Olá!
Ainda em Palavas les Flots-FR, quando abriu o sol, caminhamos pela beira-mar do Mediterrâneo, todo visual lindo, com vento e água gelados. Compramos um baguete (legítimo pão francês, longo e fino), tão crocante e saboroso que chegou pela metade em casa…
Palavas les Flots é, desde os anos 1950, cidade balneária de Montpellier; barcos de pescadores (origem antiga da cidade), casas coloridas, ruas estreitas e simpáticas enfeitam o local. Neste período, a cidade ainda está se preparando para o verão (pintando, reformando, arrumando ruas e calçadas), outros campings fechados; mas o que ficamos: Halto Camping-car, foi muito bom, completo e bem mais perto do centro que os outros.
No camping, conhecemos o casal de italianos: Sandro e Marcella (residem perto de Torino), muito gentis e prestativos, nos forneceram dicas e informações sobre a Itália (diesel mais caro, pedágios mais caros, supermercado mais barato que na França, etc.); Reunimo-nos no mhome deles (também Adria), saboreamos um bom vinho de sua própria produção e conversamos sobre economia (comparação entre nossos países).
Sábado, após o ritual de saída (encher a caixa d’água, esvaziar esgoto e vaso químico, conferir instalações…), seguimos viagem. Tentamos visitar Montpellier, mas o trânsito é terrível; desistimos e voltamos para Aigues Mortes conhecer outra cidade medieval.
Como em todas as cidades, procuramos por mhomes estacionados ou por placas indicativas para estacionar e, em Aigues Mortes, num dos cantos da muralha que cerca a parede antiga, há um estacionamento (pago por hora) com água e deságue para mhomes. Estacionamos (com uns 50 mhomes de vários países) e fomos passear na cidade fortaleza.
Aigues Mortes: tem origem no séc. XIII, como porto de embarque do Mediterrâneo, quando a Provença pertencia ao império germânico. Possui a salina mais antiga do Mediterrâneo, que desenhou a paisagem econômica da cidade. Há 400 anos existiam 15 pequenas salineiras, que em 1856 fundaram a empresa Salinas do Meio-Dia (Midi). No verão a “flor do sal” dá coloração avermelhada à salina. Em quase todas as lojinhas há potinhos com flor de sal à venda (parece o nosso sal grosso com pedras pequenas).
Caminhamos pelas ruas, igrejas, lojinhas do imenso retângulo entre muralhas; parece que voltamos no tempo, com exceção das vestimentas das pessoas.
Voltamos para o mhome, comemos uma pizza, tomamos um vinho e descansamos, para depois seguirmos vigem, rumo à Arles.
Rodovia secundária linda, sem pedágio; embora perde-se tempo atravessando cidades, semáforos, pontes estreitas, a paisagem é mais agradável, a velocidade menor, que dá tempo para as fotos.
Chegamos em Arles as 17h, e cartazes já anunciavam: trânsito complicado no centro por causa da Feira de Páscoa. Vimos uns mhomes estacionados ao lado da gare antiga, e lá fomos nós . (N43º40’39,8” W04º37’06,9”) A vista da cidade é ímpar…
Domingo de Páscoa, saímos cedo do estacionamento, tentando vaga mais perto do centro, mas acabamos voltando para a gare, deixando o mhome e indo à pé até a cidade: uns 2km para ir, mais uns 5km percorrendo monumentos, mais 2km para voltar; nem precisa academia…
Fomos ao Office de Turisme conseguir mapa e informações, depois caminhamos pelas atrações: Teatro Antigo, construído no primeiro séc. a.C., com capacidade para 10.000 espectadores; o Anfiteatro, da mesma época, capacidade de 20.000 espectadores, onde ainda hoje realizam brincadeiras com touros e apresentações ao estilo espanhol; Igreja de Saint Trophine tem estilo românico, séc XII, possui portal esculpido com apóstolos e santos; Espaço Van Gogh: um jardim fechado, lindo, com informações dedicadas ao artista; a Place de la Republique, com suas tendas e carruagens coloridas a desfilar e, no centro, o Obelisco romano. Perto do rio Rhône, as Thermas de Constantino, construídas no séc. IV a.C., que apreciamos por fora pois o preço do ingresso é proibitivo para pouco o que ver (€13).
Festa de Páscoa, com desfile de bandas, carros alegóricos, bancas de comidas variadas.
Na procura por almoço rápido e barato, um grande sanduiche de baguete foi o escolhido e, a mais simpática bagueteria foi: La Paninothèque (7, rue Jean Jaurès – 13200), muito bem atendidos (as simpáticas atendentes falam vários idiomas), e ao perguntar se poderíamos fotografar para o blog, todas (até a cozinheira) vieram correndo para aparecer na foto! Em Arles, comam (baguetes) sanduiches quentes com carnes, saladas e condimentos, na Paninotèque…(€5,00 com refri).
“Abastecidos”, fotografamos mais alguns prédios antigos interessantes e começamos a longa volta (à pé) até o mhome. Às 13h saímos de Arles (para evitar o congestionamento de final de festa).
Seguimos pela rodovia, simples e bela; em Chateau-Arnoux St-Auban, no Val de Durance (entre os Alpes e a Provence), tentamos estacionar para pernoite, mas as condições desfavoráveis (vento frio e forte,..), sugeriram seguir. Mais adiante (uns 35km), em Sisteron, a paisagem ficou muito linda. Ao procurar boa paisagem para fotografar, encontramos outros mhomes estacionados! (N44º12’01,1” W05º56’38,9”) Dormimos junto com outros 15 mhomes…
A noite foi geladíssima, pela manhã, pouca vontade de seguir viagem. Ainda bem que o mhome tem aquecimento (de água e ambiente).
Seguimos pela rodovia, com os Alpes aparecendo cada vez mais lindos; estacionamos para admirar a paisagem. Parece foto de calendário…
Em Grenoble, encontramos um supermercado aberto (Carrefour), pois segunda de Páscoa também é feriado na Europa. Fizemos compras, tentamos acessar internet mas não funcionou e, antes de sair, tentamos abastecer de diesel (€1,31/litro), mas os caixas estavam fechados e o sistema “bomba com cartão” só aceita COM CHIP. O Visa Travel Banco do Brasil não tem… Mais estrada e chegamos a Chambery, por ser uma cidade menor pensamos que estaria menos agitada, ledo engano. Na chegada, as 3 pistas da rodovia pedagiada estavam congestionadas…
Lá encontramos um estacionamento com local para deságue de esgoto para mhomes (N45º33’46,5” W05º55’59,2”) e logo chegaram mais mhomes para pernoitar. Menos frio que a noite anterior, mas chegam e saem automóveis a todo momento.
Novo dia gelado e, às 7:30h saímos do estacionamento quase lotado, já com dificuldade para manobra. 15km adiante, já na rodovia pedagiada, paramos para tomar café e abastecer (€1,50/litro).
O dia estava com neblina, pouco se via da bela paisagem. E, ao atravessarmos o Túnel do Mont Sion, com mais de 3km de extensão, chegamos à fronteira da Suíça !
Mas isto é para a próxima etapa. Abraços e até breve!
4 comentários:
Tudo isto é lindo demais.... Só vivendo para saborear. Voces são abençoados em poder fazer tudo isto!
Oi queridos: Arles foi outro lugar que amei. Lá ficamos estacionados à beira do rio junto ao porto de desembarque dos grandes navios com ocupação 100% 3ª e 4ª idade, bem pertinho da cidade (só atravessar a pé a ponte velha) e nem chegamos a ver onde vcs ficaram... Dependendo a estação do ano as belezas diferem, né? Qdo voltam? Beijão e boa estrada.
Estamos acompanhando e seguindo pelo google. Todo dia entramos no blog para ver se tem novidades. São tantas belezas criadas pela natureza e pelo homem que nos enchem de entusiasmo.
Continuem com Deus.
Sérgio e Aparecida
São Lourenço - MG
Olá! Agradecemos à todos pela visita e comentários. Sim estamos aproveitando ao máximo e todo o possível, mas também estamos com saudades, afinal, nunca estivemos tão longe...
Abraços ..
San&Dan
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