Olá!
Saímos de Barcelona-ES numa sexta-feira, onde todos os carros estavam recobertos por uma grossa camada de poeira (poluição de resíduos industriais), por sorte pegamos forte chuvana estrada, que ajudou na retirada desta “cobertura”.
Paramos em Figueres-ES, e seguimos as anotações que tínhamos: supermercado Esclat que permite pernoite de mhomes (N 42º15’38” E 02º57’3”). Chovendo forte, com vento, nem pensamos em sair. Durante a tarde chegaram mais e mais mhomes, à tardinha estávamos em dez.
Novo dia, e entramos na FRANÇA acompanhados de vento fortíssimo, dirigindo com todo o cuidado, pois algumas lufadas mais fortes assustavam, desalinhando… Estacionamos na saída de Beziers, num Super U (mais uma dúzia de mhomes); fizemos almoço, descansamos e continuamos na estrada.
Chegamos à Pézenas e quase “voltamos de ré”: ruas estreitas (as principais!), 2 carretas com 2 mobil-homes (casas de veraneio, transportadas), tivemos que subir na calçada e fechar retrovisores para poderem passar. Enfim, após mais algumas manobras, chegamos ao estacionamento (N 43º27”34,2” E 03º25’40,3”).
Fomos passear na cidade, com centro histórico lindo e preservado: casas, edifícios, becos, ruelas, fontes, o antigo chatêau (interditado); a Igreja Collegiale Saint Jean (séc. XII) era antigo centro de encontro de templários, ampla e com belos altares, além de um imenso órgão.
Numa das ruas, encontramos o Museu do Brinquedo (www.museedujouetpezenas.com) que possui mais de 6 mil peças; carrinhos, bonecas, Mecano (os idosos hão de lembrar do Mec-Bras), Lego, carrocéis, bichos de pelúcia, soldados, máquinas de costurar…
Dia seguinte antes das 8h já estávamos na estrada (para evitar congestionamento), fizemos parada para café em Montagnac, na área de serviço (saída da cidade, na rodovia D613). Aproveitamos a parada para conhecer a cidade: igreja medieval, prédios e casas do mesmo período, becos, fontes.
Após rodarmos mais uns 100km, chegamos (com alguma dificuldade) ao camping Domaine de La Bastide, em Nimes (N 43º47’16” E 04º21’7”); €21,40 (2 pessoas, mhome, luz, internet). Precisávamos lavar roupas, mas as máquinas estavam com problemas. Enfim, colocamos o mhome em ordem, tomamos bom banho com água à vontade…
Domingo, dia de passear, entramos em Nîmes, estacionamos na avenida Jean Jaures (centro), dali caminhamos (muito) aos pontos turísticos: Templo de Diana, Torre Magna, o Parque das Fontes (onde a água chegava por aquedutos e era distribuída por toda a cidade), todos datados entre 50 e 5 aC.
Fizemos lanche numa “patisserie”, e fomos para o centro: visitamos a Maison Carré, templo romano bem preservado, construído por Marcos Agripa, genro de Augusto, final do séc. I a.C.; depois vimos as Arenas (semelhante ao Coliseu, com capacidade para 27 mil espectadores, em atividade até hoje). (http://arenes-nimes.com/fr/decouvrir)
À tarde, saímos de Nîmes, rumando para o norte. No caminho, as placas indicativas da Pont du Gard chamam a atenção, fizemos um desvio para visitá-la. Na entrada, o valor assusta um pouco (€18), mas inclui o estacionamento, a entrada de até 5 pessoas, acesso ao museu, cinema e exposições, além da visita ao monumento (o pagamento é automático na saída, com cartão). Uma dica importante: é necessário um período mínimo de 4 horas para toda a visita, mesmo andando a passos largos; o ideal seria chegar pela manhã e aproveitar o dia…
Como já tínhamos caminhado muito em Nîmes, as pernas já não ajudavam muito, mas lá fomos nós, e foi um belíssimo passeio. O rio limpíssimo, a ponte incrivelmente preservada. O museu interativo e de fácil compreensão. Muito bom.
Histórico: A Pont du Gard é uma ponte-aqueduto construída pelos Romanos. É excepcional pelas suas dimensões, com 360m de comprimento e 49m de altura é a mais alta ponte antiga do mundo. Constituída por 3 filas de arcos sobrepostos (6 arcos no primeiro nível, 11 arcos no segundo e 47 arcos no terceiro), constitui igualmente um feito raríssimo para a época. Mais de mil obreiros trabalharam neste empreendimento colossal, concluído em apenas 5 anos!
Construído em cerca de 50 aC, nos reinados de Cláudio e de Nero, o aqueduto com mais de 50km, ao qual pertence a Pont du Gard, alimentou durante 5 séculos a cidade de Nîmes, em grande quantidade. A cidade romana, antiga “Nemausus”, conheceu no século I um desenvolvimento tão grande que decidiu dotar-se de um aqueduto, à semelhança de Roma, capital do modelo para todo o império romano.
Este feito deu à cidade (então com 20 000 habitantes) um novo prestígio: fontes, termas, água corrente nas ricas residências, salubridade das ruas,… contribuiam para a aprovação e o bem-estar da cidade. Graças a uma inclinação precisa e média de 25cm por quilómetro, o aqueduto conduzia por gravidade 30 000 a 40 000 m3 de água corrente por dia, desde uma fonte situada em Uzès, até Nîmes.” (http://pontdugard.com/pt). O museu apresenta detalhes interativos de sua construção (filme, gravuras, estatísticas, fotos de inscrições,…): um fantástico registro histórico da engenharia aplicada.
Na saída, tudo que queríamos era um parking ou camping perto e, em Remoulins, poucos km a frente, encontramos um parking gratuito, lotado de mhomes (N 43º56’17,2” E 04º33’31,0”). Estacionamos, pés na água gelada, descansar as pernas…
Amanhã visitaremos a cidade, mas fica para a próxima postagem.
Abraços e Até Breve…
2 comentários:
Obrigado por me fazerem reviver alguns destes locais. Espero que o tempo vos deixe atravessar por Montgenèvre. Boa continuação.
Abraços.
Maravilhoso o blog de vcs.
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