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domingo, 6 de março de 2011

Viagem fevereiro/2011 (parte 2)

Olá! Continuamos nossa viagem a partir do Granja Hotel Suizo (Nueva Helvécia). Ficamos dois dias, local tranquilo e agradável. No sábado decidimos seguir viagem e, analisando as perspectivas de roteiro e de meteorologia, fomos para Montevidéu.
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A capital do Uruguai tem seu trânsito tranquilo, possui avenidas largas e o tráfego flui facilmente (Montevideu não possui camping). Passeamos pela rambla, tentando encontrar um local para pernoitar (clubes de pescadores), mas nenhum aceitou, afirmando que haviam poucas vagas de estacionamento. Continuamos a passear fomos em uma feira no parque Juan Zorilla de San Martín (isto sim era uma feira), com frutas, verduras, legumes, e uma infinidade de outras coisas.
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Voltamos ao centro de Montevidéu, para tentarmos visitar a feira de antiguidades da Praça da Matriz (frente à catedral), mas haviam poucos feirantes (a chuva da madrugada os assustou) e apenas olhamos. Visitamos a igreja, que teve as obras iniciadas em 1790, impressionando pela sua beleza, decoração e imponência.
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Lanchamos em um dos bares da praça (passavam das 14h) e seguimos nossa caminhada pelo centro, porta da ciudadela, monumento ao Artigas, prédios históricos…
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Com o mhome, passeamos novamente na rambla, pois precisávamos abastecer de combustível e água. Num posto ANCAP, na própria rambla, paramos para fazer as duas coisas e, talvez até nos permitissem estacionar. Darlou perguntou sobre a possibilidade de completarmos o reservatório d’água e o frentista “sumiu”. Outro perguntou o que queríamos e, novamente informamos que queríamos abastecer de água e de combustível. “Sim senhor, mas não temos mangueira”, respondeu.  Após colocamos a água com nossa mangueira, informaram que cobrariam pela água!!  Imaginem! P$U 100 (cerca de R$ 10,00) por uns 50 litros de água!!!  Nunca, em 7 anos viajando com o mhome, os postos nos cobraram pela água.  Então fica nosso aviso: CUIDADO com os postos ANCAP da rambla de Montevidéu! ELES COBRAM PELA ÁGUA ! Temos a nota fiscal que comprova. E, neste posto, os banheiros aparentavam não serem limpos há vários dias…  Após pagar pela água e obter a nota fiscal discriminada, negamo-nos a abastecer de diesel.  Repito: SEMPRE PERGUNTEM ANTES PELO CUSTO DO  ABASTECIMENTO DE ÁGUA.
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Continuamos passeando e, como não conseguimos local seguro e tranquilo, optamos por estacionar em alguma praça. Encontramos uma em frente ao Corpo de Bombeiros, que também fica próxima a rua Tristán Narvaja, local da feira no dia seguinte (domingo). A segurança do local e a proximidade (acesso à pé) à feira compensou o barulho noturno (motos, automóveis, pessoas conversando, ônibus).
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Domigo: dia da Feira Tristán Narvaja.  Não é uma feira comum, nela se podem encontrar qualquer coisa: alimentos (prontos, para fazer, levar, comer); animais (de estimação, para comer, vivos e mortos); roupas e calçados (novos ou usados); móveis, antiguidades, bicicletas, chaves, ferramentas, puxadores, encanamento, flores, automóveis antigos e peças, frutas, verduras, legumes, queijos, livros, revistas, abajures;…pessoas exóticas…enfim, quase tudo. São cerca de 40 quadras e, além de caminhar, é preciso ter disposição e paciência: esbarrar nas pessoas, parar, olhar, perguntar. Conseguimos comprar a preços  módicos, três antigas máquininhas de costurar de brinquedo (fazemos coleção).  Na feira, caminha-se bastante e, perguntar e pechinchar é habitual, pois os vendedores esperam por este intercâmbio.
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Saímos de Montevidéu as 11:30h, em direção ao litoral (talvez Piriápolis…). O trânsito bastante complicado, muito movimento, as três pistas cheias. Ao chegarmos em Atlântida (cidade litorânea) o movimento aumentou (idem afoitos treslucados ao volante) e decidimos  seguir pela Ruta 8,  ir para Minas, onde há o tranquilo camping Arequita.
O movimento nesta estrada era mínimo; eventualmente algum carro. Em Minas tudo tal como outras vezes, sem movimento, poucos comércios abertos (e era domingo). Abastecemos a geladeira, a despensa, combustível (não havíamos abastecido em Montevideu)  e seguimos para o camping. Foi difícil encontrar a rota para o camping, pois quase voltamos ao ver que a estrada não era mais pavimentada!!  Perguntamos a alguns moradores e nos informaram que a Intendência havia retirado o asfalto ruim, e estava refazendo-o.  Chegamos no camping pelas 17h, muitas pessoas saindo (que indica mais tranquilidade).
Estacionamos no setor B, logo na entrada, em frente a um trailer desocupado.  Não há pontos de água por perto portanto fomos lavar as louças fora do mhome;  o banho é quente (aquecimento por caldeira) durante todo o dia, que nos deu mais economia de água.  Um dos problemas são os vasos sanitários: turcos (no chão). Há apenas um vaso normal, o qual é disputadíssimo.
No dia seguinte fizemos merecida faxina no mhome (há dias precisava): limpeza geral, aspirador, lavamos roupas, limpamos calçados, arrumamos as coisas nos devidos lugares. A tarde lemos, caminhamos, fotografamos, visitamos o setor A (mais tranquilo porém isolado, sanitários e limpeza piores). É um dos bons campings que ficamos, mas o problema se repete: os usuários do camping não demonstram cuidado com as instalações, colocam som alto (o que não acontecia outras vezes), jogam lixo em todos e quaisquer lugares.
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Ficamos três dias em Arequita, e na saída, novamente a surpresa: a atendente queria cobrar a mais pelo mhome, depois de discussão, telefonar para a pessoa que nos recebeu, pagamos o valor acertado no início (P$U 90,00 por pessoa por dia; cerca de R$ 8,20 por pessoa/dia).  Aconselhamos sempre documentar os valores na entrada (por escrito).
Seguimos para Treinta y Tres, que fica a uns 170km de Minas, e neste trajeto não existem muitas opções. Rodamos mais de 60km até encontrarmos posto de abastecimento, num vilarejo. No camping de Treinta y Tres tudo continua igual: sem condição de uso. Não há energia elétrica (roubaram os fios,  lâmpadas e tomadas), água apenas em dois pontos, sanitários sujos, falta de pessoal para trabalhar.  Na cidade a cena se repete: sujeira, atendimento ruim, pessoas desocupadas, parece que  todos estão esperando os dias passarem. Situação diferente de viagens anteriores.
Seguimos para Melo, afinal havíamos encontrado um parque com camping da última vez que estivemos lá. Mas começam a acontecer os problemas: os dois centros de atendimento ao turista não existem mais. No parque Rivera fizeram uma reestruturação e não há mais energia elétrica no camping, água só nos banheiros. Ainda não cobram para pernoitar, mas não pareceu nada seguro.  Decidimos ir na cidade, procurar uma praça ou local próximo da polícia ou bombeiros.
Depois de várias informações erradas, dificuldade de trânsito, conseguimos estacionar perto da delegacia de polícia, caminhamos um pouco para ver os “vizinhos” e decidimos pernoitar ali. Durante a noite ficou mais silencioso.
No dia seguinte, fomos para Rio Branco, no camping da Laguna Merin. Tudo tranquilo, camping arrumadinho, apenas os sanitários estão meio descuidados, mas ficamos três dias bem tranquilos, lendo, limpando mhome, repondo o sono perdido.
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Na sexta-feira, saímos de Laguna Merin, fizemos nossa “baixa de permanência” (saída/entrega de documentos) do Uruguai, passeamos e compramos uns vinhos em Rio Branco, e entramos no Brasil novamente. Precisávamos abastecer, mas  em Jaguarão-RS o diesel estava R$ 2,25 !!. Seguimos adiante para abastecer na estrada, entramos na cidade de Arroio Grande, almoçamos no restaurante Baldaratt (comida caseira, por kg). Seguimos viagem, com muito calor.
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As 14h chegamos em Pelotas, procuramos local seguro para estacionar e fomos ao LavLev. Elogios ao serviço: em uma hora nossas roupas estavam lavadas, secas e cheirosas. Passeamos um pouco pela cidade, que preserva casario antigo e famosa por seus doces finos.
Em 27 dias de viagem, nunca havia feito tanto calor, além de a umidade do ar estar alta, o que dificulta a evaporação do suor. Encontramos um primo do Darlou  (Wilson) e combinamos uma pizza mais tarde (deliciosa, feita pela esposa Leone). 
No sábado visitamos a feira do produtor de Pelotas, com muitas frutas, verduras, legumes, doces,.. lembram bem as do Uruguai. As 9:30h saímos de Pelotas, seguindo para Sentinela do Sul (visita ao cemitério; relembrar familiares falecidos) e depois Sertão Santana, na casa da prima Suzy e esposo Kau.  Não bastasse a agradável e afetuosa recepção que sempre recebemos,  avisaram que à noite teríamos uma peixada. Um delicioso jantar.
Quando os visitamos, sempre ganhamos uns quilinhos a mais: churrasco, carreteiro, galinhada, peixada….  Desta vez, para retribuir, eu fiz um macarrão caseiro num dos almoços, e nós quatro saboreamos e aproveitamos o momento…
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Na terça-feira, seguimos viagem, passamos por Porto Alegre, almoçamos em Lajeado, no Unishopping (Galeteria Itália: comida muito saborosa, por kg). Durante  a tarde bastante calor, diminuímos um pouco a velocidade e as 18h chegamos em Carazinho, onde pernoitamos.
Nosso último dia de viagem foi atípico: percorremos os 580 km  faltantes (Carazinho-Toledo) num único dia. Pode parecer pouca distância, mas este trecho é bastante movimentado (principalmente carretas). Muitos trechos com buracos e sem acostamento, além de ser o final da viagem, quando já estamos cansados, contando os metros para a chegada.  Entramos em Bernardo Irigoyen (fronteira Argentina), compramos bons vinhos, azeitonas, palmitos,…  Lanchamos na Delícias do Trigo (ótima qualidade e preço), em Dionísio Cerqueira - SC.
Em resumo: foram 32 dias de viagem, dos quais 25 no Uruguai e 1 na Argentina. Rodamos 4.070km, sendo 1.615km no Uruguai, 771km na Argentina e 1.684km no Brasil.  Gastamos R$ 100,00 por dia em média, lembrando que sempre consideramos todas as despesas, desde a saída de casa até o retorno: combustível, carta verde, pedágios, alimentação, restaurantes, pernoites, sorvetes, lavanderia, manutenção, presentes, etc…..    Pelo mapa a seguir vocês visualizam melhor nosso roteiro:
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A viagem foi tranquila, sem qualquer problema em Aduanas,  estradas ou no mhome. Dos dias que viajamos, uns 5 tivemos chuva, o restante foi com clima ameno, exceto em Pelotas que fez muito calor. Conhecemos pessoas agradáveis, que esperamos reencontar novamente pelas estradas e campings.  Reencontramos pessoas, que rogamos que o Ser Supremo sempre as mantenham iluminadas.
Nosso agradecimento especial ao sr. Carlos Rossin e esposa (Guaviyú – Uy); ao Sr. Luiz Tostes e esposa Luiza; ao primo Wilson e a Leone que nos receberam cordialmente; à prima Suzy e o Kau que novamente nos acolheram muito bem; e, principalmente, à Deus, que nos propiciou dias lindos e indicou os melhores caminhos que deveríamos seguir.
Desejamos que em breve façamos nova viagem e vocês possam aproveitar conosco.  Abraços…
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