Olá!
Após a noite tranquila em Clerval, com barulho de água de rio, seguimos viagem. Em Hericourt, fotografamos prédios e a Igreja Luterana (recebidos pelos gentís P. Samuel e Sra. Anne).
Paramos para almoçar num parking à beira da rodovia (que “deveriam” existir no Brasil), com mesas, lixeiros, tranquilo, limpo e sem ambulantes…
Em poucos km estávamos na Alemanha, sem notar: não havia a habitual placa na fronteira… Em Müllheim analisamos estradas e mapa: fomos para Freiburg (muito grande e movimentada) e, em seguida para Titisee (toda esta região fica na Floresta Negra).
Há um grande lago (see em alemão), alguns campings em volta (abrem após a Páscoa). Encontramos um aberto, que pagamos pelo estacionamento na bela paisagem, pois até a eletricidade acabou à noite (sanitários e serviços abrem em maio, internet é inexistente). Mas a belíssima paisagem compensou o preço (€15). N 47º53’21,6” E 08º08’03,3”, a uns 1.000m de altitude.
Na manhã seguinte, quase congelados pela combinação lago+ vento+ altitude+ frio (vizinhos finlandeses desfilam sem camisa!); saímos após as 9:30h. Em Furthwangen, outra bela cidadezinha da Floresta Negra; estacionamos no centro (rodas direitas sobre a calçada, como os demais carros!) para visitar o Museu do Relógio (Deutsches Uhrenmuseum). Milhares de relógios de vários países, desde os anos 1500, alguns astronômicos (enormes, curiosos, com complicado sistema mecânico), “cucos” de todos os tamanhos e formatos, relógios de bolso, de pulso; no final da visita, relógios de flauta e instrumentos musicais, programados, tocam músicas, com discos metálicos perfurados.
Em Triberg, centro da Schwarzwald, fizemos nova parada, cidadezinha simpática, vento geladíssimo, tomamos café com deliciosa torta numa kafehaus e, aquecidos, continuamos na estrada.
Na Alemanha os estacionamentos (parkings) nas cidades são todos pagos, deve-se ao estacionar procurar o parkímetro mais próximo e fazer o pagamento, pois a Polizei é bastante rigorosa e, explicar-se em alemão não é fácil…Assim como museus, igrejas, parques,… quase tudo o visitável é pago.
Como esgotaram nossos interesses nesta região da Alemanha, optamos por voltar para a França, pois temos indicação de bom camping em Strasbourg. Infelizmente, o percurso não foi agradável: o trânsito foi terrível e o camping está fechado, em obras até 2016! Rumamos para Saverne-FR, ao norte, com trânsito ainda pior: em uma rótula da rodovia aguardamos mais de meia hora, tal a quantidade de veículos.
Felizmente, as placas indicam corretamente o camping Les Portes d’Alsace (N 48º43’52” E 07º21’18,9”); €20 (mhome + 2 pessoas + energia), internet é paga à parte e caríssima (€1,50/hora)
Novo dia e fomos conhecer a cidade, frio, vento gelado, uns 2ºC (sensação térmica de -2ºC); caminhamos uns 2km até chegarmos ao Centre Ville; visitamos a belíssima Igreja Protestante, que foi reconstruída a partir de uma igreja católica do séc. XIII. O Claustro des Récollets (séc. XIV), um dos mais bonitos da Alsácia, com arcos, pinturas, jardins com plantas medicinais e flores (recém plantadas).
Chegamos na praça central, onde fica o suntuoso Château des Rohan, que começou a ser construído em 1779 com fins episcopais. Com a Revolução Francesa teve os trabalhos interrompidos e os bens confiscados. Quando quase sendo demolido, o imperador Napoleão III ,entre 1852 e 1857, restaurou-o, transformando em asilo de viúvas dos mortos a serviço do Estado. Depois da guerra de 1870 foi transformado em caserna. Adquirido pela municipalidade em 1952, atualmente abriga museu, escola fundamental, sala de espetáculos e albergue da juventude. É imenso, tem 140m de largura…
Fotografamos o canal e a eclusa (de 1893), Canal de la Marne au Rhin (que tem no total 314km de percurso, com 154 eclusas); visitamos a igreja Notre-Dame de la Nativité (séc. XII – XIV), belos vitrais e órgão recém-restaurado (séc. XVII).
Fizemos lanche numa patisserie e continuamos a caminhada: Maison Katz (1605), diversos belos edifícios na Gran Rue; o imponente prédio de La Poste (correios), e a Gare.
Cansados, começamos o longo retorno ao camping. Saverne é uma cidade encantadora, foi uma agradável descoberta. Amanhã seguiremos viagem, ainda sem destino definido (até o momento). Na próxima postagem contaremos.
Abraços, até breve…
Um comentário:
Olá amigos, assim que é bom viajar, com destinos não tão certos. A viagem vai acontecendo e os rumos vão sendo delineados... A Europa, sinceramente, é algo extraordinário. Quanta cultura, construções das mais diversas épocas. E vocês descrevem em detalhes que nos ajudam a imaginar, a sonhar com estes lugares. Seria interessante se pudessem postar um mapa onde vocês mostrariam o percurso realizado. Assim teríamos uma noção espacial melhor para ir acompanhando esta bela viagem. Desejo a vocês que continuem postando e aproveitando ao máximo esta viagem que um dia quero realizar de mhome com a Ita. Buen camino!
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