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domingo, 18 de maio de 2014

Viagem pela Europa – parte 16 (Espanha)

 

¡Hola!

Ao amanhecer, com frio e chuva, saimos de Roncesvales-ES. Pouco após, uma  procissão interrompeu o tráfego por meia hora.  Um só policial tentava disciplinar o trânsito, Dan vestiu o jaleco sinalizador (com tarjas reflexivas, de uso obrigatório por todos motoristas em emergência)  e foi alertar os veículos que tentavam ultrapassar....  

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Nesta região,  placas com informação em basco, intercaladas com outras em espanhol, confundem… Chegamos a Vitoria-Gasteiz, uma simpática cidade, com área de serviço (A.S.) para 10 mhomes, situada em enorme parking, permissão para 72h, gratuita, com água e deságue de esgoto e WC químico (N 42º52’01,2” W 002º41’06,9”). 

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Novo dia e tomamos o Tranvia (bonde) para ir ao centro, visitar o Casco Antiguo. Muito bem atendidos na “Oficina de Turismo”, ótimos mapas e informações. Percorremos o circuito histórico, porém muitos museus e igrejas fechados (estas abrem apenas para as missas).

A Plaza España e a Plaza Virgen Blanca são encantadoras, com belos visuais (construções antigas); um detalhe arquitetônico chama a atenção: quase todos os prédios possuem sacadas (parecem as bay-windows), sejam antigas ou novas obras, mantém tal tradição.

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Visitamos a Igr. San Pedro, com belos altares em madeira esculpida, mas a Catedral antiga está em reforma e a próxima visita seria após as 14h; a Catedral nova(!) estava fechada, sem qualquer informação de horários.

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Para almoçarmos, procuramos muito por algo rápido e saboroso e, por indicação da Oficina de Turismo fomos à Cervezería Kruch, com pratos combinados e sanduíches, são enormes, deliciosos…

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Fomos até a Gare e, perto, a Igr. dos Carmelitas Descalços; algumas fotos do passeio peatonal (residência do presidente Basco, Museu de Belas Artes, Villa Sofia,…).

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Dia seguinte, fomos para Burgos, onde temos indicação do camping  Fuentes Blancas,  mas o GPS manda seguir por uma  rua que está atualmente fechada, porém existem  placas indicativas…(N 42º20’27,8” W 003º39’27,3”), € 27 (mhome+2 pessoas+luz). O acesso à internet se compra à parte: €2 p/6 horas ou €3 p/7 dias (curioso não?). Há ônibus para o centro bem em frente (20 min p/o centro), mas passam apenas 4 vezes ao dia; é preciso controlar os horários e lembrar que, na Espanha existe a bendita siesta, institucionalizada…

 

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Burgos tem 180 mil habitantes; fundada em 884, foi capital de Castela e Leão entre 1073 e 1492; séculos depois o Gen. Franco escolheu a cidade como quartel-general durante a Guerra Civil.  A Catedral é a terceira maior da Espanha, fundada em 1221 e declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1984.

Almoçamos no mhome e tomamos o ônibus das 12:45h (quase lotado de campistas), com vento congelante. Chegamos à Plaza España e dali seguimos pelas ruelas, olhando belas construções. A Igr. San Lorenzo chamou a atenção pela simplicidade por fora e riqueza de decoração interna.

    

Passamos pela Plaza Mayor e Paseo del Espolón, uma área verde agradável, às margens do rio Arlanzón; chegamos ao Arco de Santa Maria, uma belíssima porta da cidade antiga.

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Na Plaza del Rey S. Fernando, está a histórica e bela Catedral de Burgos (€13/2 pessoas). Ficamos mais de 2h visitando a imensa e rebuscada obra de arte. Os altares, decoração do Coro e Trascoro, o Altar Principal e capelas; tudo minuciosa e ricamente decorados. Somente a catedral daria uma postagem inteira…

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Ao voltar à Plaza España para tomar o ônibus, fizemos breve parada no Café Ibañez, com delicioso e restaurador chocolate quente e croissant. No caminho até o ônibus, ainda fotografamos a Diputación, Plaza del Cid, Casa del Cordón (séc. XV, onde os reis deram as boas-vindas à Colombo em 1497, quando do retorno da América), Arco de S. Juan e Igr. S. Lesmes.

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Novo dia e, apesar de gelado (sensação de 0ºC), acordamos cedo para pegar o ônibus (depois só às 12:45h). Fomos ao Arco de S. Gil, às muralhas, mas não nos animamos em subir todos os degraus; Arco de San Esteban; Igr. S. Gil, Igr. S. Esteban,  Arco de S. Fernán, este com belo ninho de cegonhas.

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Logo estávamos à frente da Catedral,  entramos pelas portas da capela Sta. Tecla, únicas abertas. Surpreendemo-nos com uma missa na Catedral: havia falecido um presbítero e, dezenas de padres e freiras, com  coloridos e rebuscados paramentos (predominância branca, roxa e preta) apresentando  ritos ancestrais (para nós),  ungindo o falecido com óleo perfumado. Um bonito cerimonial, resguardado o respeito às suas características fúnebres. 

O pagamento do ingresso na Catedral deu direito a visitar o Museu do Livro, uma mostra interessante desde as origens da escrita (gravações em barro, pedra esculpida,.. até os papiros), e a criação e disseminação dos livros pela imprensa (Guttemberg). São 4  pavimentos, cada um com etapa histórica da informação escrita.  Belíssimo e esclarecedor a curiosos como nós (www.museofdb.es).

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No centro, não encontramos restaurante ou fast food agradável (só com aparência suja, escuros, som alto no interior e fumantes fora). Fomos novamente ao Café Ibañez, saboreamos um café com delicioso bolo de limão.  Tomamos o ônibus e voltamos para “casa”, com a temperatura pouco mais agradável. Conversamos bastante e trocamos informações de locais e rotas com nossos vizinhos suíços (Bruno e Helen), bastante amáveis. Assim como outros, reencontramos em seguintes paragens.

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Amanheceu com sol e céu azul, e seguimos para Palência, onde há Área de Serviço (A.S.) ao lado do Parque Dos Islas (N 42º0’12” W 004º32’5”). São 20 vagas enormes (lotadas no final da tarde), com permanência limitada a 48h; água e deságues na entrada do estacionamento.

Almoçamos no mhome e fomos para a cidade. Na Oficina de Turismo, com exemplar atendimento da Sra. Irene que, muito gentil, nos forneceu mapas e informações da cidade e arredores. Forneceu até um  folder Palencia Turismo: Descúbrelo en Autocaravana”, com todas as áreas de serviço disponíveis na região!  Procedimento que, nós brasileiros, ainda não despertamos para este impulso ao desenvolvimento regional. (www.palenciaturismo.es)

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Palencia possui 85 mil habitantes, teve auge de desenvolvimento no séc. XI com a obra da Catedral; sua economia atual é industrial (em especial montadora Renault e pólo industrial); possui mais de uma dezena de igrejas. A Calle Mayor (principal) chama a atenção com seus edifícios sobre colunas, de ambos lados; uma simpática e acolhedora cidade.

Caminhamos até a Plaza Mayor, visitamos o Mercado de Abastos, Igr. Sta. Clara (séc.XIV), Igr. S. Lazaro (a antiga séc. XVI foi demolida pelo tempo, reconstruída em 1955); e chegada a hora da siesta, quase tudo fecha. Fomos à agradável Confiteria Granier; lanchamos com doces deliciosos.

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Fotografamos mais alguns edifícios, fomos  na estação de trens, em frente aos Jardins, Igr. S. Pablo (séc. XII-XV; monumento nacional, fechada), onde ficamos vários minutos observando as cegonhas e seus filhotinhos, bem tranquilos…

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Começamos a voltar para o parking, pela borda do rio Carrión; fotos da Puentecillas (ponte peatonal, antiga); Puente Mayor (belos arcos), e a ponte que leva ao parque Dos Islas, caminhando pela sombra das árvores ao lado dos lagos com patos e cisnes.

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Ficamos no mhome até 18h, com forte sol e calor, depois saímos para mais uma caminhada (para não perder o hábito!): Igr. N.S. de la Calle, delicadamente  decorada com altares de madeira talhada (séc. XVI). Depois fomos na Granier, tomamos chocolate quente com fartón (parece “mil folhas” mas é fofinho e gostoso).

Pela manhã, Igr. S. Miguel (séc. XI-XII), como outras, precisa de restauro urgente; Igr. Augustinas Recoletas, belíssima (séc. XVII); depois fomos na Catedral (abre  10h-13:30h, cujos altares são ricamente decorados, em pedra ou madeira esculpida, o teto com chaves e decorações lindas, infelizmente necessita também de urgente recuperação.

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Lanchamos na Granier (sanduíches e  doces); depois voltamos para mhome e seguimos para estrada.  Chegamos a Valladolid, onde há Área de Serviço num parking (água e deságue de águas servidas).     A área é gratuita para mhomes (48h), mas é preciso ir ao guichê, identificar-se, pedir ticket de estacionamento e colocá-lo no pára-brisa, caso contrário recebem multa de € 90, irrecorrível, e vimos vários multados (GPS N 41º39’21” W 04º44’14”).

Bastante calor, atravessamos a ponte e fomos à Oficina de Turismo (10h-14h). Como tudo volta a funcionar após as 16:30h (siesta), voltamos para mhome para descansar…

Valladolid possui 300 mil habitantes, mas pela ordem no trânsito, praças e tranquilidade, nem parece ser tão grande. Também possui indústrias, agricultura, universidades e  dispõe de trem de alta velocidade até Madrid (50 min.). (www.info.valladolid.es)

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Após as 16h, começamos a caminhada até o centro, passando pelo roseiral; praça e convento Sta. Ana, até chegarmos a Plaza Zorrilla, de onde parte o BusTur. Num dos cantos da praça está a Academia de Caballeria um majestoso edifício.

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O passeio com o BusTur é agradável, as explicações são boas, mas a velocidade não permite fotos. Descemos na parada 5 da Catedral, para visitá-la e arredores.

A Catedral é imensa, infelizmente, está mal preservada, algumas poucas obras de restauração. Próximo, a universidade; Igr. Sta. Maria la Antigua (fechada); Igr. Las Angustias (interior ricamente decorado, mas triste); caminhamos mais 2 quadras até a Igr. S. Pablo e Museu Escultura (não aberta ao público); Casa de los Pimentel; Diputación Provincial; Palácio Real.

Quase tudo abre apenas algumas poucas horas ou nos finais de semana, ou está “cerrado” mesmo… Tomamos BusTur novamente, fizemos o restante do percurso e descemos perto do parking.

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Passamos (ambos) a tarde com espirradeira e coriza, e observamos também em outras pessoas. Concluímos ser das sementinhas (em forma de algodão, agregada de poeiras) de uma árvore, fartamente disseminada pela cidade e nominada de “chopo”.

Amanhã seguiremos para Tordesillas, mas fica para a próxima postagem… ¡Hasta Luego!

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Um comentário:

António Resende disse...

Magnífica descrição da viagem.
Pelos vistos em Portugal de novo.
Votos de Boa Estadia.
Voltem mais vezes.
O meu abraço
António Resende