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Ciao!
Após a visita à inesquecível Orvieto, seguimos para nosso última visita (3 dias), antes de voltarmos para o Brasil: a bela Verona.
A cidade situa-se na região do Vêneto (norte da Itália); possui cerca de 250 mil habitantes; seu centro histórico está concentrado na área rodeada pelo rio Agide. Sua origem remonta aos Celtas e desenvolveu-se por mais de 2 mil anos. É considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, por sua estrutura urbana e arquitetura.
É conhecida por ser a cidade da história de Romeu e Julieta (ela morava numa casa da cidade, e há uma rua Capuletto); porém, não há comprovação, já que William Shakespeare era inglês e nunca teria ido para a Verona. Mas o enigma influencia enamorados de todo mundo, que visitam a Casa da Julieta.
Novamente contamos com o apoio da Giupyland para a aquisição das passagens de trem e hotel. Como a distância é longa, optamos pelo Frecciarossa, de alta velocidade (até 300km/h).
Ficamos no Hotel Martini (http://www.hotelsverona.it/it/hotel/hotel-martini-1/); próximo da Porta Palio, a 10 minutos a pé da estação ferroviária; e uns 20-30 minutos do centro histórico (andando calmamente). Possui instalações modernas, quartos amplos, aquecimento; café da manhã delicioso e farto, atendimento gentilíssimo,…
Em todas as cidades turísticas é cobrada a “Tassa di Soggiorno”, um pagamento diário que varia, conforme o porte do hotel e da cidade (de € 1 até € 5/ pessoa/por pernoite), que paga-se no check out.
Chegamos em Verona às 15:30h e fomos aproveitar o por-do-sol (nesta época às 16:30h). Como era domingo, a cidade estava lotada de turistas, embora frio, (perto de 0ºC), mas todos aproveitando as belezas da cidade. Na saída do hotel encontramos um parking para mhomes! Um pouco adiante, um estacionamento com mais mhomes… Coincidências, saudades do nosso e das viagens anteriores…
O Castelvecchio e seus visuais encatam; abriga ainda um museu, que infelizmente foi alvo de ladrões há poucos dias. (http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/17-quadros-de-rubens-tintoretto-ou-bellini-roubados-de-museu-em-verona-1715161)
Novo dia e após um saboroso café da manhã fomos visitar alguns pontos turísticos. O primeiro foi a Porta Nuova, praça, bonitos edifícios. Logo chegamos à Piazza Bra, com os prédios da Gran Guardia, Comune e a Arena (anfiteatro do séc. I, considerada a mais preservada da Itália).
Mais algumas quadras e chegamos a Casa da Julieta. Repleta de turistas, todos querem deixar alguma lembrança (escrever nas paredes, grudar um chiclete, cadeado, etc.). Mas o maior atrativo é posar para foto ao lado da estátua da Julieta…
Depois fomos na Piazza Erbe, onde há uma feirinha (frutas, lembrancinhas, gorros e cachecóis); e uma grande e linda feira de Natal (doces, salgados, brinquedos, presentes,…). Estávamos com muito frio e, numa das barracas serviam “Vin Brule”, ao que o vendedor explicou: um vinho quente com especiarias (parece nosso quentão, mais suave e gostoso). Conversando com o vendedor (Michele), informou que esteve no Brasil, num encontro de gastronomia, em São Miguel do Oeste, perto de nossa cidade!
Aquecidos, fomos visitar o Duomo (imensa Catedral Sta. Maria Assunta), com muitos séculos de história, destruída algumas vezes (guerras, terremotos,..). A principal recuperação ocorreu após o terremoto de 1117 e, nos séc. XV e XVI sofreu renovação com a construção das capelas laterais. Possui dois órgãos laterais (enormes e idênticos). É possível ver restos das antigas construções na Igreja Sta. Elena (anexa); bem como a imensa pia batismal feita de bloco único de mármore.
Dali fomos na Ponte Pietra, séc. I, onde observa-se os arredores do Rio Agide…
Voltamos à Piazza Erbe, para almoçar na feirinha de Natal: Hackfleisch-steak, um enorme hamburguer caseiro, deliciosamente condimentado, servido no pão, com ou sem chucrute… uma comida simples e saborosíssima; claro, com a influência alemã-austríaca…
Retornamos ao hotel, por caminhos diferentes e, com o frio aumentando… À noite, fomos jantar no Hotel Piccolo (mesmo grupo do Hotel Martini): gnocchi ao pomodoro, nodini di giuleta ao funghi e tartufo, e uma taça de vinho para aquecer. Delícia comemorativa!
Dia seguinte, primeira parada na Basílica de San Zeno: teve sua origem em 362. No séc. VI sofreu várias modificações e em 806 foi consagrada. Com os danos do terremoto de 1117, passou 20 anos sendo reconstruída e o monastério deixou de existir em 1770 por ordem da República Vêneta. O túmulo de San Zeno (Bispo de Verona) é mantido na cripta, abaixo do altar.
Último dia, caminhamos pelas ruas do centro, almoçamos novamente na feirinha de Natal, tomamos um capuccino quente e saboroso, e aprontamo-nos para a despedida de Verona.
Há um ótimo serviço de ônibus, (estação central de trem para o aeroporto), a cada 20 minutos, ao custo de €6/por pessoa. (táxi custa entre €30 a €50).
A viagem de Verona para Roma foi tranquila, num brasileiro Embraer 175, mas, de Roma para Guarulhos foi com muitas turbulências (áreas de pressão variadas). Mesmo com vários desvios de rota, sacudimos muito, com sobressaltos contínuos. De Guarulhos à Foz do Iguaçu, voo tranquilo, no horário previsto. Enfim, chegamos exaustos, mas felizes,…
Informação peculiar: Os idiomas francês, espanhol e português (dentre outros) evoluiram a partir do dialeto de suas cidades importantes (respectivamente Paris, Madri e Lisboa medievais). A Itália era um conjunto de territórios independentes, alguns pertencentes à França, outros à Espanha, muitos à Igreja e até à príncipes, todos com dialetos específicos.
No século XVI, alguns intelectuais reunidos, escolheram a linguagem do poeta Dante Alighieri (Florença, séc XIV) a ser adotada como oficial. E, como a Itália tornou-se país apenas em 1861, estas diferenças ainda hoje não foram dissipadas, claramente observadas nesta viagem. O vernáculo e o sotaque são flagrantemente diferenciados entre as regiões italianas que visitamos.
Resumo: Esta foi uma viagem diferente de todas as que já fizemos. Uma nova experiência, com sólidas conclusões: o motor-home fez muita falta: liberdade de circular; comer o que se quer, quando quer; não precisar levar mala (no nosso caso, mochila), poder desfrutar mais da natureza e das cidades, a qualquer tempo, desfrutar do convívio de colegas,…
Foram 43 dias, dos quais 38 na Itália. Decorrente da meteorologia (adversa no início) e ações terroristas (meio e fim), ficamos na Itália; onde aproveitamos (e muito) para conhecer sua história, cultura e costumes, que variam muito de uma região para outra. Foram muitas e maravilhosas experiências que nos agregaram um esplêndido aprendizado.
Novamente, utilizamos dinheiro em espécie e, para despesas maiores o Visa Travel Money (cartão pré-pago). Diariamente, escrevíamos nosso relato, descrevendo as visitas e ocorrências, visando as publicações no blog, assim como um singelo controle contábil. Certamente voltaremos para a Itália, mas com motor-home e em época de menos chuvas. Há muito para conhecer, visitar, aprender, usufruir e, somente com a liberdade do mhome pode-se faze-lo… Agradecemos imensamente a todos os amigos que nos auxiliaram (no Brasil e na Itália), quiçá possamos retribuir todo o carinho e dedicação que nos ofereceram. Agradecemos especialmente a Deus, que nos acompanhou e orientou em todos os momentos, nos guiando sempre para os melhores caminhos e locais. Auguramos que Ele sempre nos ilumine e permita que, em breve, possamos viajar novamente, levando vocês conosco por estas postagens…ou ainda melhor, encontrando-os pessoalmente,… Abraços e até logo