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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Viagem setembro/2013 – parte 2

 

Olá!  Em Gramado, como choveu quase todo o tempo, passamos o dia no mhome: organizando, escrevendo o blog.. E, nas estiagens, caminhamos pelo camping e fomos  dar pão aos patos e peixes do belo lago.

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Novo dia e já seguimos viagem, indo para Porto Alegre visitar alguns parentes. Com a intervenção de alguns amigos, conseguimos estacionar no Iate Clube Guaíba, onde fomos muito bem recebidos. Na Avenida Beira-Rio, ao pararmos em um semáforo, um casal de ciclistas nos cumprimentou efusivamente, mas como não os identificamos, seguimos o fluxo.  Enfim, após atravessar a complicada capital, chegamos ao clube após as 13:30h, com vento forte e gelado.

Instalamo-nos na margem do rio, descansamos um pouco e, no final da tarde, fomos visitar o irmão do Dan, aniversariante no dia. Após o saudoso e alegre bate-papo, fomos jantar no restaurante árabe Lubnann, muito delicioso: quibes, carneiro, pastas, arroz com lentilha, charutinhos de repolho e de carne (ainda não foi ali que começamos o regime…). Antes da 22h já estávamos no mhome, sentindo muito frio.

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No dia seguinte visitamos a mãe do Dan (também aniversariante) e após as 14h fomos “bater perna” no centro de Porto Alegre, mas o frio e vento continuavam vigorosos, e desistimos. Mais um bate-papo com parentes e, no final da tarde voltamos para mhome, descansar e organizar as coisas para sair cedo amanhã.

Antes da 9h estávamos saindo e, sendo véspera de feriado alusivo à Revolução Farroupilha, várias ruas estavam fechadas e o trânsito, que já era complicado pelas obras, estava ainda pior.  Atravessamos o túnel da Conceição e começamos a rodar mais rápidos, pois queríamos passar pela ponte antes do içamento do vão móvel do Rio Guaíba (marcado para as 10h), o que atrasaria ainda mais.  Conseguimos!

Fizemos uma parada no Posto Ipiranga (Das Cucas), perto de Sertão Santana, onde combinamos de almoçar com os primos Suzy e Kau: comida deliciosa (filé completo e à parmegianna).  Conversa agradável, sempre temos muito que “prozear”: netos, viagens, filhos,… Pena que temos tão pouco tempo, mas ainda esperamos a visita de vocês lá em casa…

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Após as 13h seguimos, na intenção de chegar a Pelotas antes das 17h, para poder entregar roupas sujas na lavanderia. Mas, como diz nossa querida amiga Leda ”pode-se prever o horário e local de saída, mas o de chegada não”. Na rodovia, perto do município de Cristal fomos parados em uma barreira de obras. Foram quase 2 horas esperando a detonação de rochas e limpeza da pista. Nestas momentos sentimos como é bom estar de mhome: temos banheiro, café, água, comida,… Vimos familias com problemas: crianças, idosos, e até cachorros; os quais estressavam-se com a demora, pois, no mínimo necessitavam fazer xixi…

Claro que, após a abertura foi aquela correria dos motoristas afoitos, alguns que chegavam no final da fila não sabiam quão longa era e vários acidentes aconteceram poucos metros à nossa frente.  Chegamos a Pelotas após as 18h, trânsito caótico, mas conseguimos novamente o local de parada seguro, como das vezes anteriores, com os nobres colegas bombeiros.

Percorremos os 145km de Pelotas à Jaguarão (fronteira com Uruguai), estrada plana e em bom estado, mas sendo feriado, os gaúchos “se mandaram” para os “free shops” uruguaios.

A cidade de Rio Branco (no Uruguai) estava quase intransitável; local para estacionar nem pensar. Voltamos para Jaguarão, que também estava ficando difícil para estacionamento, pois chegava a hora do almoço.  Ao feliz acaso, encontramos outro motor-home com o simpático casal: Paulo e esposa, residentes na cidade.

Almoçamos no restaurante Red´s (por kg e livre), com buffet variado e carnes grelhadas. Ao final compramos os afamados “doces de Pelotas” (embora em Jaguarão) para comer no mhome. Retornamos até a BR116, na entrada de Jaguarão para abastecer no Posto Shell Panamericano (R$2,35/litro), pois na cidade estavam cobrando R$2,55 e alguns até mais!!

Todo o 20 de setembro, celebra-se a Revolução Farroupilha no estado do Rio Grande do Sul. São realizados desfiles, danças típicas, apresentações de grupos folclóricos, com o bom e velho chimarrão e churrasco.

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Estacionamos perto do centro, e esperamos pelo desfile que aconteceria as 17h. Para passar o tempo, fotografamos prédios históricos, caminhamos.  O desfile começou pontualmente, com muitos cavalarianos, prendas e peões, carros alegóricos, algumas crianças (até menores de 2 anos) com vestimenta completa: vestido e sapatilha ou bombacha e bota.  Então entendemos porque  o desfile ser tão tarde: às 18h, após os hinos do Brasil e do Rio Grande do Sul, as bandeiras foram arriadas por integrantes da patronagem dos CTG (Centros de Tradições Gaúchas). Pernoitamos junto ao Corpo de Bombeiros de Jaguarão, para nos sentirmos mais seguros.

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Novo dia, acordamos cedo para ir à Retimex (estava fechada ontem), para fazermos o seguro internacional “Carta Verde”: R$205,00 (duzentos e cinco reais) para 30 dias. Continua sendo ótimo preço e atendimento; recomendamos aos colegas e, caso necessário eles enviam também pelo Correio (pagamento antecipado).

Após rodarmos 1.906km no Brasil, às 9h entramos no Uruguai; aduana tranquila, nem revistaram o mhome desta vez. Seguimos pela Ruta 18, plana, reta, fazendas, gado, ovelhas, tudo verde e bonito, mas ainda observa-se alguns estragos da chuvarada de poucos dias atrás. Pouco trânsito, combustível ou socorro só nas cidades (a cada 150km mais ou menos).

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Fizemos parada em Treinta y Tres, para abastecer despensa, tentar câmbio (fechado) e acesso a internet. Conseguimos ir ao supermercado Ta-Ta (novo, amplo), e aceitaram pagamento em Reais, com bom câmbio; as casas de câmbio estavam fechadas; e conseguimos internet wi-fi no Posto Ancap, na saída para Minas.

Novamente na estrada, agora com uma paisagem variada: alguns cerros, montanhas, curvas, esta também é uma linda região do Uruguai.  Chegamos em Minas as 16h, e procuramos a “oficina de turismo” (todas as cidades possuem); onde conseguimos informações gerais e de agência câmbio aberta.

Depois, seguimos para o Cerro Arequita (10km), onde há um camping (de mesmo nome), simples mas de bom tamanho para passarmos a noite, descansarmos de um dia inteiro de estrada, e de vários dias sem um local apropriado e tranquilo.

Após nos instalarmos, tomamos bom banho e fizemos um jantar simples e saboroso, aproveitando a tranquilidade do local. A sensação térmica foi caindo rapidamente por causa do vento forte.

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Haviam poucos usuários do camping, mas uma família nos despertou atenção: com 2 meninos pequenos, estacionaram o pequeno carro após as 18h (umidade, frio e vento), arrumaram as varas de pesca  e foram para o rio. Pelas 20h voltaram (sem peixes), a mãe os colocou dentro do carro enquanto ela e o marido arrumavam a minúscula barraca para os quatro.  Na manhã do dia seguinte, antes das 7h todos já estavam acordados. O pai preparou fogo para esquentar água e tomar um simplório café com pão seco, a mãe começava a organizar as coisas pois logo iriam embora, os pequenos caminhavam ao redor e pareciam ansiosos para fazer alguma coisa. Nem estavam preocupados com o intenso frio. Até que o mais velho (uns 6 anos) deu a maior demonstração de viva alegria: “que rico día, nos és, mamá?” 

O que para nós, normalmente é apenas mais um dia, para aquele pequenino significava uma admirável dádiva, motivo de flagrante contentamento. Tal demonstração de alegria é um emocionante exemplo, acostumados que estamos com a sequente comodidade.    

O episódio nos rendeu um bom tempo de reflexão e diálogo: quantos de nós, temos mais que eles, estamos num hotel 5 estrelas e não em uma barraca gelada; ou temos um mhome imenso e luxuoso.. Eles, um minúsculo Cherry alugado, sem ao menos uma chaleira elétrica ou algo para passar no pão. Fazendo fogo com gravetos no chão, esquentando água na chaleira velha e comendo pão puro e adormecido. Mesmo assim, estavam agradecidos pelo lindo dia, porque tinham o que comer, tinham roupas feias e quentes, tinham filhos e pais,… Oferecemos alguns biscoitos para as crianças, que nos agradeceram em coro, com alegria estampada nas faces.

Colocamos agasalhos mais quentes e fomos caminhar pelo parque, fotografar os animais: veados, pavões, coelhos, emas, cavalos, bodes, … Caminhamos até o rio, que estava bem mais cheio que das outras vezes que  aqui estivemos. Soubemos que algumas famílias ainda não voltaram para casa por causa dos alagamentos.

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Fizemos um lanche no mhome e, após as 14h saímos, em direção a Piriápolis, pela Ruta 60. Para quem acha que o Uruguai não tem serra, visitem esta Ruta. Chegamos a 311m de altitude (são “montanhas”, contrastando com a baixa planura uruguaia). Um vento cortante tornava fotografar quase impossível. Cerros, morros, algum gado, oliveiras, pedras. Paisagem muito interessante, aprazível, diferente dos consagrados campos.

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As 17h chegamos em Piriápolis, cidade praiana, quase vazia. No camping AEBU apenas nós e mais um casal acampados, com uma camioneta e barraca. Esperamos que esta semana seja mais quente, para podermos caminhar, passear, limpar e organizar mhome.

Na segunda-feira, acordamos cedo e com chuva leve; fomos até o Lavadero Piria, deixar as roupas para lavar (PU$110/máquina, lavado e secado, uns R$12). Em seguida, uma paradinha no Hiper Devoto, comprar algumas guloseimas e itens faltantes.  Contudo, as frutas e legumes compramos na fruteira, pois são mais frescas, bonitas  e baratas.

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Percorrendo as ruas de Piriápolis, um automóvel nos seguiu e, quando estacionamos, ele parou atrás!   Mais uma fantástica surpresa deste pequeno mundo, era o  amável casal Luiz e Tamara, que havia nos cumprimentado em Porto Alegre (ciclistas). São de Florianópolis, já visitaram nosso blog, fizeram caminho de Santiago, e outras aventuras maravilhosas (de bici ou automóvel).  Esperamos encontrá-los novamente pelas estradas, com ou sem mhome…

À tarde fomos no posto Ancap, acessar internet; depois no porto (vento forte e gelado) para fotos, onde vimos uma família de lobos marinhos brincando, mas foram mais rápidos que nossa câmera. As 17h buscamos as roupas na lavanderia: limpas, cheirosas, dobradas.

Voltamos para o camping tomar banho antes que ficasse mais frio, mas o aquecedor de água dos banheiros é com caldeira à lenha e ninguém apareceu para fazer fogo. Nós ainda temos o mhome para tomar um banho rápido e quente, mas e a outra família acampada de barraca? É difícil dizer mas, o AEBU não é mais o que era.

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Vamos ficar mais um ou dois dias aqui, depois seguiremos nossa viagem. Abraços e até breve.   San&Dan

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sábado, 21 de setembro de 2013

Viagem setembro/2013 (parte 1) – Encontro Pomerode

 

Saímos de Toledo-PR, pela BR-277, com vários trechos em manutenção. No final da tarde, em Palmeira-PR, fizemos parada para abastecimento no Posto Bordignon, com bom atendimento e preço razoável. Como ainda era dia claro, seguimos até Lapa-PR, onde pernoitamos.

No dia seguinte seguimos para Campo do Tenente-PR, uma cidade pequena, com lindas casas antigas, uma estação férrea modificada para atendimento ao turista, onde fomos exemplarmente atendidos.  No caminho, passamos por uma bela e estreita ponte metálica.

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Com muito trânsito, conseguimos chegar a São Bento do Sul-SC, fomos ao Supermercado Germânia, onde almoçamos em seu restaurante: Empório do Sabor, (por kg) comida saborosa, variada e típica; acessamos internet e compramos alimentos regionais (cuca, queijo, salame …).

Não conseguindo informações sobre a cidade (estacionamento para mhome, locais de interesse turismo, etc.); seguimos para Campo Bom, e continuamos pela sinuosa Serra Dona Francisca. Desejávamos percorrer a citada “Estrada Bonita”, mas, novamente não conseguimos informações confiáveis para localizá-la.

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Chegamos em Jaraguá do Sul, onde fomos muito bem atendidos pelo Sr. Gilberto, nas Informações Turísticas. Com mapas e dicas, o atendente sugeriu que seguíssemos até Pomerode, pois lá haveriam locais mais tranquilos e seguros para pernoite.

No Parque de Eventos de Pomerode, fizemos nossa inscrição no 4º Encontro do Grupo Rodamundo e  estacionamos provisoriamente (até domingo), pois que o evento ainda não havia iniciado. Fizemos breve caminhada, dentro do parque, cansados que estávamos após um dia inteiro na estrada. Foi gratificante, pois encontramos vários amigos, que já haviam chegado.

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No dia 07 de setembro (Independência do Brasil), além de participarmos das atividades filantrópicas em prol do Hospital de Pomerode, assistimos ao desfile cívico: escolas, fanfarras, escoteiros, bombeiros, entidades, grupos organizados, carros antigos. Mais de 2 horas de lindo e organizado desfile. O que nos surpreendeu foi a grande quantidade de crianças (menores de 7 anos), elevada considerando a pequena cidade.

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No decorrer dos dias,  chegaram muitos  mhomes e  participamos de muitas atividades: delicioso  jantar com variadas massas, passeios pela cidade, feijoada completa, apetitoso e variado café colonial, agradáveis bate-papos de toldo, “aulinhas” de blog, encontros e reencontros.

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Do nosso grupo G7 estavam presentes Mauro e Silvana, Leda e Neivo, De Paris e Vera, Abel e Sônia, Luiz e Tina, Rogério  e Cida, Valério e Arina, Heitor e Gládis, Rufino e Ana Maria, Wilson e Dorli, Anselmo e Mara, e nós (Darlou e Sandra). Recebemos ainda a visita do Heinz e Elrita e do José e Lia.

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Reencontramos também vários amigos: Graça e Renato, José e Denise, Marco e Sandra, Luiz Tostes e Luiza, Nilson e Beth, Danilo e Anastácia, Zair e Neura, Débora e Arno,…e tantos outros que a memória até falha…

Nosso grupinho fez, durante a semana, algumas refeições coletivas: saborosa galinhada, que nos foi brindada pela experiente cozinheira Leda; almoços “leva o que tem”, que mesclava sabores; cafés de final de tarde onde cada casal levava um prato para repartir.   Como dizem os colegas, um SPA de engorda…

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No sábado, ponto alto da festa, estavam presentes  343 mhomes (mais de 1.000 participantes), incluindo uruguaios. Tivemos “bingo” e distribuição de prêmios e, para encerrar, um saboroso jantar típico alemão, seguido de cerimônia de encerramento: discursos dos presidentes das muitas associações presentes, de autoridades e políticos, e um baile  animado para os adeptos.

Domingo, após o saboroso café da manhã oferecido pelo grupo, a maioria seguiu viagem, retornando para casa ou indo para outros destinos. Nós também saímos, após o fluxo inicial e sem pressa.

Seguimos pela linda rodovia secundária (Pomerode – Timbó – BR-470), cuja bela paisagem rural, casas enxaimel, límpidos lagos, canteiros floridos,... lembra algumas passagens européias. Com tudo limpo, bonito  e organizado, concluímos que os imigrantes alemães escolheram  “a dedo” o local para fixarem residência.

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Fizemos parada no Posto Shell (antigo Mime), após Pouso Redondo. Abastecimento com bom preço (R$ 2,249), indispensável lubrificação de cruzetas (gratuito); aproveitamos para lanchar e descansar um pouco. Alguns mhomes do encontro chegaram para abastecer e lanchar também.

Ao longo do dia, por vezes ficávamos em comboio (3 – 4  mhomes), saudades da Europa, quando isto era comum, mesmo sem encontros programados. Fizemos nossa parada para pernoite perto de Vacaria-RS.

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Novo dia e seguimos viagem pela RS-110, passando por Bom Jesus, onde começaram os buracos, tantos que por vezes ficava difícil de desviar. Ainda bem que havia pouco movimento.  Vimos ao longo do trecho desbarrancamentos, muitas árvores caídas; pensamos que deve ter sido ocasionado pela intensa chuvarada, ocorrida há alguns dias.

Uma paradinha contumaz no Café Tainhas, para alongar o corpo e tomar um merecido cafezinho. Ao longo do trecho até São Francisco de Paula, presenciamos muitos focos de queimadas no campo, alguns com longa extensão.

Chegamos em Gramado no final da tarde e observamos poucos usuários no camping.  Vamos descansar um pouco do longo trajeto…  Em breve postaremos mais uma parte desta viagem.

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Abraços!

San & Dan