Olá! Postamos agora mais uma parte de nossa viagem:
Ficamos 4 dias em Piriápolis-Uy, diárias de PU$ 81 (R$ 8,10) por dia/pessoa; tempo nublado, chuvoso e frio. Aproveitamos para levar as roupas na Lavadero Piria, perto do Hiper Devoto. Cobraram PU$ 100 (equivalente a R$ 10,00) para lavar e secar uns 5 kg de roupas (semelhante à LavLev).
Quando o sol apareceu, lavamos as calças e tênis, limpamos e arejamos o mhome.
Com a previsão de novas chuvas e tempestades, (as emissoras de rádio e TV divulgavam “Alerta Naranja” para a região) decidimos seguir viagem. Subimos até o Cerro San Antonio, onde se tem uma bela vista da cidade. Lá encontramos uma turma de alunos do curso de Tecnologia da Informação, de Três de Maio-RS.
Visitamos o porto, as praias e baías da orla, até chegarmos em Punta Ballena, um ístmo de belos visuais, algum artesanato e bastante vento. Estacionamos e preparamos nosso almoço.
Depois fomos para Maldonado e Punta del Este. E, para quem pensa que cidade turística deve atender bem, não se engane: No guichê de informações turísticas a atendente foi ríspida, grosseira, não fornecendo sequer os subsídios elementares e solicitados e ainda, dando respostas “automáticas”. Respondeu várias vezes: “Está no folder impresso!”
Olhamos o mapa da cidade (que recebemos em Trinidad), fomos para o centro de Maldonado, visitamos o Cuartel de Dragones (um antigo forte do exército), e o Museu de Esculturas, anexo.
Em seguida, fomos à Tienda Inglesa (ótimo hipermercado de Punta del Este), onde os preços são mais altos que outras filiais. Compramos alimentos necessários e continuamos na estrada, chegando em Rocha no final da tarde.
Novo dia e fomos até La Paloma, pois lemos no guia impresso a indicação de campings: mas na sede estavam fechados, outros com algumas obras, e não sentimos segurança ficar ali. Poucos km adiante, em Punta Rubia não encontramos o camping citado no guia, mesmo perguntando a moradores.
Com a chuva engrossando, neblina fechando, decidimos ir até a Fortaleza de Santa Teresa. Na portaria nos mandaram ir até a outra entrada (4km) e lá informaram que deveríamos pagar o ingresso na anterior!! Após explicarmos o périplo, permitiram pagar na saída..
Seguimos para a área de camping que conhecíamos (à direita do mercado, em La Moza). Lá agora só cabanas, o camping é à esquerda do mercadinho. Estacionamos perto de um simpático casal europeu (francês e suíça), com uma camper. Instalamo-nos sob fina chuva. Fizemos uma saborosa macarronada com Frango Vapza, um vinho chileno, ouvindo um CD de música folclórica alemã.
À tarde, fomos procurar os sanitários: os do camping fechados, os das cabanas apenas um estava aberto e sujo de vários dias; procuramos a administração e, assim como as demais instalações, tudo fechado.
Estivemos lá há cerca de 3 anos, e o imenso Parque, administrado pelo Exército, estava lindo, limpo, arrumado, com funcionários presentes… Desta vez ficamos decepcionados. A camper do casal europeu não dispunha de banho e eles obrigaram-se a usar os chuveiros frios e sujos do camping.
No dia seguinte, como a chuva e a decorrente umidade não permitia nem caminhar (o Alerta Naranja mantido, com possibilidade de tempestade), fomos conversar com os vizinhos. Informaram que estão viajando desde 1996, por vários continentes, em pesquisa ornitológica (pássaros). Pessoas com desprendimento de suas materialidades, poliglotas, com invejável demonstração de conhecimento geral.
Outro dia, chuva+frio+neblina, decidimos seguir viagem, rumando para o Complexo del Chuy em Barra del Chuy. Lá, Dan foi questionar sobre valores e serviços do camping, e pasmem, a atendente informou que era PU$ 320 (R$ 32,00) por dia, por pessoa!! o equivalente a 4 diárias em Piriápolis, que era muito melhor que este!!
Seguimos então para o Brasil, entrando em Chui-RS. Encontramos 4 mhomes brasileiros, preparando-se para entrar no Uruguai; trocamos informações e visitamos alguns freeshops: nova decepção, preços elevados, produtos faltando, atendimento de má vontade...
Abastecemos diesel no Posto Shell R$ 2,25/litro e seguimos para Santa Vitória do Palmar. Almoçamos num restaurante (caseiro) Espaço Gourmet, por kg, tomamos um café e com a chuva menos intensa seguimos, passando pela Reserva do Taim, onde vimos muitos animais, mas há pouquíssimos locais de parada, poucas chances de fotografá-los.
Chegamos em Pelotas-RS às 17h, e depois de muitas informações desencontradas, incorretas, conseguimos estacionar em local seguro, tomar um banho e descansar. Choveu por toda a noite...
Novo dia de chuva (oitavo), estacionamos perto do centro, compramos doces de Pelotas na confeitaria Otto (deliciosos), algumas coisinhas no mercado e tomamos a estrada, no sentido à Porto Alegre.
Informação importantíssima: Pouco depois do pedágio há uma balança e posto da polícia rodoviária federal e, como nunca antes paramos em balança para caminhões (mhome pequeno, menos de 3.500 kg) passamos direto, e vimos sair correndo um policial rodoviário, mandando parar.
Pediu os documentos e mandou manobrar e passar na balança (com um sermão bastante cordial), dizendo que houve uma alteração na legislação, que veículos com rodado duplo agora precisam passar pela balança, mesmo não sendo comercial ou “de carga”; e se não passar e pesar pode gerar uma pesada multa e até 7 pontos na carteira. Então, por mais absurdo que seja, ao verem balança aberta, entrem e pesem…
Seguimos com muita tensão pela chuva contínua, neblina intensa, pista simples, atendimento ruim em todos lugares (postos, pedágios, informações, etc.).. Às 16h já muito cansados e estressados, optamos por entrar em Sentinela do Sul, visitar a cidade onde moraram os avós do Dan. Pernoitamos estacionados na rua, combinando cidade pequena com chuva, uma noite tranquila e silenciosa.
No dia seguinte, ainda com chuva fraca, fomos para Sertão Santana, visitar os primos. A estrada é de areia, barro e costeletas e, com tantos dias chuvosos, estava encharcada, com imensos buracos. Mas após uma hora conseguimos cumprir os 20km que separam as duas cidades.
Os primos novamente nos receberam muito bem, conversamos, colocamos os assuntos em dia, trocamos informações de viagem. Ali saboreamos comidinhas saborosíssimas: galinhada (arroz com galinha caipira), costela assada e aipim (mandioca), macarronada, umas sobremesas improvisadas (até canjica Vapza, brasileira que passeou pela Argentina e Uruguai).
Não gostamos de rodar em feriadão, mas seguimos para Porto Alegre, não aguentamos mais tanta chuva (sim, amanheceu chovendo…). Outra odisséia para percorrer os 18km de barro até o Petrobrás na BR 116. No posto, encontramos um mhome francês com um casal e duas crianças. Lá, o nosso mhome foi lavado por “tres vezes” para tentar tirar todo o barro acumulado! Na BR 116, muitos carros, algumas filas imensas e, para descansar um pouco, entramos na cidade de Guaíba, que recebeu o título de Berço da Revolução Farroupilha.
Estacionamos em frente a Hidroviária, que tem um catamarã para a travessia Guaíba – Porto Alegre em 20 minutos, por R$ 7,00. Vamos usufruí-lo na próxima viagem…
Fizemos o passeio de jardineira (50 minutos, R$ 8,00/pessoa) por alguns pontos históricos: Cipreste Farroupilha (mais de 300 anos), casa de Gomes Jardim (onde Bento Gonçalves faleceu); Matadouros São Geraldo e Pedras Brancas (símbolos do ciclo do charque gaucho), igreja Nossa Senhora do Livramento (com mais de 100 anos). Elogios à Secretaria Municipal de Turismo (parabéns ao Gustavo e Janaina) pelo elogiável desempenho e bom atendimento. Um exemplo a ser seguido por outras tantas cidades ditas turísticas, mas sem esta patente motivação.
Almoçamos um lanche, descansamos um pouco, o sol começava a aparecer. Após alguns contatos, seguimos para Porto Alegre, trânsito complicado na Av Beira-Rio, mas chegamos no final da tarde no Iate Clube Guaiba.
Ao abrirmos o baú para retirar o cabo elétrico, a desagradável surpresa: equipamentos molhados! As caixinhas de madeira, que fizemos com tanto capricho para carregar ferramentas, espeques, material de limpeza,.. estavam mergulhadas e desmontando. As lavagens no posto, com muita pressão de água, haviam penetrado, forçando os vedantes de borracha. Descarregamos todos os baús e colocamos tudo para secar ao sol restante do final da tarde.
Tomamos um banho e jantamos no restaurante do Iate Clube. Pedimos um filé a parmegiana, acompanhando arroz, batata frita e salada. Estava saboroso, muito bem servido, tanto que (infelizmente) sobrou comida, preço compatível com a qualidade (R$ 46,00).
No dia seguinte sol e céu azul, fomos passear pela cidade, visitamos a mãe do Dan e o Museu do Rádio (do irmão). E no domingo, fomos à Feira do Brique da Redenção. Tem antiguidades, artesanato, flores, comidas, livros. Sempre encontram-se coisas interessantes. Adquirimos duas antigas máquinas de costurar, para o nosso museu.
Após o almoço, analisando mapas, retorno de feriadão, rota de retorno para casa, resolvemos sair de Porto Alegre, indo para Gramado. Foi na hora certa, pois o fluxo de veículos em sentido contrário era contínua.
Na chegada em Gramado, fomos na Feira do Produtor, compramos pão de aipim (ainda quentinho), geléia de figo com nozes e salame sem gordura. Em seguida, chegamos no camping, onde novamente fomos muito bem recebidos pelo Renato e pela D. Maria.
Estacionamos, tomamos um merecido e demorado banho, lanchamos e, em seguida, fomos caminhar um pouco, encontramos os amigos Pedro, André e família, além de outros residentes e visitantes.
Ficaremos por aqui alguns dias, para recuperar as energias, faxinar o mhome, usufruindo da tranquilidade e beleza do camping e de Gramado.
2 comentários:
Tenho mais algumas dicas do Parque de Santa Teresa no Uruguai aqui: http://www.rangoetrago.com.br/parque-nacional-de-santa-teresa-uruguai/. Abraço e boa viagem!
Tenho mais algumas dicas do Parque de Santa Teresa no Uruguai aqui: http://www.rangoetrago.com.br/parque-nacional-de-santa-teresa-uruguai/. Abraço e boa viagem!
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