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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Viagem maio e junho/2011 (final)

Olá!. Esta é a parte final de nossa incursão ao frio, que realmente surpreendeu pela intensidade.

Na parte anterior, havíamos chegado a Gramado-RS, com chuva. Tivemos um dia de “trégua”  e novamente chuvoso por 4 dias. Apesar da chuva, a temperatura foi caindo, tanto lá fora como dentro do mhome…

Mas mesmo assim, saímos para passear: comprar pão de aipim (mandioca) e recheado com linguiça, na feirinha do Produtor. Fomos até Canela (de ônibus urbano, a R$1,90); lá almoçamos no Restaurante Olimpia (comida deliciosa, quentinha, local aconchegante); compramos mais um bom edredom para aquecermos à noite, etc…

Em Canela, no prédio das  Informações Turísticas, residiu um tio do Darlou (na década de 1960), então toda vez que visitamos a cidade vamos ver a casa, as melhorias, para nossa surpresa,  recuperaram a parte de cima (paredes e pisos) e, embora com algumas modificações, pode resgatar a história e estimular a memória.

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Visitamos a feirinha de artesanato, na praça, coisinhas muito lindas; também lojas de móveis rústicos (Rusticare); utilidades, decoração e quinquilharias coloridas.   No sábado a igreja podia ser vista apenas porque se sabe que ela estava ali, mas quem não conhece a cidade, não consegue localizá-la, tão forte estava a neblina. Já na segunda, o céu estava azul anil lindíssimo, sol brilhando e frio, muito frio.:

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Durante os dias passados em Gramado, visitamos novamente a Loja Pró Lar (Av. das Hortênsias), que tem de tudo e mais um pouquinho. Analisamos e decidimos comprar uma churrasqueirinha (que se usa em cima do fogão, com a menor chama possível). Testamos com bifes e a carne ficou saborosa.  Aí pensamos: será que funciona para fazer pão?

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Fiz uma massa leve e, com 40 minutos nossos pãezinhos estavam assados.  Como a churrasqueirinha é pequena, fizemos somente 4 pãezinhos… Mas aprende-se: é necessário colocar papel manteiga, senão a massa escorre pela grelha…

No domingo à noite, pelas 23h nevou pouco, conferido apenas por  quem estava no centro.(http://wp.clicrbs.com.br/gramado/2011/06/27/video-turistas-comemoram-chegada-neve-em-gramado/?topo=77,1,1).

Na terça saímos de Gramado, mas demoramos um pouco, pois dentro do mhome estava 1ºC, como se vê no termômetro. 

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Para registrar: a água do mhome era geladíssima, congelaram as tubulações do camping e não saía água das torneiras. Havia uma camada fina e branca de geada na grama. O mhome sofreu bastante para funcionar, as mãos doíam ao mexer em qualquer coisa fria…

Retiramos algumas placas de gelo do teto, que poderiam desprender em viagem e causar danos a outros  veículos.

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As 10:30h seguimos para Nova Petrópolis, almoçamos no Restaurante Plátanos (Galeria Imigrante, na rótula), comida também muito saborosa, com opção de livre ou por quilo, com sobremesa e suco incluídos.

Continuamos a subir a serra, passamos por Caxias do Sul (desta vez sem maiores transtornos de trânsito), São Marcos, Vacaria e, às 17:30, com chuva e começando a escurecer, paramos em Lagoa Vermelha. Como estava muito frio, procuramos um posto de combustível para tomarmos um bom banho quente;  Posto Ponteio, devidamente limpo (R$3,00 cada). O chuveiro para  senhoras é bem quente e com tempo ilimitado, mas para os homens é com ficha de 8 minutos e a água  começa a ficar levemente morna aos 7 minutos, interrompendo o fluxo no 8º minuto!!…

Pernoitamos em Lagoa Vermelha e, no dia seguinte seguimos viagem. Em Sananduva, paramos na cooperativa Majestade, compramos salames (muito bons) e um filé mignon de suíno (ótimo por apenas R$ 3,50!!).

Com meteorologia adversa, nossa intenção era ir para Piratuba, ficar uns 2 dias (até as roupas serem lavadas) e depois seguir para casa. Mas faltando uns 5 km para chegarmos no acesso à cidade, às 11:00h, havia um bloqueio na rodovia. Os moradores rebelados pediam pela recuperação da rodovia (realmente está cheia de buracos, crateras..).  Tentamos conversar com os manifestantes para nos deixarem passar, mas nos ameaçaram, e decidimos ficar no mhome e esperar. Pelo mapa, conferimos que o único caminho asfaltado aumenta 100km, em estradas desconhecidas.   Para piorar, o frio e a chuva aumentavam e, a cada momento informavam que “em 20 minutos vamos abrir”, ou “estamos aguardando um telefonema do secretário dos transportes”.

Concordamos que o trecho está péssimo e que precisa ser melhorado. Mas não concordamos em nos fazerem reféns juntamente com outras pessoas que precisavam trabalhar e estavam presa ali (empresas de transporte, empresas de ônibus, pessoas doentes com consulta marcada, estudantes,…), todos estes foram penalizados, mas os responsáveis pela rodovia estavam belos e formosos em seus escritórios com ar condicionado.   Assim como as greves (de professores,  policiais,  pessoal da saúde, dentre outros), cujo tipo de manifestação afeta e pune quem tem nada a ver com o problema gerado, nem com a possível solução.   Sentimo-nos como reféns num assalto a banco, temendo por danos à nossa integridade e saúde.      É preciso pensar em outra forma de manifestação, algo que afete diretamente as autoridades competentes.

Enfim, ficamos até as 15:40h bloqueados, quando finalmente abriram a rodovia, com a sonora e aplaudida presença de um “secretário de estado” que, após demagógico discurso, prometeu solução!!. Seguimos para Piratuba, deixamos as roupas na lavadeira, lanchamos na Panificadora Süd Andre (afinal não havíamos almoçado), e fomos nos instalar no camping.

Tentamos ir nas banheiras tomar um bom banho quente, mas estavam em reforma, fomos então tomar banho no chuveiro do camping, mas não esquentava (canalizações muito frias).  Enfim, tomamos banho no mhome, mas o aquecedor não conseguiu esquentar muito bem...   Irritados, com problemas demais, foi um daqueles dias que  “não deveríamos ter levantado da cama”…

À noite fizemos um bom macarrão “quente” com vinho argentino e fomos descansar. Ficamos mais 3 dias (chuva e umidade não deixaram secar a roupa…), nos cansamos de ficar no mhome; estava frio para ir às piscinas; as banheiras estavam em reforma; não conseguimos caminhar por causa da chuva.

Decidimos ir para casa, passando por Xanxerê, visitando os colegas José e Lia (G7) e seguindo até Dionisio Cerqueira (divisa com Argentina), para comprarmos uns bons vinhos e guloseimas.

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Foto: Carol Debiasi

A estrada a partir de Xanxerê até Dionisio Cerqueira e desta até Cascavel está com muitos buracos. No último trecho, verdadeiras crateras se abriram com as intensas chuvas dos últimos dias. A atenção precisa ser redobrada.  Para uma próxima viagem, procuraremos outras rotas alternativas.

Fechamento: foram 41 dias de viagem,  rodamos 3.232km e tivemos um gasto médio de R$ 82,00 por dia. Economizamos, mas mesmo assim, compramos alguns  mimos (pijamas, luvas, tênis, churrasqueira, vinhos, …) 

Jun 2011

Foi uma boa viagem, embora no final tivemos alguns pequenos percalços.  Encontramos e conhecemos pessoas maravilhosas, reencontramos amigos (irmãos de alma), vimos paisagens lindas, apreciamos a beleza da integração homem e a natureza na pesca com botos em Laguna, superamos o frio (com muita umidade e sem sol) de Gramado, conhecemos campings bons e que atendem bem; mas infelizmente, não conseguimos cumprir algumas metas e visitas que havíamos prometido...

Toda viagem nos traz um aprendizado, agrega experiências. Sempre voltamos para casa (e nos preparamos para a próxima saída) com mais sabedoria, conhecimento, cautela.  Esperamos que em breve consigamos fazer uma nova boa viagem, e levá-los conosco pelas páginas do blog, ou ainda melhor, encontrá-los em alguma paragem.

Saudações e Até logo

San & Dan

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