Olá! Ainda em Colônia Suíça (Nueva Helvecia), muito frio, dia nublado. Aproveitamos o “estorvo” meteorológico para faxinar “a casa”, limpar a geladeira, Fizemos um bom almoço e deliciosa sobremesa de “canjica” com leite condensado, no mhome. À tarde passeamos pelos jardins do hotel e tomamos banho cedo, pois a temperatura estava baixando muito...
Novo dia, com indícios de sol, fomos para Colônia do Sacramento e este é o seu nome original, pois foi fundada pelos portugueses em 1680. Coletamos informações na “oficina de turismo”: A parte antiga da cidade, suficientemente preservada, mantém a beleza arquitetônica, urbana e o espírito da época. Seu arruamento, uma aprazível magia nos acompanha ao caminhar pelas suas ruas, pavimentadas com imensas pedras irregulares e adornadas com lampiões, nos transportando ao período oitocentista.
Curiosamente, o patrono da imprensa brasileira, Hipólito da Costa, nasceu em Colônia do Sacramento, em 1774. Mas em 1777 a Espanha tomou de assalto a cidade e sua família fugiu para a “Villa” de Rio Grande. Foi depois para Coimbra, bacharelou-se em Direito e Filosofia e foi preso sob a acusação de ser maçom. Em 1805, fugiu para Londres, onde editou o primeiro periódico “brasileiro” com média de 140 páginas: “Correio Brasiliense”, que defendia a nossa independência. Esta ancestral publicação vinha clandestinamente nos porões dos navios e suas 175 edições circularam até após o “Grito do Ipiranga”.
Fomos no BuqueBus saber dos horários e valores para a travessia até Buenos Aires (incluindo o mhome); preferimos pensar durante os próximos dias e não tomar decisão precipitada. Compramos almoço pronto (merluza à milanesa e batatas fritas) no Supermercado Ta-tá (Shopping Colônia) e almoçamos no mhome, com uma refrescante cerveja Patrícia...
Abastecemos no Ancap a PU$ 38,70/L (R$4,20/L) e fomos para a Granja Estância Arenas, uns 10km a leste. Foi um prazer recíproco conversar com seu proprietário, Sr. Emílio Arenas, que possui também lá o Museu de Coleções (imperdível), com a maior coleção de lápis do mundo (Guiness Book), além de imensos conjuntos de outros objetos (vidros de perfume, chaveiros, bonés, antiguidades, etc). Doamos a ele um boné de nosso grupo de mhome Rodamundo.
A sua granja produz deliciosas “mermeladas” (laranja, morango, pêssego,... e até de cebola, muito gostosa). Lá encontramos vários mhomes estrangeiros (americanos, mexicanos, suíços, franceses, alemães, belgas),... incluindo um mhome Safari, brasileiro. Todos estacionados, cujos usuários estavam em retorno ao país de origem ou em roteiros próximos (barco, avião,...).
No dia seguinte fomos passear na cidade, visitamos a capela de San Benito; o Museu de Trens (bastante fraco), onde encontramos o Chico e a Neusa (mhome de Erechim-RS); passeamos pela Rambla, feira de artesanos; adquirimos guloseimas na confeitaria do Shopping e voltamos para a estância.
Logo chegaram o Brenton e a Shannon (paramédico e enfermeira), do Texas, que haviam deixado ali a camioneta Toyota 4x4, adaptada para mhome. Jovens, muito simpáticos e interessados. À noite trouxeram um vinho e fomos bebê-lo com queijos e pão no nosso mhome. Adoram viajar, casaram na Guatemala, vão viajar uns 3 meses e voltam para os EUA. Foi uma conversa adorável, com proveitosa troca de informações de nossas viagens, problemas, soluções, roteiros, mapas, ...
Como amanheceu frio e nublado, resolvemos almoçar no restaurante da estância: filé à milanesa com fritas e ravióli com molho branco. Uma delícia aliada ao bom atendimento. À tarde, a surpresa: chegaram os amigos Sérgio e Aparecida (S. Lourenço-MG), que haviam deixado a Safari ali estacionada e foram de avião para Santiago do Chile.
Um poudo de bate-papo e depois ao trabalho!.. pois campista também gosta de ajudar aos outros, sem qualquer interesse: consertamos a bomba de água (Shurfflo) do Sérgio (estava com carvões travados), ajudamos o Brenton a funcionar a caminhoneta (parada há meses), fazendo uma “chupeta” com nossas baterias. Todos satisfeitos, nos recolhemos pois o final do dia estava ventoso e gelado…
Novo dia e a chuva voltou. Optamos por seguir viagem: nos despedimos, compramos algumas saborosas “mermeladas” Arenas e fomos para o centro: acessar internet, preencher a despensa. E com o céu melhorando, visitamos a parte antiga de Colônia e lá fizemos nosso almoço.
Ainda bem que ficamos, o sol apareceu lindo e formoso, sem nuvem no céu, passeamos pelas ruas empedradas, fotografamos os belos prédios antigos, conhecemos o casal de brasileiros (Mauricio e Jaqueline, de Porto Alegre); os simpáticos argentinos (Kike e Griselda) e ao final da tarde, fizemos o que nossos colegas José e Denise sugeriram: a prece com uma taça de vinho ao pôr-do-sol de Colonia. Um espetáculo místico, emocionante, indescritível…
Dormimos estacionados na Plaza Mayor, sozinhos, local bem tranquilo e seguro. Pela manhã, estacionamos na rambla para tomar café e saímos da área delimitada como antiga. Fizemos mais algumas fotos, conhecemos um casal de alemães que estão “passeando” de mhome (4x4 Mercedes Benz); e fomos para o norte; mas isto é para a próxima postagem…
Abraços e Até breve! San & Dan
2 comentários:
Oi... Onde vocês estacionaram o motor home em Colônia do sacramento?
Estamos indo pra lá e estou com esse problema de onde estacionar lá!
Obrigado
Marilia
Olá Marília F.:
Agradecemos o contato. Nós sempre estacionamos na Granja Arenas (fica uns 5km antes de Colonia); e como nosso mhome é pequeno, vamos com ele para a cidade passear.
Qualquer dúvida, mande seu e-mail.
Abraços
San & Dan
Postar um comentário