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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Viagem novembro-dezembro/2014 (parte 7)

 

Olá !

Nosso Natal abençoado foi passado em Polvaredas-AR, com os vizinhos franceses. Aproveitamos o silêncio e dormimos um pouco mais (assim como eles). Após o café, tiramos fotos e seguimos para a Ruta, que continua com cores e visuais lindos. Em Uspallata  aproveitamos uma sombra (1.860m altitude e 33ºC) para prepararmos almoço.

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Logo  após passarmos Mendoza, paramos num YPF, para descansar, fazer um café. Para nossa desagradável surpresa um dos alongadores traseiros de ventil havia se soltado da presilha e rompeu-se, esvaziando um pneu.

Como não havia ar neste posto, retornamos 2km até outro posto (Mercosur), num calor sufocável (ainda bem que temos rodado duplo). Lá conseguimos reenchê-lo, com dificuldade, pois o ventil é entre as duas rodas.

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Rodamos mais 55km e chegamos a um m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o posto YPF: estacionamento com sombra, duchas, wifi, parque gramado,… conseguimos até água potável para o reservatório. Vários caminhoneiros brasileiros pernoitam aqui, com suas famílias em seus modernos caminhões, com conforto de mhome. À tardinha fizemos uma “roda” com as cadeiras para uma agradável troca de informações.  A cultura e o conhecimento geral destes motoristas surpreende. (GPS: S 33º07’42,4”  W 68º19’08,3”).  

Pela manhã abastecemos (PA 11,29/L) e fomos para a Ruta 7, parada rápida no YPF de La Dormida para conferir os ventis e… estrada.  Até Santa Rosa há parrerais, frutíferas, verde, sempre com auxílio de irrigação, depois só vento e secura.

Na divisa de províncias (Mendoza-San Luis), há 03 barreiras sequentes: polícia, gendarmes e fitossanitária (poderiam fazer tudo na mesma!). Formou-se uma fila de quilômetros… no calor de 40º às 11h da manhã, mas no horizonte há indícios de tempestade.

Finalmente, após 213km de NADA (nem estacionamento, posto, área de descanso,…), chegamos a um simplório YPF, lanchamos no mhome mesmo. Encontramos dois casais de moto, cariocas e muito simpáticos.  A chuva chegou e a temperatura caiu para 17ºC. Pernoitamos num YPF na entrada de Rio Cuarto.

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Novo dia, acordamos cedo, optamos por ir visitar Rio Cuarto (150 mil habitantes); fotografamos a igreja de São Francisco (1876) com belos arcos; a catedral (1883) em estilo barroco; a Comandancia de Frontera do Exército (1860).  Mas uma coisa nos chamou muito  a atenção, desde a chegada na cidade, observamos as casas e comércios com grades e arame farpado, até nas igrejas há vários tipos de trancas; a sujeira e o desleixo dominam a paisagem, parece que a educação e cultura do povo foram aqui esquecidas.  Abastecemos e fomos para a rodovia.

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Em Villa Maria (80 mil habitantes, fundada em 1867), fizemos nova parada.  Visitamos o Museo de Ramos Generales, muito interessante, instalado em casa antiga de 2 pavimentos, com vários ambientes: barbearia, escritório, armazém, padaria, farmácia, oficina, ferraria, brinquedos, automóveis, costura e outros. O museu pertence a uma família tradicional da cidade.

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Optamos por almoçar na praça (com sombra), um saboroso bife acebolado y pan, feito no mhome.  Na saída, tentamos visitar o Museo del Automovil Don Iris, mas está fechado até janeiro.

Tomamos a Ruta 9 (direção Rosário), e novamente não há postos de combustível, área de descanso,  estacionamento,... Só estrada e estrada. Algumas placas indicam “estación de servicio Xxkm”, mas devem situar-se em lugarejos laterais e afastados. Apenas 210km depois há um local de estacionamento na praça de pedágio.

Estacionamos, questionamos alguns caminhoneiros e, como o próximo posto fica apenas em Rosario (60km), decidimos pernoitar na praça de pedágio mesmo. 

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Noite tranquila e, após o café, fomos para Rosario (1 milhão de habitantes, fundada em 1793), na intenção de visitar a cidade, aproveitando a manhã de domingo, mais tranquila. Perto do imenso Parque de la Independencia há um cemitério, (que não nos atrai) mas os túmulos são exageradamente requintados. 

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Depois fomos à  igreja de San José (séc. XIX); à Catedral Basilica Menor Nuestra Señora del Rosario (séc. XIX), cujo altar maior é em mármore de Carrara, construído na Itália. No subsolo há uma cripta com virgem de N. Sra. del Rosario trazida da Espanha em 1773. Visitamos  ainda o imenso Monumento a Bandeira (1957), com fogo eterno, que foi construído com pedras vindas dos Andes, onde está a cripta de Manuel Belgrano.

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Um pouco antes das 12h saímos de Rosario, já com um pouco de congestionamento. Seguimos as indicações para Victoria, atravessando os 59km de pontes e viadutos que atravessam rios, ilhas, alagados do grande Rio Paraná.

Para render a viagem (longo trecho de pontes e ermo), ficamos conversando, e Dan perguntou sobre a Familia Silva (http://viagensfamiliasilva.blogspot.com), quando viriam para a Argentina, etc.. Respondi que deveriam sair do Brasil dia 26 em percurso que eu desconhecia. Neste instante, eis que passam por nós os 03 mhomes, um deles da Familia Silva.  Coincidência, premonição, telepatia, casualidade?  De qualquer maneira, ficamos felizes em encontrá-los.  

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Chegamos em Victoria quase 13:30h, logo na entrada, no antigo Tiro Federal, está a Oficina de Turismo, muito bem atendidos pela Sra. Silvia; nos orientou para irmos para o Camping Colina del Baco;  onde fomos gentilmente recebidos pelo proprietário, Sr. Ivan, que mostrou todos os serviços e área do camping, possui também cabanas.  As diárias custam PA 225/dia (2 pessoas+mhome), com piscina, wifi, luz, duchas. É um empreendimento novo, com ótimas condições de ser bem-sucedido.

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Almoçamos já após as 14h; tomamos uma ducha e fomos descansar, pois o calor era quase insuportável, associado à alta umidade que não deixava evaporar.

Começamos a organizar o mhome, que há vários dias não recebia uma “atenção”. Pretendemos ficar por aqui mais um dia pelo menos, colocar uma “ordem” na casa e descansarmos um pouco do longo trecho sem camping...

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Como nossa próxima postagem será somente no próximo ano, desejamos a todos os amigos, colegas, visitantes, um  Feliz  Ano Novo; repleto de saúde, paz, alegrias, prosperidade, e que Deus acompanhe a todos nós pelas estradas!

Até Breve!

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domingo, 28 de dezembro de 2014

Viagem novembro-dezembro/2014 (parte 6)

 

Olá!

Após sairmos de Lago Puelo-AR, do ótimo camping Delta del Azul, seguimos para San Carlos de Bariloche. No caminho, em El Bolsón, conseguimos trocar os dois pneus dianteiros, na empresa Los Abedules (GoodYear), bom preço e balanceados.  Nos arredores de Bariloche um trânsito terrível, filas e mais filas de automóveis e caminhões, vento com poeira suficiente para encobrir a paisagem, polícia e gendarmes a cada 10km. E, como já usufruimos Bariloche na viagem anterior, não entramos. 

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A paisagem de montanhas, flores nativas, rios, é encantadora, parece nos elevar a um nível maior, Supremo…

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Fomos para Villa Angostura e, nossa primeira parada foi na lavanderia La Angostura (que já utilizamos outra vez), serviço bom e rápido (24h); PA 60/cesto de roupa lavada e seca. Depois uma rápida parada no La Anonima (supermercado) e,  com a chuva engrossando, fomos direto para o camping Unquehue. Ótimas instalações, bons lugares para mhome, mas PA 290/dia! (era PA90/dia em 2012).  Ali encontramos um casal de alemães com uma camper (chilena, alugada). 

Pela manhã, apesar do frio (4ºC), passeamos pelas Bahia Mansa e Bahia Brava (vento congelante). Depois algumas passeadas pela cidade à pé e, às 12h buscamos as roupas (limpinhas e cheirosas).  Fizemos almoço “all inclusive”, pois para entrar no Chile não podemos ter nada “in natura” (carnes, ovos, frutas, legumes, verduras, queijos, presunto, salame, leite aberto, manteiga, requeijão, …).

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Quando  fizemos a troca dos pneus em El Bolson, um deles ainda estava em bom estado, resolvemos levá-lo (amarrado no teto) para doação.  Aqui em Villa Angostura, doamos para os Bombeiros Voluntários.

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A região está mais verde do que quando passamos (meados de abril/2012), os rios estão com água corrente, as árvores dançando ao vento e flores, muitas flores...  

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Na aduana não tivemos maiores problemas, apenas demorou pela quantidade de pessoas. Seguimos direto para Entre Lagos, na Cabañas Panorama, da Sra. Maria Hermosilla, já conhecida em 2012. Sempre muito simpática nos recebeu bem, arrumou um lugar para ficarmos (Pch 10.000). Estava muito contente pois havia recebido dois grupos de brasileiros em sua pousada: um de motos (São Paulo) e um de Fuscas (Palhoça-SC), com respectivos adesivos na porta da geladeira.

Pela manhã, novamente 4ºC, nos despedimos e lhe presenteamos com biscoitos de Natal (da Vera) e ela nos regalou com uma deliciosa cucken (com açucar mascavo, gengibre, canela, amêndoas, passas, recheio de creme de baunilha, humm…).

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De Entre Lagos fomos à Osorno, no grande supermercado e na Sodimac (imensa loja com tudo para casa e construção). O  tempo intercalava entre chuva, vento gelado, sol escaldante…

Procuramos algumas informações de camping, local para estacionar mhome, campamento, mas não obtivemos êxito. Notamos que as informações que pedíamos não eram dadas com boa vontade, até com certa irritação. Pernoitamos num COPEC (posto combustíveis) antes de Vitória, duchas muito boas (Pch 500).

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Durante a noite muito fria, acordamos às 7:30h, o termômetro marcava 2ºC. Após o café e abastecimento, seguimos na intenção de visitar Concepción, afinal, domingo devia estar vazia: ledo engano!  As lojas abertas para a população poder fazer suas compras de Navidad. Todos saíram de carro, não havia estacionamento ou passagem nem para as ambulâncias…

 Após algumas tentativas, desistimos  e fomos para Penco, afinal o guia Copec indica um camping ali, à beira-mar. Pergunta daqui, entra em biboca ali; chegamos ao “camping”, que na verdade é um trecho de areia, entre um bar “pé sujo” e o mar.  Quando Dan questionou onde poderia estacionar, a senhora informou  “em qualquer lugar da areia”, o camping era ali…

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Na estrada novamente, rodamos até Chillán, pois sendo domingo, seria mais fácil entrar e procurar onde ficar. Conseguimos indicações e ótimo estacionamento com colegas bombeiros, os quais estavam muito felizes por terem recebido dois caminhões americanos que atuaram no 11/setembro (atentado das torres gêmeas).

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Segunda, visitamos a grande feira de Chillán, uma das maiores e mais importantes do Chile; ali encontra-se tudo (frutas, legumes, verduras, artesanato, grãos, flores, …). Do outro lado da rua o Mercado Techado tem várias opções de carnes, queijos e embutidos; além de restaurantes e lanches.

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Depois voltamos para o centro, visitamos a Catedral  (com curiosa estrutura: sucessão de meios arcos elipticos). Conseguimos fazer câmbio no Banco del Estado, após alguma dificuldade (atendente exigiu o passaporte).  As 10h saímos de Chillán, seguindo para o Norte. Paramos em Linares  para almoço.

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Entramos em Villa Alegre, fotografamos algumas casas preservadas, a igreja (fechada desde o terremoto de 2010). Dali seguimos por estrada vicinal até San Javier, pequena e movimentada cidade.

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Depois fomos na Vinícola Balduzzi para uma visita guiada com degustação (Pch 14.000). O espaço é bonito, alguns vinhos bons, porém não permitem pernoite. Apresentaram várias desculpas esfarrapadas e, como o custo da visita foi alto, seguimos viagem sem comprar vinhos.   Pernoitamos num posto Copec ao norte de Talca.

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Novo dia, saímos com o propósito de encontrar local para a noite de Natal.  Entramos em San Fernando para conhecer e quase ficamos “entalados” pois um imenso caminhão descarregava papel higiênico nos fundos do supermercado (passamos pela mesma situação em Pelotas-RS há alguns anos, também caminhão com papel higiênico!).

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Fomos até a Fazenda Los Ligues, monumento nacional, hotel, vinhedos, recorrido histórico, mas mhome não pode,…  E o atendimento surpreendentemente agressivo, parecendo que fazem um graaande favor em atender pagantes.

Mais um pouco de estrada e fomos para Champa, pois no nosso guia há descrição de vários campings nos arredores do Lago Aculeo. Alguns fechados, outros abandonados, e os 2 abertos queriam o equivalente a R$ 50/pessoa/dia, apenas para estacionar, pois os sanitários estavam impraticáveis!!, Com calor de 35ºC (contraste!), decidimos ir para Pirque, onde há vinícolas, campings, parques… Nem os postos de combustível permitiam pernoitar.

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As 17h optamos por seguir para o norte de Santiago, o que implicaria atravessá-la. Após 2 horas de pesado congestionamento, chegamos ao Copec da Ruta 57 (5km após o contorno), posto lotado, rodovia congestionando, paramos num canto e decidimos pernoitar e seguir bem cedo. 

Logo chegou uma camper com um simpático casal: Karsten e Emikö (alemão e húngara). conversamos em inglês, trocamos e-mails.  Jantamos filé americano (USA), arroz brasileiro,  vinho chileno, salada e sobremesa…

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Novo dia, após o café saímos as 6:30h, para evitar o congestionamento; ainda tínhamos esperança e fomos até as Termas de Colina. Após esperarmos 1h (pois abria apenas as 9h), uma atendente grossa e de mau humor informou que teríamos que sair antes das 16h…  pois hoje o hotel não funciona!

Frustrados e surpreendidos com a alteração da educação chilena, que tão bem nos receberam em 2012, seguimos viagem. Fizemos uma parada em Los Andes para comprar vinho e cozinhar os alimentos não permitidos crus na aduana e barreira fitossanitária.

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Logo chegamos aos belíssimos Caracoles. Tivemos sorte, pois, apesar do vento gelado (comum por aqui), o céu azul e o sol colaboraram. Na Aduana, pórtico com 3m de altura (o mhome tem 3,20m), tivemos que passar pela faixa dos ônibus, o que exige paciência e, embora o nosso tenha sido rápido, não há ultrapassagem e o ônibus da frente foi flagrado com produtos não permitidos.

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Tínhamos pensado em pernoitar em Puente del Inca (que continua belíssima), mas com frio e falta de turistas no momento, parecia uma cidade fantasma. Apenas um idoso que cuida dos sanitários e muitos perros. Um filhote ficou olhando para nós, com aquela expressão “me leva com vocês, não quero ficar sozinho”… Fizemos algumas belas fotos e optamos por seguir.

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As montanhas, combinadas com o horário solar estavam em seu auge de cor: tons vermelho, amarelo, cinza, verde,.. a cada curva, novas e lindas paisagens.  Na minúscula Polvaredas decidimos estacionar, pois já começava a escurecer. Repentinamente encontramos estacionados dois mhomes (Iveco) franceses (Gilbert e Monique, Yves sozinho); estão dando a volta pela América do Sul, há 09 meses.

Eles já estavam com a ceia na mesa, nós tomamos uma ducha e logo preparamos a nossa: presépio e árvore feitos pela Cinthya (Rio Grande-RS); botinhas feitas pela Sra. Maria Hermosilla (Entre Lagos-Chile); biscoitos natalinos feitos pela Vera (Gramado-RS); avelãs com chocolate feitos pela Monique (francesa); peito de frango chileno com farofa natalina da San (com passas, castanhas, cogumelos, azeitonas, cebola, alho, salsinha desidratada)   e uma salada de batata com maionese…  Tudo isso com um bom vinho chileno saboreado na “frescura”  da altitude de 2.250m. Neste aniversário de Cristo, auguramos que o Supremo continue a iluminar nossas ações.

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   Feliz Natal!!  Um maravilhosos Ano Novo!  Até Breve!

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