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domingo, 13 de outubro de 2013

Viagem setembro-outubro/2013 – parte 5

 

Olá!

Como manifestação de gentileza, sempre interpelamos os mhomes que estacionam próximos, assim como muitos dos outros fazem conosco, pois consideramos que é também nossa missão, trocar informações, oferecer algo que possa aprimorar as viagens e o conhecimento.  Assim tem sido nesta viagem, onde conquistamos dezenas de amizades, de vários locais do mundo…

Após Colônia, fomos ao Parque Anchorena e, sendo Dia do Patrimônio, não se paga ingresso, assim como em todos os museus ou parques (públicos) do Uruguai.  O percurso pelo parque é feito no próprio carro, em comboio guiado, com duração de aproximadamente 1:30h e paradas pré-determinadas. Durante o percurso, deve-se manter a velocidade constante, evitar produzir ruidos, não ingerir alimentos, não deixar qualquer resíduo  e não fumar; pois os animais silvestres circulam por todo o parque e qualquer fator contaminante pode causar sérios problemas...

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O imenso e lindo parque, em área total de 1.370ha, foi cedido por testamento ao governo uruguaio, para fins educativos.  Don Aaron Anchorena (proprietário falecido em 1965), assessorado por profissionais europeus, criou ali um paraíso rural em estilo inglês, a partir de 1908, com mais de 200 espécies de árvores  trazidas de todo o mundo, cuidadosamente dispostas para manter sempre verde a copada geral. Importou também muitas espécies de animais, dentre eles o veado Axis, originário da India. Mais de 80 espécies de pássaros completam a diversa fauna presente.

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Construiu lá muitas edificações, como a Capilla, a Capatacía, o Palomar e a Residência Presidencial (casa de campo utilizada pelos presidentes da república). Mas a obra de maior importância é a gigantesca torre, com 75m de altura, contendo o reservatório de água potável e, sobre este, uma suíte finamente mobiliada, encimada por uma biblioteca e, no topo, um observatório de onde se pode vislumbrar Buenos Aires, a mais de 50km de distancia.  Na base da torre,  construiu seu próprio sepulcro, onde estão seus restos mortais.   Elogios à Sra. Silda (23 anos no parque!), nossa competente guia, pela sua  demonstração de amplo conhecimento sobre a história, flora, fauna,… do magnífico Parque Anchorena. 

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Seguindo pela Ruta 21, fomos à Conchillas e lá, ao Clube Copyc (simplória marina), indicada pela atendente da “Oficina de Turismo”. No clube, o responsável nos recebeu irritadíssimo, flagrantemente incomodado.  Não entendemos sua revolta e nos retiramos rapidamente.  Mas sabemos já de muito tempo que, quando acontece tais negativas, é suficiente motivo para ir a outro lugar melhor… 

Conchillas é uma cidadela histórica (1887), fundada  pela empresa britânica C. H. Walker,  que construiu centenas de moradias geminadas, em blocos lineares de 120m cada. As curiosas residencias, ainda perfeitas e ocupadas, foram construídas com pedras assentadas em argamassa de cal (algumas barro), com paredes de espessura variável desde a base (diminuindo até o topo) e cobertura de aço zincado ondulado.

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Depois fomos visitar as obras da monumental indústria “Montes del Plata”. Já quase concluída, que será a maior produtora de celulose do mundo.  Lá tudo é descomunal: muitas dezenas de ônibus aguardando a saída dos milhares de funcionários, a “vila” dos alojamentos de empregados, a grande usina de concreto, centenas de máquinas, grandes caminhões com diversas cargas… Para acessar o complexo industrial estão construindo uma ampla rodovia, com pavimento em concreto armado, trevos de acesso, viadutos,…  Claro que os protestos ambientais também já começaram…

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Fizemos um lanche e logo seguimos para Carmelo, que indicava locais de camping. O camping municipal estava impraticável (sujeira e barulho), como de outras vezes. Fomos ao Atracadero de Yates Carmelo, onde permitiram o pernoite, conseguimos energia e ótimo banho quente (com fichas), segurança toda a noite, por PU381 (R$41). Apesar de não ser barato, o local aprazível, seguro e o maravilhoso banho compensaram…

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Domingo, dia de passear: andamos pelas ruas de Carmelo, fotografamos a ponte giratória (movida a tração humana!), datada de 1912, alguns prédios antigos, no supermercado comprar almoço pronto e na marina para ver os barcos que também fazem a ligação Carmelo-UY – Tigre-AR.

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Após almoçarmos, fomos até a cidade de Nueva Palmira onde, segundo informações, está o segundo maior porto do Uruguai. Imensos navios, milhares de automóveis, gruas e trabalhadores.  Infelizmente, a cidade está mais suja e decadente do que há 3 anos (quando ali pernoitamos).

Estacionamos na rambla, para fazer um cafezinho, e veio até nós um senhor, bastante curioso, questionar sobre o mhome. Com dificuldade conseguimos entendê-lo: era um dos oficiais do gigante navio filipino, transportando milhares de automóveis chineses.  O colossal navio, tem a torre de comando “embutida” na proa e todo o convés também dentro do casco.  Possui uma curiosa “porta” também na proa e escadaria externa de ingresso no meio da lateral.  Assemelha-se à lendária Arca de Noé"!

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Decidimos voltar para Carmelo, pois com certeza teríamos onde pernoitar. No caminho, conhecemos um local chamado Punta Gorda, onde há um pequeno balneário e um local alto para avistamento da paisagem. Visitamos ainda a capela San Roque, bem simpática, mas fechada “a sete chaves”.

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Em Carmelo, fomos direto ao Atracadero, mas passavam das 17:30h, e os funcionários já haviam saído. Receando ficar sem fazer o registro, voltamos para o centro, onde pernoitamos próximo à Comissaria Policial.

No retorno para Colonia, paramos para conhecer a Calera de las Huerfanas, ruínas de missão jesuítica do séc. XVIII. A igreja ainda mantém as paredes em pé, mas há mais de 10 anos não há manutenção ou trabalho de preservação e alguns resgates arqueológicos já está praticamente perdidos…  Mas, de modo geral, é um belo passeio.  Pouco adiante visitamos os antigos fornos de pedra, onde produziam cal para a argamassa das construções.  

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Chegamos em Colonia perto do meio-dia, deixamos as roupas na Lavanderia Lava Rap (Avenida Artigas y Mangarelli), onde cobram  PU120 (R$13,00) para lavar e secar (cada 3kg); depois fomos ao shopping acessar internet e lanchar.

Então sim, mergulhamos no planejamento para avaliar, criteriosamente a possibilidade de ir a Buenos Aires, visitar a Autoclasica (a maior expo de automóveis antigos da América do Sul).  Afinal, há meses analisávamos o tal grande envolvimento financeiro, logístico, cronológico,…  Finalmente, decidimos por ir, e com o mhome embarcado.

Fomos até a agência Buquebus, compramos as passagens para nós e a “bodega” para o mhome e, novamente deixamos a importante dica: comprem a passagem antecipadamente (2-3 dias antes de embarcar), pois os valores são mais baixos.  E, obviamente adquiram diretamente na agência Buquebus.

Embarcaremos na quarta-feira (4;30h da madrugada), no percurso de 3h, navio Eladia Isabel, o único que transporta mhomes. Não sabemos se o estacionamento em Buenos Aires, ao lado do Buequebus, ainda funciona!

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Comemoramos a decisão na “rambla”, próximo ao farol, com um gostoso cafezinho… Depois fomos para a Granja Arenas,  organizar as coisas no mhome para a travessia.

Em breve postaremos as informações da travessia e de Buenos Aires.

Abraços!  San & Dan.

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