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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Viagem setembro/outubro 2012 – parte 2

 

É importante lembrar aos nossos amigos, que a intenção destes relatos é de colaborarmos (e recebermos comentários) com os projetos de viagem, mas há de se alertar à possíveis utilizações danosas, como pessoas inescrupulosas para usufruir vantagens ou até furtos. Por tais motivos evitamos citar detalhes pessoais, endereços particulares, placas de veículos,...

 

Olá!

Postamos agora a segunda parte desta viagem, que a cada dia nos apresenta surpresas.

Das thermas de Guaviyu, fomos para Paysandu, fazer câmbio, abastecer a despensa e o tanque de combustível (diesel a R$ 3,60 o litro!).  Seguimos pela Ruta 3 (sentido Montevideu), com alguns trechos ruins e outros em obras.  Como o pavimento é muito claro, a sinalização horizontal necessita uma moldura escura. 

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No Departamento de Flores (cuja capital é Trinidad), paramos num local chamado Lagos de Andresito (S 33º08.178’ - W 57º09.271’), às margens do Rio Negro. Camping gratuito, bela paisagem. Não ficamos porque fizemos a “prova dos três” (vasos sanitários turcos; duchas frias e não conseguimos energia em local plano para o mhome).

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Em Trinidad, estacionamos no Parque Centenário, amplo, bonito, com camping gratuito. Apesar de estarmos no centro da cidade, a noite foi silenciosa.

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No dia seguinte, voltamos para a Ruta 3, uns 3km, para visitar a Reserva Dr. Rodolfo Tálice (S 33º30.480’-W 57º56.204’). Possui centenas de animais silvestres, em jaulas ou semi-liberdade. O ingresso é gratuito e é mantido pela intendencia (município).

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Ficamos mais de 3 horas caminhando, olhando, fotografando, interagindo com os animais: capivaras, pavões, coelhos, cobras, lhamas, guanacos, alpacas, emas, ñandus, zorros, veados, cervos, lebres patagônicas, javalis, macacos de vários tipos, pássaros diversos, onças e muitos outros.

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Tudo está muito bem cuidado, limpo, com exemplar esmero dos poucos funcionários. 

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Passava das 12:30h quando voltamos para o centro de Trinidad, procurar por um local para almoçar e, ao buscarmos informações na Intendencia, encontramos a Sra. Ilda (da Secretaria de Turismo), que nos deu uma aula sobre a história da cidade, sua formação e desenvolvimento;  ofereceu também vários materiais impressos sobre a cidade e arredores.

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Almoçamos na Pizzaria Catedral (bem na esquina da praça), lugar amplo, limpo, bem atendidos. Pedimos uma milanesa com fritas e salada complementar, mas as quantidades são muito grandes, sobrou metade da salada, pelo equivalente a apenas R$ 35,00 !!…

Para fazermos uma boa digestão, percorremos o roteiro patrimonial, umas 15 quadras, aos edifícios antigos e importantes da cidade.

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Na saída, visitamos o museu municipal, na antiga estação férra (prédio belíssimo). Em conversa com os atendentes, soubemos que o museu possui poucas peças, a maioria das peças expostas são emprestadas pelos moradores da cidade ou região. E assim como outros museus, tem algumas dificuldades financeiras, de manutenção, de restauro de peças, de pessoal.

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As 16h saímos de Trinidad, indo para San Jose de Mayo. Fomos aos balneários indicados no mapa, mas estão abandonados. Dirigimo-nos ao Parque Rodó, onde há uma zona de camping, e novamente Deus colocou as pessoas certas em nosso caminho: vimos um mhome com placa do Brasil, fomos lá e conhecemos o simpático casal Cesar e Ana Maria (uruguaios), que moram perto do parque.

Informaram que não era seguro pernoitar alí e nos indicaram o posto Ancap, no cruzamento das Rutas 3 e 11, onde estacionam seu mhome. É um posto novo, com amplo estacionamento, internet wi-fi, …conseguimos dormir tranquilos.

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Pela manhã, passeamos no centro de San Jose de Mayo, com prédios antigos. Às 9:30h continuamos a viagem, passando por Canelones e chegando em Montevideu  após o meio dia.

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No entorno de Montevideu e na cidade, surpreendemo-nos com maus visuais; muito lixo jogado nas ruas, imensas favelas, pedintes, alguns “guardadores de carro” mal encarados,… Num estacionamento, um nos perguntou: “hay mucha cosa aí dentro? cosas caras?”… O bom senso nos obrigou a afastar-nos dali. 

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Estacionamos perto do Teatro Solis, caminhamos na calle Peatonal (de pedestres), olhando a feirinha. Em seguida, estacionamos na rambla e fizemos nosso almoço (cada dia almoçamos mais tarde,.. acho que estamos nos tornando uruguaios).

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Após as 14h fomos à feira da Villa Biarritz, já estava fechando. Nesta feira (que acontece aos sábados das 9h às 15h), é bom ir pela manhã, pois tem muitas bancas e variedades de frutas, verduras e legumes, além de roupas e artesanato.

Fomos no Shopping Montevideo, para passar o tempo e conhecê-lo. É um pouco confuso, mas encontra-se um bom supermercado, câmbio perto e relativamente fácil de estacionar nas ruas laterais.

Ao redor das 18h, estacionamos na praça 33 Orientales, perto do Corpo de Bombeiros. Alí ficaríamos mais seguros com os guardas do quartel.

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Durante toda a noite barulho de ônibus e pessoas caminhando e conversando, mas a intenção era ficar perto da imensa Feira de Tristán Narvaja (4 quadras daí), que acontece sempre nos domingos pela manhã.

Já estivemos nesta feira outras vezes e sempre se encontra algo de diferente, é preciso andar com cuidado e rápido (furtos aos desatentos), pois são umas 50 quadras de feira, com tudo que quiser: roupas, calçados, antiguidades de todo tipo, frutas, animais vivos, mortos ou assados, veículos e peças antigas e novas, móveis, tecidos, plantas, brinquedos, etc.

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Lá adquirimos quatro máquininhas infantís de costurar, antigas e raras.  Após um merecido e  perfeito  restauro futuro, integrarão nosso acervo. (http://museumaquinascosturar.blogspot.com

Após muito caminhar, paramos numa padaria para poder descansar e beber um refrigerante, foi onde conhecemos mais brasileiros: Onivaldo e Marcia (Laguna-SC), muito simpáticos, aproveitando Montevideu.

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Saímos do estacionamento e fomos rodar um pouco pela cidade, mas o trânsito começou a piorar (haveria jogo de futebol), seguimos pela Avenida Itália, parando apenas no Shopping Portones, onde conseguimos estacionamento fácil (não há cancelas ou pórticos). Lá almoçamos “um” sanduiche com bife e complementos (“chivito”) com muitas fritas, grande caneco de chopp e sobremesa (R$ 27,00), suficiente para aplacar nossa fome.

Embora cada pessoa sabe a dimensão de sua fome (ou gulodice), não somos sovinas, mas evitamos desperdícios.  E, como as porções são maiores que as do Brasil, sugerimos que observem sempre o tamanho dos pratos dos vizinhos antes de pedir. 

Com a meteorologia mudando bruscamente (de sol e calor para vento frio e nublado), decidimos ir para leste, encontrar um camping e planejar os próximos dias.

Ao passarmos em Salinas, encontramos fácil a residência do  Washington e Sonia, com quem estivemos há poucos dias em Arapey.  Insistiram para estacionarmos em sua casa e assim ficamos até o dia seguinte. À noite, Sonia fez deliciosas pizzas no forno à lenha e, no almoço de despedida, saborosos chuletas e chorizo na grelha,…

Conversamos, vimos fotos, passeamos em seu “Fiatito” (Fiat 600),  lembramos causos, memoráveis encontros com inesquecíveis amigos que gostariam de estar neste aprazível momento.

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Às 14:30h seguimos viagem novamente, decidimos seguir e percorrer a costa uruguaia . No final da tarde, chegamos em Piriápolis, no camping AEBU, vazio, boas instalações. 

É muito arborizado (pinus) e foi difícil encontrar local longe da possível queda de pinhas (a placa solar é sensível).  Tomamos um bom e generoso banho e, à noitinha, um saboroso jantar com filé de merluza a milanesa.

Com o  tempo nublado e chuvoso, a meteorologia prevendo muita chuva e até tormentas, ficaremos por aqui uns dois dias, depois avaliaremos as melhores opções.

Embora tenhamos planejado participar da exposição internacional de automóveis antigos (Autoclasica) em Buenos Aires, alguns acontecimentos nos desviaram da rota. Meteorologia adversa, incompatibilidade de horários para travessia (Colonia del Sacramento – Buenos Aires) e outras,.. parecia que uma força maior induzia-nos a não ir para a Argentina.

Agora, devidamente instalados no AEBU, soubemos da conturbação geral na Argentina, o que certamente nos causaria dificuldades.  Cerca de 30.000 integrantes dos Gendarmes (polícia nacional) e da Prefectura Naval estão realizando assustadores protestos na capital. No interior do país também algumas consideráveis ocorrências, como o cancelamento do jogo do Brasil, pelo motivo de falta de “iluminação”.  Os comentaristas aventam hipóteses decorrentes das manifestações sociais.

Enfim, acreditamos que a “Força Superior” continua a nos orientar pelos melhores e mais saudáveis caminhos.      

Até breve!

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3 comentários:

Gracita disse...

Dicas urbanas interessante... Petiço e Sonia recebem a gente maravilhosamente, não? Saudades de vcs... Encontramo-nos em Foz?
Beijão e boa estrada.

Sandra disse...

Olá!
Também estamos com saudades, tomara que em breve possamos nos reencontrar.
Beijos
San&Dan

Oriom Pinto disse...

Obrigado pelas dicas.