Olá !
Nosso Natal abençoado foi passado em Polvaredas-AR, com os vizinhos franceses. Aproveitamos o silêncio e dormimos um pouco mais (assim como eles). Após o café, tiramos fotos e seguimos para a Ruta, que continua com cores e visuais lindos. Em Uspallata aproveitamos uma sombra (1.860m altitude e 33ºC) para prepararmos almoço.
Logo após passarmos Mendoza, paramos num YPF, para descansar, fazer um café. Para nossa desagradável surpresa um dos alongadores traseiros de ventil havia se soltado da presilha e rompeu-se, esvaziando um pneu.
Como não havia ar neste posto, retornamos 2km até outro posto (Mercosur), num calor sufocável (ainda bem que temos rodado duplo). Lá conseguimos reenchê-lo, com dificuldade, pois o ventil é entre as duas rodas.
Rodamos mais 55km e chegamos a um m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o posto YPF: estacionamento com sombra, duchas, wifi, parque gramado,… conseguimos até água potável para o reservatório. Vários caminhoneiros brasileiros pernoitam aqui, com suas famílias em seus modernos caminhões, com conforto de mhome. À tardinha fizemos uma “roda” com as cadeiras para uma agradável troca de informações. A cultura e o conhecimento geral destes motoristas surpreende. (GPS: S 33º07’42,4” W 68º19’08,3”).
Pela manhã abastecemos (PA 11,29/L) e fomos para a Ruta 7, parada rápida no YPF de La Dormida para conferir os ventis e… estrada. Até Santa Rosa há parrerais, frutíferas, verde, sempre com auxílio de irrigação, depois só vento e secura.
Na divisa de províncias (Mendoza-San Luis), há 03 barreiras sequentes: polícia, gendarmes e fitossanitária (poderiam fazer tudo na mesma!). Formou-se uma fila de quilômetros… no calor de 40º às 11h da manhã, mas no horizonte há indícios de tempestade.
Finalmente, após 213km de NADA (nem estacionamento, posto, área de descanso,…), chegamos a um simplório YPF, lanchamos no mhome mesmo. Encontramos dois casais de moto, cariocas e muito simpáticos. A chuva chegou e a temperatura caiu para 17ºC. Pernoitamos num YPF na entrada de Rio Cuarto.
Novo dia, acordamos cedo, optamos por ir visitar Rio Cuarto (150 mil habitantes); fotografamos a igreja de São Francisco (1876) com belos arcos; a catedral (1883) em estilo barroco; a Comandancia de Frontera do Exército (1860). Mas uma coisa nos chamou muito a atenção, desde a chegada na cidade, observamos as casas e comércios com grades e arame farpado, até nas igrejas há vários tipos de trancas; a sujeira e o desleixo dominam a paisagem, parece que a educação e cultura do povo foram aqui esquecidas. Abastecemos e fomos para a rodovia.
Em Villa Maria (80 mil habitantes, fundada em 1867), fizemos nova parada. Visitamos o Museo de Ramos Generales, muito interessante, instalado em casa antiga de 2 pavimentos, com vários ambientes: barbearia, escritório, armazém, padaria, farmácia, oficina, ferraria, brinquedos, automóveis, costura e outros. O museu pertence a uma família tradicional da cidade.
Optamos por almoçar na praça (com sombra), um saboroso bife acebolado y pan, feito no mhome. Na saída, tentamos visitar o Museo del Automovil Don Iris, mas está fechado até janeiro.
Tomamos a Ruta 9 (direção Rosário), e novamente não há postos de combustível, área de descanso, estacionamento,... Só estrada e estrada. Algumas placas indicam “estación de servicio Xxkm”, mas devem situar-se em lugarejos laterais e afastados. Apenas 210km depois há um local de estacionamento na praça de pedágio.
Estacionamos, questionamos alguns caminhoneiros e, como o próximo posto fica apenas em Rosario (60km), decidimos pernoitar na praça de pedágio mesmo.
Noite tranquila e, após o café, fomos para Rosario (1 milhão de habitantes, fundada em 1793), na intenção de visitar a cidade, aproveitando a manhã de domingo, mais tranquila. Perto do imenso Parque de la Independencia há um cemitério, (que não nos atrai) mas os túmulos são exageradamente requintados.
Depois fomos à igreja de San José (séc. XIX); à Catedral Basilica Menor Nuestra Señora del Rosario (séc. XIX), cujo altar maior é em mármore de Carrara, construído na Itália. No subsolo há uma cripta com virgem de N. Sra. del Rosario trazida da Espanha em 1773. Visitamos ainda o imenso Monumento a Bandeira (1957), com fogo eterno, que foi construído com pedras vindas dos Andes, onde está a cripta de Manuel Belgrano.
Um pouco antes das 12h saímos de Rosario, já com um pouco de congestionamento. Seguimos as indicações para Victoria, atravessando os 59km de pontes e viadutos que atravessam rios, ilhas, alagados do grande Rio Paraná.
Para render a viagem (longo trecho de pontes e ermo), ficamos conversando, e Dan perguntou sobre a Familia Silva (http://viagensfamiliasilva.blogspot.com), quando viriam para a Argentina, etc.. Respondi que deveriam sair do Brasil dia 26 em percurso que eu desconhecia. Neste instante, eis que passam por nós os 03 mhomes, um deles da Familia Silva. Coincidência, premonição, telepatia, casualidade? De qualquer maneira, ficamos felizes em encontrá-los.
Chegamos em Victoria quase 13:30h, logo na entrada, no antigo Tiro Federal, está a Oficina de Turismo, muito bem atendidos pela Sra. Silvia; nos orientou para irmos para o Camping Colina del Baco; onde fomos gentilmente recebidos pelo proprietário, Sr. Ivan, que mostrou todos os serviços e área do camping, possui também cabanas. As diárias custam PA 225/dia (2 pessoas+mhome), com piscina, wifi, luz, duchas. É um empreendimento novo, com ótimas condições de ser bem-sucedido.
Almoçamos já após as 14h; tomamos uma ducha e fomos descansar, pois o calor era quase insuportável, associado à alta umidade que não deixava evaporar.
Começamos a organizar o mhome, que há vários dias não recebia uma “atenção”. Pretendemos ficar por aqui mais um dia pelo menos, colocar uma “ordem” na casa e descansarmos um pouco do longo trecho sem camping...
Como nossa próxima postagem será somente no próximo ano, desejamos a todos os amigos, colegas, visitantes, um Feliz Ano Novo; repleto de saúde, paz, alegrias, prosperidade, e que Deus acompanhe a todos nós pelas estradas!
Até Breve!
4 comentários:
Final de dezembro e janeiro "dizem" que os chilenos mudam pq é muito turista e muitos companheiros caravanistas deixam rastros não muito recomendáveis (todos relacionados à falta de educação).
Que cheguem bem e tenham boas estradas. Feliz Ano Novo!
Olá Graça e Renato:
imaginamos algo parecido (infelizmente); mas também alguns outros fatores, como mudança na educação deles mesmos (afoitos pelas rodovias), as atendentes de supermercado com uma má vontade (com todos, mesmo com os próprios chilenos).
Mas tudo é ruim até que possa melhorar e vide verso... :(
Abração
Olá como estão ? Que concidencia heim ? Eu também tinha comentado com o Faissal e Cascatinha que viajamos juntos, que Vcs estavam percorrendo a região e que talvez nos encontrariamos em algum lugar. Pena que não foi possível parar em cima da ponte. Estivemos em Barilche e depois rodamos pelo Chile, terminando a viagem passando por Buenos Aires, Montevideo e Punta. A viagem foi maravilhosa, chegamos na sexta. Vou ler cada linha de seu blog para preparar novos destinos para aquela região. Abraços. Familia Silva.
Show essa rodovia entre Los Andes e Mendoza, sempre ouvia o pessoal falar dos caracoles, mas descrito e fotografado por vocês ficou mais empolgante. Roteiro interessante para um futuro próximo. Boa viagem !
Familia Silva.
Postar um comentário