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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Viagem fevereiro/2011 (parte 1)

Estamos novamente na estrada, com o mhome. Por meses planejamos retornar ao Uruguai, começando pelas águas termais (oeste) e seguindo pelo sul e leste (anti horário).  A rota que apresentou menor distancia e melhores estradas seria pela Argentina, províncias de Missiones e Entre Ríos (conhecidas por vários colegas – e também por nós –  em função dos subornos cobrados pela Policía).
Enfim, decididos, fomos ao Banco do Brasil e HSBC de nossa cidade Toledo-PR (com mais de 110 mil habitantes, ou seja, não é nenhuma vila ou cidadezinha miúda), procurar pelo necessário seguro internacional (Carta Verde).  Para nossa surpresa, o gerente do HSBC nem se dignou a nos atender, apenas falou enquanto caminhava para a porta de saída, afirmando que estes formulários não existem mais.  No Banco do Brasil o atendimento foi um pouco melhor, mas nos informaram que demorariam alguns dias os tais formulários, e como pretendíamos sair em dois dias, não haveria tempo hábil.  As agências de seguros locais prometeram informar por telefone, mas até agora não recebemos ligação alguma.
Pesquisamos na internet, em blogs de amigos, nas associações de mhomes, e vimos que em Dionísio Cerqueira-SC(fronteiriça com Bernardo de Irigoyen-Argentina), havia uma seguradora que fazia a Carta Verde. Mantivemos contato via e-mail sobre custos, documentos necessários, horários de atendimento e, acreditem, eles respoderam aos e-mails!  Meu espanto é porque inúmeros outros e-mail que mandei nunca foram respondidos (para seguradoras, campings, empresas de diversos setores e até para colegas).
A empresa é a Peperi Seguros, no centro comercial Peperi (pertinho da aduana de D. Cerqueira). Fizemos o seguro por 30 dias, no valor de R$ 267,00. 
Aqui vale mais uma dica: procuramos pela Carta Verde na Argentina, (alguns colegas fizeram lá) onde o valor é mais em conta, mas vale apenas para território Argentino (para o Uruguai não vale) e, apenas para carros e camionetas, pois não há um código para os mhomes brasileiros.
Entramos na Argentina e, tanto na Aduana quanto na Gendarmeria (na estrada), todos foram gentis, sem qualquer agressividade ou exigências absurdas. Claro que não levávamos produtos proibidos (queijo e lácteos, frutas, verduras, legumes, carnes, ovos, etc),  e lá ainda aproveitamos para abastecer-nos com bons vinhos e licores (baratos).
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Durante todo o dia fez muito calor, por vezes ameaçava chover, mas logo abria o sol. Paramos no final da tarde em Governador Virasoro para fazermos um café e lanche, e vimos imensas filas num posto de combustível. Perguntamos a um senhor, e nos explicou que está havendo falta de combustível no país, que não sabem se é na produção ou na distribuição, mas que quase sempre falta combustível, em especial diesel. Como ainda era dia claro, decidimos seguir mais um pouco, para procurarmos um camping e posto com combustível. Sempre é bom lembrar que os postos de combustíveis, (na Argqntina e Uruguai) são mais esporádicos que no Brasil.
Chegando em Santo Tomé (cidade de missões jesuítas), pensamos em ficar, mas havia muita fumaça (por um incêndio no campo) que toda a cidade estava encoberta.
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Seguimos mais um pouco e encontramos um camping à beira da estrada: balneário Iporá. Bem pequeno, simples, mas parecia seguro e não haviam outros campistas, apenas alguns funcionários que terminavam a faxina. O preço era razoável (P$A 20,00 ou cerca de R$ 9,00); nos acomodamos e fomos tomar um banho para refrescarmos. Claro que fui “sorteada”: não havia água no banheiro feminino. A dona do local fez uma espécie de ligação direta e em alguns minutos pude tomar uma mini ducha, nestes chuveirinhos acoplados (sim, porque no chuveiro saiam apenas 4 fios de água…)
Em seguida, começou uma música muito alta, com o grave desregulado e exagerado, o que fazia o “tum, tum, tum” vibrar o mhome. Fomos questionar na portaria, a que horas era o silêncio, para que pudessemos nos preparar, e ela ingenuamente respondeu “si, pero está todo en silencio, no hay sonidos”!!! Será que ela não ouvia o barulho que impedíamos de conversar, ela mesmo gritava para responder. Mas enfim, poucos minutos depois tudo ficou silencioso, pois acabou a energia elétrica!!. Fizemos nosso jantar, e logo ligaram um gerador, o que nos providenciou energia até pelas 23h. Pela 1h da madrugada voltou energia da rede.  
O local é agradável, mas há que se considerar os possíveis problemas que podem ocorrer: som alto, falta de água, falta de energia, e os decorrentes destes. Sim, parece uma piada, uma estória da carochinha, mas acreditem, não é…
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No dia seguinte, saímos às 7;40h. Voltamos uns poucos km para abastecermos em um posto Esso, pois havia chegado combustível à noite. P$A 3,829 /litro, cerca de R$ 1,61/litro; o que para nós brasileiros, é muito barato. 
Em La Cruz, paramos para fazermos um cafézinho, e soubemos que lá existem ruinas das missões jesuíticas. Com o mapa das informações turísticas, fomos visitar: casa de pedra, fornos para fazer telhas, igreja, relógio do sol (muito curioso, pois é inclinado, dá horário de inverno na parte inferior e de verão na superior).
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A guia nos explicou sobre o relógio do sol, demonstrando ter bastante cultura e dominando o assunto, muito educada e gentil.
Seguimos viagem até Paso de Los Libres, e na aduana foi um pouco mais difícil, pois muitas pessoas estavam fazendo a documentação; mas em 20 minutos estávamos liberados.
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Voltamos ao Brasil, em Uruguaiana, seguindo as placas que indicavam automóveis e ônibus mantenham a direita, caminhões para esquerda. Ainda bem que somos atentos, pois para chegar na avenida há um pórtico, com 2,20m de altura máxima! Como os ônibus passam ali?  Freamos a tempo, demos uma ré, e saímos por um acesso para trens… sacudindo nos dormentes!! Solução de brasileiro!!
Fomos ao Hipermercado Big, que desta vez nos pareceu meio “desfalcado” na variedade de produtos, e o atendimento da padaria foi dos piores…  Fizemos ainda as transações bancárias necessárias, pois como é começo de mês sempre precisamos fazer os pagamentos habituais e, como no Uruguai não podemos fazer isto…
Enfim, as 15h entramos na República Oriental do Uruguai, fizemos nossa “despensa” em Bella Unión, porque não se pode entrar no Uruguai com produtos frescos (queijo e lácteos, frutas, verduras, legumes, cárneos, ovos, etc). Logo seguimos para o Termas  de  Arapey,  onde  pretendíamos  ficar  alguns  dias.  Fizemos câmbio com boa cotação R$ 1,00 = P$U 11,50.   (Cito peso argentino como P$A; e peso uruguaio como P$U; para facilitar a compreensão dos leitores e visitantes.)
Nas termas Arapey, os valores subiram um pouco, mas ainda assim compensam: P$U 200/dia (R$ 18,00/dia para o mhome e 2 pessoas). Procuramos um lugar para estacionarmos (já passava das 19:30h), ligamos a energia e fomos para a piscina. Coisa maravilhosa, água termal, poucas pessoas e, saber que no dia seguinte não precisamos pegar a estrada novamente, podemos dormir mais um pouco, caminhar, fazer uma comidinha especial…
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Observa-se ao fundo o rio Arapey, que está uns 3 metros abaixo do nível normal, pois há tempos está seco nesta região e a represa abriu as comportas para abastecer as plantações próximas (o que nos informou a administração).
Durante nossa estadia, conhecemos um casal de alemães que estão fazendo um tour pelo Uruguai, querem conhecer as cidades com influências alemãs. Estavam com uma espécie de Kombi, com o teto elevado.  Conhecemos ainda a Soraia e Fred, pais do Henrique (2 anos), que estavam “estreando” seu mhome Santo Inácio. 
Mas que mais nos encantou foi conhecermos o sr. Luiz Tostes e esposa, Luiza Carvalho (que carinhosamente falamos dos “Luizes”), com mhome Motortrailer, vindos lá de Brasília-DF, para fazer um tour pela Argentina, passando antes pelo Uruguai. São pessoas fantásticas, ótima conversa, exemplar cultura. Usufruimos de bons bate-papos embaixo do toldo, nos deram boas dicas e informações.  Rogamos ao Ser Supremo, para que possamos nos encontrar mais vezes.
Um dia decidimos almoçar no restaurante Paradise (no hotel), mas já não está tão bom quanto outras vezes. O tamanho do entrecot, a qualidade da salada,… deixam a desejar (R$ 22,60 a porção possível para dois).  Outro dia,  encomendamos um filé de merluza a doré com batatas fritas, para que entregassem no mhome. Estava bem saboroso, o filé de peixe bem grosso e suculento e as batatas sequinhas (R$ 12,00, muito barato).
Passamos seis dias em Arapey, e ficamos tristes em perceber que a educação do povo (em geral) está piorando: jogam lixo no chão, em qualquer lugar, mesmo estando a poucos metros de uma lixeira. Os lixeiros e as faxineiras fazem o possível, passam duas vezes ao dia, e ainda assim não dão conta em deixar os banheiros e churrasqueiras limpos.
Na segunda-feira saímos de Arapey e seguimos para Salto, na intenção de entrarmos na Argentina e procurar a revenda Iveco em Concórdia, para adquirir filtros sobressalentes. Na aduana um pouco de confusão porque havia fila de entrada na Argentina, de saída do Uruguai, de cargas (entrada e saída), etc., mas em alguns minutos tudo resolvido. Entramos na Argentina e rumamos para Concórdia, estrada boa e tranquila.
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A cidade á bastante confusa e espalhada, cerca de 180 mil habitantes, filas em tudo (bancos, supermercado, lojas, câmbio, posto de abastecimento). Procuramos pela Iveco e ninguém soube informar onde era, apenas que havia uma pequena loja de repuestos, que está fechada (férias coletivas). Voltamos em direção a saída da cidade e encontramos um Carrefour! Várias ofertas e ainda a boa notícia: Darlou teve desconto de 10% (aposentados tem descontos na segunda-feira!!). Abastecemos num YPF por P$A 4,339/ litro (R$ 1,89/litro), embora outros mais baratos, era o único diesel disponível, os outros iriam chegar no final da tarde. Ainda assim está bem mais barato que no Uruguai (P$U 29,60/litro ou R$ 2,65/litro).
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As 15h estávamos de volta a Salto-UY, e fomos no Shopping Salto comprar queijos e frios, e um ventilador (pequeno e metálico, marca James). No mhome não temos ar condicionado, pois são raros os locais que possuem fonte suficiente para sua potência.  Possuimos um climatizador, mas ainda assim o calor supera sua capacidade.
Seguimos para o camping La Posta del Dayman, perto das termas de Dayman, e levamos um susto: a diária está P$U 300! Muito mais caro que Arapey e o camping não se compara em tamanho e estrutura! Pagamos apenas uma diária, pois estava se anunciando uma tempestade e não queríamos pegar a estrada novamente. Em poucos  minutos choveu e ventou bastante forte, até a noite.
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Pela manhã, continuou chovendo fraco e decidimos ir passear em Salto, com o mhome, não sem antes reclamar do valor da diária.
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A cidade de Salto continua organizada e bonita, mas a chuva atrapalha o passeio. Caminhamos um pouco, olhamos preços de lavadoras de roupa e de refrigeradores (para o mhome), acessamos internet e decidimos por seguirmos para as termas de Guaviyu (uns 60km ao sul).
Durante todo o trajeto muita chuva e vento.  Ao chegarmos nas termas, percebemos que o atendimento não está tão cordial quanto das outras vezes, e os valores estão mais altos P$U 280/dia (R$ 25,00). Pagamos uma diária, e estacionamos, esperando passar a chuva.
Infelizmente, não conseguimos ir a pé até a piscina, apenas com o mhome, o vento era muito forte. Aproveitamos um pouco e voltamos para nosso estacionamento, fazer o jantar. Pouco depois chegou um velho mhome “dinossauro” argentino estacionou entre nós e o outro mhome que também estava esperando acalmar a chuva para achar um local de acampar.   No dia seguinte, o “dinossauro” se pôs a funcionar (fumacear) e saímos de perto.  Soubemos que ficou uma hora atordoando os vizinhos com o ronco e a fumaceira…
Procuramos um local tranquilo e encontramos um bem distante do “agito”, ao lado de quatro mhomes alemães (sendo um Land Rover, dois Mercedes pequenos e um Mann imenso 4x4).  Foi uma boa escolha de local, silencioso, longe dos “sonoros predadores bagunceiros”.  Muitos pássaros, de diversas espécies, vem perto do mhome, também evitando os tais predadores...
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Tentamos acessar a internet nas Termas Guaviyu, mas é necessário pagar uma taxa ao dono do sinal wi-fi, e por vezes o sistema cai.  Para acessar no cyber (do mesmo proprietário) é mais em conta, mas há apenas 2 máquinas, sempre com adolescentes ou crianças jogando, o que nos faz esperar por muito tempo. Desistimos!. Chegou mais um mhome, suíço, novo e imenso (Scania 6x6), pilotado por uma senhora (Veronique) sozinha com seu cachorrinho.
Reencontramos o sr. Carlos Rossin e esposa, passeando pelas termas com o Ford A! Estavam bem contentes e combinamos de visitá-los no dia seguinte. Aproveitamos as piscinas, especialmente a coberta antes das 17h (piscina inteira para nós)…
Chegamos em Paysandu ao redor das 20:30h, fomos no supermercado “Ta-ta” comprar pão e frios e procuramos pelo camping Guyunusa (indicado no mapa). É um camping municipal (gratuito), as pessoas vão para lá no fim da tarde, tomam mate, fazem churrasco, conversam, e antes da meia-noite começa a ficar silencioso. Não há sanitários ou outra infra-estrutura, é pequeno e mhomes grandes terão dificuldade em usá-lo.
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No dia seguinte, passeamos pela cidade (Paysandu), fotografamos, procuramos e caminhamos muito para encontrar um cyber que estivesse aberto. Numa doceteria central, saboreamos o doce Chaja (el de la medallita), caríssimo R$ 5,00; mas bem gostoso (valeu pela nossa cota de açúcar semanal !!).
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Informaram que no Clube de Pescadores (clube náutico) permitiam estacionar mhome e fomos lá para saber.  A diária é de  P$U 250, que vence as 10h. Optamos por ficar, encontramos um bom lugar à sombra.
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Descansamos, lemos, caminhamos pela “rambla” e, no fim da tarde chegou um casal de ciclistas (holandeses), que estão dando a volta ao mundo, e a última tarefa foi ter ido a Ushuaia… E nós, com receio de ir com o mhome…
Domingo, dia de passear, “inventamos”  atravessar a fronteira para a Argentina, afinal há termas e campings nesta próxima região. Sim, começo falando meio chateada porque quase tudo deu errado: ficarmos quase uma hora nas filas das Aduanas (saída do Uruguai e entrada na Argentina), documentando, preenchendo e carimbando papéis… No pedágio da ponte, nos cobraram P$U 440 (R$ 40,00) para atravessá-la! Um assalto! Mas imaginamos ficar alguns dias nas termas argentinas e “diliur” este alto custo em algum tempo. Andamos com muita dificuldade na cidade de Colon: trânsito confuso e agitado, turistas, muitos afoitos, calor, poeira, pessoas que andavam como “baratas-tontas”. Tentamos ir para as termas: estrada não pavimentadas, poeira que encobria o mhome, carros, gente e, no camping: P$A 160 (uns R$ 70,00, por dia), fizemos a volta e decidimos fugir deste mundo argentino.
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Almoçamos estacionados na praça de Colon, abastecemos num posto Esso por P$A 3,849/litro (R$ 1,75/litro)  e depois voltamos para Paysandu, desta vez a fila não demorou tanto (uns 40 minutos), mas novamente P$U 440 para passar a ponte….  O curto passeio ficou caro!  Seguimos em direção a Ruta 24 (Paysandu - Fray Bentos) e paramos num posto Ancap para tomarmos um sorvete, e uma boa surpresa: havia internet wi-fi gratuita!!! Atualizamos e-mail, conversei com a mamãe via messenger, e depois seguimos viagem. 
Encontramos Nuevo Berlin, que havia sido indicado pelos alemães. Cidade pequena (2.500 habitantes), que não foi colonização alemã (como pensamos inicialmente): formada em 1875 para abrigar as famílias de trabalhadores rurais (das estâncias próximas).  A cidade fica às margens do Rio Uruguai e possui um parque com camping à beira do rio. O parque é municipal (gratuito), e há banheiros limpos, com chuveiros quentes das 18h às 21h. Haviam 2 barracas no camping, apenas nos finais de tarde é que algumas pessoas vinham para conversar, caminhar, tomar mate ou assar uma carne (como é comum nos demais parques uruguaios).  Ficamos dois dias descansando, colocando a leitura em dia e caminhando, porque não há outras coisas a fazer. Mas é bastante tranquilo.
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Soubemos que Nuevo Berlin vive da agricultura (incluindo pêssegos e mel) e, de forma significativa: madeira de reflorestamento, para a imensa papeleira Botnia (aquela da discórdia com a Argentina).  Mas, o mesmo informante que falou sobre a economia, disse que há outra  história para o fechamento da ponte Fray Bentos-UY e Gualeguaychu-AR: ao perceber o problema com a papeleira, os proprietários do Buquebus (barcos que fazem a travessia Colônia de Sacramento-Buenos Aires), pagaram alguns "protestantes” para que fechassem a ponte (políticos e autoridades argentinas..) aumentando assim o volume transportado e o valor cobrado em seus barcos (histórias contadas pelos moradores, com plena possibilidade de veracidade).
Seguimos para Mercedes, já que da outra vez a cidade estava inundada. Desta vez nos pareceu uma cidade ampla, com comércio forte, limpa. No porto haviam barcos ancorados dos EUA,  França, Itália, Argentina, e outros. Adquirimos uma pequena balança antiga em uma loja de ferro-velho (não antiguidades). No fim da tarde fomos ao camping, que fica na ilha (há ponte), no valor de P$U 100 (só paga casa-rodante), com banho quente;  rodeados pelo Rio Negro. Apesar de começar barulhenta, a noite foi tranquila e silenciosa.
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No outro dia saímos cedo, para evitar o tumulto dos carros e pedestres. Fomos até Rosário, pois no mapa novo haviam indicativos de prédios históricos, mas não vimos a devida conservação nos mesmos. Surpreendentemente, (comum no Brasil), agora as igrejas estão fechadas (trancadas), em praticamente todas as cidades visitadas.  Em Mercedes, o funcionário do turismo nos informou que há muitos vândalos e, quando não conseguem roubar, eles quebram.. então fecham as igrejas…  
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Seguimos viagem, e às 16h estávamos no shopping de Colônia de Sacramento,  (supermercado Tatá e internet wi-fi). Depois estacionamos na Ciudad Vieja e saímos a caminhar e fotografar os monumentos e prédios. É um local agradável, com seu ar antigo, que nos atrai (uma viagem no tempo, para quem gosta destas coisas). Muitos turistas (incluindo um de Jesuítas-PR, pertinho de nossa casa).
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Em Colonia não há campings para mhome. Procuramos por um local para estacionar e, teimosos, fomos ver o camping para barracas indicado pela Informações Turísiticas: Impraticável, muito longe da cidade, presença de usuários suspeitos, com vários obstáculos de altura para a passagem do mhome (o nosso tem 3,10m de altura), além de grosseiramente atendidos, com a exigência de P$U 350 por dia!  Mas, como disse, fomos ver. Procuramos pelo estacionamento de ônibus (também indicado), mais ermo e passível de desconfiança que o anterior. É realmente e exclusivo para ônibus de turistas.
Perguntamos no Iate Clube se não havia possibilidade de estacionarmos dentro ou perto, mas foram irredutíveis. Ofereceram apenas os sanitários e que poderíamos estacionar na rua, perto da portaria. Desistimos, fomos passear a pé, fotografando e depois com o mhome. Encontramos um mhome Ford Transit de um casal da Bélgica, que estão indo para Ushuaia. 
Fomos até a antigas Plaza de Toros, muito longe, mas valeu a pena: imensa construção, com características árabes; arquibancadas em descomunal estrutura metálica modular (supostamente inglesa) e, ao redor tudo em tijolos, sem qualquer viga ou pilar. Uma pena que foi abandonada e agora está em ruínas.
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Seguimos pela rambla para voltar ao centro de Colonia, praias, pessoas caminhando e, uma agradável surpresa: encontramos Linda e Ludwig (casal de alemães com mhome 4x4, que conhecíamos). Ficamos contentes pelo reencontro e soubemos que, talvez no próximo ano (quando voltarem da Alemanha) poderão ir nos visitar em Toledo. 
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Nos despedimos e seguimos ao centro. Tentamos estacionar perto do Iate Clube, mas haviam muitos carros. Estacionamos exatamente no local das outras vezes. Darlou foi tirar fotos do por do sol, e eu preparei nosso jantar (com filé de merluza á milanesa, do supermercado do shopping). Jantamos, caminhamos e decidimos ver onde o belga havia indicado que estacionou nas noites anteriores. Encontramos e realmente valeu a pena: na Plaza Mayor, perto do Farol (ruínas do convento).  Silencioso, tranquilo, ninguém passando.
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Cuidamos para não soltar esgoto ou lixo (como todas as outras vezes e lugares), para que numa próxima vez nos permitam estacionar novamente.  Caminhamos duas quadras para encontrar uma lixeira, mas mantemos tudo limpo.
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Fomos passear a pé e aproveitar o dia que ainda não estava quente. Depois saímos com o mhome, para carregar as baterias e já nos dirigimos à saída da cidade. Compramos mais uns “semi prontos” para o almoço, no supermercado do shopping e seguimos para Nueva Helvécia (Colônia Suíça). Muito, mas muito calor.
Em Nueva Helvécia fomos muito bem recebidos pela Sra. Silvia, no Depto Turístico. Explicou sobre a formação da cidade e evolução, e indicou-nos um local para passarmos a noite. Passeamos pelos pontos importantes, fotos, e passeamos em Colonia Valdense, mas era hora da siesta, e não havia nada aberto além dos postos de combustível. Abastecemos o mhome P$U 29,60/litro (R$ 2,80/litro); comemos um sorvete para refrescar e voltamos para Nueva Helvécia, tentar o local de parada indicado.
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Fica na Granja Hotel Suizo (http://www.hotelsuizonuevahelvecia.com/), um local bastante aprazível. O Sr. Rolf (proprietário) nos atendeu muito bem, indicou local de estacionamento e tomada de energia. Quanto ao custo, deveríamos fazer algumas refeições no hotel, com comída típica suíça. Estacionamos, mergulhamos na piscina para nos um merecido “refresco”.
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À noite fomos saborear um delicioso (e caro) jantar no hotel. Pedimos um entrecot, que veio no ponto, salada “da horta” (8 variedades), fritas e uma Budweiser. Afinal o ambiente e o momento convidavam a uma cervejinha.
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Ainda não sabemos quais nem para onde serão nossos próximos quilômetros, mas em breve enviamos.
Abraços e até logo…
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