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quinta-feira, 28 de março de 2013

Viagem pela Europa (parte 4: França)

 

Mais uma etapa, novas surpresas nos aguardam.  Saímos de Porté-Puymorens-FR, às 14:20h  após brincar na neve e almoçar.

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Paisagens lindíssimas de montanhas, neve e vales. Serra com curvas fechadas, movimento de automóveis aumentando, pois amanhã (segunda) devem voltar ao trabalho.   Uma barreira policial nos parou, antes de Ollette, questionamento padrão, mas desempenhamos bem nosso diminuto vocabulário francês-inglês.

A rodovia secundária não é pedagiada, permite velocidade menor para apreciar e fotografar, mas é estreita ao atravessar algumas cidadelas. Numa viela fechamos os retrovisores para poder passar (o mhome tem 2,50m de largura!). Pernoitamos no Camping Internacional de Roussillon por €17,00 (N 42º 50’ 39”  W 02º 55’ 40”), instalações limpas e agradáveis, com curioso banho “unissex”, apenas boxes internos separados..

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Chegamos à Carcassone, uma incursão nos séculos passados. Ruas estreitas, viadutos antigos e baixos (o mhome tem 3,10m de altura!), exigiram muita paciência e habilidade.  Dificuldade de estacionar, pois as cidades já possuem mais automóveis que vagas, situação decorrente do baixo preço do carro popular, cerca de €4.900,00 (R$ 13.700,00).

Ao passar pela lateral do muro da cidade medieval (centro histórico), avistamos uma vaga ao lado de outro mhome estacionado. Local centralíssimo, próximo à entrada da imensa muralha, na “sombra” da igreja St. Gimer (séc XIX).  Sob chuva fina, almoçamos à bordo e descansamos.

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Adentramos pelo pórtico e após rampas e escadarias caminhamos na cidade, duplamente murada. Construída sobre ruínas de fortaleza  romana, a cidadela, foi incendiada em 1355 e depois reconstruída. Com formato elíptico (uns 700m em seu diâmetro maior), todo o seu conteúdo é cinematográfico, embora real e emocionante (vários filmes já foram feitos aqui, incluindo Hobin Hood, da década de 1990).

Carcassone é um magnífico Patrimônio Mundial da Humanidade, pela Unesco; possui 3km de muralhas e 52 torres.

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Não fossem as vestimentas das pessoas, estaríamos mergulhados em 1700! Toda as construções, vielas, escadarias da cidade estão preservadas, com hotéis, cafeterias, lojas,.. disponíveis para atender aos muitos turistas. Obviamente os preços são elevados. Alguns museus, como o da Tortura (Inquisição) cobra €9,00/pessoa (sem exceções), um ”martírio” e as menores lembrancinhas acima de  €5,00. Compramos um livro sobre sua bela história e uma pequena tapeçaria.

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Visitamos a Basílique St. Nazaire, em românico gótico (as pedras fundamentais foram abençoadas pelo Papa Urbano II em 1096), em um dos extremos da cidadela. Várias gárgulas “enfeitam” o exterior, algumas estranhas e curiosas; utilizadas para escoamento da água da chuva por lugares específicos (bocas dos “diabólicos”, por exemplo). Internamente a Basílica é simples e bela, com estatuária em mármore.

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Voltamos a percorrer a cidade por mais vezes, fotografamos dezenas de locais mas, com certeza as fotos não substituem a presença.  Os interessados em história, visitem Carcassone.

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Saímos cedo (7:15h) para evitar congestionamentos, rodamos uns 60km até chegarmos em Béziers, onde estacionamos e fomos ao supermercado Auchan; paramos em Pézenas, num Carrefour para abastecer (€1,35/L),  almoçar a bordo e descansar.  Média histórica neste percurso: 11km/L!

Desde Narbonne, os vinhedos tem nos acompanhado, por dezenas de km, alguns prontos outros sendo trabalhados. Muitas e imensas plantações de frutas (maçã, pêssego, ameixa) vimos entre Perpignan e Narbonne.

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Como fomos pelas estradas não pedagiadas, a média de percurso em 1h não passa de 45km, e é preciso ter cuidado pois as vilas e cidades estão a poucos km umas das outras.

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Às 16:30h chegamos em Palavas les Flots, perto de Montpellier, cidade à margem do Mediterrâneo, num grande Camping-Marina com centenas de barcos e mhomes (N 43º 31’ 50,4”  W 03º 55’ 22,6”) – Halte Camping Car.  DICA:  É preciso dar a volta na rótula e passar por baixo da ponte para entrar no camping; como 95% dos mhomes erram e precisam fazer a manobra (que fica a uns 5km), informamos…

Ótimas instalações, bom preço (€13,44/dia) com curioso sistema de  senha alfanumérica para acesso aos sanitários e conector de energia elétrica cedido após depósito do …passaporte!

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Após nos instalarmos, preparamos um apetitoso jantar internacional: macarrão italiano, molho 3 queijos francês, salada jardineira portuguesa, pratos chineses, talheres indianos e, o destaque, regado à Cava Jaume Serra (espanhola) em cálices comprados em Andorra!  Nada melhor para saciar a fome brasileira em plena turnê européia.  Um brinde em alemão: PROST!

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Dia seguinte fomos a pé ao centro da cidade (1km), levamos duas sacolas de roupas para lavar (€7,00), numa lavanderia estilo LavLev, nas  proximidades da Oficina de Turismo e restaurante panorâmico (giratório), ficam na Torre, que antes era o reservatório de água da cidade.

Nas ruas ao redor acontecia um feira, frutas, legumes, verduras, roupas, embutidos, conservas, vinhos, brinquedos, artesanato.  Compramos uma bela berinjela, para o jantar.

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Na InfoTur, muito bem atendidos pela Sra. Giovanna (em italiano!) que nos forneceu muitos folderes sobre a região e disponibilizou internet wifi no local.  Fotografamos a cidade, com muito frio e céu nublado.  O “Canal du Midi” possui 241km, com 328 obras de arte, dentre túneis, eclusas, pontes,… Construido entre 1666 e 1681 por Pierre-Paul Riquet, que dedicou sua vida e dilapidou sua fortuna na gigantesca obra,  ligando o Mediterrâneo ao Atlântico. Pode-se alugar barcos (tais mhomes) para percorrê-lo, visitando paisagens e lugarejos indescritíveis e inacessíveis de outra forma, à velocidade máxima de 8km/h!

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À noite, um jantar de doce lembrança: berinjelas fatiadas com cobertura de molho especial, queijos e especiarias, receita dos estimados Juliana e Iris, de Cascavel-PR. (Ao ver aqui as cegonhas, sempre lembramos do vossoTelvi, abençoado, a chegar em abril.)

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Noite chuvosa e novo dia também. Muito frio, ficamos no mhome faxinando e guardando material. Arrumamos bancos  e TV que barulhavam frouxos; embalamos e guardamos livros e folderes que não serão mais usados por ora; tentamos fazer a TV funcionar mas não conseguimos; numa curta estiagem fomos esvaziar esgoto e abastecer de água.

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Notamos que a maioria dos que chegam ao camping passam apenas uma noite: esvaziam esgoto e vaso sanitário (TODOS químicos, tipo gaveta), enchem caixa de água, dormem e no outro dia seguem viagem.  Nós optamos por ficar, pois com chuva e sexta-feira Santa, as rodovias ficariam congestionadas; e passear de ônibus ou trem com chuva é ruim, não se consegue fotografar ou visitar parques e monumentos.

Mantemos nossa despensa e geladeira  (alimentos) completos, incluindo guloseimas e variedades regionais; tanque de combustível cheio; camping pago. Também temos aproveitado os estacionamentos gratuitos, quando vemos outros mhomes ali parados ou pernoitando, o que permite liberdade e autonomia.

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Procuramos fazer as refeições no mhome, com alimentação equilibrada, pois nos restaurantes por vezes paga-se caro e come-se mal, e também para termos segurança alimentar (um indisposição seria comprometedora). 

Aproveitamos para lembrar aos colegas: manter o tanque de combustível e de água cheios, esgoto e vaso sanitário vazios, despensa abastecida de comida para todas as situações (refeições rápidas e/ou completas).  Até agora só encontramos deságues de esgoto e abastecimento de água em campings ou estacionamentos permitidos. Os postos de combustível não disponibilizam (como no Brasil, que abastece-se diesel e pede-se água).

Agora, já com sol, estamos aproveitando a paisagem. Continuaremos pela França…

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Abraços e até breve!  San&Dan

quarta-feira, 27 de março de 2013

Viagem para Europa (parte 3: Andorra)

Olá !

Andorra é um país pequeno, lindíssimo, com muitos atrativos, localizado nos Pirineus centrais, entre França e Espanha;

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Possui superfície de 468km2, dos quais 8% urbanizada e o restante ocupado com bosques, lagos e rodeado de montanhas. Possui 85 mil habitantes, sua capital é Andorra la Vella, e o catalão (uma sonora mistura de espanhol, francês e português) é o idioma oficial.

O regime político é de co-principado, assumido em conjunto; pelo Bispo de Urgell (Espanha) e pelo Presidente da França. Em março de 1993 foi assinada a primeira Constituição de Andorra, que converteu o principado em um Estado de direito, democrático e social. Sua economia  baseia-se em comércio e turismo (60%) e financeiro (16%), que muito bem impulsinonam o pequeno país.

Como pertence à Comunidade Européia, nem nos pararam na aduana, embora houvesse muito trânsito de veículos pequenos. Como Espanha e França são vizinhos e os preços são convidativos para compras, há muito fluxo de pessoal. Até o diesel é bem mais barato:  €1,17/L. 

O clima é montanhoso, mediterrânico, com média mínima de -2ºC e máxima de 24ºC, com neve frequente. O relevo é constituído por 72 picos, alguns com mais de 2.000m altitude (Comapedrosa: 2.942m).

Estacionamos no Centro Comercial River (N 42º27’12,5” W 01º29’09,9”), em San Juliá de Lória, pois vimos placa de parking para mhomes; e lá há local para desaguar esgoto e vaso sanitário, além de torneira de água potável. Fizemos todas estas tarefas, estacionamos e abastecemos a despensa

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Depois fomos para a capital, Andorra la Vella, enfrentando trânsito, ruas estreitas, pedestres que se jogam nas faixas, e chegamos ao Park Central (Estacionamento central, pago). Seria uma opção de pernoitar, passear pela cidade (lindo centro antigo e comércio), mas é proibida a permanência de mhomes depois das 23h, automóveis sem usuários podem pernoitar.

Voltamos ao centro comercial River (S. J. de Lória) para passarmos a noite; mas o trânsito congestionado e os poucos 9km de distancia, nos fizeram demorar mais de 30 minutos.

No River já haviam mais mhomes, e lá pelas 20h parecia um camping de tantos que haviam. Tomamos um bom banho a bordo, lanchamos e descansamos.

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Novo dia e fomos passear em Andorra la Vella, de ônibus urbano. Visitamos a igreja de Sant Esteve, a Casa de la Vall, ruelas e prédios encantadores. A cidade (assim como o país) fica encravado entre montanhas, talvez isto também ajude a manter a criminalidade a zero.  Alguns prédios são erigidos sobre rocha, em plena calçada, a cinco metros de altura..  Muitas lojas de griffe, cafeterias, docerias.. tomamos um bom chocolate quente para nos aquecermos, e voltamos para mhome.

 

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Com o céu nublado e o trânsito complicando, decidimos ficar estacionados no River, aproveitar a internet wifi disponível e atualizar o blog. E também para descansar pois pretendíamos ir no dia seguinte para os Pirineus, ver a neve.

Domingo, dia de passear. Acordamos cedo para não pegar o trânsito complicado; e seguimos pela rodovia (única) sentido França. Em Canillo fizemos uma parada para visitar o Museu da Moto (€7,50), com belos exemplares antigos (destaque para a evolução mecânica e técnica) e alguns modernos, bem como uma exposição de motos trail e as que pertencem ao vencedor do Rally Dakar. A Sra. Silvia (atendente),  é um modelo de atendimento e dedicação ao museu. (www.m2r.ad

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As 11h seguimos viagem, rodovia ótima, bastante movimentada, principalmente pelos praticantes de Ski e outros esportes de neve. Há várias estações e teleféricos, cujas pistas, algumas com dezenas de quilômetros, repletas de praticantes.

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Depois de Bordes d’Envalira França, há duas opções de rodovia: uma pelo Túnel d’Envalira (cerca de 5km), um caminho rápido, mas apresentado tal um “filme cego” da paisagem natural;  ou pela serra com cerca de 12km, com muitas curvas e neve, muita neve; em alguns lugares os marcadores de neve (3m de altura) estão cobertos, noutros alguns veículos podem ser identificados pelo teto ainda visível. Chegamos perto de 2.500m de altitude.

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Não há como descrever tamanha beleza, é tanto encantamento, tantas maravilhas, que o frio nem é sentido, nem as curvas perigosas. Somos tão pequenos diante de tanto gelo, de tantas montanhas. Deus certamente estudou bem Geometria Espacial para desenhar este fantástico cenário…

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Em Porté-Puymorens (já na França), fizemos uma parada para tomar um vinho e aquecer, fotografar e brincar um pouco na neve… Ao começarmos a almoçar, ouvimos um barulinho nas clarabóias, parecia chuva, mas não havia gotas no parabrisa.  Ao abrirmos a porta: a surpresa: nevando, fininho! pareciam floquinhos de aveia… 

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Agora já estamos na França e o restante fica para a próxima postagem.

Abraços e até breve!

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