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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Viagem ao Chile (Via aérea) / setembro/2010

Esta viagem aconteceu em setembro/2010; mas como haviam outras preferências de publicação no Blog, estamos postando apenas agora. Boa Viagem.
Este blog denomina-se Feliz Motor Home, clara alusão à conveniência de levar junto “nossa casa”,assim como conhecer lugares, fazer e rever amigos.  Apreciamos a liberdade e o conforto que ele nos oferece. Com ele não dependemos de dia e hora certos para ir, vir, chegar, partir.
Mas em comemoração aos nossos 10 anos de união, e ao pouco tempo disponível, decidimos fazer uma viagem aérea, ao exterior.  E, como eu nunca havia viajado de avião,  Darlou sugeriu a ida à Santiago - Chile, pois são poucas horas de vôo, o país é lindo, tem muitas coisas para  fazer, ver, conhecer. Identifica-se com países europeus, algo como primeiro mundo na América do Sul.
Adquirimos um pacote turístico em uma agência de viagens de nossa cidade (Toledo-PR), com as despesas de hotel, aeroporto, passagens aéreas, passeios turísticos e traslados incluídos. A saída por  Puerto Iguazu (Argentina), onde os preços são mais viáveis e, aparentemente os transtornos de aeroporto seriam bem menores, pois não precisaríamos ir até São Paulo para fazer a escala de vôo doméstico para o internacional.
De Puerto Iguazu, fomos em vôo doméstico até Buenos Aires. Lá fizemos a troca de setor no aeroporto e seguimos com vôo internacional até Santiago, Chile.  Embora pareça simples, no dia de nossa saída, uma espessa neblina se instalou e o vôo, que deveria sair as 9:40h, depois de muita, muita espera (ansiedade a mil), finalmente saiu as 13:30h !!.
Iguazú 03 09 2010  002 Iguazu
Ao chegarmos em Buenos Aires (15:40h), recebemos a notícia (óbvia) que havíamos perdido a conexão, e que deveríamos procurar pela companhia aérea, para que  mudassem nossas passagens e nos encaixassem no próximo vôo.
A companhia aérea era a Aerolineas Argentinas.  Nos mandaram ir para um lado, para outro, não é neste guichê, tente naquele, aqui é só venda de passagens, etc… E cada lugar muito distante do outro. Já não aguentávamos mais e minha vontade era de ir para a rodoviária e pegar um ônibus de volta…  Até que, numa infindável e irritante peregrinação de várias horas, uma atendente, vendo nosso demonstrado estresse, decidiu solucionar nosso problema. Alterou nossas passagens e nos colocou no vôo que sairia 18:15h. Nos deu até um lanchinho de cortesia (meio sanduiche de pão fatiado!).
Sairia às 18:15h, mas saiu após as  22:40h.  A bordo, o lanche era um sanduíche, um croissant doce, refrigerante, água, café e chá. Eu não consegui comer nada, pois estava muito tensa.   Já estávamos muito cansados, um dia todo no aeroporto, tensão, expectativa, irritação,.. E agora, mais uma dúvida nos incomodava: como iríamos do aeroporto até o hotel, quanto nos cobrariam pelo táxi, e será que nos receberiam no hotel àquela hora?…
Quando o piloto informou: “Vamos começar a passar pela cordilheira dos Andes, nossa altitude é de 10.500m, nossa velocidade é de 750km/h, a temperatura lá fora é de 60ºC negativos, e em Santiago do Chile é de 15ºC”.  Suponho que nunca mais vou esquecer destas palavras, de como somos pequenos, e por vezes não sabemos a dimensão do infinito que nos rodeia …
Muito bonito de ver ao longe as luzes das vilas e cidades, e Santiago se descortinando após a cordilheira…
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Foi nossa agradável surpresa, ao chegarmos no saguão do aeroporto, vermos nosso nome em um cartaz: um senhor gentilmente nos dando as boas vindas. Ele nos esperou cerca de sete horas!  Perguntou sobre a viagem, o cansaço, e ainda: “Y las malas? donde están? aún no llegaron? “  E ficou surpreso quando lhe respondemos que era só aquela bagagem de mão: 3 sacolas, pois já sabemos das confusões das bagagens despachadas.
Nos acomodou no veículo, e depois da “viagem” até  a cidade, chegamos no Hotel: Santiago Park Plaza (http://www.parkplaza.cl/espanol/index.html).  Também nos receberam muito amavelmente, oferecendo um drink cortesia, e em poucos minutos estávamos alojados em nosso quarto. E aí sim, comi os “guardados” lanches do avião… 
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Tomamos um bom banho, organizamos as coisas mais urgentes, e fomos dormir, pois já havia um bilhete de nosso guia lembrando que o passeio sairia as 9h da manhã.   Eu não consegui dormir muito bem, o colchão era de molas e qualquer mexida ou respiro mais forte ele sacudia, e o receio: será terremoto? Brasileiro sem noção destes sismos, vai correr para onde?
No café da manhã, mais uma bela surpresa: pães, biscoitos, massas, muitas frutas (frescas e conservas), embutidos e queijos, omelete, croissants, panquecas, sucos, granola,… dá até água na boca só de lembrar.   Tomamos um bom desjejum, afinal, no dia anterior foram apenas fracos lanchinhos. 
Elogios para a agência de turismo First Premium Travel: pontualmente às 9h, o ônibus já estava nos esperando para o city tour. O guia (Marcelo), bastante extrovertido, explicando bem e bastante.  No ônibus de 42 passageiros, duas venezuelanas, o restante brasileiros!. Passeamos pelo centro, Palácio de la Moneda e Intendência, Plaza de Armas, passamos em frente aos museus,  parques e praças.
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Subimos até o Cerro San Cristóbal, onde há um bonito parque, e de lá se pode ver a tão esperada cordilheira …  Parecem ser brancas nuves no meio do céu, mas é a cordilheira se mostrando.  Indicando com a seta, nosso hotel visto do cerro.
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Próximo das 13h o guia nos levou ao Shopping Las Condes, onde se encerrava o city tour e poderiamos almoçar.  Um detalhe interessante nos shoppings (ao menos naqueles que fomos): a praça de alimentação não tem preços elevados como nos shoppings brasileiros.  Neste dia, escolhemos um restaurante que parecia menos lotado, do tipo self service (as refeições já prontas, faltando apenas combiná-las); comemos salmão e filé de frango com respectivos acompanhamentos, tomamos um copo de cerveja cada um, e nos custou apenas o equivalente a R$ 24,00. As refeições são  bastante fartas, e é preciso estar com muita fome para conseguir comê-las inteiras.
No próprio shopping foi marcada (para as 14:30h) a saída para a vinícola Concha y Toro. Estávamos cansados, mas como já estava em nosso programa, fomos passear!  Nosso guia da tarde falava apenas espanhol, e bem mais introspecto que o da manhã. Mas também contou diversas passagens da história do povo chileno, do clima que se divide basicamente em três: sul (com muita chuva, vento e frio), Santiago e centro (pouca chuva, umidade baixa, poluição) e norte (nada de chuva – deserto).
A vinícola Concha Y Toro (http://www.conchaytoro.com/es/la-compania/bodegas-y-vinedos/) é muito aprazível, com instalações antigas, bem preservadas. Assistimos a um filme de introdução, bem produzido e com guia da vinícola bastante atenta e explicativa. Os vinhos servidos foram deliciosos.  Visitamos o Casilero del Diablo, uma lenda inventada pelo proprietário para evitar furtos de vinhos estocados  (presença do diabo na adega) e que perdurou por muitos anos.                                 (http://cdd.casillerodeldiablo.com/minisitios/leyenda/index.php).
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Ganhamos taças e compramos uma garrafa de vinho para tomarmos no hotel, afinal não tínhamos bagagem despachada e era impossível carregá-las em bagagem de mão…
Chegamos ao hotel após as 19h e estávamos muito cansados. Fomos até o supermercado e compramos algumas coisas para fazer um bom lanche. Tomamos banho e descansamos, pois no outro dia sairíamos ainda mais cedo para irmos às cidades litorâneas de Viña del Mar e Valparaíso.
No dia seguinte, tomamos o saboroso café da manhã e às 8:00h nosso guia chegou para o passeio. Era um senhor com mais idade, surpreendeu pelas informações e pelo conhecimento demonstrado. Conversando com ele de modo mais reservado,  informou-nos que era professor universitário (história e geografia) durante a noite e, durante o dia trabalhava como guia, conhecia pessoas e passeava.
O percurso até Viña del Mar é bastante longo, mas a paisagem distrai um pouco: primeiro os arredores de Santiago; depois as plantações de frutas, de todos os tipos; em seguida as oliveiras; os parrerais; as montanhas; e por fim, chegamos ao Oceano Pacífico…  
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O Pacífico se confunde com o céu no horizonte, parecendo um azul sem fim. E fomos agraciados com um lindo dia de sol e sem bruma.
Passeamos pelas cidades em alguns pontos de interesse: mirante do porto, relógio de flores, almoço no centrinho, “Moai” construido pelos RAPANUI  (da lha de Páscoa). Foi um dia cansativo, mas um passeio maravilhoso. Infelizmente, faltou a liberdade de estar de mhome, para podermos parar nas feirinhas de artesanato, lojas de antiguidades, usufruir das cores e odores dos mercados públicos, ver as coisas com mais calma…
Encontramos até um encontro de fuscas (escarabajos y kombis), que ocorre somente uma vez por ano e, coincidentemente estávamos lá para ver…
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Durante nosso passeio, vimos várias curiosas placas de sinalização (desenho de onda e seta).  Nosso guia informou que Valparaíso está preparada e faz constantes treinamentos para uma catástrofe há muito anunciada: um maremoto, que poderá até acabar com a cidade. Somente então passamos a observar os prédios, shoppings, ruas e calçadas com mais atenção aos pequenos detalhes (emergenciais rotas de fuga, vias de evacuação). Realmente constituem um país de primeiro mundo, com cultura e planejamento até para possíveis catástrofes…
Retornamos ao hotel, já quase 20h, e saímos para lanchar no shopping em frente, onde saboreamos um prato com frango e bastante salada, dois copos de cerveja, por apenas R$ 20,00.  Cada vez mais nos convencemos de que as refeições e despesas em geral podem ser reduzidas. Há locais com preços altos, mas é preciso saber escolher.
Enfim (ufa) um dia livre! Acordamos um pouco mais tarde, saboreamos o café da manhã sem pressa, e fomos passear no centro da cidade, de metrô.  Tarifa R$ 1,80; rápido, eficiente, limpo, com ar condicionado,… A cada sete minutos chega uma nova composição (com 10 vagões).  Não é meio de transporte dos “pobres” (enlatados, como no nosso país), mas sim de todos os que buscam eficiência, praticidade, sem preocupações com o estacionamento do carro ou com o trânsito conturbado. Este metrô é um luxo.
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Aproveitamos nosso dia livre para visitar igrejas,  a Biblioteca Nacional, o Mercado Municipal (onde há, basicamente, venda de peixes e frutos do mar  e  alguns restaurantes).
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Após o almoço, fomos na Plaza de Armas, no centro de informações turísticas e subimos o  Cerro Santa Lucía. Este cerro era apenas uma imensa rocha, com rara vegetação.  No século XIX (1870), o governo convocou os presos (criminosos) para colocarem e distribuirem terra, plantas, árvores no grande outeiro.  Assim, tantos anos depois, o local ficou lindo, possui lindas vistas.  Embora o elevador estivesse desativado (em função do terremoto de fevereiro/2010), havia ainda algumas pedras e barreiras caídas, mas nada que afetasse sua beleza.
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Visitamos a feirinha municipal de artesãos, compramos lembrancinhas e presentes.
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Depois de um bom banho,  fomos no shopping em frente do hotel, comer no “Oh!Salad”. Muito bom,  pegamos apenas uma porção e ficamos satisfeitos: um pote com uns 5 tipos de saladas, queijos, presunto, pão, molhos; delicioso (por  R$ 14,00!!).
No dia seguinte, tentamos ir até o Valle Nevado (início dos Andes), mas soubemos que o transporte sairia a partir das 9h da manhã e apenas começaria a voltar depois das 16h.  Como queríamos apenas olhar a neve, tocar, fotografar, e não esquiar, optamos por deixar para uma próxima vez, quem sabe quando formos de mhome…
Fomos então passear novamente na cidade : igrejas, biblioteca, museus, Plaza de Armas, lojas e supermercados.
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Voltamos para o hotel e arrumamos nossa bagagem para a partida no dia seguinte. Optamos por jantarmos no hotel, afinal, ainda não havíamos degustado nosso drink de cortesia (oferecido na chegada).
Ao chegarmos no restaurante, nos deparamos com mesas postas, garçons à carater, e um violinista tocando músicas clássicas!.  Decidimos pela extravagância: um jantar requintado no hotel.  Havia uma maravilhosa mesa de buffet com frios, canapés, queijos; um “pisco sur” de entrada e vinho branco para acompanhar o jantar, com o prato quente.  E para completar, uma repleta mesa de sobremesas,  saborosas.  Enfim, nossa extravagância nem custou tanto assim, e foi um ótimo presente que nos ofertamos …
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Depois do violinista, interpretando emocionantes erutitas, veio uma cantora de música popular brasileira, cantando Elis Regina, Tom Jobim, e tantas outras lindas músicas antigas. 
Foi tudo maravilhoso, o Chile é um país educado, evoluído; vale a pena voltar novamente; pena que estes dias passaram rápido, pena que eu tenha temor destas máquinas voadoras…
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Na saída, nossa agência de turismo nos pegaria no hotel as 6:30h, então nem café da manhã tomamos. Novamente nos surpreendemos com as palavras da guia: onde estão as malas? só estas? mas então vocês não podem ser brasileiros, eles tem as maiores e mais pesadas malas que já carregamos!   E para comprovar, nos seguintes dois hotéis que pegaram brasileiros, as malas denunciavam sua nacionalidade…
Nenhum problema com a saída de Santiago, vôo tranquilo até Buenos Aires. Mas ainda continuei sem conseguir comer ou me mexer no avião… Apenas uma foto, e a cordilheira vista do alto é maravilhosa e indescritível!!
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Em Buenos Aires lanchamos, e esperamos muito, pois o vôo atrasou quase duas horas, com minha ansiedade aumentando.  Para piorar, o avião foi até o final da pista, tentou decolar e voltou para o acostamento, muito longe da área de embarque. Tentava ganhar força e “puff”, apagava  tudo (ar, luzes, motores).
Vieram mecânicos, outros técnicos e mais outros… Três passageiros argentinos deram um “carteiraço” e exigiram sair  do avião. Um ônibus veio buscá-los. Minha vontade era de sair também, mas os comissários de bordo exigiam que todos permanecessem sentados.  Eu queria sair daquele avião. A  única coisa que consegui fazer durante todo o tempo foi rezar, pedir que Deus mantivesse os motores sem fazer “puff” a 10 mil metros de altura. Não sei se Deus entende de aviões, mas com certeza me ouviu,  pois o vôo foi muito tranquilo.
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Chegamos bem, vôo sem qualquer turbulência e, no aeroporto de Puerto Iguazu, nos esperava o sr. Vitor, conforme havíamos combinado na ida. Nos levou até o hotel AVM (em Foz do Iguaçu), onde estava nosso querido Fusca 1969 a nos esperar. Jantamos no hotel e, no dia seguinte, fomos para casa.
Agora mais felizes: Darlou por ter voltado ao Chile, desta vez com tempo bom, ótimas fotos. Eu por ter viajado de avião e  visitado um país tão fantástico.  Esperamos que, em breve consigamos retornar, desta vez com o mhome, sem pressa, conhecer cada cantinho do fascinante país, que impressiona pela cultura de seu povo, hospitalidade e beleza.
Abraços e até a próxima (de mhome, certamente)…
Dois Atlânticos e um Pacífico 181 Santiago

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Viagem dezembro/2010 (parte 2)

Olá!  Após nossa estada em Florianópolis-SC, optamos por seguir para o sul, pela BR-101. Apesar de ser uma sexta-feira, dia de movimento, a rodovia estava livre, sem muito trânsito, congestionamentos ou acidentes.
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Fizemos uma parada em Tubarão-SC, para conversar com os amigos Nildo e Silvia (mhome MB180). Seguimos viagem,  abastecemos no Posto Planalto (bandeira Ipiranga), que fica a 27km depois de Tubarão, sentido sul. Muito bem atendidos, posto limpo, diesel com bom preço. Já fizemos esta parada outras vezes.
Passeamos um pouco em Torres-RS, cidade muito movimentada com muitos turistas de final de semana, o que assusta um pouco os usuários de mhome (ruas estreitas, carros mal estacionados, motoristas em manobras arriscadas,…).  Seguimos viagem até o Balneário Atlântico (Arroio do Sal-RS), onde ficamos três dias, na companhia da mãe do Darlou. Dias com intermitência de chuva, garoa, neblina, eventualmente um pouco de sol, …
Subimos a Rota do Sol, com suas paisagens lindas, seus trechos sinuosos; no sentido de São Francisco de Paula-RS.
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Ao chegarmos no trevo (Tainhas / Cambará do Sul),  decidimos por ir até Cambará do Sul, conhecer a cidade tida como uma das mais frias do Brasil.  A rodovia está bem conservada, e há pouco trânsito.  Na cidade existem várias pousadas, algumas com pequeno camping, mas em sua maioria na área rural, o que indica acesso sem asfalto.  Evitamos estradas não pavimentadas por receio de causar danos em algum equipamento (geralmente são eletrônicos, caros e de difícil conserto) ou  sacudir a geladeira (o que sobrecarrega o motor e pode estragar).  Nestes casos, quando possível e necessário, carregamos nosso fusca no cambão ou alugamos um carro para estas visitas. 
Almoçamos na cidade, num restaurante muito simples;  passeamos um pouco pelas ruas e avenida;  e tentamos (sim, tentamos) ir ao parque do Itaimbezinho com o mhome, mas a estrada de terra é muito irregular, em alguns trechos bem estreita e, para completar, um forte indicativo de chuvas.  Ficou para a próxima vez, com carro pequeno.
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Decidimos por seguir viagem, e fui “pilotando”. Algumas colegas evitam dirigir o mhome, alegando receio pelas suas dimensões e decorrentes. Mas penso que é apenas condição de adaptabilidade, pois o mhome permite uma visualização mais ampla e elevada, sua velocidade é mais uniforme e outras características que inspiram confiança e segurança.
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Fomos para  Gramado, cidade que “respira” Natal, para passarmos dias tranquilos e agradáveis. O aprazível camping Gramado estava quase lotado, mas sempre se consegue um bom lugar para estacionar. Ficamos alguns dias, passeamos na cidade; fotografamos; estabelecemos boas amizades; caminhamos bastante; …

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No dia 21 assistimos ao Nativitaten  (show de  luzes e  fogos no  Lago  Joaquina  Rita  Bier), encantador, místico, emocionante. Narra, em  forma de  ópera, desde a criação do mundo até o  nascimento de  Jesus e a  comemoração do  Natal.  (dica aos da 3ª idade: há desconto de até 50% nos ingressos em vários eventos).  Uma garoa, intercalada com chuva fina, atrapalhou  um pouco a  visualização dos fogos de artifício, mas  novamente foi uma  apresentação mágica.  Consegue-se sentir o fascínio do Natal no balanço da água (chafarizes), na intensidade do fogo e na emoção dos cantos das crianças.(http://www.natalluzdegramado.com.br/atracoes/nativitaten/nativitaten.php)
No decorrer dos dias, alguns com chuva e frio outros com muito sol e calor;  conhecemos pessoas admiráveis: Sr. Leopoldo e sra. Elaine (possuem um trailer estacionado no camping); Sr. José Cleto e Sra. Rute (de Curitiba, que estão aproveitando mais o mhome com a chegada da aposentadoria); Sr. Renato e Sra “Lena” e vários companheiros que conhecemos nestes dias de véspera e de Natal.
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Como haviam vários mhomes, em sua maioria longe do restante de suas famílias, organizou-se (pelo sr. Miguel e esposa) uma bela ceia de Natal. No dia 24  nos reunimos no salão da igreja (locado, ao lado do camping), encomendados os alimentos, foi uma confraternização maravilhosa, formada uma grande família.  Todos unidos, celebrando o nascimento de Jesus, a chegada do Natal.  Fizeram ainda uma brincadeira com brindes (verdadeiros e falsos).  Um encontro fraterno com ceia alegre e deliciosa.
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Depois de um lindo dia de sol, o céu do dia de Natal precipitou-se, com muita chuva.  Nestes momentos aproveitamos para colocar o blog em ordem, arrumar álbum de fotos, ler livros, assistir a um bom filme,  atualizar as contas da viagem, etc…
No domingo à tarde passeamos pela cidade, vimos a Parada de Natal, muitos turistas, trânsito complicado,… Ao voltarmos para o mhome tivemos uma agradável surpresa: Sr. Leopoldo (alegria de seus 86 anos) e  esposa, sra. Elaine, nos aguardavam para uma visita com prazeroso bate-papo. São pessoas encantadoras, muito amáveis; adoramos conhecê-los.
Dia seguinte, passeamos em Canela pela manhã: cuja cidade apresenta bela ornamentação para o Natal. Para evitar os transtornos do trânsito, utilizamos o ônibus urbano de Gramado, que acessa o centro e, no outro sentido vai até Canela. A  tarifa é acessível (R$ 1,90), horários frequentes (cada 20 min), motoristas cuidadosos e gentís.
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Almoçamos num ótimo local em Canela: Restaurante Olimpia (http://www.hagah.com.br/rs/canela/local/139749,2,olimpia-restaurante.html).  Localiza-se na av. Osvaldo Aranha (uma das principais), num aprazível subsolo, com comida muito saborosa; servem buffet livre ou por kg, atendimento cordial (tanto pelos garçons quanto proprietários).   Novamente  faço a ressalva: não recebemos descontos ou benefícios para fazermos estas indicações (de restaurantes, postos e outros lugares), apenas gostaríamos que nossos amigos também pudessem dispor de bons serviços, ou até criticar nossas informações.
À tarde, nossos vizinhos sr. Renato e sra. Lena nos convidaram para ir à cidade de Igrejinha (cerca de 40km de Gramado), pólo calçadista regional. Diversas lojas, boa variedade de sapatos, sandálias, tênis, masculinos, femininos e infantis.  Fizemos a maioria de nossas compras na Botas Paulinho (atendimento bom, com muitos itens da linha ComfortFlex – ideal para quem gosta de caminhar bastante sem sentir desconforto).
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Dia 28/12, depois de analisarmos algumas possibilidades de roteiros, os possíveis tumultos de final de ano, decidimos por voltar para casa. Arrumamos nossas coisas com calma, e saímos às 10:30h.  A estrada para Nova Petrópolis está linda, muitas hortênsias, várias tonalidade de verde. 
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Almoçamos em Nova Petrópolis, no Restaurante Plátanos, Galeria Imigrante (http://www.hagah.com.br/rs/nova-petropolis/local/345635,2,restaurante-platano-grill.html). Comida variada e deliciosa, também servem por kg e buffet livre. (Lembrao que há uma farta mesa de sobremesas, …hummm!)
Seguimos subindo a serra, passamos por Caxias do Sul, Farroupilha, e chegamos em Bento Gonçalves ao redor de 16h.  Fomos muito bem recebidos pelo sr. Carlos no posto de informações turísticas (na entrada, antes da grande Pipa). Nos explicou diversos aspectos da cidade, alguns roteiros, e também concordou conosco que a cidade precisa pensar em um local para receber os mhomes que visitam a serra gaúcha. Um local que seja seguro, tranquilo, com instalações de luz, água, esgoto; onde possamos deixar os mhomes com segurança e passear pelas belas paisagens e cidades (Bento, Garibaldi, Carlos Barbosa, Farroupilha, e todas as demais).
Visitamos a Auto Peças Valduga, onde o Sr. Adilson, (muito gentil e demonstrando profundo conhecimento), nos mostrou a enorme quantidade de peças para veículos antigos que possuem em estoque: desde os nacionais Willys, Fusca,  Opala, …até os Ford, Chevrolet,…. da década de 20!
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Ainda em Bento Gonçalves, fomos até a AABB, tentar “pouso”.  Nossos amigos Fábio e Isabel (ecônomos)  nos receberam calorosamente, são muito amáveis, prestativos, trabalhadores.  A associação estava linda, exemplarmente cuidada.  E conseguimos um bom lugar para passarmos a noite, com muita tranquilidade e segurança.
Mais um dia de viagem, subindo a serra por Veranópolis, Nova Prata e, no horário do almoço, passávamos por Nova Araçá, quando vimos um outdoor indicando um restaurante por kg. Entramos na cidade e logo encontramos o local: Restaurante Tutti Noi: por kg e buffet livre; comida italiana tradicional, grelhados, sobremesas. Uma delícia aliada com ótimo atendimento.
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Seguimos viagem até Passo Fundo, para visitar a prima Elaine, mas não estava. Deixamos nosso abraço e flores para ela.  Fizemos compras no Shopping Bourbon e seguimos viagem.
Muito calor durante todo o dia, conseguimos  chegar em Frederico Westphalen no início da noite. Decidimos ficar na cidade, tomar um bom banho e descansar do calor.  Uma preciosa informação (Sd. Adilson - Corpo de Bombeiros); nos indicou uma caminhada na praça da cidade.  Elogios à administração pública da pequena cidade, que soube engalanar a cidade com decoração, luzes e cores alusivas ao Natal.  
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No dia seguinte, saímos bem cedo, pois queríamos passar na Argentina (Dionisio Cerqueira-SC / Bernardo de Irigoyen-Arg) para comprarmos vinhos e espumantes. A cidade de Bernardo de Irigoyen estava lotada com os turistas e “compristas” brasileiros. Fomos direto ao Hipermercado Porteño, depois voltamos para Barracão e lanchamos na panificadora Delícias do Trigo (lanche delicioso e atendimento cordial).
Novamente muito calor, e o trânsito aumentando cada vez mais, mas apenas em sentido oposto ao nosso ( turistas indo para o litoral).  As 17:35h chegamos em casa.
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Foram 24 dias de viagem, num total de 2.489km, com gasto médio diário de R$ 96,00 (tudo incluido).  
Reencontramos amigos; fizemos novos colegas, companheiros e amigos. Descobrimos que por vezes as pessoas que mais nos querem bem, que lembram de nos dar saudações de boas festas, que se preocupam conosco, são aquelas que não tem nenhum vínculo familiar.  Apenas encontraram afinidades conosco e, claro, procuramos retribuir tais bons “eflúvios” que recebemos.
Não vou citar todas as pessoas porque a emoção poderá me fazer esquecer alguém. Mas são pessoas como o Fábio e sua esposa Isabel (de Bento Gonçalves), que demonstraram a grande alegria em nos receber e vieram correndo nos abraçar, pois havia 2 anos que não nos víamos. Ficaram felizes com nossa chegada, e nós ficamos ainda mais satisfeitos em saber que temos tão bons e verdadeiros amigos.  Que Deus sempre os abençoe, em todos os seus atos, para júbilo de todos que os querem bem.
Enfim, desejamos que, em breve estejamos na estrada novamente, e que possamos auxiliar nossos companheiros de mhome e demais leitores com nossas informações e dicas.
Abraços. Até breve.
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