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terça-feira, 29 de março de 2016

Breve Olá...


Olá:

Não estamos fazendo postagem de viagem, apenas temos uma mensagem importante à todos os estimados leitores, visitantes, amigos, caravanistas, admiradores, colaboradores do blog...
Assim como não estamos abandonando tão maravilhosas expectativas de viagens, mesmo quando obrigados a permanecer na casa fixa por meses, por motivos de trabalho e burocráticos, irritadiços e necessários.
A nossa ansiedade por sair, desfrutar de rodovias, novas paisagens, encontros com colegas,.. é aumentada a cada dia.
Neste período sem os prazeres das viagens é que confirmamos a necessidade vital de viajar.
Oramos aos céus que, em breve, possamos sair deste nosso estado de imobilidade, e compartilhar roteiros e paisagens com vocês...

E, para que vocês possam apreciar um texto curto, com um pouco da história (real e fictícia) da evolução dos motor homes...



Até logo!
San & Dan


Meus Cavalos de Potência


Acampar, para mim, sempre foi um imenso prazer e, como tal, constituiu uma importante parcela responsável pela minha evolução.
Certamente é genético, pois ainda no século XIX, bem antes da invenção do automóvel, eu (ainda era um cístron) já acompanhava meus antepassados (em seu “hipomóvel” com um cavalo de potência.
 Bisavós com o hipo trailer... e os avós (1889) com equipamento mais sofisticado

Então, em 1917, vovô (ainda com o mesmo suspensório e chapéu) construiu um motorhome no chassi de um Ford.     Foi um sucesso, tinha até cortinas e bacia para banho de assento (eu cabia nela).
Parecia um vagão de trem

Na época, já havia propagandas de acessórios para acampamentos: toldos, cozinhas externas, utensílios... para o promissor mercado. 
 
Cozinha externa                      Dois quartos em 30 segundos

Em pouco tempo, titio improvisou uma barraca e assim saíamos aos finais de semana, enquanto o vovô viajava mais longe com a vovó em seu Fordinho, (aquele que mais parecia um vagão de trem).  Em primeiro plano meu cachorro Theodoris.
 
Família reunida
 
Tínhamos até um serviço de comunicações através de pombos correios (vatezape da época) para combinar nossas reuniões, sempre muito concorridas. 
Reunimos 47 "hipo traileres" em nosso encontro

Os prazerosos encontros foram se ampliando e, nos anos 20, tínhamos equipe para organizar nossas reuniões, com dezenas de motor homes, traileres, barracas, cozinha centralizada e outras conveniências.  Aqui eu apareço na fila para o almoço. 
 Comida é fator de agregação 

E, em 1930, papai construiu seu próprio motor home, sobre um chassi Chevrolet, com 32 cavalos. Nesta foto o Theodoris faz pose sobre a cabine.  Em pouco tempo, teve de vender, por três vezes seu custo, graças ao pujante incremento do “motorhomismo” do período.

Mas, em dois anos construiu um trailer, que acoplado a sua camionete International, reunia o útil (veículo para trabalho) ao agradável (uma casinha móvel, com água encanada e fogão à querosene) e, obviamente, com mais cavalos a tracioná-lo. 
 

Num destes acampamentos, no final dos anos 40, escolhi entre duas lindas irmãs a minha preferida companhia para todo o sempre. 
Não foi uma escolha fácil

Logo após o meio do século, reunimos mais de duzentos RVs no nosso casamento, frente à igreja.  Foi uma festa tão maravilhosa que queremos repetir mais vezes. 


Poucas décadas depois, investimos nossas economias conjuntas numa camper, mais confortável e com oitenta cavalos.

Então, na virada do século seguinte, eu completei minha manada com nada menos de 420 cavalos de um belo Mack Hiavell ICO.  


Uma estória excêntrica, ficcionalística, intencionada apenas para relatar a evolução dos Veículos de Recreio e a fantástica satisfação de viajar neles.
 
Omnia mea mecum porto: (Latim: tudo o que possuo carrego comigo)


Fotos oriundas de Donald F. Wood

Darlou D’Arisbo (Dan)

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