Orientações

.

Orientações para auxiliar na viagem pelo Blog :

Naveguem pelos marcadores (palavras-chave) ao lado e, ao abrir uma das viagens

ou contos, atentem para o título (que indicará a data da viagem).

Obrigado e boas viagens ...


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Viagem Julho/2010

No começo do mês de julho, saímos para as nossas merecidas férias de meio do ano. Foram 18 dias, num total de 1.930km, com gasto total médio (diário) de R$ 100,30. E com a comemoração do aniversário do Darlou em Piratuba-SC na companhia de nossos amigos do G7.
2010 jul Portão
Saímos de Toledo-PR às 7h, céu nublado, mas com tempreatura agradável. Seguimos pela BR163, passamos por Bernardo de Irigoyen (Argentina), para comprarmos uns vinhos e guloseimas. Seguimos viagem pela BR163 depois  BR158, tranquilas e pouco movimento. Às 16h chegamos em Iraí-RS, e claro, estacionamos em frente ao hotel Thermas (das irmãs). Aproveitamos um reconfortante banho de banheira, caminhamos um pouco. Fomos dormir cedo, pois teríamos muitos quilômetros à frente (queríamos chegar em Porto Alegre).
Seguimos viagem pela BR386 sol, céu azul. Chegamos em Soledade perto do meio-dia, e procuramos um restaurante para o almoço. Neste dia, todos estavam “colados” na TV, era jogo do Brasil (infelizmente foi desclassificado neste dia…). Seguimos viagem, calor, pagamos 5 pedágios no valor total de R$43,50. Em Portão, decidimos ficar na Vettura (fábrica de mhomes). Tem uns 15 mhomes sendo construidos, dentre novos e reformados. Havia um enorme mhome alemão (4x4 Mercedes Benz), que estava quase pronto. E neste dia, os alemães, donos do mhome, estavam oferecendo aos funcionários um churrasco, em comemoração ao bom serviço. Fomos convidados (estava uma delícia) e conversamos bastante (apesar da dificuldade com a tradução).
DSC03210 alterada
No dia seguinte,  o “Juca” gentilmente nos levou até a estação do Trensurb e fomos para Porto Alegre de metrô. Aqueles que já entraram de mhome na capital gaúcha sabem da dificuldade de deslocamento e estacionamento.  Visitamos a mãe do Darlou, estava bem, almoçamos juntos. Visitamos seu irmão (Daltro), que possui uma belíssima coleção de rádios antigos (todos valvulados). Aí começou nossa “romaria” para voltar para o mhome: primeiro de táxi até o metrô, depois de metrô até São Leopoldo, e de táxi até a fábrica Vettura.  A inviabilidade do percurso de táxi, pelo altíssimo valor e demonstração de grosseria pelo motorista, nos fez decidir não voltar à Porto Alegre no dia seguinte, como anteriormente planejado. 
Subimos a serra (BR116), passamos em Nova Petrópolis-RS, lanchamos no Parque do Imigrante e seguimos para Gramado-RS, onde estacionamos no camping (ao lado da AABB), que estava quase lotado. Tomamos um ótimo e relaxante banho, lanchamos e fomos dormir cedo, aproveitar o frio e  recuperar as energias.
DSC03215  DSC03220
No dia seguinte um bonito sol, mas friozinho, fomos para a cidade de ônibus urbano. Deixamos as roupas na Lavanderia Siri, acessamos internet, fomos aos bancos (conferir saldos), visitamos a feira do livro.  Almoçamos no restaurante Sttutgart, nos fundos da Rua Coberta, comida bem variada, por kg, muito bom.  Visitamos as lojas de artesanato, caminhamos bastante. No Mercado do Produtor (na praça, ao lado da rodoviária), compramos um pão de milho delicioso, assado no forno a lenha.

120 Gramado  123 Gramado
 101 Gramado
Ficamos mais dois dias em Gramado; lemos, limpei mhome, organizamos as coisas, deu até para fazer macarrão, sim, fazer a massa com rolo, igual as muitas  Nonas  e  Omas  faziam... 
DSC03227alterada
Fomos de ônibus visitar Canela: igreja de pedra, lojinhas, internet.  Na volta para Gramado, fomos novamente no Mercado do produtor, desta vez compramos um pão de aipim (ou mandioca), muito bom também.  Arrumamos as coisas para sairmos cedo no dia seguinte.
Na saída uma neblina fechada nos acompanhou, frio, garoa.  Em Nova Petrópolis visitamos a prefeitura, fomos conversar sobre as peças do museu com a Secretária de Cultura.  Nos indicaram o restaurante Plátanos,  na Galeria do Imigrante (rotatória), muita variedade de saladas, carnes, comidas quentes, sobremesas, tudo delicioso e a vantagem de ser por peso (você paga o que escolheu e quanto realmente come).
Decidimos ir à Caxias do Sul, encontrarmos com os amigos Humberto e Nair. Eles haviam ido à Porto Alegre, mas chegaram à noitinha. Bate-papo, sopa de agnolini, bons vinhos, e a companhia agradável dos anfitriões. Ficamos um dia com eles,  muita chuva, com a aconchegante lareira acesa.
No sábado já seguimos viagem, passamos por Vacaria, Sananduva, até chegar em Piratuba-SC, onde já havíamos combinado encontro com amigos de mhome (G7). Ficamos 06 dias na cidade. Muito frio e chuva (esquecemos de trazer o aquecedor). Estacionamos ao lado da churrasqueira e, por vezes precisávamos “aguentar” alguns barulhentos que vinham com seu som automotivo a todo volume. A administração do camping deveria coibir tais exageros sonoros.
Caminhamos, não fomos às piscinas porque estava muito frio. Usufruímos das banheiras térmicas individuais, muito relaxantes. No dia em que abriu o sol, fizemos macarrão (isto, de rolo), e a Silvana (esposa do Mauro) providenciou o molho. Juntamos as saladas e saiu um belo e gostoso almoço coletivo.
Chegaram também o Luiz e a Tina (de Barra Velha-SC, com sua irmã e cunhado). No aniversário do Darlou, almoçamos no restaurante do balneário, comidinha bem caseira e temperada. Depois voltamos ao mhome comer o bolo e soprar velinhas. A Tina  fez um gostoso cafézinho para acompanhar o bolo.
DSC03264  DSC03265
DSC03268 
O Darlou recebeu um “presentão” do Mauro e Silvana: num lindo pacote, uma bela maquininha de costurar infantil, elétrica e antiga, que enriqueceu nosso acervo de antiguidades. 
DSC03291 
No dia seguinte já começamos a voltar para casa. Muita chuva, em quase todo o trajeto. Por vezes uma neblina fechada. Pelas 17h, já quase escuro (por causa das condições climáticas), chegamos na Anilla (Francisco Beltrão-PR), e pedimos permissão para pernoitarmos ao lado do restaurante.  Estacionamos e nos tranquilizamos, pois até Cascavel desconhecemos outro local seguro.   Lanchamos na Anilla,  soubemos que o hotel e as piscinas estão fechadas (problemas com a expedição de  lavra / retirada de água do subsolo).  Pela manhã seguimos viagem, almoçamos em Cascavel e chegamos em casa às13h.
Desejamos que o próximo roteiro seja em breve e que a meteorologia nos sorria, pois afinal, tem chovido muito em nossas viagens.  Até a próxima.
DSC03240

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Viagem maio/2010

Viagem à Porto Alegre-RS, mas em função de muita chuva, conseguimos chegar em Piratuba-SC (onde  esperamos 4 dias pelo fim da chuva, sem sucesso); passeamos em São Mateus do Sul-PR e Curitiba-PR. Foram 11 dias de viagem (de 05 à 15 de maio), rodamos 1.608km, e o total gasto foi de R$140,80 por dia (tudo o que gastamos desde a saída de casa, incluindo a revisão dos freios do Iveco).
mai 2010 Pirat Curitiba
No dia de nossa saída, tivemos uma surpresa: uma de nossas cachorrinhas teve seis filhotes! Arrumamos as coisas para eles, e saímos ao meio-dia.
cachorros II alterado
A estrada estava livre, poucos caminhões. Pelas 17h chegamos na Iveco em Vitorino-PR, pois havíamos programado previamente com eles a revisão do sistema de freios do Iveco. Pernoitamos no pátio e no dia seguinte fizeram o serviço.
Saímos  de Vitorino às 14h, seguimos por Xanxerê-SC, depois pela BR153 (que estava em obras, ficamos parados muito tempo em várias barreiras).  Por já estar anoitecendo, decidimos ir para Piratuba-SC, ficar um ou dois dias para depois seguir viagem.
Mas durante a noite começou a chuva, e nada de diminuir. Cumprimos o “ritual” de Piratuba (piscina, caminhar, camisetas, …), mas sempre com chuva…  Não haviam outros mhomes.
Piratuba 11
No domingo era dia das mães e, embora com a previsão de ir a Porto Alegre para visitar a mãe do Darlou,  infelizmente tivemos que renunciar. A estrada (BR153) que já estava difícil com as obras, agora com chuva fica impraticável. Ficamos mais dois dias, fizemos algumas comidinhas diferentes; pelo cozinheiro em pose fotográfica…
Piratuba 7
Na terça-feira, decidimos por sair, mesmo com tempo ruim, e ir para Curitiba-PR. Seguimos pela BR153, às 11:30h o céu escureceu e em seguida muita chuva e granizo.  Andamos mais um pouco até chegar a um posto, para podermos parar com segurança. Lanchamos, descansamos um pouco. Continuamos pela BR153, alguns trechos bons, outros com depressões, buracos e muito movimento (de caminhões e carretas, principalmente).  Decidimos pernoitar em São Mateus do Sul-PR, pois estava comecando a anoitecer.  Vimos que a cidade ainda sofre alguns danos causados pelas chuvas (o nível do rio estava bem acima do normal, o que afetava instalações de água, esgoto e energia da cidade).
No dia seguinte já continuamos a viagem até Curitiba, onde ficamos novamente no camping do Celso (empresa Só Trailer).  Almoçamos no mhome, descansamos. À tarde fomos de ônibus para a cidade. Caminhamos no calçadão, tomamos café com doce na Confeitaria das Famílias; visitamos o SESC no Paço das Artes (antiga prefeitura) prédio reformado, muito bonito.
No outro dia, visitamos nosso amigo Paulo, que tem uma paixão por fuscas (assim como nós). Seus carros estão ainda mais lindos. Ele estava um pouco tristonho, pois sua mãe havia falecido dias antes. Conversamos bastante, e antes do meio-dia saímos, indo de ônibus até o centro.
PAndrade 3  alterado
Almoçamos no centro, passeamos, “namoramos” vitrines, adquirimos artesanatos.  Agendamos com nossos outros amigos (Marco e Graci) para irmos à casa deles à noite. A Graci fez lasanha (já citei em outra viagem, ela faz massas tipo italianas na empresa – Palácio Ducale de Veneza).  O jantar, como era de esperar, lindo e delicioso.  Colocamos os assuntos em dia. Falaram um pouco de suas viagens (viajam de moto). Nas nossas comparações, as diferenças básicas são: a velocidade da moto, que é muito mais rápida, e a nossa praticidade em ter a casa junto.  Mas nós quatro curtimos e adoramos viajar, cada casal com seu veículo predileto.
Mais um dia passeando em Curitiba, tomamos café no Paço (prédio do SESC), uma delícia de brownie e torta. Achamos mais uma lojinha de artesanato (fios, lãs e tecidos), pertinho do Paço das Artes. Voltamos para o mhome, começamos a arrumar as coisas para viajar no dia seguinte.
O dia amanheceu nublado, mas precisamos voltar para casa, os compromissos aguardam. Seguimos pela BR277, pagando os 07 pedágios (num total de R$89,20 !). Perto de Prudentópolis paramos no Chalé Costenaro, compramos queijo e cracóvia. No Restaurante 3 Pinheiros paramos para descansar e lanchar.  Pelas 20h chegamos em casa.
Esta viagem foi um pouco enfadonha; em decorrência da chuva, que não nos permitiu chegar ao destino inicialmente previsto, sem perdão da “mamãe” de Porto Alegre; nem nos concedeu liberdade para passear e melhor aproveitar.  Também agravada com algumas rodovias, em precário estado de conservação (não havíamos passado antes e pretendemos não passar tão cedo). Em agradável compensação, as pessoas que encontramos (revemos ou conhecemos) foram maravilhosas,  nos proporcionaram satisfação e alegria.
Esperamos que a próxima viagem ocorra logo e, com lindos e longos dias de sol.    Até breve…
030 I Lobos

Viagem Março/2010

Nesta viagem fomos ao encontro do grupo Rodamundo, em Garopaba-SC. Viajamos de 03 a12 de março (10 dias), com total de 1.990km. O gasto médio diário foi de R$ 120,00 (lembrando que sempre consideramos todas as despesas, desde a saída de casa até o retorno: combustível, alimentação, restaurantes, sorvetes, lavanderia, problemas mecânicos, presentes, etc….).
mar 2010 Garopaba
Saímos bem cedo de casa (6:15h), afinal, estamos muito longe de nosso destino. Para economizarmos o valor do pedágio, fomos pela BR163 (Francisco Beltrão-PR) , depois pela BR282 (Xanxerê-PR, Lages-PR). Dia bonito de céu azul, sol, com o calor aumentando.
Na estrada haviam algumas barreiras de obras, e paramos na primeira (perto de Ampére-PR). Quando o sinalizador permitiu a passagem, qual não foi nossa surpresa: a bateria estava descarregada! Nossa sorte é que era descida e conseguimos fazer pegar no “tranco”. Seguimos, pensando que poderia ser decorrência da idade, era ainda a original e já tinha 5 anos!.  Um pouco para frente de Vitorino-PR, paramos para lanchar. E na saída: bateria novamente zerada.  Nada, nem sinal.  Tentamos nas lojas anexas ao posto mas não havia bateria de 100A para substituir. Pedimos ao eletricista para fazer uma “chupeta”, conseguimos o arranque e voltamos alguns quilômetros até a revenda e assistência IVECO (em Vitorino-PR).
Resultado: trocar a bateria do carro (temos outra no habitáculo) e, como quando se está em viagem, com pressa, não se consegue desconto: foram R$ 400,00 …  Almoçamos na própria Iveco, enquanto faziam o serviço.  Depois de 2 horas nesta perda de tempo, seguimos viagem.
Em Xanxerê-SC fizemos nova parada (para lanche, descanso e supermercado – Badotti). Seguimos novamente, trânsito relativamente tranquilo, então optamos por seguir até Lages-SC para pernoitar. (foram 683km rodados…)
No dia seguinte, saímos pelas 7:30h e seguimos pela BR282 até Florianópolis. Depois seguimos pela BR101 até Garopaba-SC. Chegamos às12h no camping Lagoamar (http://www.lagoamar.com.br/) , estacionamos perto de nossos colegas de G7 que já estavam, e fomos almoçar no restaurante do camping (que tem boa variedade de saladas e pratos quentes).
Ficamos 04 dias no camping, confraternizando com amigos, participando do encontro do Rodamundo, mas o que não conseguimos entender é porque, toda vez que viemos para Garopaba, chove…  Sim, passeamos, caminhamos na praia, fomos ao centrinho, à igreja, mas a chuvinha insistente não deu trégua.
DSC01754  DSC03010
DSC01769  DSC01770

No domingo, após muita chuva, caiu uma barreira na BR101, que bloqueou a viagem de vários companheiros. Nós saímos no outro dia, e fomos para a casa do Anselmo e Lucimara (em Penha-SC). Nos esperavam com um delicioso almoço (bife, macarrão, e salada). Tudo maravilhoso. Descansamos e à tardinha fomos caminhar um pouco na beira mar. Ficamos mais 02 dias, conversamos, passeamos, fizeram churrasco, tudo muito bom.
Na quarta-feira, seguimos viagem, subimos pela serra da Dona Francisca, um calor de derreter, aproveitamos para nos refrescarmos na cachoeira à beira da rodovia...
DSC03015  DSC03016
DSC03025
Em Campo Alegre-SC, fomos na Pauli Lanches, tentamos acessar internet mas não conseguimos. Calor, muito calor. Seguimos viagem até Rio Negro-PR, onde pernoitamos.
No dia seguinte, visitamos a cidade, com prédios antigos, ruas estreitas. Fomos até a prefeitura (que fica em um antigo seminário), longe do centro. Lá fomos no museu, vimos artesanato, capela, trilha pela mata, maior presépio do mundo (segundo eles; com 50 metros quadrados e 1.700 personagens).  Almoçamos no Clube Rio Grandense, e pelas 12:23h seguimos viagem.
DSC03029  DSC03051
 DSC03058
Chegamos em Lapa-PR, cidade histórica. Visitamos  a Casa de Câmara e Cadeia, lanchamos na panificadora Fachinni. Passeamos pelo casario, a preservação da cidade, com belas e arborizadas ruas,  demonstram já não comportar tantos automóveis (muitos veículos novos, circulando em função da redução do IPI e facilidades de financiamento).
Um pouco de história da Lapa:
“A Cidade da Lapa originou-se de um pequeno povoado às margens da antiga estrada da mata – uma parte do histórico caminho que ligava Viamão (RS) a Sorocaba (SP). Um desses conhecidos "pousos" dos tropeiros recebeu a denominação de Capão Alto, no ano de 1731, quando a capitania de São Paulo resolveu criar um registro para cobrança de pedágio de gado que transitava à margem do Rio Iguaçu. A Lapa ficou conhecida como Registro, embora fosse Capão Alto o nome original. Passaram-se 239 anos e outras denominações até o nome Lapa.
Foi palco do Cerco da Lapa – Revolução Federalista, em 1894, quando o sul do município foi invadido pelas tropas revolucionárias rio-grandenses. A calma cidade campesina foi transformada em autêntica praça de guerra, com sangrentos acontecimentos. Sob o comando de Gumercindo Saraiva, os revolucionários gaúchos haviam conquistado também grande parte do território catarinense e tencionavam apoderar-se das unidades legalistas, incluindo Curitiba.
Em 8 de fevereiro os soldados do Regimento de Segurança foram informados da morte do seu comandante, coronel Dulcídio Pereira.  Findava-se, também, quase à mesma hora, o general Gomes Carneiro, comandante-geral da Praça, o que tornava a situação extremamente grave.   Diante disso, reunidos todos os comandantes de unidades, o coronel Lacerda propôs que assumissem todos o compromisso de honra, de defender a cidade, até que se esgotassem os últimos recursos.  "De pé, braços estendidos e mãos sobrepostas”, - foi essa promessa solenemente feita.
Após o conhecimento da morte do general Gomes Carneiro, a desolação foi geral. O cadáver do grande herói, envolto na bandeira do 17o. Batalhão de Infantaria, foi sepultado na sacristia da Matriz de Lapa.
Na manhã do dia 11, um emissário dos sitiantes gaúchos trouxe um ofício do general Laurentino Pinto Filho, comandante do 2o. Corpo do Exército Revolucionário, dirigido ao coronel Joaquim Lacerda, propondo a capitulação.
A resistência se tornara impossível e a derrota rondava as fortificações da cidade. O ofício foi assinado. Terminou assim a histórica resistência que à pequenina e pacífica cidade de Lapa trouxe o galardão de heróica e legendária.”
Procuramos pelo sr. Sergio Leoni (ex-prefeito, meritório incentivador da preservação histórica), que gentilmente nos recebeu em sua casa. Conversamos um pouco, vimos os automóveis antigos dele, também fomos conhecer a restauração da antiga casa  de seu pai. Muito linda, com pinturas sendo recuperadas, em elogiáveis procedimentos de restauro.
DSC03062  DSC03063
Como não conseguimos local seguro para pernoitar, seguimos viagem até Colônia Witmarsun-PR, na pousada Siebert (da sra. Carmem). Como sempre, nos receberam muito bem, tomamos um bom banho e fomos descansar.
No dia seguinte, continuamos pela BR277 até chegarmos em casa. Sim, o trajeto fica mais rápido e tranquilo, mas o pedágio neste trecho (R$79,80 em 06 praças) é muito alto.
Esta viagem foi boa, apesar de tanta chuva no início. Reencontramos amigos, estreitamos laços, aprendemos mais sobre lugares e pessoas.  Que a próxima viagem seja em breve…
DSC01741

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Viagem abril e maio/2009

Nesta viagem, o objetivo era ir ao encontro do Grupo Rodamundo em Timbó-SC. Como tínhamos mais alguns dias, fomos à Curitiba-PR, Guaratuba-PR, Pomerode-SC, participamos do encontro e depois fomos à Piratuba-SC.  Foram 17 dias (de 23 de abril à 09 de maio), com 1.970km percorridos.
abril maio 2009
A partir desta viagem, passamos a registrar todas as  despesas, todas mesmo (combustível, supermercado, diárias de camping, camisetas e presentes, sorvetes e almoços ou jantares, ônibus, táxi, gorjetas, cafezinhos, pedágios,  pneus, lavanderia, peças, etc.). Enfim, absolutamente tudo que se gasta na viagem, desde a saída de casa até a chegada.  Nesta, gastamos R$1.628,80, que dividido pelo número de dias (17) corresponde a R$ 95,80 por dia.  Ou ainda, se dividirmos por km rodados, serão R$0,82 por km.  Tais registros servem como referenciais para outras viagens.
Saímos de casa com céu nublado, o que torna a estrada mais fresca. Passamos por 06 pedágios (R$78,20); e chegamos na Colônia Witmarsum, (que estava com temperatura bem mais baixa do que em Toledo). Lá procuramos pela pousada Siebert, que já haviam nos recebido bem anteriormente. Novamente, a recepção foi muito gentil (Sra. Carmem). Tomamos um bom banho, jantamos e fomos descansar.
016 Witmarsum

Dados sobre a Colônia Witmarsum:
“(…) formada em julho de 1951, no Município de Palmeira, resultou de um movimento colonizador espontâneo, realizado por reimigrantes menonitas (membros de uma seita religiosa protestante, surgida no século XVI na Europa, fundamentada na religião e no trabalho) que, anteriormente, se haviam estabelecido em Santa Catarina. Ocupa uma área de 7800 hectares e compreende cinco núcleos de povoamento, dispostos em torno de um centro administrativo comercial e social situado na sede da antiga Fazenda Cancela. A Colônia foi organizada no sistema de vida comunitária e de terras comunais, porém atualmente, as propriedades são individuais, com lotes rurais de 50 hectares, em média. Sua base econômica reside na agropecuária, desenvolvida sobretudo no setor da pecuária leiteira.”
017 Witmarsum

É um lugar muito tranquilo, ótimo para descansar, possui várias pousadas, boa comida. Destaco um docinho delicioso chamado Trouxinha, que é uma massa neste formato, com recheio de maçã, açúcar e ruibarbo. Compra-se na feirinha aos sábados, pela manhã.
No dia seguinte, fomos para São José dos Pinhais-PR, visitar um amigo. Muito trânsito na estrada, conseguimos estacionar em local seguro. Fomos de ônibus passear no centro da cidade.  No outro dia fomos de ônibus até Curitiba, caminhamos pelo centro, lanchamos na Confeitaria das Famílias; almoçamos com o amigo Marco Antonio de Napoli, no restaurante Taisho (comida japonesa, livre ou por kg, bem variado). À tarde ele nos levou para conhecermos a empresa de massas de sua esposa (Graci), a Pasta Ducale  (nome oriundo do Palácio Ducale de Veneza, terra natal de seus pais), que faz massas tipo italianas (macarrão, lasanha e outros), uma delícia (Rua Augusto Stresser, 322, Curitiba-PR).
No domingo, iríamos na feira do Largo da Ordem, mas a viagem de ônibus do dia anterior cansou e demorou demais. Decidimos por seguir para Guaratuba, onde há um camping mais estruturado (AVM).  Chegamos ao camping e, para nossa surpresa estava fechado.  Almoçamos no restaurante Casa Rosada (por kg), boa comida e variada.  Passeamos na cidade, caminhamos na praia. Pelas 17h voltamos ao camping e a atendente nos informou que  estavam de férias (camping fechado), mas que poderíamos ficar (já que eramos apenas dois e não usaríamos as demais instalações).
Ficamos  dois dias em Guaratuba, passeando, caminhando na praia. Visitamos Itapoá-SC, que nos surpreendeu pela sua extensão (32 km de uma ponta a outra da cidade).  Fomos ao trapiche, e verificamos que está sendo construído um moderno porto, o qual  (segundo informações de moradores da cidade ali presentes)  geraria vários problemas para a cidade: o porto afetaria o bioma marinho do local e entorno, poluindo as praias, o que alteraria o afluxo turístico.  Ouvimos ainda que seriam atividades correlatas não podem conviver, em decorrência da diferenças de cultura, comércio, pessoas, serviços e necessidades conflitantes.  Esperamos que as belezas naturais, a qualidade da preservação ambiental e a patente hospitalidade turística do  município sejam mantidas.
023 Itapoá 
Seguimos nossa viagem, passamos por Jaraguá do Sul-SC, onde visitamos o Museu da WEG (empresa que atualmente tem 15 mil funcionários !). Mostra sua história, desde a formação da empresa, evolução das peças e máquinas produzidas. Ideal para os que gostam da história do desenvolvimento mecânico (e de museu), como nós.

032 Weg Jaraguá
037 Weg Jaraguá



Passeamos mais um pouco, lanchamos e depois fomos para Pomerode-SC.  Lá iríamos visitar nosso grande amigo Sr. Egon Tiedt, que também possuía um museu com peças  maravilhosas.  Ao chegarmos ao portal da cidade, tivemos a triste notícia de que ele havia falecido no mês de fevereiro. Mas as peças de seu acervo estavam expostas no Museu Pomerano (perto do zoológico).  Visitamos o museu, e depois fomos conversar com sua esposa (D. Irena), ainda abalada pelo súbito falecimento do marido. Esperamos ter dado um pouco de ânimo para ela.   Não esquecemos de D. Irena, porque há uns três anos, quando os visitamos,  estava fazendo pão com fermento caseiro, assado no forno de barro (construído pelo Sr. Egon). Nunca antes (nem depois) comemos pão tão saboroso.
040 Pomerode
055 Pomerode

Depois deste descontentamento, decidimos ir para Timbó, tentar ficar num bom lugar para o encontro do grupo Rodamundo. Andamos e perguntamos muito para encontrar o Jardim Botânico, e lá já haviam uns 10 mhomes estacionados. Ficamos perto do Anselmo e Lucimara (de Penha-SC, mhome Vogue), que conhecemos nesta viagem e descobrimos que temos muitas afinidades.
No outro dia chegaram os demais integrantes de nosso pequeno grupo G7: Heinz e Elrita, Jaime e Vera, Nildo e Silvia, Mauro e Silvana, Egon e Ilze, Edson e Nelcy, Luiz e Tina. Como já citei na viagem de dezembro de 2009; o nosso grupo G7 é um encontro de amigos, proprietários de mhome com comprimento de até 7 metros, que obrigatoriamente fazem parte do Rodamundo e aceitos pelos membros desta nossa pequena “irmandade”. Todos os integrantes são pessoas maravilhosas, verdadeiros irmãos, que não se escolheram por obrigação, mas pela satisfação e livre vontade de estarem juntos.
Passeamos, caminhamos bastante pelo parque,  bastante arborizado, oxigenado, um lugar que dá aquela vontade de ficar mais tempo, ler um bom livro, aproveitar ao máximo.
  061 Timbó
No dia primeiro de maio, era aniversário do Nildo e fizemos um belo almoço coletivo (cada um ofertou, fez um pouquinho e logo concluimos um belo almoço). É muito bom reunir os amigos, poder conversar, produzir esta alegria em  todos.
069 Timbó
Ficamos até o dia 03 de maio, quando logo após o almoço, seguimos viagem.
059 Timbó


Queríamos chegar em Piratuba-SC, mas havia muito trânsito. Paramos em Capinzal-SC, embora perto, já estava escuro e, para chegarmos em Piratuba, a estrada tem curvas que não revelam bem a intensidade do perigo.
No dia seguinte, saímos para procurar uma lâmpada do farol, cuja existente (não original), adquirida meses antes num posto de combustível, havia queimado e derretido parte do bulbo! E agora, uma dica  e alerta muito importante aos usuários de mhome (ou de automóveis): quando comprarem lâmpadas de farol, não se submetam à grande diferença de preço, cujas falsificadas podem custar um quarto do valor. Um amigo, conhecedor do assunto, nos informou (e assustou até) para comprarmos Philips, originais; pois as de segunda linha ou ditas  “importadas”,  podem derreter, estourar e comprometer todo o bloco óptico do farol.  
Piratuba estava bem tranquilo, havia 04 mhomes. Conhecemos o Humberto e Nair (mhome Iveco, de Caxias do Sul).  Usufruimos das “coisas” de Piratuba: passeios, caminhada, piscina, camisetas…    Ficamos lá 04 dias e seguimos viagem. Fomos pela BR282 até São José do Cedro-SC. Pernoitamos lá para irmos à Argentina (Bernardo de Irigoyen, comprar uns bons vinhos) na manhã seguinte e, pelas 16h do mesmo dia chegamos em casa.
Esta viagem foi agradável, não choveu a ponto de atrapalhar os passeios, conhecemos pessoas maravilhosas, estreitamos ainda mais nossas amizades, conhecemos lugares lindos, provamos comidas e sabores deliciosos. Que o Criador permita que tenhamos mais viagens assim e que em breve nos reunamos com nossos queridos amigos. 
DSC01266
                                    Abraços e até breve…

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Gatos apaixonados por motorhomes

Sócios que somos do primoroso Grupo Rodamundo, fomos participar do encontro de motorhomes no aprazível Camping Lagoamar (Garopaba-SC), em março de 2009.
Como não conhecíamos a localização do Camping, ao encontrarmos uma viatura do Corpo de Bombeiros, solicitamos que nos informassem o endereço .
Surpreendentemente, pediram que os seguissem, pois estavam dirigindo-se para lá, atendendo a um chamado, o que nos deixou muito apreensivos.
Ao chegarmos, descobrimos o motivo e deparamo-nos com a cena curiosa: um gatinho havia se embrenhado entre o reservatório de água e o piso de um dos motorhomes lá estacionados. Depois de demoradas tentativas (removido o reservatório e anexos...) os bombeiros conseguiram retirar o bichano, sujo, faminto e estressado. Os proprietários do veículo informaram que o felino teria entrado dois dias antes, quando estavam estacionados nas Termas de Gravatal-SC.
DSC01753 Bombeiros resgatam gato (Garopaba-SC)
Quando estávamos indo para o Uruguai, em dezembro passado,  ouvíamos um ruído estranho sob o nosso motorhome por uns dois dias.  Algo como um rangido intermitente e tênue, repetido a intervalos regulares, mesmo com o carro parado...
Pouco antes da aduana de Santana do Livramento, encontramos um posto de combustível, com rampa suficiente para o motorhome e fui, observar em baixo, para tentar descobrir a sonora e inexplicável origem.
Para nosso surpreendente espanto, era um gatinho, que havia entrado durante o Natal, em Gramado-RS, dias antes. O pequeno bichano clandestino havia se escondido no diminuto espaço entre o reservatório de diesel e o piso. Lá permanecendo por cerca de sessenta horas, submetido às adversidades atmosféricas, sem comida e água.. Ao ser libertado, parecia mais atônito que nós.
O fato ficou registrado em nosso diário de bordo como: “Os gatos apaixonados por motorhomes”
Darlou D’Arisbo

Resgate do Cabo

Em nosso motor home, eu e minha esposa viajamos bastante, vislumbrando fantásticos lugares e conhecendo pessoas não menos maravilhosas.  Como além das atividades de professor universitário, durante 14 anos também dediquei-me ao  Corpo de Bombeiros como Analista de Projetos de Prevenção, muitas vezes estacionamos em quartéis, onde os colegas, de tão nobre profissão, sempre nos recebem de forma elogiável.

E, em alguns casos, suas instalações são muito precárias, com diminuto efetivo, poucas viaturas (uma velha Caravan e um Mercedes antigo), equipamento obsoleto e ineficaz. Elementos estes agravantes a qualquer sinistro e que parecem ali estar para testar a capacidade inventiva dos seus intrépidos membros.

Pois estava eu numa pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul, em pleno e rigoroso inverno, estacionado ao lado do minúsculo “quartel”.  Lá havia uma humilde salinha de recepção com mesa e duas cadeiras, um apertado e indigno alojamento com dois catres e dois colchonetes no chão.  Ao lado, uma cozinha com fogão a lenha, confortavelmente aceso e cinco bancos ao redor.  Três soldados, um cabo e um amigo deliciavam-se a sorver o quente chimarrão, contando “causos” na comodidade térmica do ambiente, aguardando a troca de turno e rogando aos céus para que nenhuma emergência venha alterar aquela instável tranqüilidade.

caminhão bomb antigo II

Exemplo de antigo e preservado 

Havíamos chegado ao entardecer e, após as apresentações de praxe, liguei o cabo elétrico (extensão) do motor home na cozinha, (única tomada de energia funcionando), tomei um chimarrão com os presentes e, graças ao frio e chuva fina, recolhi-me à nossa pequena casa rodante, onde jantamos e fomos dormir.

Pela manhã, dirigi-me à cozinha do “quartel”, onde a outra equipe que havia substituído a anterior estava absorta em seus “causos”, mitigando o frio com os pés sob o fogão fumarento e o corpo com o líquido mate amargo e quente. 

Como eu não havia sido apresentado a esta nova equipe e, a informação da anterior possivelmente sido incompleta, um soldado levantou-se, surpreendido ao se flagrar invadido no ambiente íntimo, e inquiriu-me:

-“O que o senhor deseja?”

Esbocei um sorriso amistoso e, em patente ingenuidade, não imaginando uma possível segunda interpretação, respondi:

-Vim apenas resgatar o “cabo”.

O cabo (bombeiro) deu um salto de trás do fogão e, aparentando a mais inesperada situação, incrédulo, limitou-se a me encarar sem nada dizer.

Depois das explicações, gargalhamos juntos ao redor do fogão.  Certamente eles terão mais um “causo” para as próximas trocas de turma.

Darlou D'Arisbo

domingo, 17 de outubro de 2010

Motor-home: conforto e liberdade

O Motorhome (anglicismo de “casa móvel”), mundialmente conhecido como tal, é uma agradável combinação do conforto e aconchego da residência com a autonomia oferecido pelo veículo. Eles apresentam a primazia da liberdade, evitando as desagradáveis e antecipadas reservas em hotéis, a determinação de datas, locais e horários, a submissão àquelas condições de hospedagem e a limitação ao destino da viagem.
Com o Motorhome, caso o local não seja aprazível, (ou a vizinhança inconveniente), imediatamente pode-se deslocar para outro local, sem sequer ter a necessidade de arrumar a bagagem. Os próprios roteiros podem ser desenvolvidos ou reprogramados durante a viagem, pois até a previsão meteorológica faculta alterações para rotas ou locais convenientes.


Ao contrário da casa na praia (ou na serra) onde as paisagens são sempre as mesmas, as janelas do Motorhome podem apresentar as mais variadas visões.  Os “vizinhos” também serão diversificados a cada local e, considerando os interesses semelhantes, freqüentemente se estabelecem amizades, muitas vezes entusiasticamente surpreendidas em outros encontros.
Obviamente, é indispensável a integração entre os usuários. Mais do que passageiros, os integrantes hão de conviver no mesmo ambiente por toda a jornada e, sentir prazer nesta vivência, é condição essencial. Na situação familiar, esta condição pode predispor a um reencontro afetivo, recuperando-os dos nocivos afastamentos decorrentes das condições de trabalho no dia-a-dia.
E, como se trata de um veículo autônomo e regular, pode-se estacioná-lo em qualquer local, respeitadas as condições legais e de segurança, sejam campings, postos de combustível, avenidas beira-mar, clubes de recreação ou até casa de parentes, esta com a vantagem e tranqüilidade de não invadir sua privacidade.
Existem campings brasileiros organizados e exclusivos para Motorhomes, com tomadas de energia, água potável e esgoto. Alguns, com boxes de estacionamento ajardinado e individual, mercado, piscina, lavanderia automática, restaurante, barbearia, passeios planejados, Internet, locadora de vídeos, etc...
O Motorhome possui, basicamente, os recursos indispensáveis para uma confortável estadia, quis sejam: rede elétrica interna com corrente alternada de 110 V (ou 220 V), semelhante ao sistema utilizado na residência, permitindo o uso de quaisquer eletrodomésticos, até o limite de potência estabelecido. Este circuito, alimentado por inversor (ou também placas solares) e tendo como fonte as próprias baterias do veículo, pode manter os equipamentos (lâmpadas, refrigerador, televisor, etc.) funcionando por tempo proporcional à sua capacidade, sem ligação externa ou acionamento do motor do veículo.  Modernos climatizadores de ar, de baixíssimo consumo (cerca de 3 A/h), conectados à bateria (12V) reduzem a temperatura interna em até 8 ºC em relação à externa.
MHome revista

A cozinha pode incluir todo o equipamento convencional (fogão a gás, forno de microondas, refrigerador, freezer); os armários possuem recipientes apropriados para os alimentos e condimentos. Os suportes para pratos, copos e panelas são fixos e revestidos, impedindo vibrações ou deslocamentos acidentais. Gaveteiros abrigam talheres e demais utensílios necessários, também devidamente acomodados para evitar sonoras oscilações.  Uma pequena e útil adega pode se fazer presente, para atender às especiais ocasiões (como um romântico jantar a dois).
Possuem conjunto sanitário; chuveiro quente, lavatório e vaso sanitário, com sistema de esgotamento independente em reservatórios adequados.  Assim, a água servida e o esgoto cloacal são tratados com produto bactericida e desodorizante, oportunamente esgotados em locais convenientes.  A distribuição de água potável é pressurizada por sistema elétrico automático.
Dependendo das dimensões e da necessidade dos usuários, outros equipamentos mais sofisticados podem também incorporar, tais como: lavanderia, canil (ou local para animal de estimação), banheira de hidromassagem, garagem para moto ou carro pequeno (ou cambão para rebocar veículo de passeio ou barco).
Quanto ao custo, o valor de um Motorhome pode equivaler ao de uma casa (fixa, imóvel!) e é bastante variável. Os menores, não mais fabricados em série, montados sobre o chassi da antiga Kombi (marca Safari/Karmann), ainda podem ser adquiridos em bom estado por cerca de R$ 40.000,00.  Os maiores e mais sofisticados, novos e equipados, com motorização diesel, podem ultrapassar os R$ 1.000.000,00.
Muito disseminados na Europa, ainda são pouco difundidos no nosso país, e as poucas empresas brasileiras qualificadas, possuem tecnologia suficiente para a construção de Motorhomes, com perfeição e confiabilidade, proporcionando comodidade e segurança aos usuários. 
Porém, existem veículos construídos grosseiramente adaptados, executados sem competência e dissimulados por visuais apelos coloridos, que podem provocar falsas impressões positivas e comprometer o conforto e a segurança, tornando as viagens uns aflitivos martírios.
Algumas empresas, também no Brasil, alugam estes veículos, por vezes até com o motorista. Mas o melhor mesmo é ter o próprio, com todas as coisas das quais você necessita, com a decoração que lhe agrada, com os seus lençóis, travesseiros e toda a intimidade de sua família.   Sem as desagradáveis malas, sem necessidade de definição de datas e horários.  E, com a possibilidade de consumir alimentos e bebidas característicos de cada região, sempre com indispensável conforto e liberdade
Darlou D’Arisbo  (dan@creapr.org.br)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Viagem junho e julho/2008

Viagem  realizada  de  29  de  junho  à  14  de  julho  de  2008.    Nossa intenção era visitar as cidades históricas de Minas Gerais.  Foram 16 dias, 3.285km rodados.   Saindo de Toledo-PR passando por Cianorte-PR, Cornélio Procópio-PR, Ourinhos-SP, Jaú-SP, SP310, São João da Boa Vista-SP, Águas da Prata-SP, Poços de Caldas-MG, São João del Rei-MG,  Tiradentes-MG, Congonhas-MG, Ouro Preto-MG, Mariana-MG, São Sebastião da Vitória-MG, Nepomuceno-MG, São Carlos-SP, Assis-SP, Londrina-PR, Apucarana-PR, Umuarama-PR.    
Esta viagem foi muito esperada e planejada, pois que estávamos desde janeiro/2008 sem viajar, em função de atividades em nossa faculdade e no meu mestrado.
Na saída, um pouco de neblina, o que dificulta a visibilidade na estrada, e soubemos que há muitos buracos na rodovia. Seguimos pela BR158, paramos para lanchar e descansar um pouco antes de Cianorte-PR. Passamos pela entrada de Maringá, seguimos pela BR369. Antes da 18h chegávamos em Cornélio Procópio-PR, e decidimos pernoitar ali.  No dia seguinte, seguimos pela BR369 até Ourinhos-SP. Muito trânsito, paramos em um posto de combustível para esperar um pouco.  Seguimos pela SP327 (bem ruim em boa parte do trecho), depois SP225 e chegamos perto do meio-dia no Jaú Service (supermercado), compramos comida pronta e almoçamos no mhome. Seguimos pela SP225, e no trecho entre Analândia e Aguaí está bem ruim, muitos buracos, além de não ter nenhum comércio (posto de combustível, mercearia, nada). Apenas plantações de laranja e cana-de-açúcar.
Continuamos na estrada, passamos por 3 pedágios, relativamente baratos se comparados aos paranaenses. Em Águas da Prata-SP, na polícia rodoviária, vimos estacionado o carro do Vigilante Rodoviário (Simca Chambord), um seriado da televisão antigo com o famoso Inspetor Carlos. Claro que fomos  lá fotografar…
DSC00979 DSC00978
Pelas 17:30h chegamos em Poços de Caldas-MG.  Mas cuidado, às vezes nas segunda-feiras os mineiros não estão muito dispostos a dar informações. Explico: fomos no centro da cidade, procurar por informações turísticas (que disseram que já estava fechado); nos indicaram o Palace Hotel para fornecer as informações que precisávamos; com patente má vontade o recepcionista nos atendeu, disse que iria chamar/perguntar ao gerente, muito tempo depois disseram que não havia camping na cidade, mas que eles poderiam perguntar no estacionamento do Hotel (que é privativo), mais muito tempo depois, e nada, nenhuma resposta.  Decidimos por sair do centro (já que começa a congestionar depois das 18:30h), e estava ficando escuro. Perguntamos a algumas pessoas sobre um posto de combustível para pernoitar, e nada, ninguém sabia informar nada. Por sorte, encontramos um quartel da polícia militar, e pedimos se poderíamos estacionar próximo. Ufa, stacionados. 
Mas depois de toda esta complicação (da segunda-feira), as mesmas pessoas, nos mesmos lugares, nos atenderam muito bem na terça-feira! Então elaboramos uma teoria, ainda não comprovada, de que há mineiros de segunda e mineiros de terça, embora sejam a mesma pessoa.
Passeando na terça-feira pela cidade, prédios antigos, águas termais, fomos informados que há o Garden Park, que é o estacionamento privado do Palace Hotel. O mesmo que não aceitou na segunda-feira!.  Eles aceitam e permitem estacionar o mhome, ligar a luz e ficar nele, pois que o estacionamento funciona 24h (diária de R$ 25,00). É um pouco difícil de estacionar (por ser bem no centro), mas é tranquilo, dá para dormir  bem.
Estacionados com segurança, com energia ligada, fomos passear na cidade, compramos o queijo de minas, figos cristalizados, miniaturas de vidro, visitamos o museu, parque botânico. E um delicioso banho de banheira nas termas. Em Poços de Caldas há várias fontes de água, algumas termais, outras apenas minerais, algumas cuidadas e outras impróprias para consumo. Soubemos que há um teleférico na cidade, mas estava em obras.
DSC01000
“A história de Poços de Caldas começa pelos idos do século XVII. As águas raras e com poderes de cura   prosperaram a cidade desde os seus primórdios, quando as terras começaram a ser ocupadas por ex-garimpeiros, desiludidos com o declínio da atividade aurífera na região das minas. Elas passaram a se dedicar sobretudo à criação de gado, sendo obrigados a percorrer longas distâncias em busca de pasto para os animais.
Desde 1886, funcionava na cidade uma casa de banho, utilizada para tratamento de doenças cutâneas. Ela se servia da água sulfurosa e termal da Fonte dos Macacos. Em 1889 foi fundado, por Pedro Sanches, outro estabelecimento com o mesmo fim, captando água da Fonte Pedro Botelho, no local onde é o parque infantil Darcy Vargas. Ali, a água sulfurosa subia até os depósitos por pressão natural. O balneário não existe mais. Em seu lugar foram construídas, no final dos anos 20, as Thermas Antônio Carlos, um dos mais belos prédios da cidade. 
Poços de Caldas recebeu seu primeiro visitante ilustre, o Imperador Dom Pedro II, em outubro de 1886. Ele esteve na "freguesia", acompanhado da imperatriz dona Tereza Cristina, para a inauguração do Ramal da Estrada de Ferro Mogiana.
A prosperidade e o luxo tiveram seu grande momento em Poços de Caldas enquanto o jogo esteve liberado no Brasil. Pelos salões do Palace Casino e do Palace Hotel desfilava a nata da aristocracia brasileira e até de outros países. O presidente Getúlio Vargas tinha uma suíte especial no hotel, com a mesma decoração da que ele usava no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então capital do país. O quarto ainda hoje preserva os móveis e o estilo da época. Mas uma das maiores atrações do hotel continua sendo sua piscina térmica, construída num suntuoso salão sustentado por colunas de mármore de carrara.
DSC01004 DSC00989
 DSC00996 DSC01002
No outro dia, seguimos viagem para as cidades históricas. Seguimos a rodovia por Machado, Varginha, BR381, paramos num ótimo posto Graal (com réplica das cidades históricas), Lavras (e deste aponto até São João del Rei a estrada está bem ruim), e chegamos a São João Del Rei  pelas 17h.
DSC01016 DSC01019
Trânsito difícil, ruas estreitas e mhome largo não são uma boa combinação, dificultado pelos carros estacionados em locais irregulares.  Nos informamos e soubemos que o camping fica afastado do centro (dificultando os passeios),  pedimos permissão para estacionar próximo à Polícia Militar, que nos foi gentilmente permitida.
Ficamos dois dias em São João del Rei, fotografamos, passeamos pela cidade (sempre a pé), conhecemos quase todas as igrejas, visitamos fábrica de artesanatos em estanho, museus, casario.  Durante o dia, enquanto o sol estava presente, a temperatura ficava pelos 20ºC, mas à noitinha esfriava um pouco. Almoçamos no restaurante Entre Atos (por kg), ótima e variada refeição.
Um pouco da História de São João del Rei:
“Em 1838 a progressista Vila de São João del-Rei torna-se cidade. Nessa época, possuía cerca de 1.600 casas, distribuídas em 24 ruas e 10 praças. Ainda no século XIX, contava com casa bancária, hospital, biblioteca, teatro, cemitério público construído fora do núcleo urbano, além de serviços de correio e iluminação pública a querosene.
Desenvolveu-se ainda mais, com a inauguração, em 1881 da primeira seção da Estrada de Ferro Oeste-Minas, que liga as cidades da região a outros importantes ramais da Estrada de Ferro Central do Brasil. Em 1893 a instalação da Companhia Industrial São Joanense de Fiação e Tecelagem traz novo impulso à economia local, a tal ponto que a cidade foi novamente indicada para sediar a capital de Minas Gerais.
A formação peculiar da cidade, que evoluiu de arraial minerador para importante pólo comercial da região do Campo das Vertentes, é responsável por sua característica mais interessante: uma mescla de estilos arquitetônicos que tem origem na arte barroca, passa pelo ecletismo e alcança o moderno. Em São João del-Rei, é possível apreciar a evolução urbana de uma vila colonial mineira, cujo núcleo histórico permanece bastante preservado em harmonia com as construções ecléticas do século XIX e as mudanças ocorridas no século XX.”
  DSC01026  DSC01037
 DSC01050  DSC01071
 DSC01073  DSC01075
Fizemos o passeio de trem até Tiradentes (os aposentados tem 50% de desconto, lembrem de levar comprovante…). O passeio é lindo, são cerca de 20km percorridos em 40 minutos, passando em alguns lugares dentro da cidade, mas a maioria do percurso é de  paisagens rurais.
DSC01088  DSC01101
DSC01103  DSC01126
O ambiente histórico de Tiradentes é bonito, os prédios, a igreja, a fonte de 1749, o calçamento com pedras irregulares imensas e já gastas, depois de tantos anos.  A cidade vive basicamente do turismo, mas estava mal cuidada; suja; o atendimento (de bares, restaurantes, comércio) não é bom, demonstram estarem fazendo um grande favor em atender o turista.
Em Tiradentes encontramos a Santina e o Alfredo, de Terra Boa-PR, com mhome construido em nossa cidade (Toledo/PR). Estão viajando já a 03 meses por Minas Gerais e São Paulo.
DSC01106  DSC01116
DSC01113  DSC01114
 
Uma breve história de Tiradentes:
“ A cidade de Tiradentes originou-se do pequeno arraial da Ponta do Morro, no início do século XVIII. Desde o final do século XVII, o paulista Tomé Portes del-Rei explorava o direito de passagem às margens do Rio das Mortes, num ponto conhecido como Porto Real da Passagem. Em 1702 João de Siqueira Ponte chega à região e, em companhia de Tomé Portes, descobre ouro nos córregos da redondeza. O local, denominado Ponta do Morro, logo se transforma em arraial, com o afluxo crescente de garimpeiros. Pouco depois, passa a se chamar Arraial da Ponta do Morro de Santo Antônio, em louvor ao santo de devoção dos moradores que aí  ergueram uma capela.
No século XIX, os moradores da então já Vila de São José voltam-se para a agricultura e a pecuária, vendendo carne de porco, boi e carneiro para  localidades de Minas e também para o Rio de Janeiro. Em 1831 a participação da mão-de-obra feminina na economia local é expressiva, especialmente no ramo da fiação e tecelagem. Em 1864 a localidade já possui 70 teares, conta com 108 fiadeiras e tecedeiras, além de 44 costureiras, e a produção atinge cerca de 30.000 varas de pano. No entanto, a atividade não chega a alcançar proporções industriais.
Sem grandes alternativas econômicas, São José del-Rei, é elevada à categoria de cidade em 1860. Sua integridade patrimonial e paisagística assegura-lhe um dos perfis coloniais mais autênticos de Minas Gerais e do Brasil.
Em 1889 recebe nova denominação: Tiradentes, em homenagem ao herói da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier. Dessa época em diante, a cidade experimenta certo ritmo de expansão comercial com a implementação do ramal ferroviário da Estrada de Ferro Oeste-Minas e, mais tarde, do sistema rodoviário.
Hoje, uma das importantes fontes de renda da cidade é o turismo, mantido graças ao grande interesse por seu conjunto arquitetônico colonial, pouco alterado. A cidade foi tombada como Patrimônio Histórico Nacional em 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, resguardando-se não só seu conjunto arquitetônico como também áreas de seu entorno paisagístico, especialmente a imponente Serra de São José com agradáveis cachoeiras e vegetação remanescente da Mata Atlântica.”
Foi um pouco difícil sair da cidade de São João del Rei, as placas estão incorretas ou não existem, as pessoas dão informações confusas ou erradas.  Mas chegamos à estrada novamente.  Seguimos por Lagoa Dourada, para chegarmos em Congonhas.  Em Lagoa Dourada, na estrada, há um restaurante e lanchonete chamado Parada Real, onde se come broa de milho assada em folha de bananeira, uma delícia com cafezinho…
Em Congonhas, não há camping, a cidade é confusa, ladeiras, viadutos baixos, descidas fortes, coisas que não combinam bem com mhome (a geladeira inclina demais e trabalha com dificuldade, os líquidos dentro dela vazam, a caixa d’água inclina e vaza…).   Mas conseguimos chegar no Santuário do Senhor Bom Jesus do Matozinhos (que teve início em 1757, numa colina de nome Alto Maranhão), mais conhecida como a igreja dos profetas de Aleijadinho. Para nosso azar, as estações (denominam  Passos), estavam em reforma, mas fotografamos a igreja.
152- Basilica Cong
143- Basilica Cong 153-Passos Cong

Um pouco de Economia e História de Congonhas:
“O arraial de Congonhas do Campo surgiu em 1734 com a descoberta de ouro no leito do rio Maranhão e proximidades. O nome dado ao lugar tem origens nas palavras tupi-guarani "Kõ" e "Gõi" e refere-se a uma erva-mate muito comum na região, significando "o que sustenta e alimenta".
A construção do majestoso Santuário do Senhor Bom Jesus do Matozinhos iniciou em 1757, na colina de nome Alto Maranhão, e deflagrou a ocupação da margem esquerda do rio. A iniciativa partiu do português Feliciano Mendes, devoto do Bom Jesus, que ergueu a igreja em pagamento a uma promessa. Os artistas mais destacados, como Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e Manoel da Costa Ataíde, emprestaram sua genialidade às obras. Além da igreja, 12 profetas em pedra sabão e 64 esculturas em tamanho natural, representando os Passos da Paixão de Cristo, foram esculpidas por Aleijadinho e policromadas pelo mestre Ataíde. Em 1985, o conjunto arquitetônico e escultórico do Santuário foi elevado pela Unesco a Monumento Mundial e Patrimônio Histórico da Humanidade.
Depois da Segunda Guerra Mundial, a exploração do minério de ferro renova a economia local e a população chega a 40.000 habitantes. Grandes empresas mineradoras colocam hoje a cidade entre as maiores arrecadações do Estado de Minas Gerais.”                (http://www.cidadeshistoricas.art.br/congonhas/cgn_his_p.php)
De Congonhas, seguimos pela BR040, em péssimo estado com muito trânsito.  Na BR356 (que vai até Ouro Preto)  várias placas avisam de uma lanchonete à frente: Pastel de Angu do Jeca Tatu. O proprietário realmente se parece muito com o Jeca e o pastel de angu (massa feita com milho), com muito recheio (de carne, frango, queijo, palmito, ou até de camarão!), é muito bom, delicioso. Mas além do pastel, eles tem almoço típico mineiro e  área verde para espichar um pouco as pernas. Lá tem pavão, bodes, pombos, galinhas, …um verdadeiro sítio à beira da estrada.
Foto de Sandra Santos - Parada do Pastel de Angu 


 Parada  Pastel  de  Angu  do  Jeca Tatu (Foto  de S.Santos)





Seguimos pela rodovia e chegamos em Ouro Preto,  paramos onde havia a placa de Informações Turísticas (que conhecemos de longe, em letras azuis); mas justamente para enganar. Era um serviço de guia turismo, que cobram bem caro. A cidade estava lotada, “fervendo”, pois haveria um festival para universitários e montaram um imenso palco em frente ao Museu da Inconfidência, cobrindo sua bela fachada.
Estacionamos próximo ao corpo de bombeiros, procurando segurança, porque logo na chegada ao centro, uma senhora saiu de um restaurante chamando pela polícia; havia sido roubada ali mesmo.  Saímos, com muito cuidado, a caminhar pela cidade, visitamos o Museu da Inconfidência (bem conservado e preservado, com iluminação tênue e muita segurança), a igreja N. Sra. do Carmo. Procuramos uma padaria e nos disseram que era lá em baixo, no fim da ladeira, o pior foi a volta: subir a ladeira…
No dia seguinte,  caminhamos novamente, mas as ladeiras não  permitem ir muito longe, a ida até é suportável, mas a volta, já cansados, desanima um pouco.  Da próxima vez, trazer um carro ou moto para poder circular bastante. Visitamos a feirinha de pedra sabão, as igrejas N. Sra. do Carmo, N. Sra. das Mercês (de cima e de baixo), São Francisco de Assis (que é muito linda e diferente das outras).  Não, não somos aficcionados por visitar igrejas, mas em Ouro Preto e nas demais cidades históricas de Minas Gerais há dezenas delas, e todas retratam bem a história, a economia e o povo da época em que foram construídas.
159-Ouro Preto 164-M Incof
160-Ouro Preto 167-Ouro Preto
175-Feira O Preto 165-Chaf Museu
 
A cidade de Ouro Preto nasceu com a descoberta do ouro
“Antes mesmo de 1700, o espírito de aventura e o ímpeto pela riqueza fácil levam à região centenas de aventureiros, em sua maioria portugueses e paulistas (os bandeirantes). Segundo a lenda, ao meter a gamela no Ribeirão Tripuí para matar sua sede, um homem encontra no fundo algumas pedras negras e resolve guardá-las. De volta a Taubaté, em São Paulo, de onde partira sua bandeira, repassa as pedras a outro homem, e estas chegam às mãos do então governador do Rio de Janeiro, Artur de Sá e Menezes. Num gesto despretensioso, o governador leva à boca uma das pedras e, trincando-a com os dentes, identifica o tão cobiçado metal.
A atividade mineradora torna-se naturalmente a mais importante, e a inexistência de trabalho agrícola provoca fome fazendo com que muitos aventureiros abandonem seus achados e retornem às suas terras de origem, retardando a efetiva ocupação do território.  Apesar dos problemas de alimentação, novos aventureiros alcançam o eldorado. Entre 1708 e 1709, paulistas — os primeiros descobridores da região — se revoltam contra os forasteiros, em sua maioria portugueses, baianos e pernambucanos.
Ao longo dos anos, a preocupação com a preservação de Ouro Preto se concretizou através de sucessivas medidas oficiais. Em 1931, o prefeito João Batista Ferreira Velloso proíbe construções que alterem o 'facies' colonial da cidade. Dois anos depois, é decretada Monumento Nacional, sendo inscrita em 1938 no Livro de Tombo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, SPHAN. Em 1944, ano do bicentenário do poeta e inconfidente Tomás Antônio Gonzaga, a criação do Museu da Inconfidência reforça a relevância histórica e artística de Ouro Preto no cenário nacional. Em 1980, após importantes estudos feitos por uma equipe de especialistas vinculados à Unesco, a cidade é reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Um pouco antes do meio-dia voltamos para o mhome e decidimos visitar Mariana.  Dista 10km de Ouro Preto, é uma cidade pequena e acolhedora.  Visitamos o museu de arte sacra, a igreja São Francisco de Assis, em frente à  N. Sra. do Carmo e a Casa de Câmara e  Cadeia.  Voltando para o centro, a praça, fontes e a igreja Matriz (que foi a 1ª catedral de Minas Gerais).
185-Mariana 188-S Fco e Carmo
198-Mariana 200-Mariana detalhe

Mariana:
“Primeira vila, primeira capital, sede do primeiro bispado e primeira cidade a ser projetada em Minas Gerais. A história de Mariana, que tem como cenário um período de descobertas, religiosidade, projeção artística e busca pelo ouro, é marcada também pelo pioneirismo de uma região que há três séculos guarda riquezas que nos remetem ao tempo do Brasil Colônia.
Além de guardar relíquias e casarios coloniais que contam parte da história do país, em Mariana nasceram personagens representativos da cultura brasileira. Entre eles estão o poeta e inconfidente Cláudio Manuel da Costa, o pintor sacro Manuel da Costa Ataíde e Frei Santa Rita Durão, autor do poema “Caramuru”.
Tudo isso faz da “primeira de Minas” um dos municípios mais importantes do Circuito do Ouro e parte integrante da Trilha dos Inconfidentes e do Circuito Estrada Real. Uma cidade tombada em 1945 como Monumento Nacional e repleta de riquezas do período em que começou a ser traçada a história de Minas Gerais.”

Ao final da tarde, voltamos para Ouro Preto, e estacionamos no camping CCB (a uns 4-5km da cidade). Ficamos três dias estacionados, colocando a “casa” em ordem, lavando roupas, descansando, arejando o mhome. No camping haviam mais duas famílias, estava bem tranquilo. Conhecemos o Sr. Luiz e esposa Graça (trailer ao fundo), que foram muito gentis.
DSC01226
Saímos do camping de Ouro Preto, e fomos para Ouro Branco, passando por uma parte da estrada real.
 DSC01227
Em São Brás do Suiaçuí-MG almoçamos num restaurante bem simples (Soaquitem). Seguindo pela estrada, encontramos um antiquário (mais artesão que antiquário), mas tinha boas peças.   Pelas 15h chegamos em São Sebastião da Vitória-MG, onde comemos o melhor pão de queijo desta viagem. Quentinho, saindo do forno, numa lanchonete na avenida principal (única).  Seguimos nossa viagem, ainda sem saber onde seria nossa parada para pernoitar.
DSC01229
Pensamos ficar em Lavras-MG, mas as estradas e acessos à cidade estão muito movimentados, decidimos seguir até Nepomuceno.  A cidade é pequena,  simples. Pedimos pernoite em um posto de combustível na rodovia.
No dia seguinte, saímos cedo e seguimos para Alfenas-MG. Fomos aos bancos, acessar internet, supermercado. Seguimos pela estrada de Guaxupé-MG, Mococa-SP. Erramos a estrada e fomos por Tambaú-SP, Porto Ferreira-SP, a estrada é horrível, buracos, desnível, ondulações. Pelas 16h chegamos em São Carlos-SP, e fomos procurar “pouso”, pois o trânsito estava ficando difícil e queríamos visitar alguns pontos turísticos da cidade no dia seguinte.
Foi bastante difícil conseguir lugar para estacionar, as pessoas são desconfiadas de tudo e de todos. Mas encontramos pessoas de bom coração (Iroldi e Vanderval), que nos arrumaram um “cantinho”. Eles nos informaram que o museu do avião e o museu municipal estão em reformas. Decidimos por sair cedo da cidade.
No dia seguinte, abastecemos no posto Castelo (ainda em São Carlos-SP) e seguimos pela SP225, passamos por Jaú, Bauru, Marília, e pelas 15h chegamos em Assis-SP. Na cidade não há muitas placas indicativas, mas em quase todo lugar é proibido estacionar. Cuidado! Ainda bem que, após explicações o guarda não nos multou, apenas pediu que saíssemos imediatamente. Conseguimos um local tranquilo e seguro para estacionarmos. Caminhamos, vimos alguns pontos para visitarmos no dia seguinte.
O que não imaginávamos é que estaria fechado. Talvez por causa das férias escolares, mas museu, casas históricas estavam fechadas, e não havia nem aviso nas portas. Passamos o dia na cidade, visitamos sebo de livros, lojas de peças para carros antigos. Visitamos o supermercado Avenida Max, bem variado, com lanchonete e outros serviços básicos.
No dia seguinte, seguimos nossa viagem, que está quase no fim. Logo depois da fronteira entre São Paulo e Paraná, há uma lanchonete chamada Strassberg. Servem tortas deliciosas, mas se você estiver vestido como viajante (calça jeans e camiseta), pode ser que lhe atendam mal (como fizeram conosco), então prepare-se antes.
Em Londrina-PR fomos (depois de muita dificuldade para estacionar) ao Shopping Catuaí. Almoçamos, acessamos internet, bancos. Seguimos para o sudoeste. Em Arapongas-PR nos indicaram um local para estacionarmos e ficar uns dias, mas é difícil de encontrar local plano, cobram caro, não entendem o que exatamente é mhome.  Seguimos para Apucarana-PR, onde pernoitamos. 
No outro dia, rumamos para o final de nossa viagem. Visitamos um amigo em Umuarama-PR (Paulo Barcelos), e depois fomos para casa. Pelas 17h chegamos em nossa casa “imóvel”.
Esta viagem foi muito linda, apesar da dificuldade de local seguro para estacionar.  Esperamos repetir a viagem, rever estas e conhecer  outras cidades históricas que não visitamos. Minas Gerais é bonito, e tem um jeito particular de ser, receber, atender.
033-Estrada

   
        Até breve…