¡Hola!
Ao amanhecer, com frio e chuva, saimos de Roncesvales-ES. Pouco após, uma procissão interrompeu o tráfego por meia hora. Um só policial tentava disciplinar o trânsito, Dan vestiu o jaleco sinalizador (com tarjas reflexivas, de uso obrigatório por todos motoristas em emergência) e foi alertar os veículos que tentavam ultrapassar....
Nesta região, placas com informação em basco, intercaladas com outras em espanhol, confundem… Chegamos a Vitoria-Gasteiz, uma simpática cidade, com área de serviço (A.S.) para 10 mhomes, situada em enorme parking, permissão para 72h, gratuita, com água e deságue de esgoto e WC químico (N 42º52’01,2” W 002º41’06,9”).
Novo dia e tomamos o Tranvia (bonde) para ir ao centro, visitar o Casco Antiguo. Muito bem atendidos na “Oficina de Turismo”, ótimos mapas e informações. Percorremos o circuito histórico, porém muitos museus e igrejas fechados (estas abrem apenas para as missas).
A Plaza España e a Plaza Virgen Blanca são encantadoras, com belos visuais (construções antigas); um detalhe arquitetônico chama a atenção: quase todos os prédios possuem sacadas (parecem as bay-windows), sejam antigas ou novas obras, mantém tal tradição.
Visitamos a Igr. San Pedro, com belos altares em madeira esculpida, mas a Catedral antiga está em reforma e a próxima visita seria após as 14h; a Catedral nova(!) estava fechada, sem qualquer informação de horários.
Para almoçarmos, procuramos muito por algo rápido e saboroso e, por indicação da Oficina de Turismo fomos à Cervezería Kruch, com pratos combinados e sanduíches, são enormes, deliciosos…
Fomos até a Gare e, perto, a Igr. dos Carmelitas Descalços; algumas fotos do passeio peatonal (residência do presidente Basco, Museu de Belas Artes, Villa Sofia,…).
Dia seguinte, fomos para Burgos, onde temos indicação do camping Fuentes Blancas, mas o GPS manda seguir por uma rua que está atualmente fechada, porém existem placas indicativas…(N 42º20’27,8” W 003º39’27,3”), € 27 (mhome+2 pessoas+luz). O acesso à internet se compra à parte: €2 p/6 horas ou €3 p/7 dias (curioso não?). Há ônibus para o centro bem em frente (20 min p/o centro), mas passam apenas 4 vezes ao dia; é preciso controlar os horários e lembrar que, na Espanha existe a bendita siesta, institucionalizada…
Burgos tem 180 mil habitantes; fundada em 884, foi capital de Castela e Leão entre 1073 e 1492; séculos depois o Gen. Franco escolheu a cidade como quartel-general durante a Guerra Civil. A Catedral é a terceira maior da Espanha, fundada em 1221 e declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1984.
Almoçamos no mhome e tomamos o ônibus das 12:45h (quase lotado de campistas), com vento congelante. Chegamos à Plaza España e dali seguimos pelas ruelas, olhando belas construções. A Igr. San Lorenzo chamou a atenção pela simplicidade por fora e riqueza de decoração interna.
Passamos pela Plaza Mayor e Paseo del Espolón, uma área verde agradável, às margens do rio Arlanzón; chegamos ao Arco de Santa Maria, uma belíssima porta da cidade antiga.
Na Plaza del Rey S. Fernando, está a histórica e bela Catedral de Burgos (€13/2 pessoas). Ficamos mais de 2h visitando a imensa e rebuscada obra de arte. Os altares, decoração do Coro e Trascoro, o Altar Principal e capelas; tudo minuciosa e ricamente decorados. Somente a catedral daria uma postagem inteira…
Ao voltar à Plaza España para tomar o ônibus, fizemos breve parada no Café Ibañez, com delicioso e restaurador chocolate quente e croissant. No caminho até o ônibus, ainda fotografamos a Diputación, Plaza del Cid, Casa del Cordón (séc. XV, onde os reis deram as boas-vindas à Colombo em 1497, quando do retorno da América), Arco de S. Juan e Igr. S. Lesmes.
Novo dia e, apesar de gelado (sensação de 0ºC), acordamos cedo para pegar o ônibus (depois só às 12:45h). Fomos ao Arco de S. Gil, às muralhas, mas não nos animamos em subir todos os degraus; Arco de San Esteban; Igr. S. Gil, Igr. S. Esteban, Arco de S. Fernán, este com belo ninho de cegonhas.
Logo estávamos à frente da Catedral, entramos pelas portas da capela Sta. Tecla, únicas abertas. Surpreendemo-nos com uma missa na Catedral: havia falecido um presbítero e, dezenas de padres e freiras, com coloridos e rebuscados paramentos (predominância branca, roxa e preta) apresentando ritos ancestrais (para nós), ungindo o falecido com óleo perfumado. Um bonito cerimonial, resguardado o respeito às suas características fúnebres.
O pagamento do ingresso na Catedral deu direito a visitar o Museu do Livro, uma mostra interessante desde as origens da escrita (gravações em barro, pedra esculpida,.. até os papiros), e a criação e disseminação dos livros pela imprensa (Guttemberg). São 4 pavimentos, cada um com etapa histórica da informação escrita. Belíssimo e esclarecedor a curiosos como nós (www.museofdb.es).
No centro, não encontramos restaurante ou fast food agradável (só com aparência suja, escuros, som alto no interior e fumantes fora). Fomos novamente ao Café Ibañez, saboreamos um café com delicioso bolo de limão. Tomamos o ônibus e voltamos para “casa”, com a temperatura pouco mais agradável. Conversamos bastante e trocamos informações de locais e rotas com nossos vizinhos suíços (Bruno e Helen), bastante amáveis. Assim como outros, reencontramos em seguintes paragens.
Amanheceu com sol e céu azul, e seguimos para Palência, onde há Área de Serviço (A.S.) ao lado do Parque Dos Islas (N 42º0’12” W 004º32’5”). São 20 vagas enormes (lotadas no final da tarde), com permanência limitada a 48h; água e deságues na entrada do estacionamento.
Almoçamos no mhome e fomos para a cidade. Na Oficina de Turismo, com exemplar atendimento da Sra. Irene que, muito gentil, nos forneceu mapas e informações da cidade e arredores. Forneceu até um folder “Palencia Turismo: Descúbrelo en Autocaravana”, com todas as áreas de serviço disponíveis na região! Procedimento que, nós brasileiros, ainda não despertamos para este impulso ao desenvolvimento regional. (www.palenciaturismo.es)
Palencia possui 85 mil habitantes, teve auge de desenvolvimento no séc. XI com a obra da Catedral; sua economia atual é industrial (em especial montadora Renault e pólo industrial); possui mais de uma dezena de igrejas. A Calle Mayor (principal) chama a atenção com seus edifícios sobre colunas, de ambos lados; uma simpática e acolhedora cidade.
Caminhamos até a Plaza Mayor, visitamos o Mercado de Abastos, Igr. Sta. Clara (séc.XIV), Igr. S. Lazaro (a antiga séc. XVI foi demolida pelo tempo, reconstruída em 1955); e chegada a hora da siesta, quase tudo fecha. Fomos à agradável Confiteria Granier; lanchamos com doces deliciosos.
Fotografamos mais alguns edifícios, fomos na estação de trens, em frente aos Jardins, Igr. S. Pablo (séc. XII-XV; monumento nacional, fechada), onde ficamos vários minutos observando as cegonhas e seus filhotinhos, bem tranquilos…
Começamos a voltar para o parking, pela borda do rio Carrión; fotos da Puentecillas (ponte peatonal, antiga); Puente Mayor (belos arcos), e a ponte que leva ao parque Dos Islas, caminhando pela sombra das árvores ao lado dos lagos com patos e cisnes.
Ficamos no mhome até 18h, com forte sol e calor, depois saímos para mais uma caminhada (para não perder o hábito!): Igr. N.S. de la Calle, delicadamente decorada com altares de madeira talhada (séc. XVI). Depois fomos na Granier, tomamos chocolate quente com fartón (parece “mil folhas” mas é fofinho e gostoso).
Pela manhã, Igr. S. Miguel (séc. XI-XII), como outras, precisa de restauro urgente; Igr. Augustinas Recoletas, belíssima (séc. XVII); depois fomos na Catedral (abre 10h-13:30h, cujos altares são ricamente decorados, em pedra ou madeira esculpida, o teto com chaves e decorações lindas, infelizmente necessita também de urgente recuperação.
Lanchamos na Granier (sanduíches e doces); depois voltamos para mhome e seguimos para estrada. Chegamos a Valladolid, onde há Área de Serviço num parking (água e deságue de águas servidas). A área é gratuita para mhomes (48h), mas é preciso ir ao guichê, identificar-se, pedir ticket de estacionamento e colocá-lo no pára-brisa, caso contrário recebem multa de € 90, irrecorrível, e vimos vários multados (GPS N 41º39’21” W 04º44’14”).
Bastante calor, atravessamos a ponte e fomos à Oficina de Turismo (10h-14h). Como tudo volta a funcionar após as 16:30h (siesta), voltamos para mhome para descansar…
Valladolid possui 300 mil habitantes, mas pela ordem no trânsito, praças e tranquilidade, nem parece ser tão grande. Também possui indústrias, agricultura, universidades e dispõe de trem de alta velocidade até Madrid (50 min.). (www.info.valladolid.es)
Após as 16h, começamos a caminhada até o centro, passando pelo roseiral; praça e convento Sta. Ana, até chegarmos a Plaza Zorrilla, de onde parte o BusTur. Num dos cantos da praça está a Academia de Caballeria um majestoso edifício.
O passeio com o BusTur é agradável, as explicações são boas, mas a velocidade não permite fotos. Descemos na parada 5 da Catedral, para visitá-la e arredores.
A Catedral é imensa, infelizmente, está mal preservada, algumas poucas obras de restauração. Próximo, a universidade; Igr. Sta. Maria la Antigua (fechada); Igr. Las Angustias (interior ricamente decorado, mas triste); caminhamos mais 2 quadras até a Igr. S. Pablo e Museu Escultura (não aberta ao público); Casa de los Pimentel; Diputación Provincial; Palácio Real.
Quase tudo abre apenas algumas poucas horas ou nos finais de semana, ou está “cerrado” mesmo… Tomamos BusTur novamente, fizemos o restante do percurso e descemos perto do parking.
Passamos (ambos) a tarde com espirradeira e coriza, e observamos também em outras pessoas. Concluímos ser das sementinhas (em forma de algodão, agregada de poeiras) de uma árvore, fartamente disseminada pela cidade e nominada de “chopo”.
Amanhã seguiremos para Tordesillas, mas fica para a próxima postagem… ¡Hasta Luego!
Um comentário:
Magnífica descrição da viagem.
Pelos vistos em Portugal de novo.
Votos de Boa Estadia.
Voltem mais vezes.
O meu abraço
António Resende
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