Olá!
Saímos de Tournai-BE e poucos km depois já entrávamos na França. Em Doullens-FR fizemos parada em supermercado (abastecer despensa e diesel). Seguimos para Amiens, para pernoitar em um parking central (N 49º53’40,3” E 002º17’14,3”). Conseguimos boa vaga após as 17h, quando os automóveis começaram a sair.
Amiens possui milênios de história, data do séc. I aC., com nome de Samarobriva (romano). Ao longo dos séculos, sofreu invasões e dominações variadas. Com a guerra dos Cem Anos (séc. XV) um período de miséria e epidemias, no séc. XVII foi a peste que quase acabou com a cidade. No séx. XVIII a cidade começou a prosperar novamente com a indústria têxtil; passou por mais alguns percalços (Revolução Francesa), depois 1ª e 2ª Guerras, mas atualmente, está em pleno desenvolvimento.
Neblina e frio pela manhã, saímos a passear pela cidade. Fotografamos Hôtel de Ville; o Belfort (um dos primeiros da França, séc. XII).
Fomos à Catedral Notre-Dame (séc. XIII), a maior gótica da França, com acesso gratuito. Paga-se apenas para ter os audioguias e subir nas torres. Os detalhes são belíssimos, entalhes em madeira e pedra; o órgão com belas pinturas.
Dali fomos ao Palácio de Justiça e praça Bacquet, com delicados jardins. A Maison Sagitaire (séc. XVIII), com pinturas e projeto delicados.
Voltamos para a Praça Gambetta, onde há um primoroso relógio; almoçamos num consagrado fast food ali perto. Embora não tenhamos predileção por fast foods, ocasionalmente utilizamos tal conveniente opção, pois são lanches rápidos, disponibilizam internet, são centrais e práticos.
Caminhamos mais umas quadras até a Prefeitura e, em frente, fomos ver o Museu da Picardia (região a que pertence a cidade). Ficamos maravilhados com o rebuscado prédio, um dos mais belos da França construídos por Napoléon III, esculturas e pinturas com riqueza de detalhes. O prédio, ricamente decorado, já é uma obra de arte.
Analisando o mapa, caminhamos até o Circo e Casa de Julio Verne: um com muitos cartazes encobrindo a bela fachada; o outro em obras, nem fotografamos. Mais uma longa caminhada (para não perder o hábito!) e chegamos do outro lado dos canais, onde há passeio pelo Hortilonnages (jardins sobre a água).
Revendo nossas anotações prévias, verificamos a existência de uma A.S. (área de serviço para mhome), na cidade de Beauvais (60km) e fomos para lá. A A.S., completa (água, dejetos de vaso e águas servidas), gratuita, com 20 vagas, permanência máxima de 48h (N 49º25’27” E 002º04’48”). Localiza-se em uma elevação, com vista panorâmica da cidade e próxima ao centro, embora por longa escadaria para pedestre. Aproveitamos para fazer saboroso jantar (arroz com cenoura, strogonof de frango, salada verde com aspargos, sobremesa de “èclair” e vinho francês…).
Novo dia e, mesmo com tempo fechado, fomos passear na cidade. Com exceção das patisseries (padarias) e floriculturas, todo o mais está fechado (1º de maio). Iniciamos pela imensa Catedral St-Pierre (séc. XIII), é linda, mas necessita de urgente manutenção. Passou por diversos percalços: no séc. XVI desabou a torre (com 153m) e a deixou sem nave. Depois revoluções e guerras… No térreo da nave em dois relógios raros e belos: um astronômico, com 90 mil peças e 68 autômatos, 12m de altura, apresenta informações sobre estações, fases da lua, eclipses e muitas outras; o outro, um relógio de carrilhão do séc. XIV.
Infelizmente, apesar da decadência física da catedral, cobram (€ 5,00) para ver os relógios, devidamente escondidos por grosseiros tapumes. Enquanto estávamos dentro da catedral, umas 100 pessoas entraram na igreja e apenas 5 pagaram para ver o relógio. Se cobrassem de todos um valor módico (entrada e visita ao relógio), potencializariam sua receita…
Caminhamos um pouco pelo centro, visitamos a Gare, fomos à igreja St-Etienne, ainda mais degradada. Para ajudar, a chuva chegou, e fizemos nosso caminho de volta para o mhome, incluindo a imensa escadaria.
Amanheceu novamente com neblina e chuva fina, mas seguimos para Gerberoy, minúscula vila do séc. X, com construções enxaimel (séc. XVII), denominada “uma das mais belas vilas da França”, uma presente cidade medieval. Igreja do séc. XV, com curiosos bancos fechados, que imaginamos ser um para cada família. Há também um belíssimo jardim, na residência do pintor italiano Le Sidaner; mas, com chuva optamos por não visitá-lo. No Office de Tourisme, Sra. Ines nos atendeu gentilmente, em português…
Os únicos comércios na vila são restaurantes (caríssimos) e, após a visita, seguimos para Gournay-en-Bray, para abastecimento num hipermercado. Novamente na estrada, chegamos em Les Andelys; visitamos a Catedral Collegiale Notre Dame (séc. XII-XV). Na cidade ficam as ruínas do Château Gaillard, alguns belos edifícios (enxaimel, tijolinho); infelizmente, o Office de Tourisme estava fechado. Decidimos seguir adiante e, na saída da cidade há um camping: Les Trois Rois, onde passamos a noite (N 49º14’08,9” E 001º24’ 02,4”), €20 mhome+2 pessoas+luz, internet com valor impraticável...
Amanhã, na estrada novamente, mas fica para a próxima… Abraços
4 comentários:
Mais uma excelente reportagem e o que eu mais gosto é a colocação de coordenadas que depois vou seguir no Google.
Boa continuação de viagem.
mais uma aula de cultura, boa viagem a sigam com Deus.
Nosso projeto é fazer essa viagem, estamos apredendo.
Boa viagem, divirtan-se.
Henrique e Vania
Agradecemos a todos os visitantes, sempre é bom receber informações/ notícias dos colegas,
Abraços
San & Dan
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