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sábado, 27 de abril de 2013

Viagem pela Europa (parte 10: interior da França)

 

Olá!

Em Limoges, no Camping d’Uzurat, amanheceu nublado, com vento gelado. Fomos para o centro da cidade de ônibus (20 min, €2,60), visitamos o mercado público, feira de rua, Igreja St. Michel des Leones, antigo prédio dos correios,  da administração pública (Hôtel de Ville),…

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Também a igreja St. Pierre  (parecida com a anterior) e o Pavillon des Verduriers (atualmente com exposições).   Almoçamos num fast-food na Av. Garibaldi (€12,80), caminhamos pelo Champ de Juliet, com belas fontes e canteiros floridos.  As cores e dimensões das tulipas impressionam.  Visitamos a Gare, com admiráveis grandeza e beleza.

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No Office de Turisme, tomamos o “Petit Train” (€11,00) para passear pela cidade. Muitas construções seculares tipo “”enxaimel” no bairro “Village de la Boucherie”.

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Para compensar o almoço fast-food, jantar especial: peito de frango com molho de cebola e alho, purê de batatas com especiarias, azeitonas e queijo.  Um bom vinho e sobremesa de croissant com geléia de apricot e “macarons” (doce c/massa de amêndoas).

O vento gelado se mantém no novo e especial dia: nosso aniversário de 12 anos juntos.  Após o desjejum, postamos o blog, esvaziamos o esgoto, abastecemos água e saímos. Estacionamos próximo à catedral de St. Etienne e fomos visitá-la. Sua construção teve início em 1095, sobre as ruinas de igreja românica.  Várias ampliações estão registradas entre 1273 e 1888.  É imensa, em estilo gótico: sua nave mede 82m de comprimento e, na abóbada, 24m de altura e alguns vitrais datam do séc XV. Pertence a uma das rotas dos peregrinos de Santiago de Compostela.

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Como Limoges é grande produtora de porcelanas, tentamos visitar o “Museu do Forno”, construido em 1904, onde também vendem perfeitas jóias, atuais e decoradas a ouro. Infelizmente, fomos mal atendidos, cujos recepcionistas preferiram acolher outros turistas, quiçá com mais aparência de compradores.  Seguimos viagem.

Em Solignac, visitamos “La Iglesia Abacial”, monastério fundado em 631 por St. Eloi, ministro do rei Dagobert, cuja construção existente,  data do séc. XVII, com estátuas mais antigas.  Vimos as ruinas do Castelo Chalusset, fechado para restauro. A ponte sobre o "Riviere la Briance” foi construida no séc XII e está perfeita.

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Após, rumamos para Nexon, cujo camping só abre em julho(!). Estacionamos no “Etange”, em frente ao camping, com água e deságue sem custo, tranquilo e seguro! 

À noite, o jantar alusivo ao aniversário: capeletti de ricota e espinafre; molho de frango, tomate e ervas; salada de aspargos, azeitonas condimentadas e alho com especiarias.  Uma champanhe (francesa é claro) e sobremesa de brownie com avelãs.  Só para citar, capeletti foi também nosso primeiro jantar, há 12 anos…

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Dia seguinte, domingo, paramos na cidadela de Les Cars, visitamos a igreja S. Joseph des Feuillardiers e uma doce  e pequena confeitaria, onde compramos uma deliciosa torta de framboesa. 

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Seguimos para Oradour sur Vayres, onde havia uma feira agrícola, com exposição de implementos e barracas de alimentos, flores e algumas quinquilharias. Compramos uma caixinha antiga e batatas fritas para acompanhar o almoço à bordo.

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Visitamos o “Chateau de  Rochechuart” na cidade de mesmo nome, construido no séc XIII. Recentemente transformado em museu de arte contemporânea. À frente, um Flot Bleu (estacionamento e área de serviços), coordenadas  N45º49’19” E00º49’13,1”.

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Chegamos em Montguyon, onde completamos 4.000 km de nossa viagem, pela rota de “Richard Coeur de Lion”.  Estacionamos ao lado das ruinas da fortaleza, em local próprio para mhomes (N45º13’04,3” E00º10’59”), com água e deságue, canchas de tênis, futebol,…sem custo!  Visitamos a “Forteresse de Montguyon” (séc. XII a XVI)

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Novo dia, dirigimo-nos a Saint-Emilion e o GPS nos pregou uma bela peça, orientando por longas estradinhas onde mal cabia o mhome. Após alguns “apertos” chegamos na fantástica cidadela, no “parking” central e gratuito (N44º53’48,6 E00º09’25,4”) . Fomos passear pela cidade, que possui algumas ladeiras (40%) e ruas estreitas, “salto alto” nem pensar! Só com tênis confortável e muito cuidado.

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Os celtas sucederam às várias tribos pré-históricas que ali habitavam,  em cavernas. Após Cristo, os romanos tomaram o local e Emilion, um eremita, instalou-se lá e dedicou sua vida a evangelizar toda a região, incluindo curas milagrosas.  Falecido em 767, um povoado se desenvolveu em torno da gruta e, sobre ela, no séc. XIII, erigiram uma capela. 

Entre os séc. IX e XII os Beneditinos construiram,  por escavação na monolítica rocha subterrânea, um  .grande e complexo subterrâneo de salas e galerias, incluindo a imensa igreja, com esculturas religiosas, medindo 38m de comprimento, por 20m de largura e 12m de altura na nave. Colunas de estilo coríntio, pinturas, ornatos, sarcófagos monolíticos, símbolos dos Templários e outros são lá encontrados. Os blocos de pedra extraidos, durante os 300 anos, serviram para construir, na parte superior, a cidade de St. Emilion e sua muralha.  A parte subterrânea, possuia rede de drenagem, abastecimento de água e “janelas” de ventilação, medindo cerca de 150km de extensão!  Percorremos trechos por cerca de 30 minutos pela citada igreja monolítica subterrânea (uma cidade!).  (www.saint-emilion-tourisme.com)

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Foram-nos permitidas apenas fotos: da fonte para batismos (mergulho), ao lado de onde dormia S. Emilion, de uma capela, da “chaminé” no teto, onde desciam os ossos, com  detalhes místicos em baixo relevo e de entrada de galerias.

A alta umidade do ar, a baixa temperatura, os odores de aluvião, o absoluto silêncio, a visualização  presente de um milênio passado e a forte sensação mística, produzem um efeito inexplicável, tal uma levitação espiritual.

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De lá, fomos à Bordeaux, maior região vinícola do mundo, situada na margem do rio Garonne, onde instalamo-nos no Le Village du Lac, (€20,00/dia).  Situado a cerca de 10km do centro, com acesso por ônibus até o terminal do “Tram” e, com este aos pontos centrais.  O camping é amplo, instalações perfeitas (lavanderia, WiFi, sanitários e banheiros “unissex”, modernos e espaçosos), com cerca de uma centena de mhomes de vários países. (N44º53’48” E00º34’53”)

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Dia seguinte fomos ao centro (€2,80 ônibus e Tram/cada, uns 30 min). No Office de Tourisme, exemplarmente atendidos pelo Sr. Gari, o qual, demonstrando gentileza e conhecimento, nos forneceu informações e dicas de visitas. Tomamos o “trenzinho turístico” (€7,50/cada) passando pelos principais pontos turísticos, durante 1h.

Fomos à imensa feira de antiguidades, na Esplanade des Quinconces (1804), que possui um belo conjunto de fontes e estátuas alusivas aos girondinos guilhotinados (1793-5), com mais de uma centena de barracas fixas, vendendo de tudo: belíssimos relógios, rádios antigos, roupas, brinquedos, móveis, motos, bicicletas, fogões, utensílios, ferramentas,… Até gradis de aço,  amurada de ponte (alvenaria!), imenso sino de bronze,… Embora com altos preços “europeus”, vale o cansativo percurso.  Compramos uma antiga maquininha infantil de costurar e um pequeno moedor de grãos; ambos em mau estado, mas recuperáveis…

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Almoçamos num fast-food e depois visitamos a Porte Cailhau, defensiva de acesso à cidade, construida entre o séc. XV e o XVI;  a Cathédrale St. André, exemplo de gótico, com belíssimo e imenso relógio interno, edificada entre o séc. XI e o XVI, onde foi celebrado o casamento do Louis VII (1137), cujo sino maior pesa mais de 11 toneladas; o Grosse Cloche (campanário),  construido a partir do XIIIº séc., sobre as ruinas da Porta de S. Eloi, em estilo galo-romano, o qual sino anuncia os grandes eventos públicos.

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O colossal Palais de la Bourse, fechado para visitação, foi edificado entre 1745 e 1747, era o centro de negócios durante o 1º Império. Possui um imenso e esbelto espelho dágua frontal (uns 3.000m2, com apenas 2cm de lâmina)  Também a Basilique Saint-Michel (XIV - XVI séc.), estilo gótico flamboyant, cuja torre, isolada da igreja, possui 114m de altura. A basílica possui uma capela (S. Jacques), ponto de passagem dos peregrinos de Santiago de Compostela, onde obtivemos o carimbo de presença.

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Visitamos outros pontos históricos (Jardim Público, o maior da Europa); o Palais Rohan - Hôtel de Ville (prefeitura e conselho municipal,..) e, cansadíssimos por tanto caminhar, após um restaurador “caffé”, voltamos para nossa casa rodante.

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Outro dia, céu azul, acompanhados por um casal de italianos (Parma), fomos para a cidade (bus e Tram) onde adquirimos um passe para viagens ilimitadas durante o dia. Tomamos um “caffé” na Gare, centenária, com detalhes “art nouveau”,  percorremos a Ponte de Pierre, construida na época de Napoleão I, com 500m de extensão e 17 arcos, representando as 17 letras de seu nome e sobrenome.

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Almoçamos em outro fast-food e fomos na Igreja de Notre Dame (1684 – 1707), construida pela Ordem dos Dominicanos, com bela fachada ornamentada, estilo característico da Contra-Reforma. Possui altar ricamente ornamentado, várias capelas decoradas, enorme e belíssimo órgão, decorado com estátuas de santos e crianças tocando instrumentos musicais.  Uma das capelas possui mobiliário para crianças pequenas, bom motivo para lembrar de agradecer ao Supremo, pelo feliz nascimento do Telvi, filho dos amigos Iris e Juliana, na madrugada de ontem.

Aliás, é bom lembrar que “Cada criança que nasce, é mais um sinal de que Deus não perdeu a esperança nos homens”.

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Ao retornar, à tarde, visitamos novamente o espelho d’água, frente ao Palais de La Bourse. Lá, as crianças brincavam, alegres, correndo e chapiscando na água e alguns jovens tomam sol ao seu redor. Brincadeiras que cativam os demais que chegam ou passam, em pleno centro da cidade, sem alvoroço e suficientemente respeitosos, numa demonstração de civilidade, na manifestação dinâmica de vida na urbanidade.

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Amanhã seguiremos viagem, assunto para próxima postagem.

Abraços e Até Breve

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