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Obrigado e boas viagens ...


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal !

 

Olá!

Este Natal passaremos em casa.  Mas já estamos de mhome quase pronto para daqui a poucos dias pegar a estrada novamente.

Até Breve!

San & Dan

cartao natal san e dan

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A história do Motor Home em imagens

 "Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distancia e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogancia que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.” (AMYR KLINK – consagrado navegador, mestre em planejamento)

Desde os mais remotos tempos, mesmo antes de caminhar sobre as pernas, a natureza foi nossa mestra, e a sobrevivência dependeu de nosso deslocamento, na busca de segurança, alimento e abrigo.

O mais antigo viajante conhecido é a Lucy, cujo esqueleto está preservado como o mais antigo humano. Havia aprendido a caminhar na posição ereta e tinha cerca de vinte anos quando faleceu. Viajava continuamente, onde hoje é a Etiópia, há mais de um milhão de anos, e jamais pernoitava na mesma árvore.

Assim posto, justificamos este artigo, apresentando os primeiros e curiosos motorhomes, desde a predecessora barraca e a evolução até a sofisticação atual. Obviamente as fotos muito antigas deixam a desejar pela qualidade, mas certamente suas imagens fornecerão uma prazerosa viagem no tempo passado.

pg 008Os registros de imagens só foram possíveis após 1826, com a invenção da fotografia.O Forest Service (USA) divulgou esta, como a mais antiga foto conhecida de acampamento. Observe-se o fogão à lenha, os compartimentos do “Hipo Home” e os demais utensílios…

 

pg 022Após 1910, os campings difundiram-se, embora rústicos, apresentando-se como locais de confraternização. Este, em 1920, com os integrantes (e o cachorro) em pose fotográfica e vestimentas características. (American Automobile Manufacturers Association)

 

pg 026Encontro em dezembro de 1922, no DeSoto Park (Florida, USA), com imensa cozinha central. Observe-se que só homens participavam deste apetitoso trabalho. (Florida State Archives)

 

pg 012 Em 1912, o primeiro Motor Home que se tem notícia, montado em chassi Ford T 1912, trazia a mensagem estampada na fronte: “Wanderlust” (ambição de peregrino?). (Caltrans, Califórnia, USA) 

  pg 010 Em 1921, curioso Motor Home (Yosemite National Park), semelhante a um vagão, construido sobre chassi Pierce Arrow 1918 (Buffalo, NY, USA). Como o motor era dianteiro e enorme (9.000cm3 – 6 cilindros), o motorista situava-se atrás dele, quase ao centro do carro...

 

pg 011 O presidente da Pierce Arrow, em 1910, já havia instalado um vaso sanitário em seu landau de viagem. Observe-se a “gaveta” do reservatório de dejetos na parte traseira inferior, sistema semelhante ao atual Porta Potti (A.A.M.A.).

 

pg 016 Este “5ª roda” era tracionado por um White 1914, pertencente a uma congregação religiosa. A parte traseira possuía um altar montado e o púlpito basculante, quando aberto para as prédicas. Os pneus de borracha branca eram opcionais na época. (Extension Magazine)

 

pg 020O pastor da Igreja Protestante Episcopal, da Diocese de Kentucky, utilizava este, sobre chassi McCabe-Powers (1920).               Observe-se o esbelto cardã e as bandas brancas nos pneus. (McCabe-Powers)

 

pg 028Motor Home com quatro camas e cozinha, montado sobre chassi Indiana 1921. Percebe-se a utilização de inovadores e volumosos pneus Firestone e da espantosa polia na roda traseira. Esta servia para acionar implementos mecânicos, através de correia plana, com a roda suspensa. (Firestone Archives)

 

pg 035Em 1923, a White construiu este luxuoso “Camp Car”, modelo Custon-Build. (Volvo/White). Note-se os vidros cortados em tiras, colocados nas partes arredondadas.

 

pg 037  W. K. Kellogg, proprietário da indústria de cereais, utilizou este, projetado pela Bender Body Company (Cleveland, USA), sobre chassi de ônibus White 1923. Possuía rádio, máquina de gelo, aquecedor de água, fritadeira elétrica, ventiladores, lavatório, poltronas reclináveis, intercomunicador para contatar o motorista e outros acessórios extraordinários para a época... O veículo era de utilização particular, dele e família e, em 1928 foi transformado em escritório de vendas. (Kellogg Archives)

 

pg 040 A Tourist Supply Company (Los Angeles, USA), em 1924, vendia uma cozinha completa para instalar no estribo (degrau) do automóvel, ao lado da porta dianteira direita.  Possuía depósito de alimentos, geladeira (ice box),... (A.A.M.A.)

 

pg 042Algumas “invenções” seriam atualmente hilariantes, como esta “cama” de casal, facilmente montada em “3 minutos” e muito leve (15kg).  Um sucesso em 1925.  

 

pg 045O predecessor da “carreta barraca” já era comercializado pelo fabricante: Chenango Equipment MFG, Norwich, NY, USA, em 1925. Possuía duas camas de casal, cozinha, armários, geladeira (ice box), confortável sala de estar,... tudo montado em 30 segundos! (A.A.M.A.)  

pg 049 Este Motor Home com “Slide Out” era instalado no chassi Ford T 1926, fabricado pela Zagelmayer (Bay City, Michigan, USA). Possuia camas, cozinha com fogão à gasolina, armários, iluminação, proteção anti mosquitos,... (A.A.M.A)

 

pg 051  Motor Home Graham Bros (Dodge) 1928, possuia poltronas,  fogão com chaminé e cortinas enroladas na porta e janelas...

 

pg 055 Este francês, de 1930, construido sobre chassi Sauer, teria iniciado a difusãode Motor Homes na Europa. (Bernard E.N.G.S.Z.)

 

pg 060a Um REO 1930 (Lansing, Michigan, USA), simplicidade retangular, sem comunicação com a cabine. Evidente pose fotográfica, com solenes vestimentas. (Detroit Public Library)

  pg 062Grande encontro em Arcádia, Florida, janeiro de 1931. Flagrante diversidade de modelos, formatos, dimensões,.. (Florida State Archives)

 

pg 063 Ford V8 1932, em uso por família americana na Índia (placas USA e Índia), tracionando carreta barraca. Os reservatórios laterais continham gasolina (esquerdo P=petrol) e água (direito W=water). Toda a família vestindo trajes sociais impecáveis, incluindo gravata até no menino.   Os pneus, carecas... (Whittington Collection)

 

pg 073 Dr. Scholl’s, clínica itinerante do “Serviço de Conforto para os Pés”, em trailer.   O automóvel é um Ford V8 1936. (Dr. Scholl’s)

 

pg 080 Motor Home Dodge 1938 (Owosso, Michigan, USA), com cama de casal, cozinha, geladeira (ice box), lavatório, armários,…(Baker Library, Harvard University)

 

pg 076 Na Itália (1940), o minúsculo Fiat Topolino, com barraca sobre a capota e escada frontal.

 

pg 095O sorriso estampado no rosto das jovens comprova que a satisfação da viagem independe da sofisticação do veículo. Carreta barraca artesanal, tracionada por automóvel Nash 1951. (Forest Service)

 

pg 100Jeep pickup 4x4, modelo 1952.  Equipado com camper, guincho elétrico e pneus fora de estrada.

 

pg 104 Pequeno Motorhome Heiser Body Co. (Seattle, USA), montado sobre chassi Jeep 4x4 1960, tendo preservada a cabine avançada. (Heiser Body Co.)

  pg 108 Corvair Chevrolet 1962, motorização boxer traseira (6 cilindros refrigerado a ar). Janelas basculantes, pneus faixa branca. (Chevrolet Archives)

 

pg 141 Imenso Motor Home, montado em robusto caminhão Peterbilt, 1980.   (Truck Historical Society’s, Nevada)

 

Enfim, o mais fantástico Motor Home, não é o grande ou pequeno, novo ou idoso.  É sim o que nos leva aos mais deslumbrantes locais, com liberdade, conforto e aconchego. Com ele descobrimos novos horizontes, conhecemos outras filosofias de vida e aprendemos a melhor usufruir da nossa própria existência.

clip_image002Los Caracoles (Chile), parte da nossa mais maravilhosa viagem (65 dias)

“Então Deus, misericordioso e onipotente, fez a luz, a terra, o céu e o homem, dentre uma infinidade de tantas outras graças divinas. Da luz, nós homens descobrimos o céu e a terra. E da terra, abrimos nossos caminhos e iluminamos nossas vidas com as sagradas cores do firmamento.  Então, devidamente ferramentados, concebemos nossos abrigos casas, inventamos as rodas e suas tantas derivadas.  Daí, em poucos milênios, os mais iluminados souberam atrelar as rodas nas casas, juntar suas amadas rainhas e carregar as tralhas pelos tantos maravilhosos caminhos, compartilhando alegrias com outros pares.  Aproveitemos pois, nossas casas móveis, como uma das graças divinas.”

Darlou D’Arisbo

Ergonomista/Antropometrista

http://felizmotorhome.blogspot.com

domingo, 4 de novembro de 2012

Encontro motorhomes em Foz do Iguaçu - 2012

Olá!

Nos links abaixo, algumas reportagens mostrando o encontro Amigos das Cataratas 2012, promovido pelo colega Valdemar e esposa Adir.

Apesar da chuva insistente, as programações foram boas, a abertura com a Banda Municipal, a costelada de domingo, o bate-papo e reencontro com muitos colegas.

http://catve.tv/noticia/3/41098/nem-a-chuva-dos-ultimos-dias-desanima-campistas-em-foz

http://catve.tv/noticia/3/40706/campistas-realizam-encontro-nacional-em-foz

http://globotv.globo.com/rpc/parana-tv-1a-edicao-foz-do-iguacu/v/foz-do-iguacu-torna-se-a-capital-do-motorhome-durante-um-fim-de-semana/2211554/

Até Breve

San&Dan

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Viagem setembro-outubro/2012 – Final

 

Olá! Postamos a parte final de nossa viagem:

Em Gramado passeamos, presenciamos a preparação para o Natal Luz, visitamos lojinhas de artesanato, caminhamos bastante. Desta vez a Lavanderia Siri não entregou as roupas lavadas no prazo estipulado, mas mantem a qualidade do serviço.

Dia seguinte, almoçamos no restaurante Vale Quanto Pesa (rua São Pedro, fundos da Catedral), depois olhamos as novidades na ampla loja Pró-Lar, próxima do Camping.

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Ficamos dois dias em Gramado e, para nossa surpresa, muito sol, nada de neblina e umidade como seria costumeiro.

Na quarta-feira, seguimos viagem, por uma rodovia nova para nós: Tainhas, Bom Jesus, Vacaria… A paisagem é belíssima, estrada com curvas mas sem grandes aclives ou declives, comuns na BR-116.

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Um camping - San&Dan PA172674

Em Sananduva fizemos uma parada técnica de compras na Cooperativa Majestade: file mignon suíno e salame magro, sempre muito saborosos.

Após rodarmos 432km, chegamos em Piratuba às 18:30h. Vários mhomes já estavam estacionados, esperando pelo encontro que começaria na sexta. Conversamos um pouco e fomos descansar.

Novo dia, abrimos toldo, nivelamos, passeamos por Piratuba, conversamos com colegas do G7 e do Rodamundo; reencontramos ainda com José e Denise (ótimos companheiros), Pedro Augusto (às voltas com um casal de alemães que só falavam alemão), Egorn e Ju, Danilo, conhecemos Ubirajara e esposa (vizinhos do nosso sobrinho, em Osório), entre tantos outros .

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Recebemos algumas visitas: colegas que nos encontraram no Uruguai, na Argentina, visitantes do blog ou ainda, que leram nossos artigos na revista MotorHome.

À noite, pedimos pizza da Pizzaria Casagrande (saída para Capinzal), deliciosa como sempre, porém, da próxima vez vamos pedir pequena, pois a média é imensa…

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Como sempre acontece, algumas pessoas ludibriam outras em benefício próprio: saem durante a madrugada (para não pagar); informam na ficha no camping que participam do encontro, com valor menor da diária e ausentam-se antes.

Outros inventam relatos mentirosos, com intuito (supostamente) de serem notados, causando confusão e irritação.  O exemplo que nos envolveu, foi a presença repentina do organizador do evento em nosso mhome, motivada por um denunciante, que teria presenciado nossa descarga de esgoto cloacal, quando estacionados.  A estúpida denúncia não teria a menor veracidade,  não possuimos sanitário com descarga externa, pois nosso sistema europeu de acúmulo é hermético (Porta Potti),  com reservatório fechado, descarregável em qualquer vaso sanitário convencional.

No sábado, acordamos cedo e, às 6:30h estávamos saindo. Rodamos tranquilos até perto de Xanxerê, depois a estrada piorou bastante (buracos, desníveis, depressões, irregularidades). Por sorte havia pouco movimento.

Em Realeza, paramos novamente no Posto Stop para reabastecer e comer gostosos pães de queijo. Seguimos para Cascavel e, neste trecho, muita lentidão por causa de vários caminhões vagarosos transportando grandes máquinas agrícolas.

As 18:40h, após rodarmos 536km, chegamos em casa, com a estrada molhada, mas trégua da chuva.   Tivemos sorte, pois no domingo, choveu por todo o dia…

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Em resumo: foram 35 dias de viagem, com 3.927km rodados, sendo 2.009km no Brasil, 1.229km no Uruguai e 689km na Argentina.

Nossa média de gastos foi de R$ 107/dia, ou R$ 0,96/km; considerando tudo: combustível, pedágios, camisetas, alimentação, restaurantes, camping, antiguidades, lavanderia, presentes, etc.

Agradecemos ao Supremo Criador, que esteve conosco sempre, nos orientando pelas escolhas acertadas, dias, roteiros, locais, no desvio das tempestades, apressando-nos para não ficarmos ilhados na enchente,…   Que Ele continue conosco sempre.

Queremos agradecer a todos que nos receberam bem, conviveram conosco compartilhando experiências, nos auxiliaram com dicas, informações ou até estacionamento: Helio e Eliana, Nilson e Beth, Suzy e Kau, Pedro Ribeiro, André e familia, Washington e Sonia (Uruguai), familia Hermanns (Bélgica) em especial ao Maximillien, Rudi e Berlinda (Bélgica), Claude e Marie-Jo (França), Roswitha e Holger (Alemanha), Alfred e Katrin (Alemanha), Mauro e Silvana; enfim, todos os  tantos que trouxeram felicidade aos encontros.

Esperamos que continuem nos acompanhando e, se tiverem sugestões, comentários ou críticas, serão bem recebidas.

Até breve!

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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Viagem setembro-outubro/2012 – parte 3

 

Olá!   Postamos agora mais uma parte de nossa viagem:

Ficamos 4 dias em Piriápolis-Uy, diárias de PU$ 81 (R$ 8,10) por dia/pessoa; tempo nublado, chuvoso e frio. Aproveitamos para levar as roupas na Lavadero Piria, perto do Hiper Devoto. Cobraram PU$ 100 (equivalente a R$ 10,00) para lavar e secar uns 5 kg de roupas (semelhante à LavLev).

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Quando o sol apareceu, lavamos as calças e tênis, limpamos e arejamos o mhome.

Com a previsão de novas chuvas e tempestades, (as emissoras de rádio e TV divulgavam “Alerta Naranja” para a região) decidimos seguir viagem. Subimos até o Cerro San Antonio, onde se tem uma bela vista da cidade. Lá encontramos uma turma de alunos do curso de Tecnologia da Informação, de Três de Maio-RS.

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Visitamos o porto, as praias e baías da orla, até chegarmos em Punta Ballena, um ístmo de belos visuais, algum artesanato e bastante vento. Estacionamos e preparamos nosso almoço.

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Depois fomos para Maldonado e Punta del Este. E, para quem pensa que cidade turística deve atender bem, não se engane: No guichê de informações turísticas a atendente foi ríspida, grosseira, não fornecendo sequer os subsídios elementares e solicitados e ainda, dando respostas “automáticas”. Respondeu várias vezes: “Está no folder impresso!”

Olhamos o mapa da cidade (que recebemos em Trinidad), fomos para o centro de Maldonado, visitamos o Cuartel de Dragones (um antigo forte do exército), e o Museu de Esculturas, anexo.

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Em seguida, fomos à Tienda Inglesa (ótimo hipermercado de Punta del Este), onde os preços são mais altos que outras filiais. Compramos alimentos necessários e continuamos na estrada, chegando em Rocha no final da tarde.

Novo dia e fomos até La Paloma, pois lemos no guia impresso a indicação de campings: mas na sede estavam fechados, outros com algumas obras, e não sentimos segurança ficar ali. Poucos km adiante, em Punta Rubia não encontramos o camping citado no guia, mesmo perguntando a moradores. 

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Com a chuva engrossando, neblina fechando, decidimos ir até a Fortaleza de Santa Teresa. Na portaria nos mandaram ir até a outra entrada (4km) e lá informaram que deveríamos pagar o ingresso na anterior!!  Após explicarmos o périplo, permitiram pagar na saída.. 

Seguimos para a área de camping que conhecíamos (à direita do mercado, em La Moza).  Lá agora só cabanas, o camping é à esquerda do mercadinho. Estacionamos perto de um simpático casal europeu (francês e suíça), com uma camper. Instalamo-nos sob fina chuva.  Fizemos uma saborosa macarronada com Frango Vapza, um  vinho chileno, ouvindo um CD de música folclórica alemã. 

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À tarde, fomos procurar os sanitários: os do camping fechados, os das cabanas apenas um estava aberto e sujo de vários dias; procuramos a administração e, assim como as demais instalações,  tudo fechado.

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Estivemos lá há cerca de 3 anos, e o imenso Parque, administrado pelo Exército, estava lindo, limpo, arrumado, com funcionários presentes…  Desta vez ficamos decepcionados. A camper do casal europeu não dispunha de banho e eles obrigaram-se a usar os chuveiros frios e sujos do camping.

No dia seguinte, como a chuva e a decorrente umidade não permitia nem caminhar (o Alerta Naranja mantido, com possibilidade de tempestade), fomos conversar com os vizinhos. Informaram que estão viajando desde 1996, por vários continentes, em pesquisa ornitológica (pássaros). Pessoas com desprendimento de suas materialidades, poliglotas, com  invejável demonstração de conhecimento geral. 

Outro dia, chuva+frio+neblina, decidimos seguir viagem, rumando para o Complexo del Chuy em Barra del Chuy. Lá, Dan foi questionar sobre valores e serviços do camping, e pasmem, a atendente informou que era PU$ 320 (R$ 32,00) por dia, por pessoa!! o equivalente a 4 diárias em Piriápolis, que era muito melhor que este!!

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Seguimos então para o Brasil, entrando em Chui-RS. Encontramos 4 mhomes brasileiros, preparando-se para entrar no Uruguai; trocamos informações e visitamos alguns freeshops: nova decepção, preços elevados, produtos faltando, atendimento de má vontade...

Abastecemos diesel no Posto Shell R$ 2,25/litro e seguimos para Santa Vitória do Palmar. Almoçamos num restaurante (caseiro) Espaço Gourmet, por kg, tomamos um café e com a chuva menos intensa seguimos, passando pela Reserva do Taim, onde vimos muitos animais, mas há pouquíssimos locais de parada, poucas chances de fotografá-los.

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Chegamos em Pelotas-RS às 17h, e depois de muitas informações desencontradas, incorretas,  conseguimos estacionar em local seguro, tomar um banho e descansar. Choveu por toda a noite...

Novo dia de chuva (oitavo), estacionamos perto do centro, compramos doces de Pelotas na confeitaria Otto (deliciosos), algumas coisinhas no mercado e tomamos a estrada, no sentido à Porto Alegre.

Informação importantíssima: Pouco depois do pedágio há uma balança e posto da polícia rodoviária federal e, como nunca antes paramos em balança para caminhões (mhome pequeno, menos de 3.500 kg) passamos direto, e vimos sair correndo um policial rodoviário, mandando parar.

Pediu os documentos e mandou manobrar e passar na balança (com um sermão bastante cordial), dizendo que houve uma alteração na legislação, que veículos com rodado duplo agora precisam passar pela balança, mesmo não sendo comercial ou “de carga”; e se não passar e pesar pode gerar uma pesada multa  e até 7 pontos na carteira.  Então, por mais absurdo que seja,  ao verem balança aberta, entrem e pesem…

Seguimos com muita tensão pela chuva contínua, neblina intensa, pista simples, atendimento ruim em todos lugares (postos, pedágios, informações,  etc.).. Às 16h já muito cansados e estressados, optamos por entrar em Sentinela do Sul, visitar a cidade onde moraram os avós do Dan. Pernoitamos estacionados na rua, combinando cidade pequena com chuva,  uma noite tranquila e silenciosa.

No dia seguinte, ainda com chuva fraca, fomos para Sertão Santana, visitar os primos.  A estrada é de areia, barro e costeletas e, com tantos dias chuvosos, estava encharcada, com imensos buracos. Mas após uma hora conseguimos cumprir os 20km que separam as duas cidades.

Os primos novamente nos receberam muito bem, conversamos, colocamos os assuntos em dia,  trocamos informações de viagem. Ali saboreamos comidinhas saborosíssimas: galinhada (arroz com galinha caipira), costela assada e aipim (mandioca), macarronada, umas sobremesas improvisadas (até canjica Vapza, brasileira que passeou pela Argentina e Uruguai).

Não gostamos de rodar em feriadão, mas seguimos para Porto Alegre, não aguentamos mais tanta chuva (sim, amanheceu chovendo…).  Outra odisséia para percorrer os 18km de barro até o Petrobrás na BR 116.  No posto, encontramos um mhome francês com um casal e duas crianças. Lá, o nosso mhome foi lavado por “tres vezes” para tentar tirar todo o barro acumulado!  Na BR 116, muitos carros, algumas filas imensas e, para descansar um pouco, entramos na cidade de Guaíba, que recebeu o título de Berço da Revolução Farroupilha.

Estacionamos em frente a Hidroviária, que tem um catamarã para a travessia Guaíba – Porto Alegre em 20 minutos, por R$ 7,00.  Vamos usufruí-lo na próxima viagem…

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Fizemos o passeio de jardineira (50 minutos, R$ 8,00/pessoa)  por alguns pontos históricos: Cipreste Farroupilha (mais de 300 anos), casa de Gomes Jardim (onde Bento Gonçalves faleceu); Matadouros São Geraldo e Pedras Brancas (símbolos do ciclo do charque gaucho), igreja Nossa Senhora do Livramento (com mais de 100 anos). Elogios à Secretaria Municipal de Turismo (parabéns ao Gustavo e Janaina) pelo elogiável desempenho e bom atendimento.  Um exemplo a ser seguido por outras  tantas cidades ditas turísticas, mas  sem esta patente motivação.

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Almoçamos um lanche, descansamos um pouco, o sol começava a aparecer. Após alguns contatos, seguimos para Porto Alegre, trânsito complicado na Av Beira-Rio, mas chegamos no final da tarde no Iate Clube Guaiba.

Ao abrirmos o baú para retirar o cabo elétrico, a desagradável surpresa: equipamentos molhados! As caixinhas de madeira, que fizemos com tanto capricho para carregar ferramentas, espeques, material de limpeza,.. estavam mergulhadas e desmontando.  As lavagens no posto, com muita pressão de água, haviam penetrado, forçando os vedantes de borracha.  Descarregamos todos os baús e colocamos tudo para secar ao sol restante do final da tarde. 

Tomamos um banho e jantamos no restaurante do Iate Clube. Pedimos um filé a parmegiana, acompanhando arroz, batata frita e salada. Estava  saboroso, muito bem servido, tanto que (infelizmente) sobrou comida, preço compatível com a qualidade (R$ 46,00).

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No dia seguinte sol e céu azul, fomos passear pela cidade, visitamos a mãe do Dan e o Museu do Rádio (do irmão). E no domingo, fomos à Feira do Brique da Redenção. Tem antiguidades, artesanato, flores, comidas, livros. Sempre encontram-se coisas interessantes. Adquirimos duas antigas máquinas de costurar, para o nosso museu. 

Após o almoço, analisando mapas, retorno de feriadão, rota de retorno para casa, resolvemos sair de Porto Alegre, indo para Gramado. Foi na hora certa, pois o fluxo de veículos em sentido contrário era contínua.

Na chegada em Gramado, fomos na Feira do Produtor, compramos pão de aipim (ainda quentinho), geléia de figo com nozes e salame sem gordura. Em seguida, chegamos no camping, onde novamente fomos muito bem recebidos pelo Renato e pela D. Maria.

Estacionamos, tomamos um merecido e demorado banho, lanchamos e, em seguida, fomos caminhar um pouco, encontramos os amigos Pedro, André e família, além de outros residentes e visitantes.

Ficaremos por aqui alguns dias,  para recuperar as energias, faxinar o mhome, usufruindo da tranquilidade e beleza do camping e de Gramado.

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