de água de água limpa e servida, ...), em 9 longos meses de trabalho. Para tal, dispusemos de farto equipamento: serras elétricas (circular fixa, manual, tico-tico,..) esmeril, escova metálica, mini-retífica, soldador, compressor (ar e pintura), além de centenas de outras ferramentas.
Poucas tarefas foram delegadas e, dentre estas, as portas dos armários foram executadas em marcenaria de confiaça (Cerbarro Móveis).
Por estes motivos, tudo que queremos instalar ou substituir no mhome, nós mesmos fazemos (ou tentamos!). Sabemos onde pode-se furar ou soldar, sem romper ou alterar estrutura ou instalações. E, com a placa solar não foi diferente.
Decidimos por colocá-la entre o climatizador e a clarabóia traseira, pouco lateralizado para permitir acessos sobre o teto. O controlador, optamos por colocá-lo atrás da cabine, sobre a coluna direita (onde descem os cabos para as baterias), com os interruptores acessíveis e próximos às portas (direita da cabine e do habitáculo).
Todos os cabos (6mm, vermelhos e pretos) seriam instalados em eletrodutos, isolados e afixados (evitando possíveis “curtos” ou vibrações) . Muitas dificuldades foram vencidas: passagem do eletroduto pelo forro, sem rompê-lo; fixação dentro da estreita coluna, com mãos e braços arranhados; instalação embaixo do mhome, sem rampa;...
Para atravessar o teto, sem “furá-lo”, preferimos passar a fiação pelo climatizador, que foi parcialmente desmontado. Então, “às cegas”, milimétricamente calculado, fizemos um furo em duas paredes internas do climatizador. Utilizamos inicialmente broca fina, sempre com limitador de profundidade. Colocado o eletroduto e vedado com silicone, limpamos e montamos o “Resfriar”, sempre com as inesperadas dificuldades, como: depois de montar a parte externa, um parafuso “prisioneiro”, parte da fixação da interna, soltou-se.. Daí, penosas subidas e descidas ao teto, procedimento de nova desmontagem superior, solidarização do teimoso parafuso, administração do consequente estresse... Enfim, ao final de um dia de trabalho, o jubiloso progresso de centímetros!
A coluna tem um acesso a média altura, onde havíamos colocado um prateleira embutida. Retirada, constitui um bom acesso ao seu interior. Mas é claro que rompeu-se ao ser retirada e, construir outra exigiu horas de meticuloso trabalho. A coluna possuia também uma parede interna inferior (compartimentação estrutural), a qual foi “furada” com ponção, talhadeira de gume oblíquo, lima e muito trabalho e arranhões nos braços e mãos, pois o espaço exíguo não permitia entrada de furadeira. Enfim, eletroduto vertical colocado na coluna, assim como a “prateleira”.
Outros orifícios foram executados: na parte inferior da coluna e na entrada lateral da caixa da bateria, para passagem do eletroduto. Como não possuíamos brocas largas e furadeira potente para tal, foi necessário alargar os furos com mini-retífica (que consumiu várias ponteiras abrasivas) e lima manual (cansaço com agravante da limitação de espaço). Concluído e vedado com silicone.
A conexão à bateria dependeu ainda de um fusível (30A) conectado ao borne positivo.
O painel de controle recebeu o controlador e dois interruptores (já citados), como medida de segurança, um para desligar a “chegada” da placa e outro, interromper a “saida” para a bateria. O fabricante da placa não informa sobre a necessidade destes interruptores, mas concluimos por sua conveniência. Decisão esta, confirmada por outros colegas que possuem placas instaladas há mais tempo
O painel de controle foi executado em placa de madeira, vazada para encaixe do controlador e colocação dos interruptores. Sua colocação, oblíqua ao plano do armário (sobre a cabine), permitiu a colocação da fiação e contatos dos interruptores.
Ao desligar o borne negativo para evitar curtos circuitos, constatamos fugas de energia, decorrentes de “stand by” de outros equipamentos (rádio de painel, sistema de alarme,..) o que causou confusão temporária. Durante muitas horas, tentamos (e conseguimos) desligar o alarme e o rádio, porém, concluimos por mantê-los, considerando o baixo consumo. Ainda bem que preservamos todos os manuais dos equipamentos instalados. O curioso registro de energização era decorrente de “ponte” de passagem pelo filamento da lâmpada teste, entre o borne negativo e a carroceria. Nunca é tarde para aprender!
Mesmo após estas conclusões, conferimos novamente todas as conexões elétricas, como as ligações dos negativos com a carroceria, dezenas de ligações dos positivos (alarme, rádio de painel e ondas curtas, intercomunicador, bomba dágua, iluminação dos baús, exaustor, inversor,...). Em sete anos, nunca tivemos problemas elétricos e, esperamos que, com esta manutenção, tenhamos outros tantos em segurança.
A cada etapa dos serviços, as ferramentas necessitavam ser guardadas ou inundariam o ambiente, causando dificuldade de encontrá-las rapidamente. Assim como restos de fiação, aparas metálicas, solventes, poeiras de cortes e lixamentos,... Várias vezes ao dia e, sempre à noite, o mhome e a oficina eram limpos (varridos, aspirados, ..) para reiniciar as tarefas em ambiente agradável. Procedimento este adotado desde quando construimos o mhome, há sete anos.
Já uma semana depois do início dos trabalhos, acordamos cedo para realizarmos a parte final: colocar a placa solar em cima do mhome. Para isso, colamos com silicone um perfil macio de borracha, por toda a borda da placa. Colocamos também 04 suportes (com parafusos/arruelas/porcas inoxidáveis e cabeça sextavada) na placa, que serão afixados com autoatarrachantes Philips (inox) no teto do mhome.
Transferimos nosso “ferramental” para o teto do mhome, a mais de três metros de altura: chaves de boca de vários tamanhos, philips várias bitolas, silicone, martelo, lixa, óleo, álcool para limpeza, furadeira, brocas, alicates, tesoura, soldador, estanho, extensões de fio, panos muitos para forrar o teto e para cobrir a placa (não gerar energia enquanto instala) e outras tantas coisas.
Preparamos o teto do mhome para receber a placa (virada para baixo) e arrumamos a placa para subir (envolta em papelão). Dan subiu, pela enésima vez, acomodou-se e eu, sobre uma mesa, fui levantando a placa aos poucos, até que conseguimos chegar com ela lá em cima (embora pese 12,5kg, pareciam 50kg pela fragilidade e óbvio receio de queda ou dano). O teto ficou pequeno para os dois operadores, a grande placa e o arsenal de ferramentas, exíguo espaço agravado pela pequena altura ao telhado da garagem e pelo calor irradiado.
Instalamos os cabos na caixa de conexão atrás da placa, e depois giramos (quase não passou abaixo das vigas do telhado).
O mais difícil (nesta etapa final) foi apertar os parafusos das cantoneiras da placa (sem espaço para girar as chaves de boca, opostas) e apertar os parafusos philips no teto do mhome, extremamente teimosos e em posição difícil (limitação de espaço, perigo de queda e sem poder sequer ficar sentados, ...).
Mas, afirma um célebre desconhecido que, “no final tudo dá certo e, se não deu certo, é porque não chegou no final”.
Nossa placa fotovoltaica maravilhosamente instalada, controlador de carga funcionando (led verde aceso) e indicando que a pouca luz incidente pela telha translúcida é suficiente para produzir energia elétrica e carregar as baterias, mesmo dentro da garagem.
Para testarmos a real geração de energia, colocamos o mhome fora da garagem, ligamos a geladeira (110V) e o inversor (transforma 12V da bateria em 110V).
Tudo funcionou muito bem e, em duas horas, as baterias foram alimentadas pela placa (a carga chegou aos 13V) e, mesmo quando a geladeira ligava (com start de 900W), o sistema suportava e mantinha excedente de carga para as baterias.
Agora, pretendemos terminar a faxina geral, alguns retoques (incluindo pintura) e, daqui a alguns dias, sair para testar o mais importante: verificar quanto tempo durará a carga das baterias alimentadas apenas pela placa.
Para concluir, a confirmação de que “o sucesso do resultado é sempre superior à soma dos sacrifícios”.
Esperamos que estas informações possam trazer mais subsídios aos usuários de mhome, assim como suscitar comentários ou críticas. Até breve!
San & Dan