Bonjour!
Nosso passeio por Amboise continuou pela manhã; fomos ao Clos Lucé, onde Leonardo da Vinci morou durante os últimos 3 anos de sua vida. Há maquetes e representações de seus experimentos: estudos mecânicos de mudanças de movimento (cames, engrenagens cônicas,…), escadarias, fortificações, pontes, …até um veículo movido à corda (mola tensionada).
Alguns experimentos maiores estão no belo jardim, incluindo sistemas de elevação de água… O alto preço do ingresso (€14/pessoa) compensa pelas informações recebidas.
Após 3h de visita pelo Clos Lucé, fomos para a estrada; seguindo para o Sul da França. Em Tours ficamos tempo parados num congestionamento, o dia 08 de maio é feriado para os franceses (homenagem a Joana D’Arc e final da 2ª Guerra); supomos que deveria haver alguma festividade na cidade, para tal conturbação no trânsito.
No final da tarde, chegamos a pequena cidade de Cohué, onde há área de serviço (simples, com WC), mas bem tranquila durante a noite (N 46º17’55” E 000º10’42”); mais 3 mhomes chegaram….
Novo dia e decidimos por longo trecho sem paradas (apenas rápida em Cadillac); passamos pelos arredores de Angouleme, Bordeaux, Langon, Mont de Marsan, Orthez e, após 400km chegamos às 16h em Salies-de-Béarn, onde ficamos na área de serviço (€6,50 / 24h) com luz, água e esgoto (N 43º28’22,0” W 000º56’04,7”); pagamento somente em cartão de crédito. Conhecemos simpático casal de franceses (região de Grenoble), conversamos em português (ele tem família em Portugal).
Pequeno passeio por Salies-de-Béarn, cidade que tem turismo termal e de sal (proveniente de jazidas no solo rochoso). Construções históricas (séc. XII à XVII), rio límpido passa pelo centro da cidadezinha. Os banhos termais (salgados) são onerosos, com supostas terapias medicinais.
Ao sair da A.S., o equipamento automático “comeu” o ticket do pagamento de um mhome francês e bloqueou a “fila” de saída. Ao mesmo tempo, a máquina não aceitou nosso cartão de crédito. Porém o sistema possui um “botão” de emergência e, minutos após chegou o responsável, que resolveu tudo…
Paramos em Sauveterre de Béarn, cidade medieval bem simpática, rio limpíssimo e paisagens encantadoras. História desde séc. X, quando os peregrinos ali encontravam alimento e abrigo.
O Caminho de Santiago de Compostela (trecho mais conhecido), começa nesta região; vilarejos com casinhas brancas parecendo austríacas; rebanhos de ovelhas; montanhas… Logo chegamos em St. Jean Pied de Port (a porta dos peregrinos).
Há um parking para mhomes de nome Jaï Alaï, pelo valor de €5,50/24h (N 43º09’54,0” W 001º13’57,4”), mas por apenas 2 h, ficamos no parking gratuito, perto da Porta de Espanha.
A cidade vive basicamente de turismo, em especial dos peregrinos; tudo tem esta função: albergues, restaurantes, lojas,.. As ruas são inclinadas (ou rampas ou escadas). Subimos (MUITO) até a Citadele, fortificada, onde há bonita vista da região.
Seguimos para a estrada, curvas e curvas (o GPS as vezes se perde com tantas…). Na fronteira com Espanha (sem indicação), mais alguns poucos km e chegamos ao Ibañeta, com seus 1057m de altitude, onde os peregrinos fazem passagem e breve parada.
Chegamos a Roncesvalles-ES, mais uma das portas de passagem de peregrinos. Estacionamos no parking nos fundos da Collegiata (gratuito, N 43º00’32,6” W 001º19’06,7”); permitem 1 noite. Atrás do mhome corre um riacho, raso e cristalino, dormimos com seu barulhinho…
Passeamos um pouco pela vila, que tem 25 habitantes (isso, vinte e cinco habitantes); mas centenas de peregrinos do mundo todo. A história do pequeno lugar floresceu no séc. IX, quando começaram as peregrinações à Compostela. No local, há um enorme albergue, um pequeno hospital (para decorrências dos peregrinos) mais 2 hotéis com restaurantes.
Claro que encontramos brasileiros fazendo o caminho, esperamos que conquistem suas metas e objetivos estabelecidos para El Camino (andarilhoszn.blogspot.com).
Amanhã seguimos pela Espanha, mas isso é para a próxima postagem. Abraços…
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