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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Viagem dezembro/2011 e janeiro/2012 (parte 4)

Olá! Relatamos mais um trecho de nossa viagem de final de ano (e início de 2012).

Em Gramado-RS, o primeiro dia de 2012 começou com neblina, frio, garoa. O Pedro e a Bia vieram nos visitar, são muito simpáticos. O clima não era convidativo para sair, mas Luiz e Luiza nos “intimaram” para uma caminhada e almoço no centro da cidade, a uns 2km.

Colocamos os “Anorak” (casacos impermeáveis) e fomos. Muitos restaurantes e bares fechados, mas encontramos um, ao lado do cinema: Restaurante Sbornea’s; comida em kg, muito variada e deliciosa. Comemos sobremesa no Chocolates Caracol, tomamos café e acessamos internet na Livraria Sucellus.

Esperamos pela Parada de Natal, marcada para as 16h, mas desviaram por uma rua lateral, longe do local de costume, onde mais de 200 pessoas esperavam ansiosas. Muitos foram reclamar na “Informações Turísticas” e a resposta era a mesma: “Não sei porque mudaram, estou tão surpresa quanto vocês”.

Voltamos a pé para o camping, o sol e calor nos fizeram tiram os casacos. Descansamos e mais tarde fomos nos despedir do Pedro, que iria sair cedo no dia seguinte, para Porto Alegre.   Combinamos por telefone com o Arthur (Refrináutica - Porto Alegre) a troca do compressor da geladeira para o dia seguinte.

Deus nos brindou com uma linda terça-feira: céu azul, sol, friozinho. Soubemos que em algumas cidades de Santa Catarina a temperatura baixou muito e … formou geada, em pleno verão! Surpreendentemente, dezenas de outras cidades do Rio Grande do Sul decretam estado de emergência por calor e estiagem...

207 Gramado  208 Gramado

Seguimos para Porto Alegre (150km) por Taquara, e um pouco adiante da cidade encontramos a loja do Sr. Siegfried e de sua filha Vera (antiguidades e artesanatos). Conversamos um pouco, vimos as peças, e depois seguimos nossa viagem.

Curiosamente, o acesso à Porto Alegre e as ruas no entorno do centro estavam livres, com poucos carros circulando. Atravessamos a cidade e estacionamos no Supermercado Nacional, onde almoçamos, para depois irmos à casa dos amigos Paulo e Vanda, na aprazível “Vila Assunção”, margem do Guaíba. 

Após a chegada do Arthur, levamos o mhome até o Iate Clube Guaíba, para realizar a troca do compressor da geladeira. Após contato com a secretaria do clube (Sra. Carmem), ela gentilmente  permitiu que ficássemos estacionados, pernoitando no mhome, enquanto estivessem fazendo o serviço.

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Dia de muito calor, o Arthur retirou e levou a geladeira para sua oficina e o eletricista começou a realizar as ligações elétricas. O serviço realizado pela Refrináutica (www.refrinautica.com.br)   incluiu a  adaptação de um compressor Danfoss (Alemão)  com sistema automático de alimentação, seja corrente contínua ou alternada (12V; 24V; 110V ou 220V) sem necessidade de comutador, transformador ou conversor; bem como a consequente troca de gás em nossa Consul 120L (antes 110V).  Por medida de segurança, solicitamos a instalação de um interruptor, fusível, relê de proteção (12V) e um disjuntor duplo para a corrente alternada (110 V; 220V). 

Toda a instalação elétrica foi acomodada na “gaveta” do painel de comando já existente em nosso mhome. 

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À noite, Paulo nos levou para jantar em sua casa; uma deliciosa comida alemã: “salsichas tipo bock, chucrute, batatas cozidas, saladas, e uma cervejinha gelada....”.

Embora uma noite bem tranqüila, nossa “ansiedade” não permitiu dormimos direito.  No dia seguinte, às 10h, Arthur trouxe a geladeira, terminou as instalações e a recolocamos.   Este sistema tem sido utilizado já  há algum tempo, com sucesso, em barcos.  O equipamento é importado da Alemanha (matriz na Dinamarca), portanto, para sua instalação foi necessário um suficiente agendamento prévio. 

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Paulo e Vanda nos convidaram para o almoço no restaurante do Clube Jangadeiros, comida saborosa. Depois nos deixaram no Shopping Barra Sul, onde nos despedimos (sairiam para a Argentina no dia seguinte, com o seu mhome).

No shopping compramos livros, tênis, CDs, frios para a geladeira,…. Após o lanche, em função do forte calor, fomos de táxi até o Iate Clube.

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Com a geladeira funcionando, agradecemos pela gentileza da Sra. Carmem (Iate Clube) e deixamos Porto Alegre, seguindo em direção ao Sul. Novamente muita sorte na saída: trânsito livre ao atravessar Porto Alegre.

As 12:30h chegamos no Posto das Cucas (perto de Sertão Santana-RS), resolvemos telefonar para os primos Suzy e Kau e, para nossa surpresa, estavam em casa.  Estrada natural, costeletas e muita poeira, 18km à média de 18km/h (!) eu fui dirigindo em uma hora de tensão.

Estacionamos em nosso tradicional “lugarzinho” em seu amplo e belo terreno. Conversamos, atualizamos as novidades e causos. À tardinha fomos para Sentinela do Sul (antiga Vila Vasconcelos), conversar com a Sra. Leolinda Boeira Roedel (89 anos), que conheceu os antepassados do Dan (avô, pai, tios) e da prima Suzy (mãe e pai). Ficamos umas 2 horas com ela, que contou algumas histórias, falou de sua ligação e apreço por todos.

226 Sentinela Sul

À noite, Kau fez um delicioso risoto com lingüiça picada. Vimos e mostramos fotos, conversamos, falaram sobre a recente viagem à Itália (uma beleza).

No dia seguinte, aproveitei para lavar as roupas e colocar tapetes e travesseiros ao sol. Nosso “cozinheiro-mor” Kau fez um almoço caseiro muito saboroso: arroz, feijão, bistecas (chuleta) e saladas.

Após as 20h Suzy e Kau saíram para um compromisso agendado e nós ficamos “cuidando” da casa. Como era dia de Reis, havia folia na cidade: cantoria e visita às casas, como antigamente entre os lusos.

No sábado, após algumas tarefas domésticas, almoçamos o prato mais esperado e característico da cidade: churrasco de carne moída! Feito com carne um pouco mais gorda, alguns temperos e colocada em espeto de pau (quadrado). Algumas saladas completaram nosso almoço. Para nossa sobremesa, fiz canjica amarela Vapza (com leite condensado e côco ralado).  Irresistíveis delícias!

222 S Santana  223 S Santana

224 S Santana

Visitamos a querida “Vó Vita” (mãe do Kau), que nos presenteou com deliciosos biscoitos confeitados e geléia de pêra, que ela mesma prepara, com muito carinho.    

Na segunda feira, saímos logo após o café da manhã, para rodar o máximo possível antes do calor extremo que previam para a tarde.

Dan dirigiu até Camaquã, depois eu fui até Pelotas, onde chegamos às 12h com calor sufocante. Estacionamos no Atacadão (auto serviço), lanchamos e compramos algumas coisinhas faltantes. Às 13:35h seguimos para Jaguarão, onde chegamos às 15:30h.

Fizemos o seguro internacional (Carta Verde) na empresa Retimex (Rua Uruguai, 640; rua principal de acesso à ponte), por R$ 100,05 pelo período de 15 dias. Ótimo, cordial e rápido atendimento, indicado para todos os interessados em atravessar aquela fronteira. 

Após rodar 364km no dia, pernoitamos no camping da “Asociacion de Rentistas” em Laguna Merin (UY), PU$ 400/dia (R$ 39,00).  No camping municipal (ao lado) as condições de higiene não estavam muito boas, e o atendente nos pediu R$ 50,00/dia.

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No dia seguinte “voltamos” ao Brasil (20 km) para acessarmos bancos, abastecermos e telefonarmos.  Após visitas à algumas lojas em Rio Branco-UY, seguimos viagem em direção à Melo-UY. Calor, muitíssimo calor, com o termômetro do painel marcando 46ºC. Acho que nunca passamos por calor tão extremo.

Ao chegarmos em Melo, estacionamos e fomos tomar um merecido sorvete (Conaprole), mais por usufruir do ar condicionado do mercado.

Continuamos na estrada rumo à Tacuarembó-UY. Tudo estava quente (paredes, piso, armários); a água do reservatório potável parecia estar quase fervendo.  E aqui fazemos um elogio ao produto e serviço da Refrináutica: a geladeira se comportou muito bem, apesar das condições adversas de calor e da estrada trepidante de Sertão Santana.

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Chegamos em Tacuarembó às 19h, e fomos direto ao camping balneário Iporá. Diferente do ano anterior, estava bem cheio de barracas. Procuramos um local distante para estacionarmos e descansarmos. Hoje rodamos 334 km e as desfavoráveis condições de exagerado calor castigaram muito.

Mais um dia de estrada: saímos de Tacuarembó as 7:30h e tomamos café a uns 50km da cidade, na entrada de uma fazenda. Nossa intenção é chegar o mais cedo possível a Paysandu-UY, mas infelizmente não contávamos com um trecho de estrada em mau estado. A seca também atinge esta região, castigando o gado e a agricultura.

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Apesar das placas e marcas de obras, não vimos máquinas ou trabalhadores. Foram quase 150 km de estrada ruim ou com capa de asfalto retirada, alguns trechos em 3ª marcha, outros reduzindo muito para entrar e sair dos buracos.

Mas às 12h chegamos em Paysandu, e fomos direto ao “Supermercado Ta-ta”, comprar comidas prontas e frutas. Almoçamos no mhome, em frente ao mercado. O calor parece que aumentou pois o abafamento prenuncia chuva.   Fomos ao centro para procurar câmbio e escolhemos o “Fagalde”, com bom atendimento e favorável cotação, o qual indicamos aos colegas.

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Abastecemos diesel no posto Ancap na saída da cidade: preço tabelado PU$ 34,40 (R$ 3,35/litro !), passamos pelo pedágio PU$ 90 (R$ 8,75); e continuamos seguindo até o Termas de Guaviyu.

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Ao longo de várias estradas do Uruguay (principais ou secundárias), por vezes encontramos pontes com placa de preferencial: “Puente Angosto”.  São pontes que comportam apenas a largura de um carro. O interessante é que SEMPRE quem vai no sentido de Montevideu tem preferência. Assim, alertamos aos colegas para esta importante norma de tráfego.  

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Como metade da população do Uruguay concentra-se na capital e arredores, o restante é surpreendentemente desabitado, pois percorre-se trechos muito longos sem sinais de ocupação.  Alertamos aos colegas para trafegar sempre com suficiente combustível. 

Ao chegar às Termas de Guaviyu, fizemos o registro de entrada, pagamos diária (PU$ 280 - R$ 27,20), estacionamos numa sombra perto da piscina coberta e fomos nos banhar. As 19h saímos da piscina e, com menos calor, procuramos local tranqüilo para estacionarmos.

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No dia seguinte fomos “premiados”: céu nublado, chuvinha leve, friozinho. Sim, quando em Gramado-RS queríamos um pouco de sol e calor, mas aqui tivemos calor e sol demais !!.

Fizemos uma faxina completa no mhome, pois há vários dias ele tem sofrido com calor, poeira e suor. Depois fomos na piscina coberta nos refrescar. Soubemos pelo rádio, noticiário local, que o diesel teve seu preço elevado porque o Governo que reduzir o consumo deste pelos automóveis, cuja maioria é diesel, e incentivar o uso da gasolina. Mas supomos que deveriam taxar os carros pequenos e não penalizar os caminhões e ônibus. 

Para almoço, fiz um molho com frango Vapza e um macarrão. Descansamos, lemos, escrevemos, caminhamos, fomos à piscina.

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No outro dia, amanheceu mais friozinho. Após o café lavei umas peças de roupa. Como havia sobrado molho de frango pronto, resolvemos fazer deliciosos pastéis; que saboreamos com uma cerveja Patrícia. Uma agradável combinação!

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À tarde piscina e descanso novamente.  Durante a noite começaram alguns incômodos e sonoros automotivos (tunc, tunc, pa, pa, etc.). Infelizmente, estes graves ruídos foram até as 5h da madrugada, mesmo pedindo ajuda ao “sereno” (vigia) e à polícia.

Pela manhã, saímos cedo, aproveitando o friozinho matinal para irmos até Salto-UY.  Na chegada à cidade, fomos direto no camping Posta del Dayman (para ver preços e analisar os “vizinhos”). Um brasileiro, saindo, nos informou que estava tudo imundo e com infernal  barulho noturno.  Ao questionarmos o valor (PU$ 300 - R$ 29,20/dia), desistimos, seguimos para o centro da cidade (supermercado, câmbio, passeio).

Após, fomos até a represa de Salto Grande (hidrelétrica e ponte que ligam Salto-UY e Concórdia-AR), e fizemos uma visita guiada a algumas partes da usina. 

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Surpreendentemente, a nascente do rio Uruguai é perto de São Joaquim-SC (a 1770km), coletando afluentes de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Argentina, até chegar à represa de Salto Grande, conforme foto do mapa.  Quando ocorrem chuvas torrenciais nos rios de Santa Catarina, em 08 dias tal volume chega à usina.

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Como passava das 13h, almoçamos no mhome, estacionado na represa, um saboroso filé de merluza que compramos no mercado de Salto. Procuramos algum local para passar a noite em Salto, mas não conseguimos nada que inspirasse confiança ou segurança.  Optamos por seguir até as Termas de Arapey (distante 90 km ao norte).

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Fomos muito bem recebidos pelo atendente da portaria de Arapey, o qual já nos esperou com a ficha pronta (!).  Inteligentemente, acessou as informações pelo número da placa, já cadastrada. Pagamos PU$ 230 (R$  22,50/dia), um bom preço, considerando que se pode utilizar quaisquer piscinas, o camping é amplo e agora contam com mais uma novidade: há um mercado, com preços razoáveis.  Antes haviam apenas a pequena “panaderia” e o bar “Quincho”.  

Estacionamos ao lado de um suíço (Sr. Ottiger), que viaja sozinho pelo mundo em seu mhome Sprinter.   Vamos ficando por aqui, esperando por noites silenciosas e dias tranquilos. 

Até breve !!    San&Dan

115 N Veneza

3 comentários:

Gracita disse...

Oi queridos!
Esta questão do barulho não é fácil. Aqui em Itapema, no prédio ao lado, é este barulho infernal com um agravante: as 'mocinhas' BERRAM a noite toda... Qdo saímos de bice (8hs) ainda bebem e berram... Ao reclamar, imagina o sinal que nos fazem... Beijão e boa estrada

Anônimo disse...

Interessante a viagem de Dan e Suzy, passando por Sentinela do Sul, visitando minha tia Leolinda, irmã do meu pai, Raul da Silva Boeira, já falecido, buscando lembrança de seus antepassados, num gesto fraterno, daquela localidade de gente hospitaleira, onde passei parte da minha infância, juntamente com avós, tios(as) e primos(a).Luiz Eurico da Silva Boeira.

Sandra disse...

Olá Luiz Eurico
Conversar com a Sra. Leolinda é um “mergulho” na história, tanto da Vila “Das Dores” quanto de nossa família.
O Sr. Raul (falecido) encontramos pelos idos do ano de 2004, também uma simpatia de pessoa.
Agradecemos pelo vosso elogioso comentário.
San&Dan