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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Viagem pela Europa (parte 11: interior da França e Espanha)

 

Olá!

Ao sairmos do camping de Bordeaux, fomos à empresa Narbonne - Acessórios para camping-car (N44º50’13,6” E00º40’39,3”), onde encontra-se TUDO para motorhomes e trailers, desde acessórios (cadeiras, rampas, líquido para vaso, antenas,…);  peças para montar um mhome (janelas, armários e cozinhas prontas, geladeiras, toldo, etc.) e mhomes prontos de todos os tamanhos.  São proibidas fotografias internas.

Nossos olhos brilhavam, tais os de crianças na loja de doces, mas como pouco se pode levar no avião, olhamos, anotamos preços, questionamos sobre envio ao Brasil (impossível) e ganhamos um grande catálogo de peças. Foi uma boa indicação do amigo Eduardo “bigote” (camping de Gramado).

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Alguns grandes supermercados possuem bombas para abastecimento de combustível, porem, em muitos destes, as dimensões dos acessos impedem a entrada de motor-homes.   Tivemos dificuldade em alguns.

Seguimos viagem, com muito movimento na estrada (os jornais anunciavam greve geral para o dia seguinte).  Em Castets fizemos parada para abastecer, e novamente, o caixa automático aceita só cartão com chip. Um francês muito gentil, de mhome com a família, nos auxiliou: pagou com seu cartão e recebeu de nós em dinheiro.

Dali fomos para o camping municipal indicado no guia, local agradável, arborizado, preço bom, mas o atendimento  bastante grosseiro.  Estacionamos, caminhamos um pouco pela cidadezinha, que está fadada a “perecer” (muitos idosos), com dezenas de casas e prédios antigos fechados, igrejas e monumentos em estado precário de manutenção,…

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Na sexta um chuvisco chato e frio, nada comparado ao inesperado calor do dia anterior (35ºC). Seguimos para Dax, em rodovia simples e movimentada. Na cidade, em função de obras, um caos no trânsito, o GPS “endoidou” com tantos desvios. Estacionamos num supermercado (novamente o problema do abastecimento, cartão sem chip), almoçamos e depois fomos ao Museu do Helicóptero e da Aviação Leve.

No museu, informações desde as primeiros protótipos, o seu uso na observação e na guerra, as modificações ocorridas,.. até um simulador (helicóptero real) com partes abertas é posto em funcionamento para melhor entendimento.

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No hangar, uns 30 modelos expostos, desde pequeninos até os imensos “Bananas”. O guia demonstrou possuir total conhecimento e bastante motivado (histórico, tipos, motores, comandos,…).

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Após às 16h, com chuva e frio, saimos do museu e fomos para o estacionamento gratuito na Area Comunal,  (N43º42’51,1” E01º02’55,7”). O espaço é para 7 mhomes e chegamos na última vaga. Se houvesse mais 20 vagas estaria lotado, pois 2 estacionaram em frente aos demais (sairam cedo para não atrapalhar) e dezenas de outros apenas olharam e seguiram.

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Na saída de Dax novo “enrosco”: fecharam algumas ruas para uma feira, e o caos se instalou, pois o GPS orienta por opções estreitas ou viadutos baixos. O conselho de sempre: embora seja uma ferramente indispensável, NUNCA confie exclusivamente no GPS.

Seguimos para Saint Jean de Luz, procuramos a área comunal, e novamente demos sorte: restavam 2 vagas! (N43º23’06,5  E01º39’46”), assim como em Dax, se tivessem mais 20 vagas estariam lotadas. Neste estacionamento há água, despejo de esgoto e vaso, e até eletricidade (para os primeiros que chegarem), tudo grátis. Na frente há movimentada rodovia e aos fundos os trilhos do trem (TGV), a 3m de nossa cama!

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Como as nuves estavam bem carregadas, ficamos no mhome, organizamos algumas coisas, choveu e ventou bastante, almoçamos, e à tarde, caminhamos pelo centro da cidade.

Saint Jean de Luz: evocação religiosa (S. João Bautista) e “luz” pela prosperidade entre séc. XVI e XVII graças aos navios corsários e de pesca. A igreja original foi construída no séc.XII, mas incendiada várias vezes (e a cidade) pelas tropas espanholas. No séc. XVII foi assinado o Tratado dos Pirineus, que pôs fim à Guerra dos 30 anos entre os países e, uma das exigências do Tratado era o casamento entre Luis XIV (rei da França) e a infanta Maria Teresa (de Espanha), que se realizou na igreja de St Jean de Luz !

A igreja é bastanta curiosa: possui três níveis de galerias laterais em madeira (como em um teatro), construídas no séc. XVIII para aumentar a capacidade de fiéis. Em exemplar estilo barroco, possui riquíssimo retábulo de madeira dourada, com mais de uma dezena de santos em três níveis, encimados por Deus, ladeado por anjos e coroado por um Pelicano (símbolo do amor Divino).

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Caminhamos pelos demais pontos históricos: Casa de Luis XIV (Lohobiaguenea) que ainda pertence à familia real; Casa de la Infanta (Joanoenia); alguns prédios antigos e lindos; uma loja de pimentas em conserva de todo tipo, com a fachada coberta de ..pimentas e chegamos ao mar! O Atlântico lindo, azul turqueza e gelado…

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Acessamos internet no Office de Turismo (30 minutos de permissão), depois voltamos para mhome, tomar um bom banho, lanchar e descansar.

No domingo, pegamos a estrada, com chuva chata e, procurando melhor rendimento,  utilizamos as pistas duplas nacionais (grátis) e algumas pedagiadas.

Nos Pirineus Atlânticos a paisagem (apesar da chuva) é linda: de um lado as montanhas, com pinheiros e neve (sim, neve, pois o frio está insistente), do outro lado o mar azul, as rochas e areia de algumas praias.

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Ao entrar na Espanha, mais um item chama a atenção: a escrita na sinalização. Estamos no País Basco, que apresenta um novo idioma. Por exemplo: Acenda as Luzes é “Argiak Piztu”;  Área de Serviço é “Zerbitzungunea”.  Com o “andar da carruagem” vamos acostumando.

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Após Bilbao pegamos longas sequência de túneis (rota opcional para Santander), alguns com  mais de 2km de extensão e, ao final do percurso, uma cancela automática de pedágio  €0,57 (cinquenta e sete centavos)!!.

Passando por Gijón, vimos perto da rodovia, uma imensa catedral e entramos para tentar vê-la. Ao chegar mais perto, descobrimos que trata-se da Universidade Laboral (ou Universidade de Oviedo), do Principado das Astúrias. Havia sim uma imensa igreja dentro do complexo da universidade, também teatro, empresa de rádio e televisão, hospital, laboratórios,… uma verdadeira cidade!

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Seguimos viagem e rodamos mais de 500km, pagamos alguns trechos de pedágio (03 praças), que custaram o total de €11,47 (R$31,00), se fosse no Paraná ou em São Paulo, custaria tres vezes mais…

Ao chegarmos em  Luarca, procuramos o camping pelo guia: Los Cantilles (N43º32’57,3  E06º31’27,8”). Muito bem recepcionados, boas instações e vista fantástica…  Um camping ótimo para ficar mais dias e “recarregar” as energias, olhando e aproveitando a natureza. €19,00 (2 pessoas + mhome + luz + internet). Estacionamos, caminhamos, tomamos bom banho e, preparando o jantar, nova suspresa: chuva “congelada”, bolinhas pequeninhas pipocaram nas clarabóias. Em seguida vento forte e um pôr-de-sol lindo, todas as estações num  só dia…  Curiosamente, o nascer e o pôr-do-sol, opostos mas no mar.

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Amanhã seguimos viagem, na próxima postagem contamos.

Abraços e Até breve.

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