Olá! Postamos agora mais uma etapa de nossa viagem.
Ao mudarmos de país (Portugal para Espanha), somente as placas informam, não há aduanas, revista de veículo, esvaziar geladeira, entregar documentos (como acontece frequentemente no nosso Mercosul).
Saímos da A6 Portuguesa (com pedágios caros) e entramos na A5 Espanhola, dupla e sem pedágio. Rodamos até as 17:30h e paramos para abastecer numa “estacion de servicio” (posto de combustível) após Trujillo, onde pernoitamos: banho no mhome (aprovado), jantar simples e descansar.
Noite tranquila apesar de vários ônibus chegando. Acordamos cedo, tomamos café e saímos. Na estrada (A5), muitas usinas de eletricidade: hidrelétrica; nuclear e fotovoltaica (solar), uma destas com 22MW!, um mar de imensas placas solares.
Platanções de frutas variadas, vinhedos, oliveiras; grandes cegonhas nos ninhos; paisagem encantadora, e rodovia tranquila.
As 11h chegamos em Toledo-ES, direto no camping El Greco (N39º51,912 W04º2,826) , onde nos assustamos com o preço: €30,30 por dia (para 2 pessoas e mhome)!; mas não querendo ir direto para Madri, ficamos.
O atendimento também não foi acolhedor: a atendente sem esboçar sorriso, com ar de superioridade. Os demais atendentes foram bastante gentis.
Desde que chegamos à Europa, vimos muitos mhomes, incontáveis, nos campings, nas estradas, estacionamentos, supermercados, atrações turísticas. No camping El Greco uma nova surpresa: um encontro de mhomes da Holanda (!) , com bandeira, identificação dos casais nos mhomes, agenda de passeios e atividades. Também um casal (holandeses) de bicicleta e barraca! E nós com frio dentro do mhome aquecido…
Fizemos o despejo de águas servidas e do vaso químico, estacionamos. Lavei umas camisetas, fizemos almoço e depois fomos passear no centro de Toledo.
O ônibus passa a uns 300m do camping, a cada hora, e em poucos minutos chegamos ao centro. Por ser domingo, a cidade estava lotada de turistas.
Toledo-ES foi um pouco decepcionante, apesar de contar com muita história, TUDO gira em torno de fazer dinheiro rápido: há lojas com todo o tipo de bugigangas, restaurantes e cafés e, para qualquer monumento ou igreja que se queira visitar paga-se (e caro). Para ver a catedral, por exemplo, são €8,00 (por pessoa), e há uma fila de uns 30 minutos para comprar o bilhete, depois há uma fila semelhante para ir à porta de entrada e, por fim, entrar com toda a multidão…
Fizemos um passeio com um trenzinho (Train Vision Tur), por 50 minutos, dentro e fora das muralhas, €10,20 (para nós dois), com uma parada para fotos, mas com velocidade baixa, conseguimos aproveitar bem.
No dia seguinte, céu azul, sol, parabrisa com gelo! Postamos o blog e às 11:30h saímos do El Greco, seguindo pela autovia (sem pedágio) até Madri. Aliás, é oportuno publicar o agradecimento ao filho Thiago, pelo fantástico presente que nos ofereceu: um GPS com completa e atual programação européia. Sem ele estaríamos perdidos já em Lisboa! Tomara que a neta (que chega em junho) seja tão querida quanto ele.
Outro agradecimento à Graça e Renato, que nos enviaram informações do blog do Capitão Haddock (português), o qual consultamos e encontramos o Camping e Bungalows Arco Iris (N 40º22’55” W 03º54’29”). Muito bem recebidos pelo sr. David, explicações, mapas, indicações, por €16,00 (diária 2 pessoas+mhome+luz e wifi)! (www.bungalowsarcoiris.com)
O Camping Arco Iris é completo, com lavanderia, wifi, pequeno mescado e restaurante, com preço barato e ótima qualidade. Almoçamos o menu del día: creme de espinafre, bisteca de ternera e batata frita, com 1 garrafa de vinho e sobremesa enorme; por apenas €13,00!! Tudo delicioso, e claro, sobrou metade da garrafa de vinho..
Depois de merecida siesta, faxina no mhome, secar roupas e colocar casacos e calçados ao sol. Com a previsão de 1ºC para a noite, banho, sopa com vinho e ..cama.
“Madrid: capital da Espanha, com mais de 3 milhões de habitantes; escolhida como capital em 1561 por Felipe II. No século XVII ganhou a Plaza Mayor e a Puerta del Sol. O Palácio Real (família Bourbon) foi erguido por Felipe V início séc XVIII. A origem da cidade data de 852 quando mouros construíram um forte próximo ao rio Manzanares.”
Novo dia e fomos passear em Madrid: ônibus para ir do camping até a Villa Viciosa de Odon (€2,60 /para dois); depois outro ônibus até o centro de Madrid, na estação Principe Pio (€5,20), cerca de 1h de viagem.
Ao chegar à Madrid o ônibus entra em um túnel, e lá dentro, deriva em outros túneis, (terror para os fóbicos) até chegar à estação: 3 níveis embaixo “da terra”… Nos pavimentos superiores: ônibus interurbanos e metrô. A logística de transporte urbano é exemplar e inacreditável para nós, brasileiros…
Caminhamos (muito) até a Plaza Espanha, onde compramos o ticket do ônibus turismo (€30 / inteira+meia). Fica a dica: vale a pena comprar para 2 dias, para poder aproveitar e visitar todos os pontos de parada. Pode-se utilizar as duas linhas (rotas) de ônibus turismo.
Iniciamos pela Rota 1 (mais central), descemos no Palácio Real, caminhamos nos arredores, fizemos pequeno lanche.
Depois fizemos a Rota 2 completa (mais longa), mas infelizmente começou a chover forte, e não conseguimos mais fazer paradas ou fotografar; fica na memória…
As 16h começamos a voltar para o camping, onde chegamos as 17:30h. Frio e garoa gelada, banho e descanso para recuperar as energias.
Pela manhã decidimos seguir viagem. Lavei roupas na máquina do camping (€4,00 + €1,00 para secadora). Enquanto Dan tirou umas fotos do camping, que possui várias “casinhas” fixas, assim como em Gramado-RS.
Aproveitamos para almoçar novamente no restaurante: Acelga refogada, peixe Cavala grelhado (inteiro!), salada mista e vinho (o qual permutamos por água, pois vamos dirigir) por apenas €9,00 ! (para nós dois).
As 13:30h saímos do camping, fomos para Alcalá de Henares (onde Dan estudou nos idos de 1975), mas não conseguimos local de estacionar a autocaravana e seguimos para Zaragoza pela Autovia A2 (pista dupla e sem pedágio), tranquila. Centenas de geradores eólicos.
Paramos para pernoitar em uma estacion de servicio, onde haviam vários caminhões. Tranquilo, apesar de chegar e sair caminhões a todo momento. Até um mhome 4x4 francês parou por ali.
“Zaragoza: antiga colônia romana chamada Cesaraugusta, as margens do rio Ebro; atualmente é a 5ª cidade da Espanha, capital de Aragón; quase 700 mil habitantes; apesar de danificada durante a Guerra da Independência séc XIX, preservou a Basílica de Nuestra Señora del Pilar (11 cúpulas de azulejo), a Plaza del Pilar e arredores. A catedral La Seo possui estilo variado, com partes mouriscas, retábulo gótico e fachada alterada quando os cristãos a tomaram.”
Em Zaragoza novo sufoco no trânsito, pois algumas vias foram recentemente alteradas e o GPS não acompanhou. Conseguimos estacionar na loja Akí, ao lado do Centro Comercial Augusta, onde abastecemos a despensa do mhome no Carrefour. A Sra. Pilar (da loja Aki), nos permitiu estacionar o mhome e orientou como ir ao centro de ônibus.
Na Plaza del Pilar estão a maioria das atrações, sempre lembrando que na Espanha, a cultura da siesta é institucionalizada (lojas, igrejas, governo, oficina de turismo, tudo fecha as 13:30/14h e reabre às 16:30/17h).
Visitamos a Basílica del Pilar (aberta), maravilhosa, com um altar central rebuscado. Depois caminhamos nos arredores, e ao tomar um café, encontramos a Luana, de Recife, que ficou com os olhos marejados quando falamos do Brasil (trabalha aqui a 7 anos).
Voltamos para o mhome às 16h, e optamos por sair da cidade para pernoitar, seguindo para LLeida pela carretera N-II (não pedagiada), que corre ao lado da pedagiada, em boas condições, apesar de muito trânsito de carretas (imaginamos que o pedágio deve ser caro). A velocidade manteve-se constante 80km/h, pois todos andam assim.
Pernoitamos em estacion de servicio, mas muito barulhento, não conseguimos dormir. Aliás só permitiram estacionarmos após apresentar o ticket do abastecimento (€1,36/L).
Novo dia e seguimos pela N-II, até a cidade de Lleida, onde estacionamos num espaço com parquímetro, para nos informarmos sobre a rodovia para Andorra. Relativamente fácil…
E lá fomos nós, pela carretera C-14, com plantações de frutas (floridas), de oliveiras, pouco movimento, montanhas crescendo, seguindo para Andorra …
Até a próxima postagem!
San&Dan
Um comentário:
Estamos aqui perto de Toledo também, mas desta do PR, acompanhando a viagem. Muita cultura, muitas imagens, muito sucesso.
Com muito carinho,
Juliana, Iris, Natália e Telvi (agora com previsão para o final de abril).
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