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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Viagem pela Europa – parte 18 (Sul de Portugal)

 

Olá!

Em Conceição de Tavira, ficamos no ótimo camping Ria Formosa (www.campingriaformosa.com); como citado na postagem anterior.  Ria Formosa é o nome dado à área lagunar existente neste entorno, que se extende por 60km, com muitos e diversos pássaros, flora diferenciada.

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Como a estação de trem fica a apenas 300m, no sábado fomos passear de “comboio” até a cidade de Faro (viagem de 50 min.). Esperando pela partida, conhecemos um brasileiro que está aqui há alguns anos (Mauro, carioca, já quase português…), bastante simpático,  nos deu boas dicas da região.

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Já em Faro, nas Informações Turísticas, Sra. Fernanda Lobo nos atendeu muitíssimo bem, falou um pouco sobre os maravilhosos doces (“Figo Cheio”,com amêndoas); Morgados; Queijinhos de Amêndoas; Dom Rodrigo…).

Faro possui 60 mil habitantes, tem origem na ocupação romana (Ossonoba) e, em 1249 é integrada ao território português. Ao longo dos séculos, tornou-se próspera por sua posição geográfica, exploração de sal e produtos agrícolas. Porém, com os saques e incêndios do séc. XVI (pelos ingleses), Faro e a região empobrecem. Em 1755 foi bastante danificada pelo terremoto e, nas últimas décadas, tem crescido gradualmente.

Fomos à igreja de São Pedro (séc. XVII), com altares ricos em detalhes e trabalhados (predominância do barroco); na Igreja da Ordem Terceira do Carmo (séc. XVIII, antes do terremoto), as torres sineiras  chamam atenção, bem como os altares e capelas revestidas de talha dourada do período barroco.

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Depois, voltamos para a parte histórica, passando pelo Arco da Vila, que resta das antigas muralhas medievais, um belo portal de entrada. Visitamos a Sé Catedral, que teve início no séc. XIII, mas no séc. XVI passou por incêndio e saques (de tropas inglesas). E, após o terremoto de 1755 novamente foi reestruturada. Sua curiosa torre em pedra não revestida, destaca-se do restante do corpo; internamente, possui altares laterais rebuscados, enquanto o principal é singelo.

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Aproveitamos o passeio de trenzinho turístico, não faz paradas e sacoleja bastante, mas passa por locais que dificilmente conseguiríamos ir a pé (pela distância).  Caminhamos pelas ruas peatonais, algumas lojinhas de souvenirs, onde curiosamente fomos atendidos grosseiramente em metade delas. Em época de “crise”, esquecem que são os turistas que trazem dinheiro…   Enfim, numa simpática lojinha, a senhora nos atendeu muitíssimo bem, compramos algumas lembranças…  Caminhamos mais um pouco e tomamos o trem de volta para Conceição de Tavira.

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Domingo, resolvemos descansar e atualizar o blog, fomos ao restaurante do camping, comer salmão grelhado com batatas e salada, um jarrinho de vinho branco jovem, delicioso (€ 12,00), nem compensa cozinhar… à tardinha, no mercado do camping, compramos pão recém assado, de figo e nozes… (http://contosdarlou.blogspot.com.br/2014/05/006-um-dia-de-ficar.html)

Seguindo viagem, pelo roteiro perto do mar, passamos por Albufeira e, logo adiante, quando achamos que o GPS tinha nos colocado numa estrada errada; vimos a placa de uma Área de Serviço, em Vale de Parra: Parque da Galé (www.parquedagale.com). Um excelente local, os proprietários esmeram-se para deixá-lo impecável; não é Camping, é Área de Serviço, mas tem tudo que precisamos (luz, água, esgoto, internet, até piscina), por €6,50.    N 37º05’33,55” W 08º18’41,76”.

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Novo dia e o gentil proprietário nos ofereceu um passeio até Albufeira, mostrou praias lindíssimas, naturais, falésias,.. Além de próspero empresário, é também um bom Guia Turístico!

Albufeira tem 50 mil habitantes, também origem romana (Baltum) e, quando os árabes a conquistaram (sec VIII) deram-lhe o nome de Albufeira, foi grande centro pesqueiro e de agricultura. Também foi afetada pelo grande terremoto (1755) e, como já estava em declínio, demorou-se a voltar à atividade. No final do séc. XIX a indústria de pesca e de conservas de peixe restaura a prosperidade; e atualmente, o turismo tem dado forte impulso à cidade.

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Em Albufeira, começamos visitando a igreja de Santa Ana (séc. XVIII), fomos na igreja Matriz (séc. XVIII), nave única e imponente torre, altares decorados, tem imagem alusiva a N.Sra. da Conceição (padroeira de Albufeira).

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Em seguida, visitamos a igreja São Sebastião (séc. XVIII), dois portais, um deles ornado em estilo manuelino, altualmente é museu de arte sacra.  Descemos para as ruas peatonais comerciais, onde vende-se de tudo (artesanato e produtos chineses, até peruanos vendendo seus produtos). Ali fala-se mais inglês, alemão e francês do que português…

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Fomos visitar a praia, passando pelo arco (túnel), areia clara, mar limpo, gelado e tranquilo, dá até vontade de um mergulho…  Sol e céu azul completam o cenário…

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Almoçamos filé de bacalhau, fritas e salada mista, mais umas caminhadas (subindo ou  descendo sempre), fotografamos a praia dos pescadores e, cansados, voltamos para o mhome (Vale do Parra), de táxi.

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Novamente fomos para a estrada, uns 30 km, chegamos na pequena Silves, onde também há uma área de serviço completa (luz, água, esgoto, wifi), por €6,50 (N 37º11’13” W 08º27’05”) – www.algarvemotorpark.com.   Próxima ao supermercado Continente, centro a 15 min.  Almoçamos no mhome um bacalhau ao molho de natas (comprado no mercado), muito saboroso…

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A cidade de Silves teve confirmada presença humana na época paleolítica e possui  menires em arenito vermelho (neolítico). Seu rio, Arade, foi utilizado por fenícios, gregos e cartageneses, teve a construção da muralha no séc. IV, foi ocupada depois por romanos e muçulmanos (no séc. VIII); tornando-se próspera. Foi capital do Algarve no séc. XI, suplantando Lisboa em dimensões e importância. Atualmente, sede de “Concelho”, orgulhosa de seu passado, com economia e crescimento diversificado.

À tarde, com sol encoberto, fomos ao centro; algumas construções com detalhes característicos, subindo sempre, chegamos à Praça do Município, onde está o Pelourinho. Em frente, a Câmara Municipal e logo, a imensa “Torreão da Porta” (séc. XII). Possuía três linhas de muralhas (algumas partes ainda existentes). Na lojinha de souvenirs Ana e Joana, a simpática proprietária nos atendeu muito bem e compramos uma réplica de maquininha de costura, em ferro fundido.

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Mais uma forte subida, chegamos à Sé Velha (séc.XIII-XIV), construída no local da antiga mesquita, possui torres barrocas, três naves, abóbada nervurada, com várias tumbas funerárias no piso. Numa delas esteve sepultado o Rei D. João II (1495), antes de ser trasladado para o Mosterio da Batalha.   (http://felizmotorhome.blogspot.pt/2013/05/viagem-pela-europa-parte-14-portugal.html)

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Em frente a pequena Igreja da Misericórdia (séc. XVI), com pórtico lateral estilo manuelino, hoje não utilizado. Na parte interna, apenas o altar-mor permanece, com abóbada nervurada e retábulo renascentista.

Logo chegamos ao alto do morro, onde está o Castelo, que é o maior do Algarve e mais importante monumento militar islâmico em Portugal. Foi construído sobre restos de fortificação visigótica (séc. IV), tem 11 torres e aproximadamente 12 mil m2. Possui  poço com 60m de profundidade, enorme cisterna e complexa rede de distribuição de água.  

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Do alto, um bom panorama da região: plantações de laranjas, olivas, hortas e frutos, emoldurando de verde as montanhas ao redor…

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No outro dia pela manhã fomos novamente passear pela parte antiga de Silves, passamos no Mercado Municipal com frutas, legumes, peixes; em seguida, fomos até o belo Museu de Arqueologia, que possui belos exemplares da história da cidade e região. No entanto, ali nos irritamos com uma família de ingleses, pois seu bebé gritou o tempo todo, maravilhado com a reverberação, que doía aos nossos ouvidos, mesmo longe deles. Saímos, esperamos que acabassem a visita deles e então, entramos novamente. Informou a atendente que os ingleses sempre agem assim! Querem demonstrar tanta regra e polimento ao tratar de assuntos internacionais, mas a educação familiar  está em crise…

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Demos mais umas voltas pelo centro histórico; algumas encantadoras lojinhas de artesanato  (cortiça, renda, crochê, bordados, porcelanas…). Voltamos para o mhome, onde almoçamos e descansamos.

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Amanhã novamente estrada, já seguindo para o norte. Mas isso fica para a próxima.

Abraços e Até Breve!!

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