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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Viagem setembro-outubro/2016 (parte 4)

 

Olá!

Saímos de Buenos Aires antes das 8h da manhã, para evitar maior fluxo de trânsito (já reduzido por causa de um feriado).    Chegamos em Luján as 9:30h e estacionamos próximo à Basílica. Muitas pessoas visitavam a pequena cidade, com missas de hora em hora para que todos pudessem almejar sua benção.

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A Basílica Nuestra Señora de Lujan foi iniciada em 1887 e concluída em 1935, estilo neogótico, possui torres e agulhas, que se elevam a 106m. A Virgen de Lujan tem um importante significado para os argentinos, assim como N. Sra. Aparecida tem para os brasileiros (cuja história é bem semelhante):

La historia comienza en el siglo XVII, cuando Antonio Farías Saa, un hacendado portugués afincado en Sumampa (Santiago del Estero), escribió a un amigo suyo de Brasil para que le enviara una imagen de la la Virgen, en cuyo honor quería levantar una ermita. El amigo le envió dos, la que le había sido encargada y otra de la Virgen con el Niño Jesús.

Al llegar a Argentina, ambas imágenes fueron colocadas en una carreta y partieron desde Buenos Aires a Santiago del Estero, pero al  llegar a las proximidades del río Luján, la carreta se detuvo por una fuerza misteriosa contra la que no pudieron las dos yuntas de bueyes que la arrastraban. Eso hizo que el boyero decidiera aliviar el peso de la carga. (…)

Parecía imposible que el pequeño envoltorio y su mínimo peso impidieran la reanudación. El boyero entendió entonces que, lo único que podía impedir la continuidad de la marcha, era el deseo de la Virgen de quedarse en ese lugar.  Los hombres comprendieron que estaba ocurriendo algo milagroso. (…)”

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Nossa intenção era de passar ali o dia, mas com o grande volume de pessoas e, sem um local conveniente para pernoite, optamos por seguir viagem após o almoço.  Fomos para San Antonio de Areco, uma cidade declarada “Povoado histórico de interesse nacional”, por possuir várias edificações preservadas.

No entanto, circular pela cidade de mhome é uma “aventura”, há rebaixos em cada esquina (o parachoque traseiro quase toca no asfalto), lombadas que parecem meio-fio (estreitas e altas), danificam os pneus e é necessário parar para conseguir passar. O atendimento ao visitante com poucas e incorretas informações.  Fomos a um clube que permite estacionar, mas pediram PA$ 450 ( ± R$105 e somente com energia).

Retornamos para a estrada, encontramos muito trânsito (inverso) de retorno para Buenos Aires, filas quilométricas…  Fizemos uma parada num posto Axion (acessar internet e esperar a chuva passar).  Pernoitamos em um posto Shell, alguns km antes de Gualeguaychu.

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Novo dia e fomos para Colón, no Clube Piedras Coloradas (já visitado nesta viagem).  Estava um pouco mais movimentado (com uma excursão de adolescentes),  lavamos roupas e limpamos o mhome, em especial por fora (tinha areia e terra respingados pela chuva).

Passeamos na cidade e pedimos informações sobre a travessia para Paysandu (Uruguay).  Como nosso seguro era apenas para Argentina, procuramos uma seguradora que fizesse para o Uruguay (ou todo o Mercosul).  Nestas horas, é importante pesquisar e informar-se, pois, nem todas as seguradoras argentinas podem fazer seguro para veículos estrangeiros (é preciso ter muita atenção, mesmo fazendo o seguro no Brasil, pois algumas vendem “gato por lebre”).   Conseguimos na empresa Seguros Rivadávia, com a Sra. Myrian .

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Calculamos a distância, combustível necessário, pedágio na ponte,… e concluímos que seria mais conveniente atravessar por Concórdia (AR) – Salto (UY), pela represa de Salto Grande. Após mais uma noite em Colón, seguimos para a estrada…

Almoçamos perto da aduana Argentina/Uruguay e fizemos os trâmites (um pouco burocráticos).  Aviso aos viajantes: é possível que instalem um pedágio, em breve, para esta travessia (a única que ainda não cobra para veículos leves; caminhões e mhomes maiores já pagam).

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Entramos no Uruguay!  Em Salto fizemos câmbio e compras no “Ta-ta” do shopping. Os preços assustaram bastante: tomate R$ 22/kg; banana R$ 9/kg; pão fatiado R$ 10/300gr; iogurte R$ 4/200gr. Diesel R$ 5,50/litro !! (mas, como enchemos o tanque na Argentina, não precisamos colocar aqui no Uruguay). 

Seguimos para Arapey pela Ruta 3,  boa em  alguns trechos, em outros, buracos e imperfeições. Ao chegarmos na ruta que dá acesso ao termas (19km), uma desagradável surpresa: quase não há  estrada, pois retiraram partes do asfalto e, onde ainda existe, está com crateras… A alegria de entrar no Uruguay, transformou-se em preocupação.  Quase 1h para percorrer os 19km.

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Nas termas de Arapey, a diária de camping, para mhome pequeno, é de PU$ 500 (± R$ 63). A vantagem é que pode-se utilizar qualquer piscina, a área de camping é ótima, com boa estrutura e, normalmente tranquilo.

Reencontramos amigos Helio/Eliana e Milan/Lorena; mais alguns mhomes de Santa Catarina, alemães e espanhóis…  Ficamos alguns dias, participamos de alguns almoços e jantares coletivos; caminhadas leves; bate-papo; e chuva, bastante chuva… Tiramos pouquissimas fotos, pois a chuvarada não permitia.

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Cansados de esperar o tempo melhorar (e não melhorou), seguimos viagem, imaginando voltar apenas quando a estrada de acesso estiver melhor. Fizemos uma parada em Bella Unión (já fronteira com o Brasil) para comprar uns vinhos. A rodovia até Uruguaiana está ruim (depressões e alguns buracos), mas ainda melhor que as estradas uruguaias.

Em Uruguaiana (antes de entrar novamente na Argentina), enchemos o tanque de combustível (R$ 3,10/L); fomos ao supermercado (tudo tão barato se comparado aos países vizinhos…). E pernoitamos com amigos da Brigada Militar.  Pela manhã, entramos na Argentina, em Paso de Los Libres, porque as rodovias argentinas estão bem melhores.

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O  céu, como diriam Obelix e Asterix, parecia que ia cair em nossas cabeças; nuvens negras e chuva pesada. Paramos em um posto Axion para esperar a chuvarada passar.  Alguns carros acidentados (imaginamos aquaplanagem), e um curioso acidente entre uma van e um boi (frente  destruída e boi morto).

Paramos para fazer almoço em Gov. Virasoro; encontramos ciclistas espanhóis (indo para Ushuaia!).  Mais uns km e chegamos em Loreto (missão jesuítica), onde permitem estacionar para pernoite (sem energia ou água).

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Novo dia, fomos para San Ignacio, no Hostel, mas o estacionamento estava lotado (com excursão). Decidimos seguir adiante. Tentamos “pouso” em algumas pequenas cidades, mas não há estrutura ou segurança para tal.  Os postos YPF existem, mas passamos por vários que estavam com obras na rodovia (acessos péssimos).

No final da tarde chegamos na pequena Puerto Rico, e seguimos orientação para estacionarmos no Club de Pesca. O caminho até lá é um pouco complicado; o acesso é estreito (apenas mhomes pequenos).

Possuem um bonito e agradável espaço à margem do rio Uruguai. Cobraram PAr$200 (± R$ 50) pelo pernoite, com energia, água, wifi, sanitários e duchas; e ainda um “quincho” (espaço coberto com mesa, bancos e churrasqueira).  Pela manhã, fotografamos o ambiente e retornamos à estrada.

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Até a próxima…

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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Viagem setembro/outubro-2016 (parte 3)

(Obs.:  para aumentar as fotos, basta clicar sobre elas.)

Olá!

Saímos de Colón (província de Entre Rios), sentido Buenos Aires. As estradas são ótimas, pedágios compatíveis; mas neste trecho de 250km, 03 Policías e 01 Gendarme nos pararam. Sempre com “de donde viene, para donde vá”, “las luzes está encendidas?”, “y para donde vá?” (perguntam umas 3-4 vezes a mesma coisa)…   O complexo de pontes de Zárate sempre impressiona: rodovia e ferrovia, duas delas somam mais de 10km de extensão.

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Chegamos às 16h em Campana, cidade portuária e industrial (bem próxima a Zárate).  Visitamos o museu do automóvel, onde está o primeiro automóvel construído na Argentina (artesanal 1907).  Para passar a noite, estacionamos em frente aos Bombeiros, pois há vigilância e segurança 24h (e também bastante barulho).

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Saímos antes das 7h da manhã, e fomos para a estrada tomar café num YPF. Pouco antes das 10h estávamos no parking (Andean Roads – Buenos Aires) indicado por amigos. É uma empresa que aluga mhomes, possui algumas vagas para até 7m.  Disponibiliza energia e água, também ducha e sanitário.  Tranquilo e seguro.

O único inconveniente é que fica a 40km do centro da capital, e a linha de trem não é regular. Ficamos no mhome, andamos pelas redondezas, anotamos os horários e preços de trem e de ônibus, e nos preparamos para o dia seguinte fazer uma experiência de deslocamento.

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Novo dia: vamos passear de trem! Esperamos a chuva acalmar e lá fomos nós. A estação próxima é Lopez Camelo, dali toma-se o trem (com o cartão de transporte “SUBE”, que nos emprestaram) e “sacode-se” até a estação Victória (quase 1h).  Na estação Victória, reabastecemos o SUBE e tomamos o trem para estação Retiro (centro de Buenos Aires), mais uns 40 minutos. Desta vez, os trens mais modernos e limpos (chineses).

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No centro de Buenos Aires, um almoço rápido; depois uma caminhada pela Plaza San Martin, Circulo Militar, Galerias Pacifico. Dali, fomos até um estacionamento central indicado por alguns colegas, saber da possibilidade e dos preços.  Para nossa surpresa, estavam ali os queridos Lilo e Ralph (suíços), que ficaram conosco em Toledo há alguns dias…  Retornamos para o mhome: longa caminhada + trem de 40 minutos + trem de 1h + caminhada e respectivas esperas.

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Pela manhã, saímos com o mhome às 6:30h, para evitar o trânsito, mas ainda assim, levamos 1:30h para chegarmos ao estacionamento no centro.  Após o desjejum,  antes das 9h tomamos o trem para San Isidro, para visitar a Autoclasica  (maior exposição de automóveis antigos da América do Sul) e principal motivo desta parte da viagem.

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Mais de 950 veículos inscritos, e ainda motos, bicicletas, caminhões, feira de peças e antiguidades.  Já estivemos nesta exposição há alguns anos, a crise argentina fez alguns expositores desisitirem de participar; mas ainda é enorme.  Caminha-se o dia inteiro, mas o cansaço vale a pena…

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No domingo, céu azul e sol,  fomos com os amigos suiços até San Telmo, onde há mercado e grande feira de antiguidades e artesanato. Caminhamos muito também, mas foi um passeio bem agradável.

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À tarde fomos no Buquebus, questionar sobre a possibilidade de atravessar com o mhome para Colonia del Sacramento (Uruguay). Porém, o Eladia Isabel (maior dos barcos, que fazia a travessia em 3h), está afastado e somente os menores (de 1h) fazem a travessia. Um deles pode levar apenas veículos de até 3m de altura e 3.500kg. E, infelizmente, pelo que percebemos, o Eladia não voltará… (muito grande e de inviabilidade econômica).

Algo frustrados, retornamos para mhome. No final da tarde, fomos caminhar pelo Puerto Madero, fazer algumas fotos, visitar o Buque Museu Uruguay (de 1874!)

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Logo retornamos para a estrada, o que contaremos na próxima postagem.  Até breve…

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