Olá!
Estamos novamente na estrada. Saímos com uma programação prévia de datas e locais (coisa que evitamos fazer), mas cientes de não sermos rígidos, permitindo que os fatos aconteçam.
Planejando ir ao Uruguai e Argentina, novamente fizemos o seguro internacional (Carta Verde) na Retimex (www.gruporetimex.com.br), de Jaguarão-RS: enviamos os dados pela internet, efetuamos depósito e nos encaminharam via e-mail e correio. O valor para 30 dias foi de R$ 189,00.
Saímos de Toledo-PR às 6:30h, pretendendo rodar o máximo possível pela manhã, pois o calor da tarde (36ºC) tem sido insuportável.
Infelizmente, na primeira parte do trajeto, os 90km da BR-163 (entre Cascavel e o trevo de acesso ao Sul) estão iguais: muitos buracos, imperfeições nos remendos realizados, muito movimento de caminhões. Perde-se muito tempo e estressa-se demais neste pequeno trecho.
Abastecemos no posto Stop antes de Realeza, diesel barato e bom (R$ 2,049/litro), café gostoso, pão de queijo quentinho, e seguimos para Dionísio Cerqueira. Infelizmente, pegamos uma fila de carretas carregadas (lentas), e sem a menor chance de ultrapassagem; que nos fez chegar na Aduana Argentina somente às 12h.
Após fazer a documentação, trocar um pouco de Reais por Pesos Argentinos (PA$), continuamos nossa viagem, com muitissimo calor. Nem tomar água, pano molhado, bermudas reduziam nosso calor.
As 19h, após rodarmos 660km, paramos para pernoitar no posto Shell, em Governador Virasoro. O atendente muito gentil, conseguiu até energia elétrica (demos PA$ 10 de gorjeta e abastecemos diesel à R$ 3,20/litro).
Tomamos banho refrescante no próprio posto, fizemos o jantar e fomos descansar, pois no dia seguinte teríamos muitos km para percorrer.
As 6:30h saímos novamente, e tomamos café em Santo Tomé, onde havia um mhome da Bélgica: família com 4 lindas crianças! (losviajerosdelmundo.be); trocamos informações e cartões, em seguida continuamos nosso percurso, com chuvisco.
Chegamos um pouco antes das 11h na aduana Argentina-Brasil (Passo de los Libres-AR – Uruguaiana-BR). Em todo o trajeto pela Argentina, apenas um Gendarme nos parou, pediu documentos e fez algumas perguntas (anotando, para alguma estatística). Certamente o domingo e o chuvisco inibiram os demais a nos importunar…
Em Uruguaiana, fomos ao supermercado Big comprar mais umas coisinhas e comida pronta para almoçar. Abastecemos no posto Petrobrás, já na saída para Barra do Quaraí, (R$ 2,26/litro), e almoçamos. A Gerente do posto não gostou de nossa presença, fez até o frentista nos perguntar quanto tempo ficaríamos ali!. Pela elogiável educação do frentista (devia ensinar à gerente), não retrucamos e seguimos viagem ao final do almoço.
Na aduana Uruguaia o procedimento padrão: olham geladeira, perguntam se levam alguma coisa (sementes, grãos, mel, etc.); fizemos a entrada com passaporte (aconselhamos, pois é mais ágil) e seguimos para Bella Unión, onde compramos frios, queijos, frutas e legumes.
A Ruta 3 está bem ruim (buracos, depressões), coisa que não se via no Uruguai em estradas principais. O vento aumentou muito, por vezes dava medo de continuar na estrada, reduzimos a velocidade e chegamos as Thermas de Arapey (rodamos hoje 440km).
Não conseguiram fazer nossa ficha de entrada, pois o vrento causou pane na rede de computadores… O camping estava bem movimentado e soubemos que esta é a semana da primavera (muitos uruguaios tem folga).
O valor continua PU$ 400 (R$ 40,00 = mhome + 2 pessoas). Curiosamente, eles não cobram por barracas (que usam muito mais espaço e serviços), não cobram o carro que entra com as barracas ou para passar o dia e que ocupa as churrasqueiras; entre outras irregularidades (chegaram até querer cobrar mais caro porque teríamos uma criança e não informamos na entrada…)
O vento continuou, esfriou, durante a noite choveu! Chegaram alguns colegas do Rio Grande do Sul (Nilson e Beth, Zair e Neura, Juarez e Beti, João Carlos e Lorena, Hélio e Eliana,…). A família belga também chegou, além de outros mhomes alemães, belgas, austríacos.
Dois casais de alemães, desconhecidos entre si, estacionaram próximos. Um com um antigo mhome (Mercedes 508) e outro com um moderno Hymer, comprovam que se pode viajar aos mesmos lugares, independente de capital disponível.
Ficamos em Arapey fazendo as coisas daqui: limpar mhome, lavar roupas, ir na piscina, caminhar, fazer comidinhas, durante a noite e manhã muito frio, durante o dia calor…
Construimos um carrinho de quebra-cabeça e presenteamos Maximilien (filho dos belgas), que fez seus olhos brilharem. As demais crianças belgas também são muito queridas e educadas.
Outro dia fomos almoçar no restaurante Paradise: “entrecot desgrasado” (sem gordura), com salada e cerveja Zillertal, por PU$ 330 (R$ 33,00).
Nilson e Beth nos apresentaram o Washington (uruguaio, conhecido como Petiço) e esposa Sonia, alegres e gentis, fazendo pizza para o grupo.
Ele forneceu o endereço da empresa que vende toldos (estrutura pantográfica) para mhome em Montevideu, o que nos motivou a visitá-la.
No dia seguinte, fomos ver o que o Helio (e Eliana) estavam fazendo de almoço: “una bela polenta” italiana, com ajuda da Lorena …
Semana alusiva ao início da primavera, férias no Uruguai, lota os campings do país, incluindo alguns deseducados e barulhentos. Concluimos que outros locais também estão iguais (ou piores, os próximos às cidades) e optamos por continuar em Arapey mais alguns dias, até acabar esta semana de férias.
Conversamos com outro simpático casal belga (Rudi e Berlinda), trocamos algumas informações sobre a Argentina e viagens; já vieram para a América do Sul cinco vezes e não repetem os lugares já visitados (porque o mundo é muito grande, há muitas coisas para conhecer, disse Berlinda).
Numa das noites, houve a reinauguração das instalações da piscina grande, financiado pelo BIRD. Estavam presentes o Intendente (governador) de Salto, a Ministra de Turismo e um dos arquitetos do projeto original (1964), Sr. Cesar Rodriguez Musmanno, que auxiliou na recuperação dos painéis de pedras semi-preciosas.
Após discursos, homenagens, corte de fitas, houve um cocktail e o Dan conseguiu conversar com o arquiteto, que esteve em Porto Alegre quando de seu tempo de faculdade. O arquiteto participou de grandes projetos da capital gaucha, juntamente com outros professores do Dan. (Aeromóvel, rodoviária, vários parques e jardins…)
Não sabemos se foi por causa do discurso de Musmanno (“por falta de limpieza y mantenimiento correcto, los paineles fueron olvidados y nadie mas los mirava ni los comprendia”), mas nos dias seguintes todos os espaços de Arapey foram cuidadosamente limpos (banheiros, vestiários, tanques de lavar roupa, churrasqueiras, etc). Os jardins receberam milhares de flores,…
No final de semana, chegaram mhomes e acampantes variados: Um curioso Ford “prismático”, um Iveco alargado desde a cabine, com “três” parabrisas, um gigante austríaco fora-de-estrada …
Um dos vizinhos (uruguaio) fez um frango assado com limão, tomara que tenha ficado tão apetitoso quanto bonito.
Fotografamos a piscina e os banheiros novos e, quem conheceu os antigos painéis e banheiros tem uma alegre surpresa ao ver tudo novo, com granito, cubas de inox, ralos automáticos e outras modernidades:
Num outro dia, participamos de um assado de borrego (carneiro) feito pelo mestre Helio, a carne estava “soltando do osso”; com salada e amigos, delicioso!
Na terça-feira seguimos viagem: fomos para Salto-UY, no supermercado e câmbio, após tantos dias acampados já tínhamos pouca coisa na geladeira e no bolso…
Depois fomos para as thermas de Guaviyu, muito tranquila, cobrando PU$ 280 por dia para casa-rodante (R$ 28,00). Pagamos duas diárias e fomos para a piscina coberta.
O vento que já estava forte na estrada, aqui pareceu ainda mais agressivo, começou a nublar e esfriar. Às 17h estacionamos e ligamos a energia externa, com frio quase insuportável. Ligamos aquecedor, fizemos sopa, mas parecia que nada amainava a sensação fria.
Durante a madrugada chegou a 0ºC !!, com geada. Às 8h da manhã estava 5ºC dentro do mhome! Em casa (Toledo-PR) não tivemos frio tão forte, há vários dias fazia muito calor.
Ao longo do dia, o sol ajudou a esquentar, mas o vento ainda era gelado. Almoçamos, descansamos, caminhamos, comemos um rubro Pomelo.
Diariamente fomos à piscina coberta, praticamente vazia, e à tardinha o calor do sol dava lugar ao frio aconchegante…
Daqui, vamos seguir até Montevideu, mas isto será na próxima postagem.
Até breve!
2 comentários:
Quantas notícias boas: conheceram os maravilhosos Petiço e Sonia (já estivemos na casa deles, lembram no início da ida ao Ushuaia? onde comemos muuuuuuuuuuuita empanada deliciosa), conviveram com Nison e Bete (daqui a pouco se naturalizam uruguaios, rs...) e demais amigos. Que beleza....
Finalmente reformaram o Balneário que amamos tanto. Mto bom pois dava uma tristeza ver o abandono. Queridos sigam sempre por boas estradas pq nós continuamos na carona de vcs. Bjs
Invejo vcs... Eu (Cícero) e a RE (Mulher) a gracita sabe o porque!!!. Começamos nesta vida faz pouco, embora temos o nosso MHome a mais de 15 anos. Boa estrada pra Vcs e que o G.A.D.U. proteja e ilumine, hoje e sempre.
Postar um comentário