Olá!! Postamos agora a parte final de nossa viagem.
Nos dias 61º e 62º ficamos em Gramado-RS, com garoa, frio e bastante umidade (o trivial da região). Passeamos na cidade, vimos vitrines, fomos na Feira do Produtor (que agora funciona apenas quartas, sextas, sábados e domingos), onde compramos deliciosas guloseimas.
Fomos ainda ver as novidades na Pró-Lar, alguns tapetes e passadeiras interessantes, panelas-forno da Tramontina, ferramentas e várias outras “coisinhas” para casa móvel ou fixa.
No sábado pela manhã (63º dia), recebemos a roupa lavada da lavanderia Siri (perfeito, como sempre) e, em seguida seguimos viagem. Deixamos para aproveitar Gramado e Canela na próxima vez, com mais tempo.
Almoçamos em Nova Petrópolis, no Restaurante Plátano (Galeria do Imigrante); continua saboroso, mas estava muito movimentado (havia Feira de Malhas na cidade).
Seguimos pela serra, até chegarmos em Caxias do Sul, com o trânsito complicado, pois havia romaria de Nossa Senhora de Caravaggio e milhares de romeiros caminhavam até o santuário (cerca de 20km), com uma das pistas da rodovia bloqueada e muitos acessos fechados. Novamente saímos no dia e na hora certos, pois um pouco antes ou depois haveria muito mais trânsito e, no domingo, seria a grande festa, não conseguiríamos passar tranquilos por Caxias…
Seguimos pela BR 386, com pouco movimento. Paramos no Parque das Tuias (pouco antes de Soledade) e perguntamos sobre a possibilidade de estacionar: R$ 30,00, com direito à energia elétrica. Comparamos com os valores do hotel do parque: R$ 70,00 para casal, com café da manhã!!. É um absurdo que, usando nossas instalações (casa, roupa de cama, comida, banheiro, toalhas, etc,..), pagaríamos o equivalente ao apartamento, com ar condicionado, troca de toalhas e lençóis, ducha, café da manhã, serviço, estacionamento,… Seguimos para Soledade, onde pernoitamos, ao lado de um quartel de bombeiros.
No 64º dia (domingo), saímos cedo e fomos tomar café da manhã estacionados no posto Cotrisoja (20km adiante de Soledade), onde aproveitamos para abastecer: Petrobrás, R$ 1,949/litro, com bom atendimento.
No trajeto, a rodovia estava livre, chegamos tranquilos a Frederico Westphalen, para almoçarmos no Restaurante Fornalha (comida caseira, com carnes assadas, por kg, bom atendimento).
As 12:45h seguimos viagem, com o movimento aumentando, alguns trechos com 10 carretas na nossa frente e mais algumas atrás. Não há o que fazer, só seguir o “comboio”, tal um inconteste e obediente vagão de trem.
Chegamos em Dionísio Cerqueira-SC às 16:30h, e fomos fazer uma “visitinha” na Argentina, para adquirir alguns produtos exclusivos: detergente concentrado, palmito equatoriano, champanhe Concha y Toro,…).
Fomos na padaria Delicias do Trigo, comprarmos pães de queijo (saborosos), local onde, exatas nove semanas antes, também num domingo e acompanhados dos colegas, iniciávamos a presente jornada.
No 65º dia, após pernoitar ao lado do quartel do corpo de bombeiros, seguimos viagem cedo. Fizemos um pequeno desvio para abastecermos no Posto Stop, próximo à Realeza e, ao chegarmos, o frentista deu as boas vindas, e disse: “lembro de vocês, passaram por aqui há uns 60 dias”… Isto também faz parte do bom atendimento daquele posto.
Valeu a pena o desvio: R$ 1,909/litro; bom atendimento, internet wifi funcionando, e ainda ganhamos pães de queijo de brinde (saborosos, grandes e quentinhos).
Aí chegamos no trecho de viagem que é sempre ruim: a rodovia BR 163, no trecho de 80km até Cascavel. Buracos, depressões, remendos mal feitos, muito trânsito (automóveis e carretas), muitos “barbeiros” e afoitos (cortando a frente, ultrapassando sem segurança, …)
Em Cascavel, fomos no hipermercado Irani, almoçar e comprar frios e congelados. Depois seguimos para Toledo, chegando em casa as 15h; onde tivemos uma ótima e surpreendente recepção: meus pais nos aguardavam, mesmo sem qualquer aviso; aquela “intuição materna”, de que a filha estava chegando… Mais uma clara manifestação da presença divina, dentre incontáveis venturosas orientações…
Vamos então à nossa sinopse, que desta vez será mais extensa:
Foram 65 dias de viagem, com 9.174 km rodados; 11 dias no Brasil (2.079 km); 27 dias na Argentina (4.389 km); 17 dias no Chile (2.009 km) e 10 dias no Uruguai (697 km).
Copiamos os mapas, traçados no GPS Garmin durante a viagem, e colocamos em forma de fotos (para ampliar, clicar 2 vezes na figura):
Quanto às despesas, consideramos tudo, desde a saída de casa até o retorno (combustível, pedágios, alimentação, restaurantes, camping, sorvetes, lavanderia, manutenção, presentes, passeios, táxi, etc.) e foram R$ 147,00 por dia ou R$ 1,05 por km rodado. Não utilizamos o cartão de crédito (nem débito) fora do país, para evitar as taxas referentes.
Também não fizemos o roaming internacional nos celulares (complicado, caro, difícil), o que consideramos uma contínua e tensa dependência. Assim, desligamos os aparelhos quando saímos do Brasil e só ligamos no retorno (56º dia). Mantivemos a comunicação com parentes e amigos via internet (e-mail) e, eventualmente, utilizamos os “locutórios” (muito baratos).
Alguns itens (materiais) foram muito importantes para o êxito na viagem: a mudança do compressor da geladeira (Danfoss, realizado pela Refrináutica), funcionando muito bem em qualquer voltagem (12V, 24V, 110V ou 220V); a placa solar (Kyocera KD-135), que carregou as baterias satisfatóriamente; as lâmpadas de led 12V e as emergenciais luminárias com pilhas. Foram também essenciais; a panela-forno Tramontina Lyon (onde fizemos pizza, carne assada, molhos,.. realmente vale seu alto preço); o fogão portátil com gás embutido (prático, leve).
A placa solar, combinada com a geladeira e as lâmpadas led, permitiram uma maior liberdade, permitindo estacionar em qualquer lugar, com autonomia e independência. Por exemplo, em Buenos Aires, ficamos no estacionamento ao lado do Buquebus, estrategicamente localizados (próximo do centro), sem necessidade de energia externa: pois a placa solar carregava as baterias durante o dia.
Obviamente, nas noites sem fonte de energia externa, não utilizamos TV/DVD, aquecedor elétrico de ambiente, microondas, panela elétrica ou qualquer outro equipamento de alto consumo, em decorrência lógica de manutenção da carga das baterias.
Também foram importantes algumas características inerentes: nosso empenho na busca por informações, sejam elas em forma de mapas, guias, questionamentos aos residentes, internet, revistas, etc.; a pesquisa prévia de cidades, roteiros, custos, distâncias,.. obtidos principalmente com colegas (que já realizaram este percurso) ou via internet.
Consideramos também indispensáveis os conhecimentos sobre mecânica, pequenos consertos, funcionamento de todos os sistemas e equipamentos do habitáculo e do veículo. A manutenção preventiva, obviamente subsidiou o êxito de jornada, sem qualquer ocorrência.
Enfatizamos ainda que é primordial é desvincular-se do seu dia-a-dia, ou seja, ao viajar você não é professor, médico, alfaiate, advogado, ou qualquer que seja sua formação e profissão. Ao viajar, você é um legítimo e total viajante, um turista, que NECESSITA estar apto a receber estes novos conhecimentos, não importando a forma escolhida para viajar: de mhome, ônibus, avião, de carro ou a pé,.. Mergulha-se no universo distinto e agradável, que alimenta nosso conhecimento e nutre nossa alma.
Com certeza voltaremos para a Argentina, para rever alguns lugares maravilhosos e conhecer outros. No país existem lugares fantásticos, sejam naturais ou culturais para serem conhecidos (Glaciares, Litoral, Deserto). Quanto aos Gendarmes da famosa (pela corrupção) região de Missiones e Entre Rios (faixa que faz divisa com Brasil e Uruguai), tivemos sorte, pois não exigiram suborno, apenas nos pararam frequentemente (cada 70 a 100km), para conferir documentação. Dica: sempre apresentem cópias ou segundas vias.
Seguramente voltaremos ao Chile, quiçá em outra época do ano, para ver a cordilheira coberta de neve, aproveitar os campings do país (que estavam fechados por término da temporada). Dica: não levem produtos frescos, de origem animal ou vegetal (queijos, lácteos, salame, carnes, legumes, frutas, vegetais, feijão ou pipoca em grão, sementes de qualquer tipo, etc), nem escondidos; eles fazem uma revista rigorosa no mhome, entram com cães de faro perscrutador e denunciante, e os Carabineiros são incorruptíveis e intimidadores.
Queremos agradecer:
- Aos colegas Leda e Neivo (Florianópolis), que forneceram muitas e valiosas informações para a realização desta viagem; pela amizade conquistada, pelo companheirismo e alegria constantes. Mesmo ao longe, nos deram auxílio positivo;
- Aos companheiros de G7 Egon e Ilze, sempre prestimosos e contentes, que compartilharam 17 dias desta fantástica viagem;
- À ilustre e laboriosa comunidade dos Bombeiros, seja do Brasil, Argentina ou Chile; que sempre nos auxiliaram, indicando lugares seguros ou até nos acolhendo em suas instalações;
- Aos Carabineiros do Chile que nos guiaram tantas vezes. Sua educação e caráter devem servir de exemplo para todos outros policiais do mundo;
- Ao Sr. Mario e Sr. Francisco (e respectivas esposas), de Miramar - Mar del Plata, pelo agradável convite. Não conseguimos visitá-los desta vez, mas na próxima teremos o prazer de estar dom vocês;
- À Sra. Maria Hermosilla (Cabañas Panorama, Entre Lagos – Chile), pela receptividade, alegria, gentileza e dedicação;
- Ao Sr. José Bosdari e família (Mendoza), pela visita e agradável bate-papo que tivemos, desejando que em breve possamos nos encontrar e partilhar de bons momentos;
- Ao Sr. Edson e Ilse (Curitiba), que encontramos em Villarrica; e Sr. Henrique e Maria Isabel (Curitiba), em Guaviyu; muito obrigados pela energia, incentivo, troca de informações;
- Aos colegas Graça e Renato (Florianópolis); Vanda e Paulo (Porto Alegre); Sandra e Marco (Florianópolis); Luiza e Luiz Tostes (Brasília); Denise e José (Pomerode); suas dicas, informações, endereços, foram muito importantes e úteis; agradecemos muito e, assim que possível, queremos partilhar as experiências com vocês;
- Ao Sr. Miguel (Camping El Molino, Puerto Octay-Chile); Sr. Leandro (Camping Petunia, San Carlos de Bariloche-Argentina); Sr. Fabian (Camping Unquehue, Villa Angostura-Argentina); Sr. Pablo (Club Nautico General Roca-Argentina); Sr. Emilio Arenas (Granja Arenas, Colonia del Sacramento-Uruguay); agradecemos pela receptividade, pelos bons lugares que nos ofereceram, pela gentileza e bom serviço prestado;
- À Sra. Carmem (Iate Clube Guaíba), agradecemos pela acolhida, confiança, dedicação. Sabemos da dificuldade em estacionar um mhome, mesmo pequeno como o nosso, em Porto Alegre-RS, esperamos sempre poder contar com esta concessão especial;
- Ao Sr. Renato e filhos (Camping Gramado) e Sra. Zélia (Pousada Nossa Casa), agradecemos pela ótima recepção, cordialidade, dedicação aos clientes (que acabam tornando-se amigos);
- A Deus, que sempre esteve conosco nesta viagem, conduzindo-nos pelos melhores caminhos, apresentou pessoas agradáveis e roteiros maravilhosos. Nesta viagem, ainda mais presente, Ele nos orientou constantemente, nos roteiros, geográfica e temporalmente.
Infelizmente, encerramos por aqui mais esta viagem; muito satisfeitos, felizes e inspirados para novas “empreitadas” longas e belas como esta.
Abraços, até a próxima…
3 comentários:
E nem doeu, né?
Queridos como é bom ler um relato de aventuras que nos fazem bem... Parabéns e obrigado pelo carinho. Pq não vêm pra Bahia?
Besos en los dos...
Parabéns pela viagem, acompanhamos encantados pelos locais maravilhosos visitados.
Abraços e boa viagem !
Familia Silva.
Olá Sandra e Darlou, td bem? Meu marido e eu somos apaixonados por MH. E viajamos junto de vcs no seu blog.... Gostariamos de adquirir um MH. Vcs poderiam nos passar algumas dicas? meu email: huldahelena@baitz.com.br
Abraços enormes
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