Olá! Postamos agora mais um trecho de nossa viagem pela Europa, agora em solo espanhol…
Em Mérida, fizemos breve parada, porém a adversidade meteorológica, aliada às dificuldades de transitar, induziram-nos a seguir viagem.
Percorremos longos trechos de ótima estrada no planalto, acima dos 700m de altitude, com imensos vinhedos, oliveiras, placas solares, eólicos…
Em Ciudad Real, um policial, nos indicou a área permitida para pernoitar (N 38º59’52” W 003º55’41,9”), bem perto da Puerta de Toledo, ponto central da pequena cidade. Final de tarde gelada com chuva fina, ficamos no mhome, fizemos uma gostosa sopa quente, com bom vinho e nos aquecemos.
No dia seguinte, quase congelados, fotografamos a Puerta de Toledo, percorremos locais próximos e fomos para a estrada novamente.
Em Herencia, paramos para visitar os moinhos de vento (vide história de Don Quijote); uma longa e árdua caminhada mas valeu a pena: os moinhos, a vista da região…
Em Alcázar de San Juan, paramos no Carrefour para abastecer de diesel (€ 1,354/litro) e de boas comidas… O clima parece que vai amenizar, o sol reaparece mas ainda venta gelado.
Fomos para a área de serviço planejada (N 39º23’23” W 003º13’10”), com vagas para 12 mhomes, com água e esgoto, gratuito (tempo máximo 48h). Estacionamos e fomos para a cidade, mas tudo estava fechado (siesta institucional das 14h às 16h). Fotografamos o Torreón, Igreja de Sta Maria Mayor, Plaza España, Ayuntamiento. Quase todas as atrações só abrem a partir de quarta-feira (para o final de semana) e/ou após as 17:30h (“pós pós” siesta).
Conseguimos algumas informações no Turismo, voltamos para mhome e nos surpreendemos com tantos outros estacionados (antes estávamos sozinhos). Estavam reunidos para participar da inauguração de uma área de serviço similar em Puerto Lápice (cidadela próxima). Estes pequenos estacionamentos atraem mhomes para as cidades, gerando renda (em supermercados, restaurantes, lojas, feiras,…) com baixo investimento: basta um local sinalizado, fonte de água e esgoto. Um exemplo para nossos prefeitos brasileiros!
Às 18h saímos para visitar o museu municipal (gratuito), com antigas peças de argila e esmerados mosaicos romanos; depois fomos à Sta Maria Mayor, já aberta para a missa; realmente uma bela e singela igreja, onde Miguel de Cervantes foi batizado.
Pouco antes das 19:30h saímos da igreja com chuvisco e vento. Ao chegar no mhome a chuva e o vento aumentaram bastante. Pela TV, vimos que, nas parte altas, acima de 1.000 metros, a neve está forte e, em outras regiões, o vento passou dos 100km/h! À noite, o vento sacudia o mhome.
Novo dia, céu azul e sol, vento congelante; saímos antes das 11h, mas alguns km adiante fizemos parada para visitar outros moinhos de vento, desta vez internamente. Eles possuem um sistema externo de alavancas e correntes para girar o telhado (pás e conjunto motriz primário) para procurar melhor orientação de vento. Todo o mecanismo, com suas engrenagens de madeira e dentes implantados é fantástico e descomunal…
Almoçamos em Villaescusa de Haro, novamente ruas estreitas e parecia uma cidade fantasma: ninguém nas ruas (o intempestivo vento gelado obrigava a abrigar-se)… Fotografamos a igreja San Pedro, o ayuntamiento, as fontes e lavanderos (antigamente as senhoras iam lavar as roupas ali). É um povoado muito pequeno (500 habitantes), vive basicamente da agricultura, mas há muita história e beleza em sua simplicidade. Gentilmente atendidos pela Sra. Cristina, no ayuntamiento.
Depois, entramos na autovia A3, dupla, ótima, gratuita, porém notório o aumento do trânsito (caminhões de todos os tipos e tamanhos, automóveis desesperados… Chegamos com facilidade ao Valencia Camper Park (entorno para Bétera) com as coordenadas (N 39º34’45,5” W 00º26’43,7”). Espaço amplo, perfeito, inaugurado a poucos meses, € 15/dia (veículo+2 pessoas+luz), com mhomes de vários países e metrô próximo que deixa no centro de Valencia.
Amanheceu com céu azul e menos frio. Após as 10h, fomos para Valencia com o metrô € 6,60 (2 pessoas, ida e volta, bilhete antecipado); viagem de 30 minutos. Ao chegarmos na parte antiga, surpreendemo-nos com a beleza dos edifícios: imensos, detalhados, rebuscados.
Fotografamos o prédio dos correios, do ayuntamiento, alguns edifícios comerciais e residenciais. Um fator interessante é o trânsito, apesar de centro da cidade, é ordenado, raros momentos de congestionamento. Outro ponto que chama a atenção são as pessoas, não andam “desorientadas” pelas calçadas e ruas, não há multidão caminhando. Turistas de todo o mundo…
Visitamos o Museu histórico municipal, que fica no prédio do ayuntamiento, com pinturas do séc. XVII, planos e gravuras de Valencia do mesmo período. Vimos algumas salas do suntuoso prédio, mármores, granitos, lustres belíssimos…
Almoçamos num fast-food e continuamos nosso passeio no Mercado Central (um imenso Mercado Público), com mais de uma centena de bancas vendendo jamón serrano (pernil de porco curado), queijos variados, azeitonas, frutas, verduras, legumes, castanhas e doces. Dá para saborear com os olhos antes de comer… Compramos legumes e frutas.
Ao lado, visitamos o prédio denominado La Lonja, declarado patrimônio mundial pela Unesco, onde antigamente (séc. XV) serviu para transações mercantis. Possuia banco, salão de comercializações, capela e também o “Consulado do Mar”. Espaços muito amplos, ricamente ornamentado em detalhes.
Visitamos a torre e igreja de Sta. Catalina, a catedral (séc XIII); apenas fotos externas pois era horário da siesta (até as 17:30h…). Fotografamos ainda um belíssimo edifício particular todo em mármore, ricamente decorado, ao lado da igreja de Saint Andre.
À tardinha, voltamos ao camping, onde descansamos e começamos e elaborar o blog. Amanhã será dia de faxina e lavação de roupas, para depois seguir viagem rumando para Barcelona; mas isto fica para a próxima postagem…
Abraços e Até Breve.
