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Ciao a tutti!
Após a estada nas cidades grandes (preferimos as menores), fomos para uma linda cidade pequena: ORVIETO. Possui 21 mil habitantes, a 325m de altitude; uma cidade antiga e graciosa, com um centro histórico cheio de vielas e lojinhas de cerâmica e artesanato. Teve origem etrusca, supostamente vindos da Anatólia (parte asiática da atual Turquia), lá pelo século VII a.C. A Etrúria era constituída por doze cidades interdependentes, dentre elas Orvieto (sua capital).
Situada sobre uma plataforma rochosa, em estratégica posição e difícil acesso, quase inexpugnável. Passou por guerras e saques, ressurgindo na Idade Média. Os séculos XI e XII foram importantes para a cidade, pois muitas de suas atuais edificações foram realizadas no período.
Novamente contamos com a ajuda da Giupyland (www.giupyland.it), para aquisição de passagens de trem e hotel. Dica importante: a maioria dos trens possuem valores diferenciados para aquisição com antecipação, por exemplo: adquirindo bilhete uma semana antes de embarcar, pode ter um desconto de até 50% (dependendo de dia/horário da viagem).
Ficamos no Hotel Filippeschi (http://www.hotelfilippeschi.it/), que tem suas instalações num casario (de pedra) antigo; decoração linda, sóbria e atendimento familiar; quarto com secador térmico de toalhas; limpeza diária; café da manhã completo e variado.
A viagem de trem “Intercity” foi tranquila, apesar de alguns usuários não terem bom senso (falam alto, com toque de celular longo e elevado, crianças ruidosas, etc…).
Chegamos a Orvieto as 14h e o primeiro passo foi tomar o Funicular para subir até a cidade; com o mesmo ticket se pode andar nos ônibus (ao centro) por até 90 minutos.
Deixamos nossa mochila no hotel e fomos passear pela bela cidade. A primeira parada foi na Piazza República, onde ficam o Palazzo Comunale (prefeitura, séc. XII-XIII) e a Chiesa de S. Andrea (séc. VI).
Caminhamos até a borda oeste da cidade, próximo a Porta Mayor e Porta Romana (na parte alta), onde há belíssimo panorama dos arredores e da formação rochosa em que a cidade está formada. Apesar das ruas serem estreitas, é permitido o tráfego de veículos, com limitadores de altura e largura (a menor 1,7m de largura). Há vários estacionamentos nos arredores da cidade (parte baixa), incluindo um parking para mhomes.
Depois de percorrer muitas ruas e vielas, um bom banho quente no hotel e preparar-se para o jantar: Restaurante Il Cocco. Muito bem atendidos, pedimos uma lasanha de funghi com tartufo; ravioli com ricota, espinafre e nozes; salada e vinho branco. Muito bom…
Novo dia, começamos com a visita ao Duomo (Catedrale di Santa Maria Assunta); impressiona com suas listras brancas (mármore travertino) e escuras (basalto). O Papa Adriano IV (1154-1159) foi o primeiro papa a estabelecer-se em Orvieto e, em 15 de novembro de 1290, o Papa Nicolau IV lançou a pedra fundamental do atual Duomo (Catedral) e dedicou-o a Assunção da Virgem, cuja construção levou 300 anos. A fachada (em restauro) com rosetas, relevos, azulejos dourados. No interior, duas capelas laterais com pinturas retratando passagens da bíblia e da cidade; um imenso órgão à esquerda do altar. Tudo é de grandes dimensões…
Com o ingresso pago no Duomo, pode-se visitar o Museu Ópera del Duomo e Palácio dos Papas; além da igreja de Sant’Agostino. Aqui mais uma dica: é preciso observar e guardar os tickets de ingresso (museus e ônibus), pois eles podem oferecer descontos para outras atrações.
Após o almoço continuamos a caminhar, visitando mais igrejas (inúmeras, algumas sem constar no mapa). Cansados, no meio da tarde tomamos um capuccino com croissant para aquecer.
Novo dia, fomos visitar o Pozzo della Cava, Com o ticket do funicular obtem-se desconto na entrada.
Os etruscos executaram o poço (séc. V a.C.) para abastecer a cidade. Ao longo das guerras foi abandonado e, em 1645 a autoridade comunal ordenou o fechamento. Em 1984 foi recuperado por uma família tradicional na cidade, mantido sem auxílio governamental. No período de 1985 à 2004, foram descobertos muitos ambientes hoje visitáveis (túneis, abrigos, fornos, cisterna, tumbas, cantina…).
A cidade tem centenas de túneis, com estrutura necessária para sobrevivência (cisternas, dormitórios, alimentação,...), com interligações e estratégias de fuga (Orvieto Underground, passeio agendado).
Conversamos com o proprietário (descobridor) e informou que, com investimento próprio faz a manutenção. Mantém um restaurante, para ajudar a cobrir as despesas, em cujo piso há um trecho transparente, para observar a cantina etrusca no subsolo.
Dali, caminhamos até o lado nordeste da cidade, visitar o outro poço: Pozzo de San Patricio; mandado construir pelo Papa Clemente VII em 1527, quando refugiou-se em Orvieto, durante o saque de Roma pelo Imperador Carlos V. Temendo bloqueio de água na cidade, o papa mandou construir o espetacular poço (62 metros de profundidade), com dupla escadaria helicoidal (mãos únicas) para que os séquitos de mulas carregadas com jarros d’água não se cruzassem.
Retornamos para o centro e almoçamos no Montanucci: escolhe no balcão, paga e senta-se; é bom chegar cedo pois é tem bastante movimento. No jantar servem a la carte e não são muito gentis, mas a comida é saborosa.
À tarde voltamos ao Duomo (o ingresso válido); e soubemos que haveria uma importante celebração: o aniversário da Catedral (725 anos!); além do belo ritual na ordenação de um diácono. No link, uma parte da celebração: http://orvietosi.it/2015/11/solenne-cerimonia-in-duomo-per-la-dedicazione-e-per-lordinazione-diaconale-di-eugenio-campini/
À noite jantamos no Montanucci: raviolli de ricota com manteiga e salvia, frango com molho de limão e legumes grelhados e, claro, taças de vinho.
Pela manhã, fomos caminhar mais um pouco pelas curiosas vielas da cidade. Passeamos ainda no Forte Albornoz e Porta Rocca, até o horário de nosso trem.
Um pouco de História: A Etrúria foi uma civilização avançada com igualdade para homens e mulheres, (liam, escreviam e participavam), os filhos tinham acesso à instrução e tomavam banho quente nas termas, com a família. A casa era predominantemente usada para dormir, já que se alimentavam normalmente nas tabernas.
O trabalho era disciplinado (jornada dos mineiros de 8 horas), agricultura e comércio fartos, além de próspera indústria (ceramista, metalúrgica, ourivesaria,...). Na arquitetura, destacaram-se na construção de templos, necrópoles e pontes. Competentes navegadores, com barcos que mediam até 60 metros. Foi um dos principais centros culturais de sua época.
Os cemitérios eram fora dos muros das cidades. A idade média de vida passava dos 60 anos, pois eram raras as epidemias e a higiene era apregoada e tradicional, organizada a produção e destino de dejetos. Com a chegada do cristianismo, chegou também a epidemia, pois a igreja impregnou na mente da população que, não deviam lavar o corpo para salvar a alma (Wikipédia).
O declínio etrusco começou em 509 a.C., quando foram expulsos de Roma. A superioridade marítima etrusca terminou quando os gregos destruíram sua frota, em 474 a.C. Em 283 d.C. após prolongadas lutas, os etruscos foram dominados e submetidos ao controle dos romanos, perdendo várias características culturais. Orvieto foi a última cidade conquistada por Júlio César.
Adoramos Orvieto e sua história.. Queremos voltar!..
Até logo.
Um comentário:
E vamos seguindo!!!! Os lugares são lindos e interessantes!! Bjs
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