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quinta-feira, 18 de maio de 2017

Viagem Europa - parte 11

 

(Obs.: para aumentar as imagens, basta clicá-las)

Olá!

De Donzenac seguimos para Brive-la-Guillard, ainda na França, com parada para abastecer a despensa e o motorhome.  Dali, fomos para a pequena Souillac, com indicação de parking gratuito e central.

Estacionamos e fomos passear (aproveitar o sol).  Nos surpreendemos com tantas antigas construções em pedra, em especial a Abadia, que se destaca pelas dimensões e cúpulas. A história da igreja começa nos séculos IX-X e, em 1140 a Abadía foi consagrada pelo Papa como Igreja.

Existem vestígios de pinturas do séc. XII, as esculturas sobre e ao redor da porta de entrada merecem especial atenção, com passagens bíblicas. Austera na decoração, mas ao mesmo tempo iluminada, com sensação agradável. É um ponto de passagem de peregrinos para Santiago de Compostela.

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Havia outro templo, mas após várias guerras e destruições, por séculos, sobrou apenas a torre do sino e relógio, atual Beffroi. O que restou do prédio foi recuperado e atualmente funciona como sala de exposições e teatro.

No Office de Tourisme, fomos muito bem recebidos pela Sra. Melanie (em espanhol), que discorreu sobre detalhes da cidade. Forneceu mapa e guia da região (que possui muitas cidades medievais e castelos, além de belezas naturais). Informou até sobre a previsão meteorológica dos próximos dias. Muito competente, gentil e atenciosa. Merci Melanie!

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Fomos na Place San Martin, tomar um sorvete e ler os muitos guias fornecidos, depois voltamos para o motorhome, descansarmos para os passeios do dia seguinte.

É comum, nos campings, usuários deixarem objetos que não mais necessitam (livros, folderes, utensílios,…), para que outros os possam utilizar.  E nós também assim o fazemos. Num camping (ainda na Alemanha), encontramos uma cadeira espreguiçadeira de ótima qualidade, descosturada numa lateral. Tentamos remendar com o que temos disponível, mas a linha não aguentou. Aqui em Souillac, encontramos uma costureira (Sra. Jennifer Peschel) que, embora não pudesse consertar imediatamente, gentilmente nos “presenteou” agulha e linha grossas. Fizemos o conserto, ficou ótima!  Merci Jennifer!

Dali fomos na Destilaria Louis Roque, fundada em 1905, está na 5ª geração, com pequeno museu contando a história da empresa. Curiosamente, os primeiros alambiques possuíam rodas, eram levados às cidades, próximos a um riacho, onde faziam o processo de destilação.  Possuem poucos funcionários, e quase todos os processos são manuais, incluindo o lacre das garrafas, feitos com cera derretida e carimbo de marca. Adquirimos um delicioso licor de nozes.

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Seguimos para a cidade de Martel, estacionamos no parking para motorhomes, fizemos almoço e depois fomos passear.

A cidade iniciou no séc. XII, por ser entroncamento entre Toulouse e Paris, também marcada pela passagem de peregrinos para Rocamadour. Várias construções da cidade datam deste período.

O Office de Tourisme fica no Palais de Raymondie (séc. XIII). Possui arcos e torres, bem como uma pequena praça no centro.  A Place de la Halle tem o mercado, alguns restaurantes e lojinhas.

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Seguimos pelas ruas observando as antigas construções, em madeira e pedra não revestida. Alguns locais encantadores…

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Visitamos a igreja St-Maur (séc. XII), erguida sobre parte de igreja românica, da qual restaram o portal de entrada e algumas poucas colunas; o restante já é do séc. XVI, cadeiral, vitrais, pinturas… Difícil de fotografá-la por falta de iluminação.

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Caminhamos mais algumas quadras, mais fotos,  retornamos para a praça do mercado, um chocolate quente para aquecer. Ficamos muito satisfeitos em conhecer esta bela cidade, mediaval, preservada, viva. 

Optamos por seguir para a estrada, chegando em Rocamadour (Rochedo de San Amadour).  A cidade surpreende desde a chegada: há uma parte alta e um penhasco, sobre o qual algumas antigas e imensas construções desafiam o equilíbrio.  Fomos para o Parking do Chateau (na parte alta). O parking para motorhomes é gratuíto, mas não é permitido na temporada alta (julho/agosto).  Estacionamos e fomos caminhar nos arredores, para conhecer. A vista é impressionante…

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Rocamadour tem vestígios de ocupação desde o período Paleolítico. No séc. X-XI, foi construída uma capela em homenagem à Maria numa das grutas e começou um período de peregrinação na cidade. A cidade desenvolveu-se com base nos peregrinos, foram construídas hospedagens e os santuários foram adornados com as oferendas.

No séc. XVI, Rocamadour foi devastada pelas guerras cristãs e, após, ladrões saquearam a cidade e destruíram os vestígios santos e móveis religiosos. Apenas no séc. XIX  a cidade começou a preocupar-se com a recuperação e preservação das construções e monumentos, voltando a ser a quarta maior peregrinação mundial (atrás de Jerusalém, Roma, e Santiago de Compostela).

Quando retornamos, conhecemos os simpáticos Willy e Jacqueline (Bélgica), que falam espanhol! Bate papo bastante agradável, com uma taça de vinho.

Pela manhã, chuva… ficamos no motorhome esperando uma trégua e escrevendo o blog. Após as 15h fomos conhecer a cidade.  Toma-se o ascensor inclinado para descer ao “meio” da cidade,  e chega-se ao Santuário em homenagem à Maria, que começou com a pequena gruta (dos antigos ermitões), e hoje é uma imensa obra, sobre a rocha.

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Depois de visitarmos os santuários, tomamos o outro elevador para ir à parte mais baixa, a cidade propriamente dita. O outro modo de descer (ou subir) é pela imensa Escada dos Peregrinos,  aconselhada para bons atletas, que não é o nosso caso…

A cidade é agradável, conserva vestígios dos séc. XV-XVIII,  algumas portas da antiga muralha, lindas vistas das rochas (santuário e castelo).  Aproveitamos para ir ao Office de Tourisme, onde Sr. Thomas também nos recebeu muito bem, explicando mais detalhes sobre a cidade e, nos indicou um simpático camping, em L’Hospitalet (próximo à parte alta de Rocamadour), denominado Le Paradis du Campeur. Merci Thomas!

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No camping reencontramos nossos vizinhos belgas.  Após o jantar, tomamos o “Petit Train” noturno, para vermos as luzes da cidade.  Ele faz o percurso até o centro e depois, até o outro lado do vale, subindo a outra montanha, onde pode-se ter visão privilegiada da cidade iluminada.  Passeio recomendado e encantador.

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Novo dia, chuva e sol se intercalaram.  Caminhamos um pouco por L’Hospitalet, há pequena capela, hotéis, restaurantes e alguns poucos comércios. A grande Maison de Tourisme também fica nesta área, bem como belvedere com ótima vista da cidade lá em baixo.

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À tarde fomos com o motorhome visitar o Chateau, na borda da parte alta, mas nos sentimos “logrados”, pois paga-se 2 euros para visitá-lo e, embora as placas dizem “aberto à visitação”, somente pode-se acessar a escadaria externa!  E, como o acesso é eletrônico, não há como reclamar.

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Retornamos, lavamos roupas (máquinas do camping),  bate-papo com alguns vizinhos de vários países.   À noite, fomos admirar mais uma vez a cidade iluminada, é um encanto aos olhos…

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Amanhã retornaremos para a estrada, em breve contaremos.   Até logo.

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