Ciao! Ainda em Roma…
Novo dia, saímos cedo e, após café da manhã e metrô, chegávamos aos muros do Vaticano. Havia apenas umas 50 pessoas na fila, pois é preciso passar pelo sensível Raio-X (detalhe: qualquer item metálico vai fazer apitar e, no meu caso, depois de tirar TODOS os metais, o policial identificou os grampos de cabelo como sendo os “apitadores”). Nossa intenção foi de visitar a Basílica de São Pedro (gratuita); o Museu do Vaticano ficará para outra visita, pois para aprecia-lo bem, é preciso reservar um dia exclusivo.
O VATICANO é uma cidade-estado (menor do mundo) com aproximadamente 1.000 habitantes. Ali se encontra a Basílica de São Pedro e a famosa Cappella Sistina pintada por Michelangelo. Um dos lugares mais ricos, histórica e artisticamente, de Roma.
BASÍLICA DE SÃO PEDRO: construída entre 1506 e 1626 com colaboração de grandes nomes da arte italiana (Bernini, Raffaelo e Michelangelo), abriga obras-primas da arte italiana. Ali está enterrado São Pedro, um dos apóstolos e o primeiro papa da história da igreja católica, o que fez com que se iniciasse a tradição de que todos os papas fossem enterrados ali. A nave principal tem 187m de comprimento, sua cúpula tem: altura exterior 133,3m; altura interna 117,57m; diâmetro externo 58,9m; diâmetro interno 41,50m.
Uma curiosidade: a Basílica não tem como bispo o Papa, ele é bispo da Basílica de San Giovanni in Laterano.
Tudo é imenso, ricamente ornamentado, estátuas, piso, teto. Mas confessamos que esta suntuosidade não emana bem-estar, energia benéfica, apenas um deslumbre. Em Santiago de Compostela (por exemplo) a emoção contagia… Talvez porque nesta Basílica vão turistas e, em Santiago de Compostela, peregrinos, na busca da paz espiritual.
Após 3h caminhando e observando detalhes do descomunal conjunto, fomos caminhar por Roma. Fizemos uma parada para um capuccino e seguimos adiante.
Visitamos a Chiesa Sta. Maria in Traspontina; o Castel Sant’Angelo (Mausoléu de Adriano - imperador), já foi usado como edifício militar na época do Império Romano, como fortaleza dos papas no período medieval e como prisão na época dos movimentos para unificação da Itália; as pontes Vittorio Emanuelle II, Sant”Angelo e Umberto I; Piazza dei Tribunalli com os Tribunalli.
Chegamos à Piazza Navona, com suas 03 fontes (Quattro Fiume, Del Moro e Del Nettuno), 2 igrejas (Sant’Agnese in Agone e N. S. del Sacro Cuore), a Embaixada do Brasil, vários restaurantes e bares, lojinhas de antiguidadese artesanatos. Almoçamos na esquina, no 4 Colonne (lasagna e salada), bem servido e atendido.
Na intenção de irmos ao Pantheon, chegamos no edifício do Arquivo Histórico, belíssimo, fechado neste horário; em seguida na Basílica S. Andrea della Valle, imensa e bela.
Retornamos à rota, mas fizemos uma parada na Chiesa de S. Eustachio, com curioso almoço sendo servido dentro da igreja...
Chegamos a Piazza della Rotonda e ao Pantheon, construído pelo Imperador Adriano, entre 118 e 125 d.C.; com curiosa cúpula aberta (9m de largura). Quando chove, a água escorre por 22 furos no chão. Projetado para ser templo aos deuses, em 609 se tornou igreja católica. Ali se encontram enterradas personalidades ilustres como os pintores Raffaello e Annibale Caracci, os reis Vittorio Emanuele II, Umberto I e a rainha Margherita.
Perto, a Basílica St. Ignacio de Loyola, ricamente adornada e imensa (fachada não coube na foto).
E finalmente, a Fontana di Trevi… récem restaurada, está belíssima e abarrotada de turistas se acotovelando pela melhor foto. Diz a superstição que voltará quem jogar ali uma moedinha, mas como esquecemos, teremos que voltar para fazê-lo…
Muito cansados, ainda fomos à Piazza dei Popolo, que possui 2 fontes (Netuno e della Dea); à Chiesa de Santa Maria in Montesanto, Santa Maria dei Miracoli (idênticas e fechadas neste horário) e Santa Maria del Popolo, ao lado da Porta del Popolo, onde Nero morreu e foi sepultado. No centro, o Obelisco Flaminio, trazido do Egito para Roma pelo imperador Otaviano Augusto, circundado por 4 leões de mármore (em reforma).
No hotel, pedimos indicação para um bom jantar nas proximidades. Aconselharam o Restaurante Braci e Abbracci (http://www.bracieabbracci.it/); fomos muito bem atendidos, com “frizante” de boas vindas.
O garçom sugeriu, como entrada, Treccia Panata, delicioso! Uma mussarela de bufala envolta em presunto parma, passada no ovo e na farinha de rosca, levemente frito… De prato principal gnocchi com molho de tomate e ravioli com ricota, radicci e nozes… e legumes grelhados como salada. Tudo muito saboroso, sem muita demora; sempre trocando pratos e talheres.
Observação: no restaurante todos os clientes NÃO estavam “produzidos” (maquiados, salto, roupa de grife, esnobes, nariz empinado,…). Ao contrário: tênis ou sapato confortável, calças de caminhada, mochila (de uso diário),… e os garçons trataram a todos muitíssimo bem.
Ficamos imaginando um restaurante semelhante no Brasil (diversas e diferentes taças, pratos e talheres, garçons a rigor, chef francês, lagostas no aquário,…) não teria deixado entrar nenhum destes clientes, que lotaram o restaurante e PAGARAM a conta… Ficamos triste quando pensamos o quanto os comerciantes brasileiros (em geral e, que dependem dos clientes) estão faltosos em seu modo de pensar e agir…
Nosso último dia em Roma visitamos dois monumentais templos: Na Sta. Maria degli Angeli, há um “calendário solar”, denominada linha do meridiano. Talvez por falta de informação, a igreja estava quase vazia de turistas… Foi consagrada em 5 de Agosto de 1561 e, esta linha de meridiano foi traçada em 1703, por Francesco Bianchini (astrônomo). A curiosa linha, marcada por raio solar, além da função de calendário, determina datas (Páscoa,…). Ao sol do meio-dia, mostra o momento dos equinócios e solstícios, variações antigas da Estrela Polar e outras situações astronômicas.
A Sta. Maria Maggiore, maior e mais importante igreja romana dedicada a Santa Maria, erguida a pedido do Rei Giovanni e sua esposa, que não tendo filhos, decidiram dedicar uma igreja a Virgem Maria. Diz a lenda que a Santa então apareceu em sonho, indicando o local para a construção da igreja e prometendo um milagre. No verão (!) de 5 de agosto de 352 foram ao monte Esquilino, que estava coberto de neve… Todos os anos, nesta data, soltam pétalas de rosas brancas, formando um bonito tapete…
Assim concluimos nossa visita à Roma (4 dias); esperamos que a admirem tanto quanto nós.
Em breve nova postagem, com uma pequena e fantástica cidade…
Abbracci
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